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Piracema – MG
2023
SOLANGE GONÇALVES NUNES DE SOUSA
Piracema – MG
2023
RESUMO
A política da educação inclusiva trouxe aos professores das salas de aula comum o
desafio de ensinar alunos com deficiência, entre eles educandos com autismo, um
distúrbio do desenvolvimento neurológico que, entre vários comprometimentos, o
indivíduo apresenta déficits na comunicação, podendo, ademais, ser não verbal.
Diante disso, este trabalho intitulado “A ALFABETIZAÇÃO DO EDUCANDO
AUTISTA NO CONTEXTO EDUCACIONAL INCLUSIVO” tem como objetivo refletir
sobre o processo de alfabetização do aluno autista dentro da sala de aula comum.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem metodológica qualitativa, em
que foi possível verificar que alfabetizar uma criança já é em si um desafio e, quando
se trata de uma criança com TEA, esse desafio é ainda maior, exigindo do docente
um olhar individualizado, considerando, sobretudo, suas necessidades e habilidades
comportamentais. Assim, esse artigo torna-se pertinente à medida que pode vir a
oferecer subsídios para refletir a prática pedagógica com educandos com TEA não
verbais, trazendo novas perspectivas de trabalho aos professores.
RESUMO.......................................................................................................................3
SUMÁRIO......................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2. METODOLOGIA.......................................................................................................7
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................8
3.1 AUTISMO: HISTÓRICO E DEFINIÇÃO..................................................................8
3.1.1 Sinais ou características...................................................................................9
4. A EDUCAÇÃO ESCOLAR DE INDIVÍDUOS COM TEA.......................................11
4.1 A ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS COM TEA......................................................13
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................16
6. REFERÊNCIAS.......................................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO
subsídios para refletir a prática pedagógica com educandos com TEA, podendo
trazer novas perspectivas aos professores.
Sendo uma pesquisa de cunho bibliográfico, com abordagem qualitativa, esse
estudo tem como aporte teórico Orrú (2012), Teixeira (2018), Gomes (2015), entre
outros, e está estruturado de modo a contemplar o histórico e definição do autismo,
bem como alguns de seus sinais e características, seguindo com abordagens sobre
a educação escolar de indivíduos com TEA, enfatizando, em especial, sua
alfabetização.
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2. METODOLOGIA
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
até hoje, a romper mitos e convicções que foram construídas no meio social,
permeadas pela ignorância.
Os sinais apontados pela autora podem ser apenas parte da lista de vários
outros que podem ser encontrados naqueles que vivem no espectro, no entanto
conhecê-los é crucial para uma identificação precoce, haja vista que quanto mais
cedo o diagnóstico, mais cedo a intervenção, o que pode proporcionar à criança um
melhor desenvolvimento e qualidade de vida.
É preciso aceitar o aluno como sujeito real e não como ser imaginário,
aquele que gostaríamos de ter. É preciso acreditar que a criança pode e vai
aprender, que tem potencial para aprender. Só conseguimos ensinar
quando realmente acreditamos em nós mesmo e no aluno (RUSSO, 2012,
p. 12).
Quanto à prática pedagógica, sabe-se que, por certo tempo, a educação não
era acessível a todos, mas apenas aos mais abastados para, visando, sobretudo,
prepará-los para liderar e, somente depois surgiu a universalização do ensino. No
entanto, as pessoas com deficiência seguiam sendo uma classe excluída. Seu
direito à educação foi garantido por meio de documentos internacionais, tendo o
Brasil como signatário e, a partir de então, leis nacionais também foram sendo
estabelecidas. No entanto, o indivíduo autista ainda se depara com inúmeras
dificuldades para frequentar a escola regular. Na visão de Salvador (2015, p. 20):
De acordo com a lei nº 12.764 (Lei Berenice Piana), como consta em seu
artigo 3°, inciso IV, a pessoa autista tem direito ao acesso à educação, coerente com
o que destaca a Carta Magna: educação de qualidade a todos. Todavia, embora a
inclusão escolar já seja uma realidade vivenciada há algumas décadas, a educação
de autistas configura-se em um desafio aos professores do ensino comum, uma vez
que o distúrbio é comumente marcado por manifestações inespecíficas e que
costumam causar certo impacto nos profissionais da educação ao se deparar, por
exemplo, com reações como birras, autoagressões, entre outras atitudes comuns às
crianças autistas. No entanto, tais manifestações não podem e nem devem ser
compreendidas como um estado permanente, mas como respostas intensificadas
por sua inflexibilidade (BELISÁRIO FILHO; CUNHA, 2010).
Compreende-se que essas situações tendem a ser angustiantes para os
professores que, diante disso podem acreditar serem incapazes de contribuir para o
desenvolvimento desses educandos. Entretanto, é preciso considerar que pessoas
que vivem nesse espectro costumam apresentar certa intolerância às mudanças,
sendo que alguns comportamentos surgem em decorrência da quebra de rotina, de
novas experiências, mas que são comportamentos que podem ser modificados a
partir de um trabalho planejado.
Conforme enfatiza Marciel (2000), há uma facilidade em visualizarmos as
limitações e as dificuldades que considerarmos os potenciais e habilidades das
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS