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Resenha: Educação como prática da liberdade - Paulo Freire

Esta obra foi escrita no exílio de Paulo Freire no Chile, e foi escrita em 1965, porém foi
publicada no Brasil tempo depois por conta da censura da Ditadura.

A obra começa com o prefácio de Francisco C. Weffort, que fala exatamente sobre o
eixo central do livro de Paulo Freire que é a conexão entre a educação e a política. No
começo do livro ele argumenta na direção da construção de uma pedagogia, de uma
educação para a liberdade, democrática e conscientizadora. Uma educação para a
formação do ser humano.

No começo do livro, no esclarecimento, Freire discorre algumas de suas teses que antes
eram exercidas na prática, mas não tinham sido escritas. Uma das ideias é que havia um
combate na educação voltada para a domesticação das pessoas para uma educação
contra a educação que geraria a liberdade, a consciência das pessoas.

Freire descreve em seu livro uma preocupação fundamental entre o que ele entende por
educação e o que se entende por massificação, no sentido em que as pessoas precisam
ter valorizados pela educação pela sua existência individual que é parte da sua
liberdade, então o processo que parte para o lado da massificação, é justamente o
processo que não deixa que isso ocorra.

Por outro lado, a uma preocupação de Freire com a questão da introjeção das pessoas da
situação de opressão que elas viviam, para ele as pessoas iam introjetando nas suas
mentes os valores da opressão, e a educação seria uma forma através da consciência
crítica, de tirar essa ideia da opressão da mente das pessoas.

Outra parte muito importante desse livro, é que está registrado o método Paulo Freire,
´´Educação e conscientização´´, onde ele discute a ideia de que a educação precisava dar
uma resposta a fase brasileira de desenvolvimento, um desenvolvimento que não
deixasse de fora as pessoas das camadas populares que sempre foram as preocupações
centrais de Paulo Freire.

Na quarta parte do livro, Freire diz que ‘’preocupados com a questão da democratização
da cultura, dentro da qual, a democratização fundamental existe, tínhamos
necessariamente de dar atenção especial aos déficits quantitativos e qualitativos da
nossa educação’’. Nessa parte, o autor fala de um grande índice de analfabetismo
presente em toda a sociedade brasileira e números assustadores de crianças que não iam
para a escola. De um lado pessoas que não iam para a escola e de outros jovens e
adultos ainda não alfabetizados, o quadro educacional brasileiro requeria uma atenção
especial, e esses problemas tanto da alfabetização como da exclusão das pessoas na
escola, era uma preocupação que Freire trazia.

Freire faz uma crítica a escola brasileira existente e propunha como alternativa o que ele
chamava de ´´círculo de cultura´´. Em lugar da escola, o círculo de cultura, no lugar do
professor tradicional, o animador de debates, em vez do aluno passivo, o aluno que
participa.
O autor tem como diálogo um caminho fundamental, que é importante em todos os
sentidos da construção do ser humano.
Freire traz essa ideia pensando em uma pedagogia da comunicação, do diálogo e da
democracia. Uma educação que combata a opressão e que signifique cada vez mais
liberdade.

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