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pensadores como Michel Foucault (60.700) e Karl Marx (40.237) (INSTITUTO Paulo
Freire, 2016).
Além disso, a "Pedagogia do Oprimido" é mencionada entre os 100 livros mais
requisitados em universidades de língua inglesa em todo o mundo, sendo o único livro
brasileiro a entrar no ranking. Com mais de 1 milhão de ementas de estudos
universitários americanos, ingleses, australianos e neozelandeses reunidos pelo
projeto Open Syllabus, o livro de Paulo Freire ficou em segundo lugar na lista de obras
mais pedidas na área de Educação e teve outras 20 obras citadas na lista geral. Esse
reconhecimento demonstra a importância da obra de Freire para a educação e as
ciências humanas em nível mundial (INSTITUTO Paulo Freire, 2016).
Paulo Freire escreveu vários livros ao longo de sua vida, abrangendo temas
como educação, política, cultura e sociedade. De acordo com Gadotti (1996), alguns
de seus livros mais conhecidos são:
Pedagogia do Oprimido (1968): Considerado sua obra mais importante, neste livro
Freire apresenta sua teoria da educação crítica, que propõe a conscientização dos
oprimidos para a luta contra a opressão e a transformação da sociedade;
Pedagogia da Autonomia (1996): Neste livro, Freire discute a relação entre o
educador e o educando, defendendo a importância da autonomia e da
participação ativa do estudante no processo de aprendizagem;
Educação como Prática da Liberdade (1967): Nesta obra, Freire apresenta sua
metodologia de alfabetização conscientizadora e discute a importância da
educação como ferramenta de transformação social;
Cartas a Guiné-Bissau (1977): Este livro reúne uma série de cartas escritas por
Freire durante seu exílio em Guiné-Bissau, onde trabalhou como consultor do
governo para a reforma da educação;
Política e Educação (1985): Nesta obra, Freire discute a relação entre educação
e política, defendendo a importância da formação crítica dos cidadãos para a
construção de uma sociedade mais justa e democrática;
Pedagogia da Esperança (1992): Neste livro, Freire discute sua visão otimista
sobre a possibilidade de transformação social e educação libertadora, apesar das
dificuldades e obstáculos que se apresentam;
Esses são apenas alguns dos livros mais conhecidos de Paulo Freire, mas ele
escreveu muitas outras obras importantes ao longo de sua vida.
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cidades, e como isso deve ser considerado na prática educativa, para que os
alunos possam se reconhecer e se identificar com o conteúdo ensinado.
Educação como ferramenta de cidadania: Freire argumenta que a educação
na cidade deve preparar os estudantes para serem cidadãos críticos e
participativos, capazes de compreender e intervir nas questões sociais,
políticas e ambientais que fizeram suas vidas e suas comunidades urbanas.
Participação ativa dos estudantes e da comunidade: Freire defende a
importância da participação ativa dos estudantes e da comunidade na
construção de uma educação democrática e libertadora, estimulando o diálogo,
a reflexão crítica e a ação transformadora como elementos fundamentais da
prática educativa.
Crítica à abordagem bancária da educação: Freire critica a abordagem
tradicional e autoritária da educação, na qual o conhecimento é transmitido de
forma passiva aos estudantes, e propõe práticas pedagógicas que promovem
a participação, a reflexão crítica e a construção coletiva do conhecimento.
Desafios e possibilidades da educação na cidade: Freire aborda os desafios
enfrentados pela educação nas cidades, como a desigualdade, a violência
urbana e a falta de infraestrutura, mas também destaca as possibilidades de
transformação social por meio da educação, ressaltando a importância de uma
abordagem pedagógica crítica, contextualizada e participativa.
Segundo Paulo Freire (1991), a escola deve ir além de um espaço físico para
estudo e ensino-aprendizagem, é o lugar para refletir, criticar, criar ideias, debater,
propagar a cultura popular. A escola deve ser o percursor da “[...] política das classes
populares, [...]. O filho do trabalhador deve encontrar nessa escola os meios de
autoemancipação intelectual independente dos valores da classe dominante” (Ibidem,
p. 16).
A avaliação deve ser um processo democrático, que visa o auxílio aos
educandos para superar todas as barreiras que os impedem de aprender e
desenvolver o conhecimento (FREIRE, 1991).
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O educador, deve ser um educador progressista, ou seja, deve ter uma visão
crítica do contexto que o educando está inserido, para ensiná-lo a pensar através de
desafios e questionamentos e assim, compreender que o mundo é mutável (FREIRE,
1991).
Freire (1991), ao falar sobre evasão escolar, explica irredutivelmente que o
educando não se evade da escola por vontade própria, na verdade, elas são expulsas
pelo sistema de uma sociedade que cria uma série de obstáculos que às impedem
crianças populares de continuar na escola, ou até mesmo de ingressar nela.
Como parte do respeito aos educandos de classe popular, é crucial que se
combata o preconceito linguístico, ou seja, é essencial que se respeite sua
identidade, sem serem inferiorizadas pelo seu modo diferente de falar. Ressaltando
aqui que respeitar o modo diferente de outra pessoa falar não significa que não se
deva ensinar o “modo culto” da língua portuguesa. (FREIRE, 1991) o preconceito
linguístico é caracterizado pelo “preconceito de sexo, de raça e de classe também”
(Ibidem, p. 139).
A aprendizagem é uma ação que ultrapassa a reflexão da teoria para a
prática, que não deve ser reduzida a mera transmissão de conhecimento, deve ser
um processo de criar conhecimento, inventar, reinventar, aprender se aprofundar, pois
quanto mais se aprofunda no conteúdo, mais se aprende (FREIRE, 1991).
No processo de alfabetização de jovens e adultos, para que esses possam
realizar a leitura de palavras, é necessário que haja uma leitura do mundo do
educando (FREIRE, 1991), ou seja, as palavras devem ser da realidade desse
indivíduo para que haja uma aprendizagem significativa.
O educando ativo é estimulado a questionar, criticar, refletir, pensar, criar
conhecimento de forma coletiva (FREIRE,1991) alinhada ao “[...] saber popular, crítico
e científico, mediadas pelas experiências no mundo” (Ibidem, p. 83).
Nesse contexto, a educação bancária é repudiada, pois não agrega e não
forma conhecimento, pois apenas é depositado informações aos estudantes (FREIRE,
1991), e estas informações, se não fazem sentido ao estudante, não se transformam
em conhecimento.
Este formato de educação bancária, era muito utilizado na escola tradicional,
que “insistia em que só se aprende com esforço, através do castigo, apanhando”
(FREIRE, 1991, p. 94).
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6 PRÁTICAS EDUCATIVAS
para políticas de educação adotadas por diversas redes de ensino que buscam
promover uma educação crítica e emancipadora.
Paulo Freire (1991) destaca a importância da aproximação das universidades
com as escolas, para um conhecimento da realidade com forma de repensar as
mudanças necessárias para o ensino.
A educação é um processo social que envolve diferentes grupos interesses, e
a reformulação do currículo deve refletir essas diversidades e necessidades (FREIRE,
1991).
Um importante eixo para as práticas educativas, é a valorização e respeito à
cultura do aluno e sua visão de mundo, que agrega valores ao conhecimento,
transformando a aprendizagem de modo significativo (FREIRE, 1991).
Outra ação necessária para a mudança da escola, é a valorização dos
educadores seguido do aumento de salários e ouvir atentamente a população, para
saber dela o que se espera da escola ou críticas que têm da mesma, ouvir os pais, os
estudantes, os funcionários e os especialistas das mais diversa áreas do
conhecimento, isto é, combater o autoritarismo, o elitismo e fortalecer a democracia
escolar, pois a prática educativa é fundamental para o regaste da liberdade do povo
oprimido (FREIRE, 1991).
A participação desses grupos também pode ajudar a garantir que o currículo
reflita as necessidades e preocupações da comunidade, bem como as metas e
objetivos de aprendizagem. Além disso, uma abordagem democrática na
reformulação do currículo pode envolver a consulta a especialistas e pesquisadores
em diferentes áreas, para garantir que o currículo esteja atualizado e reflita as
melhores práticas educacionais disponíveis (FREIRE,1991).
O processo democrático na reformulação do currículo pode ajudar a garantir
que as necessidades e os interesses da comunidade sejam considerados, bem como
garantir a qualidade do currículo e a eficácia da educação. (FREIRE, 1991).
A educação é uma ferramenta poderosa para moldar a forma como as
pessoas pensam, agem e interagem com o mundo ao seu redor. Ela é fundamental
para a formação de indivíduos críticos e conscientes, capazes de analisar a realidade
e tomar decisões com base em valores éticos e morais (FREIRE, 1991).
A politicidade da educação refere-se à forma como as escolhas educacionais
são feitas e como essas escolhas são influenciadas por questões políticas, religiosas,
sociais e culturais. Essas questões estão presentes em todas as etapas do processo
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educativo, desde a definição dos objetivos educacionais até a seleção dos conteúdos
e metodologias de ensino (FREIRE, 1991). Por exemplo, a escolha de ensinar uma
determinada perspectiva histórica pode ser vista como uma escolha política, assim
como a decisão de incluir ou excluir certos temas ou valores dos currículos escolares.
A politicidade da educação nos lembra que as escolhas educacionais são
sempre influenciadas por questões políticas, e que é importante reconhecer e refletir
sobre essas influências para garantir que a educação atenda aos objetivos mais
amplos de uma sociedade justa e democrática (FREIRE,1991).
“Sonhamos com uma escola que, porque séria, se dedique ao ensino de forma
competente, mas dedicada, séria e competente ao ensino, seja uma escola geradora
de alegria” (FREIRE, 1991, p. 37).
A escola que desejamos não deve cometer injustiças com as crianças de
classes favorecidas nem negar o direito das crianças de classes populares de
aprender e estudar o mesmo conteúdo que as crianças das classes mais abastadas
estudam. A criação de uma escola assim requer a reformulação do currículo, levando
em consideração uma compreensão mais ampla desse conceito (FREIRE, 1991).
Para criar uma escola que promova a justiça social, é necessário repensar o
currículo e garantir que ele seja inclusivo e diversificado. O currículo deve ser
concebido para atender às necessidades e realidades das diversas comunidades
escolares, reconhecendo e valorizando suas culturas, tradições e formas de
conhecimento. Além disso, deve ser desenvolvido de forma a estimular o pensamento
crítico, a criatividade e a capacidade de resolução de problemas, com o objetivo de
preparar os alunos para enfrentar os desafios (FREIRE, 1991).
Todo projeto pedagógico possui um caráter ideológico e político implícito ou
explícito, já que a educação não é um processo neutro, mas sim um processo que
está inserido em uma determinada sociedade, com valores, crenças e visões de
mundo específicas. Portanto, é impossível desvincular a educação de questões
ideológicas e políticas (FREIRE, 1991).
As práticas educativas são as diferentes formas que compõe o processo de
desenvolvimento do cidadão para uma vida crítica, reflexiva e consciente, dentro de
um contexto social, político e cultural. Para tanto, a escola deve ter caráter político e
nunca neutra, isto é, saber para quem, para quê, contra quem e a favor de quem essa
política é direcionada, devendo ser políticas democráticas, eficiente e consciente, que
respeita e ouve as crianças, seus familiares e a comunidade escolar (FREIRE, 1991).
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Eu, Jennyffer, através deste texto, venho falar um pouco sobre a importância
do legado de Paulo Freire, a partir de sua obra A Educação na Cidade, para minha
vida como pedagoga.
Compreender os escritos das obras de Paulo Freire, é compreender que,
para o progresso da educação brasileira, é necessário colocar em prática, as riquezas
teóricas que temos em mãos.
Entender a educação como caminho para a libertação da opressão, saber
como construir uma escola progressista, alcançar a democracia escolar, é sem dúvida,
um dos principais legados deixados por Paulo Freire, que eu, como futura pedagoga,
buscarei levar para minha vida de modo que a teoria e a prática se confundam.
A obra A Educação na Cidade, é uma obra que traz uma elucidação da
realidade, de forma objetiva e concreta, como forma de guia para seus leitores críticos,
que buscam inovar assertivamente na educação.
Os pontos que posso elencar como principais para serem levados na minha
carreira como educadora é ser uma pessoa que ensina pelo exemplo, isto é, não ser
o tipo de professora que fala mas não prática o que fala; trazer a democracia para a
sala de aula ao permitir que todos os educandos possam expor suas ideias, ideais e
sua cultura; envolver a comunidade escolar, a família e funcionários nas tomadas de
decisões; mostrar aos educandos que aprender exige deles pensar, questionar,
investigar, refletir, sem aceitar tudo como verdade imposta; o educando deve ser
sujeito ativo para criar conhecimento; ser uma educadora ativa e apaixonada pela
educação, que sabe que não há educação sem política; uma pessoa que sabe seu
valor como cidadã e que todos nós devemos lutar pela melhoria das nossas escolas
públicas e fazer de tudo, principalmente para as crianças de classe popular possam
ingressar na escola e não ser excluída dela.
Ler as obras de Paulo Freire não é simplesmente uma atividade de leitura e
sim, uma lição de como encaminhar a educação pública para a democracia. Freire
com sua sabedoria e com sua humildade, mesmo que em palavras, consegue
transmitir essa energia da prática em suas ações, de modo que me envolve de tal
maneira, que sinto em meu íntimo, meu dever como educadora, de fazer acontecer
as mudanças tão almejadas por ele, de forma completa e assídua.
Eu, Mariani, quando realizei a leitura da obra escrita pelo autor Paulo Freire A
Educação na Cidade, vários foram os ensinamentos, não somente pessoal, mas
profissional como Educador.
Pois entendemos que precisamos nos adaptar tanto na forma de ensinar e se
relacionar com os alunos, trabalhar com o diálogo entre ambas as partes, saber falar,
mas também ouvir para que o educando se torno ativo em todo o processo de
aprendizagem, adaptar o ambiente escolar para que se torne a extensão da vivência
fora dele.
Sendo assim que não podemos fazer nada sozinhos que tudo está interligado e que
precisamos fazer a junção de vários fatores que nos ajudem chegar ao resultado que
se espera.
Sendo assim levarei para vida todo conteúdo estudo através não somente os
ensinamentos desta obra do autor, mas de várias outras estudadas por mim.
Mariani de Ramos
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