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Paulo Freire

TRAJETÓRIA, TEORIAS E CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO

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Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, Pernambuco, no dia
19 de setembro de 1921. Era filho de Joaquim Temístocles Freire,
oficial da Polícia Militar, e de Edeltrudes Neves Freire, dona de
casa. Teve dois irmãos mais velhos, José de Ribamar e Maria
Berenice.
Foi um educador e filósofo brasileiro do século XX. É conhecido
por sua abordagem revolucionária da educação, que veio a ser
conhecida como "pedagogia crítica".
Suas teorias, profundamente influenciadas pelo marxismo, viam
a educação como uma ferramenta para questionar e transformar
as estruturas de poder e desigualdade em sociedade.

PAULO FREIRE

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BIOGRAFIA
Tendo sua formação inicial em Direito, Freire desistiu da Advocacia e atuou durante o início da carreira como Professor de
Língua Portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz, instituição em que o Professor havia concluído o ensino básico. Freire também
trabalhou para o Serviço Social da Indústria (Sesi) como Diretor do Setor de Educação e Cultura, além de ter lecionado Filosofia
da Educação na então Universidade de Recife. Paulo Freire foi agraciado com cerca de 48 títulos, entre doutorado honoris causa
e outras honrarias de universidades e organizações brasileiras e do exterior.

É considerado o brasileiro com mais títulos de doutorados honoris causas e o escritor da terceira obra mais citada em trabalhos
de ciências humanas do mundo: “Pedagogia do Oprimido”. Em 1959, Paulo Freire passou no processo seletivo para a catedrá de
História e Filosofia da Educação da Escola de Belas Artes da Universidade de Recife, com a tese “Educação e Atualidade
Brasileira”. Em 1961, o professor tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais, da Universidade de Recife, o que o
possibilitou realizar as primeiras experiências mais amplas com a alfabetização de adultos, que culminaram na experiência de
Angicos.

Com baixos custos, o método desenvolvido por Freire inspirou o Plano Nacional de Alfabetização que começou a ser
encabeçado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), ainda do governo de João Goulart.

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O MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO
Em 1960, preocupado com grande número de adultos analfabetos na área rural dos estados do nordestinos, que formavam
consequentemente um grande número de excluídos, Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização. Sua proposta de
ensino estava baseada no vocabulário do cotidiano e da realidade dos alunos: as palavras eram discutidas e colocadas no
contexto social do indivíduo. Por exemplo: o agricultor aprendia as palavras, cana, enxada, terra, colheita, etc. Os alunos eram
levados a pensar nas questões sociais relacionadas aos seu trabalho. A partir da palavra base é que se ia descobrindo novos
termos e ampliando o vocabulário.

O método Paulo Freire foi aplicado pela primeira vez em 1962 na cidade de Angico no sertão do Rio Grande do Norte quando
foram alfabetizados 300 trabalhadores da agricultura. O projeto ficou conhecido como “As 40 horas de Angicos‘’, porque nesse
período tão curto, os adultos analfabetos já conseguiam ler e escrever uma série de palavras, que faziam parte de sua rotina.

O resultado ganhou as manchetes de jornais. A repercussão foi tanta que a cerimônia de encerramento do projeto contou com
a presença do presidente da república João Goulart.

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O MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO
Logo após o golpe militar de 1964, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça a ordem pelos
militares. Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação.

Retornou ao Brasil em 1979, após a Lei da Anistia.

Em 1985, durante o Governo de Franco Montoro, em São Paulo, assumiu o cargo de Secretário de Educação. Ele introduziu o
MOBRAL - (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e continuou a implementar e promover suas teorias pedagógicas.

Ao elaborar um método pedagógico, Freire revolucionou o ensino no país, e desde então, o Método Paulo Freire se tornou
referência para o desenvolvimento educacional.

Esse método é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização.


Na etapa de investigação, aluno e professor buscam palavras e temas de acordo com a realidade do aluno.

Na segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas baseando o seu significado social, tomando assim,
consciência do mundo vivido. E no final, a etapa de problematizar, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica
por uma visão crítica do mundo, partindo para transformação do contexto vivido.

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IDEIAS E TEORIAS PEDAGÓGICAS
EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE: defendia que a educação deveria ser um meio de conquistar a liberdade, em vez de
manter a opressão. Ele argumentava que a educação poderia ser uma ferramenta para conscientização social e política,
capacitando os indivíduos a desafiar e transformar as estruturas de poder em suas vidas e sociedade.

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO: nesta pedagogia, os oprimidos devem ser os sujeitos de seu próprio aprendizado. Freire enfatizava
a importância do diálogo e rejeitava a “educação bancária”, onde os estudantes são vistos como recipientes passivos do
conhecimento. Em vez disso, ele promoveu uma relação recíproca e horizontal na educação, em que tanto professor quanto
aluno aprendem juntos.

IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO: para Freire, o diálogo é essencial para o processo educacional. Ele argumentava que o diálogo
verdadeiro permite que os alunos se tornem co-criadores de conhecimento, em vez de simples receptores de informações. Esse
processo é crucial para conscientização.

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IDEIAS E TEORIAS PEDAGÓGICAS
CONSCIENTIZAÇÃO (OU CONSCIÊNCIA CRÍTICA): este termo refere-se a capacidade dos indivíduos de entender e questionar
criticamente o mundo ao seu redor e seu papel nele. Para Freire, o objetivo da educação é fomentar consciência crítica,
capacitando os alunos a reconhecer e desafiar as injustiças sociais e políticas.

EDUCAÇÃO PROBLEMATIZADORA: propôs que educação deva problematizar a realidade dos alunos, permitindo-lhes
questionar e explorar os problemas de suas vidas e comunidades. Isso constrata com uma visão de educação que simplesmente
fornece respostas ou fatos.

EDUCAÇÃO COMO ATO POLÍTICO: via a educação como ato inerentemente político. Ele rejeitou a noção de neutralidade na
educação, argumentando que todos os atos educacionais têm implicações políticas e, portanto, os educadores devem trabalhar
conscientemente para uma educação que promova a liberdade e a justiça.

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A RELEVÂNCIA DE PAULO FREIRE
Paulo Freire defende a educação como espaço de diálogo autonomia e exercício de conscientização sobre o mundo e sobre si,
que o liberta da visão fatalista da sociedade e da história. Uma das principais contribuições de Freire é a sua crítica à educação
tradicional.

Na vida e na obra de Paulo Freire há uma profunda paixão pela liberdade humana e, ao mesmo tempo, uma rigorosa e sempre
renovada busca de uma pedagogia emancipatória, além da incessante busca por coerência entre discurso e prática.

Finalizando o trabalho compreendemos que Paulo Freire contribuiu com a educação de jovens e adultos e colaborou com a
construção de uma Educação que prioriza o desenvolvimento de uma consciência reflexiva, crítica e libertadora, considerando
uma nova relação entre educador e educando.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. 213 p. ISBN 8521900058.
• FREIRE, Paulo. Pedagogia da libertação em Paulo Freire. Editora Paz e Terra, 2018.
• https://www.ebiografia.com/paulo_freire/
• https://www.bibliotecapublica.mg.gov.br/o-metodo-paulo-freire/
• https://brasilescola.uol.com.br/biografia/paulo-freire.htm
• https://www.suapesquisa.com/paulofreire/
• https://jornal.unesp.br/2021/09/24/a-educacao-voltada-para-valores-humanos-de-paulo-freire-continua-atualissima/
• https://unifei.edu.br/personalidades-do-muro/extensao/paulo-freire/

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JULIE CAROLINE COSTA DOS SANTOS

ALUNOS SANDY FERREIRA DE FREITAS

SILVIA ADRIANA DOS REIS


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