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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Uberlândia
2020
Educação como prática da liberdade
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
Freire acredita que a integração na sociedade não é uma forma de acomodar mais
sim uma capacidade de se ajustar a realidade, assim podendo fazer parte de
transformações. O homem integrado é um sujeito, desta forma o indivíduo consegue se
adaptar em uma sociedade que está sujeita a mudanças, de forma que criando e recriando
é que o homem participa das épocas históricas. Porém a visão que o autor tem é que os
homens se encontram diminuídos e acomodados que se alonga como “medo da
liberdade”.
Se for pensar em um ideal de mundo mais justo, sério um pelo qual traz uma
educação mais democrática e humanizadora desta forma, pensar em um mundo onde os
homens amem, pois a educação democrática não se faz sem amor, como não se faz
homens em outro homem, um mundo democrático consiste em pensar o homem como ser
reflexivo, conhecedor de sua própria histórica enquanto ser social.
Ele fala que a democracia antes de ser uma forma política, é uma forma de vida,
ressaltando a reponsabilidade social e política do homem, o diálogo se faz fundamental,
e no desenvolvimento do Brasil o que mais faltou foi diálogo, tendo em vista que dês do
período colonial o poder político de alguns se sobrepôs a participação popular, subtendo
ao homem a não interação, e com isso aceitando tudo que lhe era imposto sem questionar.
Freire critica as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores da época, pois eles
trabalham em cima de teorias e não buscavam fazer estudos científicos, e ressalta que a
escola tradicional falta ter o gosto por invenções, comprovações e pesquisa. O autor fala
que quanto menos criticidade os educadores tem na sua prática, mais ingenuamente tratam
os problemas, e isso torna superficial os assuntos, esse ato intensifica as características
da educação brasileira dentro de uma sociedade fechada.
Paulo freire fala de uma equipe em que participou por mais de 15 anos, pelo qual
acumularam muitas experiencias no campo da educação de adultos, os professores que
faziam parte desta equipe instituíam debates de grupos, através de entrevistas que
mantinham com eles e de que resultava a enumeração de problemas que os alfabetizados
gostariam de debater, e com isso grandes resultados foram sidos gerados, numa das
experiencias, um dos participantes escreveu com “Eu já estou espantado comigo mesmo”.
Paulo freire é reconhecido mundialmente pela sua vasta e densa obra sobre educação.
este livro em especial se faz extremamente atual se tratando educação de jovens e adultos
mas também da educação em geral. Ainda hoje um dos grandes desafios da educação
brasileira é a erradicação do analfabetismo, e mesmo se baseando em pesquisas e vendo
que o número de analfabetos está menor, a educação emancipatória, conscientizadora e
dialógica está sobre constante ameaça.
O tempo dos governantes mito voltou e educação se configura como ferramenta urgente
de resistência, talvez por isso tem sido tratada de forma tão displicente e sofrendo
constantes ataques apelativos ao que o senso comum tem de mais visceral, ao ponto de
um pensador como Paulo Freire ser colocado como um mal digno de expurgo. Se bem
que o é, pois ele foi em vida e sua obra continua sendo uma heresia e blasfêmia ao modelo
político e educacional imposto.