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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO

AMAZONAS
CAMPUS MANAUS CENTRO

CAROLINE VIEIRA AZEVEDO

UMA QUESTÃO INICIAL VIÁVEL: COMO SE DÁ A INCLUSÃO


DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM AUTISMO?

MANAUS- AM
2023
CAROLINE VIEIRA AZEVEDO

UMA QUESTÃO INICIAL VIÁVEL: COMO SE DÁ A INCLUSÃO


DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM AUTISMO?

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


ciências biológicas do instituto federal das
amazonas. Orientado: Professora Cinara Calvi
Anic Cabral.

MANAU- AM
2023
SUMÁRIO

Problematica.......................................................................... 4
Objetivos .................................................................................4
Justificativa..............................................................................5
Fundamentação teórica ..........................................................6
Metodologia.............................................................................9
Referencias ...........................................................................10
A inclusão de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) é um desafio complexo que envolve diferentes
fatores, tais como a dificuldade de comunicação e em lidar com
mudanças de rotina, sensibilidade a estímulos sensoriais, desafios
de interação social, entre outros. Para lidar com essas dificuldades,
é importante que os professores e outros profissionais da escola
estejam bem informados sobre as necessidades das crianças
autistas e possam oferecer suporte adequado, como adaptações
curriculares e estratégias de ensino diferenciadas. Para
professores, inclusão continua sendo uma nova realidade. A
presença de alunos com necessidades especiais gera sentimento
de impotência, frustração e angústia nos educadores diante das
limitações de seus alunos e de suas próprias, pois não conseguem
oferecer um atendimento individualizado a esses alunos (MATOS;
MENDES, 2014). Diante desse exposto trazemos a seguinte
questão: Como tem se dado a inclusão de crianças diagnosticadas
com autismo na educação infantil de rede pública de ensino no
município de Manaus?
O objetivo geral é verificar se a inclusão de crianças autistas está
sendo realizada. Já em relação aos objetivos específicos é realizar
um levantamento do que tem sido produzido na área de inclusão e
autismo, conceituar e caracterizar o que é autismo, e analisar como
a inclusão dessas crianças está sendo realizada.
Justificativa
Esta pesquisa surgiu das observações do pesquisador nas aulas de
Biologia desenvolvidas no âmbito do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Nessa ocasião, constatou-
se a dificuldade dos estudantes portadores do Transtorno do
Espectro Autista (TEA) em acompanhar as aulas ministradas pelos
professores. Pessoas portadoras de autismo apresentam uma
variedade de sintomas motores, incluindo alterações no
desenvolvimento motor e rigidez muscular (PERERA et al., 2014).
As habilidades motoras finas, são as mais afetadas, prejudicando a
interação social, independência e autonomia do indivíduo
(COPPEDE, et al.; 2012). Esse problema causa atrasos em afivelar
e desabotoar, digitar, escovar os dentes, escrever, montar objetos,
cortar, etc. (OLIVEIRA et al., 2018). Segundo Oliveira e Cardoso
(2011, p. 8), “quando planejamos recursos pedagógicos podemos
eliminar ou diminuir as barreiras, temporárias ou permanentes, que
impedem o desenvolvimento social, afetivo e mental do aluno com
deficiência, e facilitar o acesso a todas as atividades curriculares”.
Uma revisão de literatura feita com base na plataforma Google
Acadêmico, no período entre 2019-2023, sob o tema” autista e a
dificuldade em acompanhar as aulas” constatou que é preciso que
os docentes repensem a forma em como aplicam o conteúdo e as
suas práticas pedagógicas com seus alunos autistas. Assim, esta
pesquisa se assenta na possibilidade de desenvolver novas
metodologias para que haja uma inclusão total dos alunos dentro
das salas de aulas e assim contribuir para o aprendizado de todos
de uma maneira mais dinâmica. Dito isso, a justificativa para este
estudo reside na possibilidade de desenvolver as diferentes
habilidades dos alunos e sua contribuição para o ensino Sugestões
de novos métodos e novos recursos.
Fundamentação teórica
O transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno do
neurodesenvolvimento caracterizado por atipicidades no
desenvolvimento, déficits no desempenho comportamental,
comunicação e interação social, padrões comportamentais
repetitivos e estereotipados, podendo apresentar interesses e
atividades restritas, normalmente os sintomas são detectados por
volta dos 2-3 anos de idade, mas podem ser reconhecidos entre os
8-12 meses, se o atraso no desenvolvimento for grave. Mello (2001)
esclareceu que existem vários principais diagnósticos para
Classificação do autismo. O mais comumente usado é o Manual de
Diagnóstico e Estatística Transtornos Mentais da Associação
Psiquiátrica Americana, DSM-IV e Classificações Programa
Internacional de Doenças da OMS, CID-10, publicado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico deve ser
feito por um profissional especialista, que pode ser um
neurologista pediátrico ou um psiquiatra especializado sobre o
tema do autismo.

“O diagnóstico do transtorno do espectro autista


é clínico, não é preciso nenhum exame
laboratorial para confirmar o diagnóstico. Se o
paciente apresenta algumas características
clínicas, o médico está autorizado a fechar o
diagnóstico de transtorno do espectro do
autismo. Hoje, são considerados dois critérios. O
primeiro é dificuldade na comunicação e
interação social. O segundo critério envolve
comportamentos restritos e repetitivos, como
alguma rigidez cognitiva, ter que seguir uma
rotina muito rígida senão a pessoa se
desorganiza e seletividade alimentar, por
exemplo” (Cobas, Christiane,2023)

Durante o ensino fundamental, os déficits de comportamento


pupilar em crianças atípicas começam a se acentuar,
principalmente aquelas com transtorno do espectro do autismo,
que começam a se diferenciar de seus pares no ambiente escolar
por não atingirem o limiar para a exibição de comportamentos
escolares exigidos. Não é incomum que essas crianças
demonstrem anteriormente mais habilidades do que seus colegas
em reconhecer letras, números e cores, mas acabam ficando para
trás no aprendizado da leitura, escrita e matemática.
Segundo Sassaki (1999, p. 41), a inclusão social pode ser
conceituada como o processo de adaptação social, que permite a
integração de pessoas com necessidades especiais no sistema
social, preparando-as para papéis na sociedade. A inclusão social
constitui, assim, um processo bilateral no qual as pessoas e
sociedades que permanecem excluídas trabalham juntas para
enfrentar problemas, determinar soluções e alcançar
oportunidades iguais para todos.
O transtorno do espectro do autismo não é uma doença, mas um
transtorno neurodivergente, portanto não há cura. Embora não
possamos tratar o autismo, existem intervenções terapêuticas que
podem levar a uma melhor qualidade de vida, como melhora na
comunicação, concentração e redução de movimentos repetitivos
que competem com o aprendizado.
A análise do comportamento aplicada (ABA) é a parte pratica (ou
aplicada) baseada na ciência da análise do comportamento (AC).
A terapia ABA para autismo se concentra em facilitar o
aprendizado de novas habilidades reduzir comportamentos difíceis,
como comportamentos que ameaçam a integridade física, como a
agressão, e podem ser usados por vários profissionais, como
psicólogos, professores, pediatras e profissionais certificados pela
ABA que promovem sua especialidade. Os principais pontos que
esta pratica acompanham são: o desenvolvimento de
aprendizagem individual (rotina, família básica, consciência de
habilidades aprendidas ou não aprendidas), facilitar a
generalização (as técnicas são usadas em todos os contextos que
incluem a vida cotidiana e suas pessoas).
Já os fonoaudiólogos desempenham um papel importante na
aceitação e reabilitação de pessoas com autismo, a
fonoaudiologia, que atua diretamente na audição e na fala, ajuda
as crianças a desenvolver habilidades de comunicação, promover
interação social de qualidade e cria interação social, também ajuda
a melhorar a qualidade de vida com problemas relacionados à
deglutição, respiração e mastigação, além de outras necessidades,
esses profissionais ajudam a gerenciar atrasos na fala e escolhas
alimentares.
A terapia ocupacional para o autista tem como objetivo manter e
desenvolver as habilidades necessárias para permitir que a criança
funcione de forma funcional na vida diária e em uma variedade de
ambientes, como em casa e na escola. Desenvolver a autonomia
da criança nas atividades da vida diária também é uma
especialidade da terapia ocupacional, fazendo assim com que a
criança consiga arrumar o cabelo, usar seus sapatos ou até
mesmo ir ao banheiro sem a ajuda de outras pessoas, focando
assim na singularidade de cada criança e compreendendo seu
desenvolvimento físico, emocional, sensorial e cognitivo. A terapia
ocupacional auxilia as crianças em momentos críticos, sejam eles
atípicos ou neurotípicos.
A maioria das crianças portadoras de TEA frequentam escolas
regulares, porem muitas dessas escolas não estão preparadas
para receber estas crianças, pois os próprios educadores nem
sempre recebem o treinamento e o apoio adequado para lidar com
estes alunos. Esses ambientes escolares inadequados podem
prejudicar as crianças portadoras do autismo fazendo com que
estas tenham um atraso no seu desenvolvimento, portanto é de
suma importância que os educadores estejam cientes do impacto
do autismo na educação e de como usar metodologias de ensino
eficazes para as crianças, pois ao incorporar estilos de
aprendizagem apropriados aos autistas pode fazer assim com que
eles se sintam mais confortáveis e encorajados a aprender e
consequentemente preparados para o futuro.
Metodologia

O presente trabalho é uma pesquisa exploratória de cunho


qualitativo sobre o aluno autista e sua inclusão escolar.
De acordo com Gil (2017), as pesquisas exploratórias tendem a ser
mais flexíveis em seu planejamento, pois pretendem observar e
compreender os mais variados aspectos relativos ao fenômeno
estudado pelo pesquisador
CARVALHO, L. D. AUTISMO E ENTREVISTA COM TEMPLE
GRANDIN - VÍRUS DA ARTE & CIA - Lu Dias Carvalho.
Disponível em: <https://virusdaarte.net/autismo-e-entrevista-com-
temple-grandin/>. Acesso em: 25 jun. 2023.

PALOMA, M. I. AUTISMO E INSERÇÃO ESCOLAR DO ALUNO:


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<https://repositorio.uninter.com/bitstream/handle/1/926/trabalhando
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BARBERINI, K. Y. A Escolarização do Autista no Ensino Regular e


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MICHEL, F. V. A CRIANÇA AUTISTA NA ESCOLA REGULAR.


Disponível em:
<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-crianca-
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<https://www.adapte.com.vc/blog/autismo-aluno>. Acesso em: 29
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ROCHA, L. Entenda como o diagnóstico do espectro do
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<https://www.cnnbrasil.com.br/saude/entenda-como-o-diagnostico-
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MARQUES, I. Como tratar o autismo? Práticas que
ajudam . Genial Care , conjunto de 28. 2022. Disponível em:
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em: 30 jun. 2023
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