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COMPONENTE DE PROJECTO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
Domínio Cognitivo e Motor
AUTISMO
DOCENTE DISCENTES
Se a proximidade dessas palavras tem algo a ver, ou é apenas obra do acaso, quem vai
Auxilie um Autista da melhor forma que possa: seja com Amizade, Com Atenção, com
Amor… ou, se o seu coração permitir, utilize o alfabeto inteiro: respeito, inclusão social,
serenidade, gentileza, carinho, e tantos outros sentimentos que apenas o correcto uso do
Priscilla S. Gonçalves
AUTISMO
3. Destinatários da Acção
4. Objectivos a atingir
2. A PEA na Família
3. A PEA na Escola
4. Estratégias de Intervenção
1.5 Diagnóstico
1.6 Diagnóstico diferencial
1.7 Tratamento
2. A PEA na Família
3. A PEA na Escola
Reconhece-se que a escola se apresenta como uma estrutura central, no
desenvolvimento do processo de inclusão da criança / jovem com PEA na
4. Estratégias de intervenção
http://www.asic.pt/pdf/2008RevDiversidades15.pdf
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm32/autismo/ind.htm
Barthélemy, C.; Fuentes J.; Gaag, R. van der; Visconti, P. (2000). Descrição
do Autismo. Associação Internacional Autismes-Europe
www.scielo.br/pdf/rbp/v28/s1/a07v28s1.pdf
http://www.portoeditora.pt/bdigital/default.asp?
tipo=8&artigo=ESP_20010924_146&...
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid/dsm.php
http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/lists/repositrio
%20recursos2/dispform.aspx?id=771&rootfolder=/recursos/lists/repositrio
%20recursos2/publicações/educação%20especial
Howlin, P. (1997). Autism- Preparing for Adulthood. London and New York:
Routledge
Magerotte, G.; Duprez, M.; Magerotte, C.; Houchard, V.; Bury, F. (2005). Os
problemas de comportamento. Lisboa: APPDA
www.asic.pt/pdf/2008RevDiversidades15.pdf
As sessões terão uma componente teórica e prática com vista a uma aprendizagem
activa, recorrendo a diversas metodologias e bases de trabalho diferenciadas, das
quais se destacam:
Visionamento de filmes
Livros
Filmes
Datashow
Televisão
Leitor de DVD
Os formandos serão avaliados de uma forma contínua, havendo também lugar para
uma auto-avaliação. A avaliação seguirá uma escala de 0 a 20 valores. As
formadoras avaliarão os seguintes itens com base nos respectivos coeficientes:
Auto-avaliação – 1 / 10
Assiduidade – 1 / 10
Participação – 1 / 10
Nome:__________________________________________________________
Data: _____/_____/_______
a) Assiduidade
b) Participação
c) Portefólio
Nome:__________________________________________________________
Data: _____/_____/_______
Auto-avaliação Assiduidade Participação Portefólio
NOME TOTAL
(DE 0 a 1) (DE 0 a 1) (DE 0 a 1) (DE 0 a 7)
M M M M M M M M M M M M
O O O O O O O O O O O O
D. D. D. D. D. D. D. D. D. D. D. D.
I 2 3 I 2 3 I 2 3 I 2 3
FOLHA DE PRESENÇAS
Relatório do formador.
Nome (facultativo):
___________________________________________________________
Data: _____/_____/_______
a) Interesse
b) Clareza
c) Aplicabilidade
a) Capacidade de motivação
c) Relacionamento
e) Materiais/instrumentos didácticos
1 2 3 4 5
e Cláudia Duarte
RELATÓRIO DO FORMADOR
Nome :________________________________________________________
Data: _____/_____/_______
Coimbra, de de 2008
(ASSINATURA)
Conteúdos:
Evolução Histórica
Leo Kanner
Existência num mundo à parte onde os outros têm a função de servir os seus
interesses(ALONENESS)
Hipersensibilidade a estímulos
2. Dificuldade de comunicação
Mutismo
Linguagem idiossincrática
Memoria excepcional
• idade de início: evidencia-se somente depois dos 3 anos de idade, até aos 12
Características típicas
Diagnóstico
“ As pessoas com autismo são muito diferentes entre si em todos os grupos etários,
e o diagnóstico de autismo revela um grupo multifacetado” (Tetzchner, S. e
Martinsen, H., 2000, p.85)
“Crê-se que alguns indivíduos com síndroma de Asperger nunca chegam a ser
oficialmente diagnosticados, por estarem tão subtilmente afectados.” (Hewitt, S.,
2006, p.11)
TRATAMENTO
Deficiência mental
Privação emocional
TEORIA DA MENTE
Acreditar em alguma coisa que se sabe não ser verdade, sem deixar de ter
consciência da realidade FALSA CRENÇA
Objectivos:
(TEXTO)
Filmes
Computador
Datashow
Televisão
Leitor de DVD
Metodologias:
Visionamento de filmes
MÓDULO I
MANHÃ
HORÁRIO TEMÁTICA METODOLOGIA MATERIAIS
9.00 h Recepção/ Apresentação
9.15 h
9.15 h Perturbações do Espectro Exposição teórica Computador
10.00 h do Autismo Data show
10.00 h Análise e discussão de um Trabalho prático Excerto do livro constante do
10.30 h texto do livro ”O estranho em grupo material policopiado
caso do cão morto” (ACTIVIDADE 1)
10.30 h Intervalo
11.00 h
11.00 h Etiologia Exposição teórica Computador
11.35 h Data show
11.35 h Análise e discussão de um Trabalho prático Excerto do livro constante do
12.00 h texto do livro … em grupo material policopiado
(ACTIVIDADE 2)
12.00 h Tríade de incapacidades no Exposição teórica Computador
12.20 h Espectro do Autismo Data show
12.20 h Visionamento e discussão Debate Leitor de DVD
13.00 h sobre excertos do filme Trabalho prático
SNOW CAKE em grupo Filme
(ACTIVIDADE 3)
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 1:
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 2:
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE3:
PLANO DA ACÇÃO
MÓDULO I
TARDE
HORÁRIO TEMÁTICA METODOLOGIA MATERIAIS
14.00 h Variação clínica ao longo Exposição teórica Computador
14.30 h do desenvolvimento Data show
14.30 h Análise e discussão de um Trabalho prático Excerto do livro constante do
15.00 h texto do livro “Autista, em grupo material policopiado
quem …? Eu?” (ACTIVIDADE 4)
15.00 h Diagnóstico e tratamento Exposição teórica Computador
15.45 h Data show
15.45 h Visionamento e discussão Debate Computador
16.15 h sobre excertos de filmes de Trabalho prático
casos práticos em grupo Internet
(ACTIVIDADE 5)
16.15 h Intervalo
16.30 h
16.30 h Auto-avaliação dos Preenchimento Fichas de Auto-avaliação e
17.00 h formandos e da Acção de individual das Avaliação da Acção
Formação Fichas de Auto-
avaliação e
Avaliação da Acção
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 4:
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 5:
Cumine, V., & Leach, J., & Stevenson, G. (2006), Compreender a Síndroma
de Asperger: Guia prático para educadores. Porto: Porto Editora
Magerotte, G.; Duprez, M.; Magerotte, C.; Houchard, V.; Bury, F. (2005). Os
problemas de comportamento. Lisboa: APPDA
FILMES:
Meu filho meu mundo – O milagre do amor (1979)
Rain Man – Encontro de Irmãos (1988)
Snowcake (2006)
SÍTIOS:
APPDA Associação Portuguesa para as Perturbações do
Desenvolvimento e Autismo:
Autism Europe:
http://www.autismeurope.org/portal/Default.aspx?tabid=469
DGIDC
http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio
%20Recursos2/Attachments/771/Unidades_Autismo.pdf
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid/dsm.php
http://ags.pearsonassessments.com/Group.asp?
nGroupInfoID=a3000
http://www.charitynet.org/~iaro/index.html
http://www.nimh.nih.gov/health/publications/autism/complete -
publication.shtml
Horários: Das 9.00 horas às 13.00 horas e das 14.00 horas às 17.00 horas
Objectivos:
2. A PEA na Família
Conhecer o ciclo de reacções emocionais e crenças parentais associadas ao
diagnóstico de uma Perturbação do Espectro do Autismo;
Reconhecer a importância da família no processo de avaliação e de
intervenção.
3. A PEA na Escola
Constatar as dificuldades e emoções sentidas pelos educadores e
professores;
Constatar as emoções sentidas pelos colegas dos alunos com PEA;
Enquadrar legalmente o Espectro do Autismo.
Conteúdos:
2. A PEA na Família
A família constitui o alicerce da sociedade e, assim, é um dos principais
contextos de desenvolvimento da criança.
À nascença, o bebé com autismo é quase sempre visto como sendo normal.
Aquando do diagnóstico, os pais de crianças com PEA, expressam uma nítida
sensação de perda, na medida em que perderam “a criança idealizada”.
No que diz respeito às crianças com PEA, esta prática e mudança de ideais é
deveras importante, pois as famílias destas crianças não sabem, na maior parte das
vezes como agir e fazer face à educação de uma criança com este problema. É
necessário ajudar e apoiar a família em tal situação, passando a centrar a
intervenção também naquela.
Para caracterizarmos uma criança com PEA, segundo este modelo, devemos ter em
conta o seu mapa ecológico (micro, meso, exo e macrossitema) actual, bem como o
contexto social e cultural da sua própria família. Traçado o mapa ecológico será bem
mais fácil proceder a uma intervenção, com estratégias e objectivos delineados.
É fundamental termos em conta as actividades e as relações interpessoais
experimentadas pela criança no contexto ou espaço em que esta funciona
(microssistema). De igual forma, é importante também ter em conta as interacções
entre dois ou mais contextos, nos quais a criança participa activamente como, por
exemplo, entre o microssistema e o exossistema. (mesossistema). Há também os
contextos nos quais a criança não se encontra directamente envolvida, mas cujos
acontecimentos afectam ou são afectados por aquilo que acontece nos outros
sistemas (exossistema). Temos, por último, o macrossistema que envolve o sistema
de valores e crenças culturais de uma sociedade. (Correia & Serrano, 2000, p.22/23)
É necessário ter em conta estas interacções para que um programa de
intervenção precoce seja bem sucedido e ter a noção de que quanto mais cedo se
começar, tanto melhor.
3. A PEA na Escola
O educador/professor não deve ficar desesperado ao saber que vai ter uma
criança com PEA na sua sala. As dificuldades conseguirão ser atenuadas se o
educador conseguir aproveitar as ocasiões que se apresentam naturalmente e os
interesses manifestados pela criança na interacção com o grupo.
PLANO DA ACÇÃO
MÓDULO 2
MANHÃ
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 1:
Actividade 1:
Leitura do poema “Descobrir” escrito por uma mãe acerca do diagnóstico de autismo
do seu filho e de alguns testemunhos de pais. Reflexão com o grupo turma sobre o
conteúdo destes documentos tendo em conta a reacção familiar a um diagnóstico de
PEA e o ciclo de sentimentos.
Sono interrompido
E sonhos estilhaçados
Rodeiam o caos das avaliações de diagnóstico e
Das ressonâncias magnéticas
O silêncio acompanha-nos até casa.
“No caso de um filho com deficiência, os Pais não têm anticorpos para reagir,
nem alívio natural dado pelo conhecimento de uma experiência já vivida, nem
aceitação da vontade de Deus. Feridos na sua própria carne, têm por vezes
reacções muito primitivas, encontrando-se totalmente desprotegidos e sem
qualquer percepção para aceitar a realidade. Porquê a mim?”
Daphne Economau
PLANO DA ACÇÃO
MÓDULO II
TARDE
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE
2 - Não te angusties comigo, porque também fico angustiado. Respeita o meu ritmo.
Poderás sempre relacionar-te comigo se compreenderes as minhas necessidades e
o meu modo especial de entender a realidade. Não fiques deprimido, o que será
normal é que eu evolua e me desenvolva cada vez mais.
3 - Não me fales muito, nem depressa demais. As palavras são "ar" que não pesa
para ti, mas podem ser uma carga muito pesada para mim. Muitas vezes não são a
melhor maneira de te relacionares comigo.
4 - Como outros crianças, como outros adultos, necessito partilhar o prazer e gosto
de fazer as coisas bem-feitas, ainda que nem sempre o consiga. Faz-me saber, de
algum modo, quando faço bem as coisas e ajuda-me a fazê-las sem erros. Quando
faço muitos erros acontece-me o mesmo que a ti: irrito-me e acabo por me negar a
fazer as coisas.
6 – É-me difícil compreender o sentido de muitas das coisas que me pedem que
faça. Ajuda-me a entender. Pede-me coisas que podem ter um sentido concreto e
decifrável para mim. Não permitas que me aborreça ou que permaneça inactivo.
9 – O meu desenvolvimento não é absurdo, embora não seja fácil de entender. Tem
a sua própria lógica e muitas das condutas que chamas "alteradas" são formas de
enfrentar o mundo na minha especial forma de ser e perceber. Faz um esforço para
me compreender.
10- As outras pessoas são demasiado complicadas. O meu mundo não é complexo
e fechado mas sim simples. Ainda que pareça estranho o que te digo , o meu mundo
é tão aberto , tão sem trapaças nem mentiras , tão ingenuamente exposto aos
outros, que é difícil penetrar nele . Não vivo numa "fortaleza vazia", nem numa
planície tão aberta que pode parecer inacessível. Sou muito menos complicado do
que as pessoas que são consideradas normais.
11- Não me peças sempre as mesmas coisas nem me exijas as mesmas rotinas.
Não tens que te fazer autista para me ajudar. O autista sou eu, não tu!
12- Não sou só autista. Também sou uma criança, um adolescente, ou um adulto.
Partilho muitas coisas com as crianças, adolescentes ou adultos ditos "normais ".
Gosto de brincar e de me divertir, gosto dos meus pais e das pessoas com quem
convivo, sinto-me satisfeito quando faço bem as coisas. É aquilo que partilhamos
que nos une.
13- Vale a pena viver comigo. Poço dar-te tantas satisfações como outras pessoas,
embora não sejam as mesmas. Pode chegar um momento da tua vida em que eu,
que sou autista, serei a tua maior e melhor companhia.
15- Nem meus pais nem eu temos culpa do que eu tenho. Nem têm os especialistas
que me tratam. Não serve de nada culpá-los uns e outros. Às vezes, as minhas
reacções e comportamentos podem ser difíceis de compreender ou enfrentar, porém
16- Não me peças constantemente coisas acima do que sou capaz de fazer. Porém
pede-me as que sou capaz de fazer. Dá-me ajuda para ser mais autónomo, para
compreender melhor, para comunicar melhor, porém não me ajudes demais .
17- Não tens que mudar completamente a tua vida pelo facto de viver com uma
pessoa autista. Não me serve de nada que tu estejas mal, que te feches e que
fiques deprimido. Necessito estabilidade e bem estar emocional à minha volta para
estar melhor. Pensa que o teu cônjuge também não tem culpa do que se passa
comigo.
18- Ajuda-me com naturalidade, sem o converter numa obsessão. Para me poder
ajudar, tens que ter os teus momentos de repouso ou para te dedicar às tuas
próprias actividades. Aproxima-te de mim, não te vás embora, porém não te sintas
submetido a um peso insuportável. Na minha vida, tive momentos maus, porém
poço estar cada vez melhor.
19- Aceita-me como sou. Não condiciones a tua aceitação a que deixe de ser
autista. Sê optimista sem inventar "histórias". A minha situação normalmente
melhora , ainda que por agora não tem cura .
20- Ainda que me seja difícil comunicar ou não compreenda as subtilezas sociais,
tenho algumas vantagens em relação aos ditos "normais" . Custa-me comunicar,
porém não sei enganar. Não compreendo as subtilezas sociais, porém também não
participo das segundas intenções ou dos sentimentos perigosos tão frequentes na
vida social. A minha vida pode ser satisfatória se for simples, ordenada e tranquila. A
minha vida como autista pode ser tão feliz e satisfatória como a tua "normal". Nessas
vidas, podemos encontrar-nos e partilhar muitas experiências .