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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista é um termo cada vez mais comum nos dias
de hoje, síndrome comportamental que possui diversas etiologias diferentes com
incapacidade de relacionar-se com demais pessoas, sérios distúrbios de linguagens,
muita resistência no momento de aprendizagem e a não aceitação nas mudanças de
rotinas (KHOURY; TEIXEIRA, CARREIRO et al, 2014).
Além disso, muito se fala sobre a inclusão, sobre a inserção de crianças com
TEA ou qualquer outro transtorno, síndrome ou anomalia, nas escolas de ensino
regular, porém pouco é falado do preparo que o professor precisa ter para trabalhar
com um aluno especial.
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Desse modo, a presente disciplina tem como finalidade analisar os métodos
educacionais utilizados para favorecer o desenvolvimento global do aluno, a partir da
descrição dos objetivos e funcionalidade de cada método educacional.
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FATORES QUE DIFICULTAM A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS TEA
O ser humano tem dez sentidos e não cinco como imagina-se, e o autista que
tem o transtorno do processamento sensorial, vive diariamente cada um deles como
relata Kwant (2016).
Pessoas com TEA poder ser hipersensíveis aos estímulos do meio ambiente.
Interpretam esses estímulos de forma exacerbada e costumam fugir, ficar estagnadas
ou agredir.
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Essas crianças precisam de estímulos dosados, pois em suas características
vão sempre ter texturas preferíveis, para a comida, cobrem as orelhas quando
expostos a barulho excessivo, não gostam de ser tocados, entre outros. Essas
características quando exploradas positivamente para a criança, e quando percebidas
precocemente, evitam muito sofrimento para o autista em todos os momentos de sua
vida. (DEFENDI, 2016).
A escola, como um todo deve estar preparada para variadas situações e claro
para os variados perfis diferentes de crianças autistas, adequando-se com materiais
e meios didáticos que levem a criança com o transtorno a criar vínculo com a sala de
aula e suas propostas de estimulação.
A grande maioria de crianças com TEA não gostam e não suportam barulhos,
as mudanças de rotinas, regras e a identificação dessas situações estressantes
previnem e ajudam no conforto para que esse aluno continue frequentando a escola.
Por parte dos professores, a vivência desses primeiros momentos pode ser
paralisante, carregada de sentimento de impotência, angústia e geradora de falsas
convicções a respeito da impossibilidade de que a escola e o saber/fazer dos
professores possam contribuir para o desenvolvimento daquela criança. (BRASIL,
2010, p.22).
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As instituições escolares possuem diversos déficits, como carências de rede de
apoio e desconhecimento das estratégias efetivas de ensino voltadas para a educação
especial. Além de aumentar a ansiedade em lidar com o educando, tais aspectos
influenciam as práticas pedagógicas empregadas e diminuem as expectativas dos
docentes no que diz respeito à educabilidade de seus educandos.
Essas salas servem para dar mais apoio a escola, aos pais dos alunos com
TEA e principalmente as crianças que, precisam de um olhar especial, para serem
capazes de realizar todas e quaisquer atividades que seja proposta na escola regular.
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A oferta do atendimento educacional especializado - AEE deve constar no
Projeto Pedagógico da escola de ensino regular, prevendo na sua organização:
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Figura 1: Modelo de atividades desenvolvidas nas salas de AEE.
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São atribuições do professor do atendimento educacional especializado:
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É de importância relevante conhecer as atribuições cabíveis aos professores
das salas de AEE. Pois o trabalho com a criança com TEA deve ir muito além das
salas para que ele tenha sucesso no seu desenvolvimento cognitivo e motor. Os pais
também devem se sentir parte dessas tarefas em casa.
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MÉTODO TEACCH
As abordagens mais recomendadas para ensinar uma criança com TEA são
aquelas com estímulos que se utilizam de apoios visuais. Os alunos demonstram com
frequência determinadas forças de pensamentos concretos, nas rotas de memória e
na compreensão das relações visões parciais, demonstram dificuldades no raciocínio
simbólico, comunicação e atenção, os objetos, as figuras, pistas escritas podem
ajudar esses alunos a aprender a comunicação e desenvolver alto controle, sendo
assim os orientam na organização e na qualidade de comportamento (FONSECA;
CIOLA, 2014).
Viabilizando o ambiente escolar, o espaço deve ser com áreas claramente bem
definidas e com divisões para as necessidades por delimitações físicas, sendo assim
a estrutura visual da sala ajuda a criança com TEA a focar a sua atenção nas tarefas
mais relevantes. O meio de aprendizagem deve ser neutro de efeitos visuais ou
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sonoros que dificultam a possibilidade de identificação de pistas necessárias para as
crianças com TEA realizarem atividades (FONSECA; CIOLA 2014).
Agendas de comunicação
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Figura 5: Modelo de agenda de comunicação, com auxílio de objetos
concretos.
Fonseca e Ciola (2014) explicam que, a agenda pode ser indicada de várias
formas, dependendo apenas do nível de compreensão da criança, podendo ser
ilustrada com fotos, concreta com objetos, pictogramas, escritas, etc. Cada aluno deve
ter sua própria agenda de acordo com sua necessidade.
Não basta colocar um cartão com uma imagem esperando que o aluno
reconheça e passe a cumprir a sequência. Se for um aluno de baixo
funcionamento que não entende o significado do símbolo, aquele cartão não
passara de um pedaço de papel com um borrão sem significado (FONSECA;
CIOLA, 2014, p. 35).
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O professor deve analisar quais crianças conseguem trabalhar em grupo, quais
necessitam do auxílio do professor, quais conseguirão apenas se tiverem o
acompanhamento integral do professor e quais alunos são de difícil controle
comportamental, porque mesmo que as agendas devam ser individuais, o trabalho
pode ser feito em conjunto. “Sempre importante ressaltar que, todas as pessoas que
trabalham com a criança devem utilizar o mesmo sistema representativo para não
gerar confusão para a criança” (FONSECA E CIOLA, 2014).
As agendas são divididas em aquelas que são dirigidas pelo professor, desde
a agenda que os alunos consigam programar e montar sozinhos.
Níveis de trabalho
Fonseca (2006) sugere esse termo (níveis) para que o educador saiba
identificar em que momento cognitivo e funcional o aluno esta, para estruturar
atividades que comtemplem aspectos ainda não atingidos pela criança, e reforçar
habilidades já desenvolvidas.
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Nível I – Atividades iniciais: preparação e atividades motoras
Para cumprir com uma atividade de nível I, pessoa não precisa de estratégias
de resolução cognitiva ou buscar critérios para a solução de problemas. Nesta fase,
exigência é ainda motora, inicial, básica e preparatória para os níveis posteriores.
Normalmente as pessoa que se encontram no nível I ainda não desenvolveram
estruturas linguísticas suficientes para provocar comunicação, não conseguem usar
objetos nem brinquedos funcionalmente, possuem pouco foco atencioso, pouco uso
de integração olho x mão não consegue resolver atividades que exigem encaixe,
classificações, seriações, comparação, não conseguem estabelecer igualdades entre
objetos (emparelhar identidades) nem descrimina-los quando solicitados, ou seja,
estão em um nível de funcionamento mais baixo ou são ainda menores de 2 anos de
idade para quem ainda se espera este tipo de pensamento (FONSECA; CIOLA, 2014,
p.62).
Nessa primeira fase, o apoio dos objetos é necessário para que o aluno
internalize os conceitos apresentados pelo educador. Com o trabalho voltado para a
questão motora, as exigências cognitivas iniciam a partir do próximo nível.
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No Nível I, o aluno precisa de auxílio físico total para começar a compreender
os objetivos das tarefas e como proceder na execução do sistema de trabalho.
Nível II
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Nível III
Este nível dispensa o uso de objetos, pois nessa fase a criança já está com o
processo de discriminação de imagens completo, tendo assim o domínio dessa
habilidade.
Para passar do nível III para o IV, o aluno necessita dominar o valor sonoro das
letras e sílabas, relacionar imagens com sua representação escrita, trazer as
habilidades do nível I, II e III.
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Nível IV
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MÉTODO ABA - ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO
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O aluno é levado a dedicar-se de forma positiva para que não ajam comportamentos
indesejáveis.
Ajuda e Dicas
Tipos de dicas
Verbal - Dividia em verbal parcial (VP) e verbal total (VT). A VP tem como
fundamento dar a resposta inteira, exemplo: Qual o seu nome? Douglas. Já a verbal
parcial, significa dar apenas uma parte da resposta, como um tipo de começo: Qual o
seu nome? Dou...
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Gestual - Apontar a resposta correta ou indicá-la olhando na direção da
resposta certa. Pode ser pelo movimento, inclinando a cabeça para dar um sinal ou
até mesmo executar uma ação. Suponha-se que a criança recebe ajuda para brincar
de esconde-esconde, nesse momento poderia ser dado uma dica para a criança
procurar atrás da porta indagando-a: O que será que tem pendurando na porta? E
fazer movimentos de abre e fecha usando as mãos.
Modelação - Essa dica tem por objetivo mostrar a criança como fazer alguma
coisa. No momento que você mostra e pede para a criança observar como você lava
as mãos, ao pedir para que o aluno toque sua própria cabeça e ao mesmo tempo
executa o movimento, logo o comportamento está sendo modelado.
Física - Ajuda física para que o aluno consiga completar uma tarefa colocando
sua mão sobre a dela para que pegue os brinquedos, segure um giz, empilhe blocos,
use garfo ou colher entre outras tarefas. Essa dica é também chamada de condução
Mão–sobre Mão que significa pegar esse aluno e conduzi-lo até o local designado. A
Iniciativa é outro tipo de dica física, uma espécie de cutucada, podendo ser feita com
uma leve pressão sobre o braço, ombro, ou costas, dever começar delicadamente,
para que o movimento de tocar um braço indique que está na hora de levantar a mão,
ao tocar as costas fazer a criança lembrar de começar a andar, ou até mesmo dar
tapinhas para mostrar para ele que chegou a sua vez.
Dicas de estímulos - É algo que você faz para tornar o estímulo mais avançado
e mais provável de ser escolhido, existem dois tipos: Intra-estímulo e extra estímulo.
O primeiro é quando você muda alguma coisa do próprio estímulo para que se
destaque e tenha mais chances de ser escolhido. Trocando o tamanho (tornando ele
maior que o resto); as formas (podem ser redondas quando o resto é todo quadrado);
e a cor (sendo a escolha correta, quando o resto é branco-e-preto). Já o extra estímulo
é quando se adiciona ao estímulo coisas para ajudar a criança a responder certo.
Exemplo: usar um adesivo de coração sobre o cartão que está a resposta correta.
Logo você poderá remover esse adesivo e assim esperar a resposta correta.
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Figura 14: Exemplo de dica.
Essa dica é o reverso da aprendizagem sem o erro, uma vez que ela segue
dicas da mínima para a máxima, ela não deve ser usada para ensinar novas
habilidades, pois a criança errará muito mais e a situação se tornará menos reforçada.
Reforçamento positivo
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Metodologia ABA na utilização de reforço positivo, DTT (Tentativas
Discretas)
O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das
metodologias de ensino usadas pela ABA. Tem um formato estruturado, comandado
pelo professor, e caracteriza-se por dividir sequências complicadas de aprendizado
em passos muito pequenos ou “discretos” (separados) ensinados um de cada vez
durante uma série de “tentativas” (trials), junto com o reforçamento positivo (prêmios)
e o grau de “ajuda” (prompting) que for necessário para que o objetivo seja alcançado.
(LEAR, 2004, p.1)
Lear (2004), explica que o método é por meio do ensino um-para-um, sendo
uma das formas utilizadas pelo ABA, o aprendizado adquirido é um método
generalizado para as várias situações cotidianas. A partir do progresso que a criança
apresenta, torna-se capaz de assimilar linguagens, conceitos e habilidades que não
são ensinadas em sessões diretamente individuais, sendo assim são chamadas de
aprendizagem incidental, onde se tem um equilíbrio nas atividades e variedades de
locações tanto de professores e de terapeutas podendo ajudar para que a
generalização das habilidades para que se tornem mais fáceis.
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O Ensino Incidental refere-se "às interações entre um adulto e uma criança
que ocorrem naturalmente em situações rotineiras, e que são usadas pelo adulto para
transmitir novas informações ou promover a prática no desenvolvimento de novas
habilidades de comunicação (HART; RISLEY, 1975, p. 411)
Essa prática traz segurança para a criança, pois naturalmente ele consegue
desenvolver suas habilidades sem perceber que faz parte de uma atividade planejada
pelo professor.
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SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DA TROCA DE FIGURAS (PECS)
O método PECS, foi desenvolvido para auxiliar crianças e adultos com autismo
e outros distúrbios de desenvolvimento para que ambos possam adquirir habilidades
de comunicação. Esse sistema é utilizado primeiro com indivíduos que não se
comunicam ou que possuem comunicação, mas com baixíssima eficiência (MELLO
2007).
O PECS visa ajudar a criança a perceber que através da comunicação ela pode
conseguir muito mais rapidamente as coisas que deseja, estimulando a assim a
comunicar-se, e muito provavelmente a diminuir drasticamente problemas de conduta.
Tem sido bem aceito em vários lugares do mundo, pois não demanda materiais
complexos ou caros, é relativamente fácil de aprender, pode ser aplicado em qualquer
lugar e quando bem aplicado apresenta resultados inquestionáveis na comunicação
através de cartões em crianças que não falam, e na organização da linguagem verbal
em crianças que falam, mas que precisam organizar está linguagem”. (MELLO 2007,
p.39).
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Figura 15: Como se comunicar.
A Fase II, denominada distância, usa-se ainda a primeira figura da fase I, porém
os alunos aprendem a generalizar esta nova habilidade e usá-la em lugares diferentes,
com pessoas diferentes e usando distâncias variadas. Eles aprendem a ser
comunicadores persistentes. (BONDY, 1994).
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Figura 17: Discriminação de Imagem.
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Figura 19: Comentando perguntas e resposta.
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MÉTODO PADOVAN DE REORGANIZAÇÃO NEUROFUNCIONAL
Podemos dizer que o “start” foi dado quando Beatriz tomou conhecimento de
uma conferência de Steiner, intitulada “Andar, Falar, Pensar”, onde afirmava ele que
estas três atividades definiam o ser humano como tal: o ser que anda ereto; que tem
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uma linguagem codificada e, portanto, pode falar; e que tem a capacidade de
aprender, adaptar-se, criar, indicando que tem a competência de pensar. Dizia ainda
que estas três atividades se originam do mesmo “processo”, que é contínuo, e que o
“processo do andar” leva ao falar e este ao pensar.
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Neurofuncional - reorganização neurológica mais a reorganização das funções orais.
Este método, portanto, ficou assim composto:
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Mais um ponto importante: o paciente não precisa estar consciente de sua
dificuldade nem precisa colaborar nos exercícios. Se ele conseguir executá-los
voluntariamente, é bom; se ele não puder, vai receber passivamente os movimentos
genéticos (exercícios) aplicados pelo terapeuta. É preciso que o terapeuta,
naturalmente, tenha aprendido as estratégias para conseguir conduzir bem os
movimentos genéticos. Desta forma, pode-se trabalhar qualquer tipo de paciente,
desde um bebê e até mesmo um portador de AVE, um indivíduo com disfagia,
podendo-se começar quando ainda em coma.
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e) problemas degenerativos – dando uma melhor qualidade de vida ao
indivíduo.
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REFERÊNCIAS
BÜHLER W. O coração – órgão da cordialidade. Arte Méd Amp. 2012; 32(2): 59-
67.
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FONSECA, Maria Elisa Granchi; CIOLA, Juliana De Cássia Baptistella. Vejo e
aprendo: Fundamentos do Programa TEACCH; O ensino estruturado para
pessoas com autismo. 1. Ed. Ribeirão Preto, SP: Book Toy, 2014.
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