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TREINAMENTO

PRIMÁRIA
PARA LÍDERES
Adaptações Curriculares e Estratégias
de Ensino para Crianças com
Deficiências, Síndromes ou Transtornos
do Neurodesenvolvimento
01
QUEM
SOU
EU
Renata Borges
24 anos

Membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos


dos Últimos Dias

Servi Missão em Santos - BRASIL

Servi na Primária por 8 anos

Psicóloga Infantil graduada na UFMG

Pós Graduada em Transtorno do Espectro do


Autismo pela UFMG

Pós Graduada em Análise do


Comportamento Aplicada ao Autismo e
Deficiência Intelectual pela CBI Of Miami
02
AUTISMO
O QUE É O AUTISMO?

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do


neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento
atípico, manifestações comportamentais, déficits na
comunicação e na interação social, padrões de
comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo
apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Níveis de Suporte

Nível 1 (Leve)

Apresentam dificuldades para iniciar a relação social


com outras pessoas e podem ter pouco interesse em
interagir com os demais, apresentando respostas
atípicas ou insucesso a aberturas sociais. Em geral,
apresentam dificuldades para trocar de atividades e
problemas de planejamento e organização.
Níveis de Suporte
Nível 2 (Médio)

Podem apresentar um nível um pouco mais grave de


deficiência nas relações sociais e na comunicação verbal e não
verbal. Têm limitações em iniciar interações sociais e prejuízos
sociais aparentes mesmo com a presença de apoio.

Além disso, são mais inflexíveis nos seus comportamentos,


apresentam dificuldades com a mudança ou com os
comportamentos repetitivos e sofrem para modificar o foco
das suas ações.
Níveis de Suporte
Nível 3 (Grave)

Nesse nível, existem déficits bem mais graves em relação a


comunicação verbal e não verbal, além de dificuldades notórias
para iniciar uma interação social, com graves prejuízos de
funcionamento.

Também apresentam dificuldade extrema em lidar com a mudança


e com comportamentos repetitivos – o que interfere de forma mais
acentuada no seu funcionamento. Ainda contam com grande
sofrimento para mudar o foco das suas ações.
PRINCIPAIS DIFICULDADES
Dificuldades na Comunicação Expressiva
Dificuldades na Comunicação Receptiva
Dificuldades na Comunicação Não Verbal
Dificuldades em Habilidades Sociais
Hipersensibilidade ou Hiposensibilidade
Rigidez Cognitiva/ Inflexibilidade/ Apego a rotina
Baixa Resistência a Frustração
Hiperfoco/ Interesses Restritos
Estereotipias
MITOS

● Estereotipias são ruim e atrapalham a


criança
● Autistas são agressivos
● Autistas não têm empatia/ Autistas não
sabem amar
● Autista vive no seu próprio mundo
● Autistas não querem ter amigos
● Autistas são super dotados
● Autistas são todos iguais
03
SINDROME
DE
DOWN
O QUE É SÍNDROME DE DOWN?

Síndrome de Down é uma alteração


genética causada por uma divisão celular
atípica. As pessoas apresentam
características como olhos oblíquos, rosto
arredondado, mãos menores e
comprometimento intelectual.
PRINCIPAIS DIFICULDADES
Dificuldades na Comunicação Expressiva
Dificuldades na Comunicação Receptiva
Deficiências Auditivas e de visão podem estar presentes
Comprometimento intelectual e, consequentemente,
aprendizagem mais lenta
04
TDAH
O QUE É TDAH?

É um transtorno neurobiológico de causas


genéticas, caracterizado por sintomas como falta de
atenção, inquietação e impulsividade. Aparece na
infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a
vida.
PRINCIPAIS DIFICULDADES
Dificuldade de prestar atenção
Dificuldade de organização
Dificuldades de planejamento
Dificuldade em permanecer parado
Dificuldade em terminar tarefas
Facilmente distraidas
Impulsividade
05
PRIMEIROS
PASSOS
PRIMEIROS PASSOS
1 - PESQUISAR SOBRE A DEFICIÊNCIA
2- REUNIR-SE COM OS PAIS
3- REUNIR-SE COM OUTRAS LÍDERES
4- TRAÇAR PLANOS
5- CRIAR VÍNCULO
6- INTEGRAR
7- OFERECER APOIO NA SALA DE AULA
IMPORTÂNCIA DOS PAIS
Os pais podem passar informações sobre a criança
que vão ajudar as professoras a ter sucesso, tais
como explicações sobre como a criança se comunica,
atividades que ela aprecia e coisas que devem ser
evitadas, assim como maneiras de incentivar um
comportamento adequado. O trabalho com os pais é
essencial para criar a união, a cooperação e o
diálogo constante, que são necessários para melhor
ajudar uma criança com deficiência.
IMPORTÂNCIA DOS PAIS
Os pais podem passar informações sobre a criança
que vão ajudar as professoras a ter sucesso, tais
como explicações sobre como a criança se comunica,
atividades que ela aprecia e coisas que devem ser
evitadas, assim como maneiras de incentivar um
comportamento adequado. O trabalho com os pais é
essencial para criar a união, a cooperação e o
diálogo constante, que são necessários para melhor
ajudar uma criança com deficiência.
COMO CRIAR VÍNCULO?

As crianças com deficiência cognitiva podem


comunicar-se de modo diferente das outras. Se
os professores compreenderem o estilo de
comunicação individual da criança, podem
ajudar a edificar a confiança e a amizade e
tornar-se instrutores mais eficazes.
COMO CRIAR VÍNCULO?
Colocar seu rosto na altura da criança.
Quando os adultos fazem isso, a criança se sente menos
intimidada e mais incluída. Isso também ajuda crianças que
têm dificuldade para concentrar-se em um ambiente de
grupo. O professor ou ajudante pode captar a atenção da
criança e compartilhar periodicamente uma frase ou duas
sobre a lição, durante a aula.
COMO CRIAR VÍNCULO?
Descobrir os interesses da criança.
As crianças se sentem valorizadas quando outras pessoas
mostram interesse pelas coisas que elas adoram. As crianças
com deficiências geralmente se apegam a certas coisas, como
um brinquedo, um animal ou um jogo específico. O professor
pode pedir à criança que fale sobre seus interesses e mostre
seu objeto de interesse durante a aula. Mesmo que a criança
não fale, a professora ainda pode falar sobre o interesse da
criança.
INTEGRAR
Isso é importante tanto para a criança quanto para seus colegas.

A integração ajuda a aprender a interagir socialmente de modo


adequado e a comportar-se na Igreja, preparando-a para a transição
para as classes dos jovens.

Para os colegas, o fato de estarem juntos na classe oferece


oportunidades de serviço e para que conheçam pontos de vista que
somente as crianças com deficiências podem ter. O tempo que
passam juntos também incentiva a amizade: uma parte importante do
processo de sentir-se incluída e querida na Igreja.
06
ADAPTAÇÕES
ADAPTAÇÕES
O manual da Igreja ensina que “os líderes e professores
devem incluir o mais plenamente possível, nas reuniões,
aulas e atividades, os membros com deficiência. As aulas, os
discursos e os métodos didáticos devem ser adaptados
para atender às necessidades de cada pessoa”. Para dar
aulas de modo a atender às necessidades de cada aluno é
preciso oração, criatividade e esforço.
TIPOS DE ADAPTAÇÕES

VISUAL AUDITIVA TÁTIL


VISUAL
Muitas crianças aprendem visualmente, ou seja, gravuras ou
objetos as ajudam a compreender os conceitos.

O professor ajudante ou assistente pode sentar-se ao lado


da criança com deficiência e mostrar-lhe desenhos ou
gravuras durante a aula para ilustrar o que estiver sendo
ensinado.

Se a criança gostar de desenhar, pode ganhar uma folha de


papel em branco para compartilhar com seu ajudante.
Juntos eles podem desenhar coisas mencionadas na aula.
AUDITIVA
As crianças que aprendem auditivamente gostam de ouvir histórias.

Também gostam muito quando o professor usa a voz para animar a


história: sussurros, expressões de espanto ou uma fala mais
apressada nas partes emocionantes.

Os professores talvez tenham de simplificar e abreviar as histórias da


aula para que a criança com deficiência compreenda e se mantenha
interessada.

Pense na possibilidade de contar a história e depois tirar princípios


da história e aplicá-los a uma situação do cotidiano, ou a uma
história ou acontecimento que faça parte da realidade da criança.
TÁTIL

As crianças que aprendem pelo toque gostam de ter


objetos para pegar e sentir.

Se uma história da lição acontecer ao ar livre, o


professor pode mostrar uma pedra lisa, um galho ou
um animal de pelúcia enquanto a história é contada e
depois passar o objeto entre os alunos para que todos
tenham a vez de segurá-lo e examiná-lo.

Dobraduras ou páginas para colorir são outros objetos


tangíveis úteis.
OUTRAS DICAS
Fragmentação de conteúdos

Usar linguagem clara

Ensinar de forma concreta

Repetir

Utilizar do interesse da criança

Fazer encenações

Utilizar Músicas

Utilizar Vídeos

Dê pequenas oportunidades de participação


EXEMPLO DE AULA ADAPTADA

AMAR UNS AOS OUTROS


EXEMPLO DE AULA ADAPTADA

VISUAL
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA

AUDITIVA
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA

TEATRO
HISTÓRIA COM
HINOS E PERSONAGENS QUE
MÚSICAS ELE
GOSTA/CONHECE
REPETIÇÃO
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA

TÁTIL
EXEMPLO DE AULA ADAPTADA

BONECOS
MASSINHA
ATIVIDADES
MANUAIS
07
ESTRATÉGIAS
PREVISIBI
LIDADE
ESTABELECER ROTINAS

Uma maneira de fazer isso é criar um pôster com a


programação da aula descrevendo como ela irá fluir.
Sua programação pode incluir orações, tempo para o
ensino e tempo para as atividades. Isso pode ajudar a
reduzir sentimentos de incerteza que podem
aumentar a ansiedade em algumas crianças.
ROTINA VISUAL
HISTÓRIA SOCIAL
MARCADOS DE TEMPO
DESSENSI
BILIZAÇÃO
O QUE É?
Consiste em expor a criança a essa estimulação
repetidas vezes, em dose mínima, sempre
pareando-a com outras estimulações prazerosas.
Assim, o estímulo aversivo pode vir a adquirir as
características reforçadoras do estímulo que gera
prazer.
AUXÍLIOS
VISUAIS
REGRAS
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
AFETO
POSITIVO
O QUE É?
Focar em criar estados emocionais positivos nas crianças
durante as interações;

A afetividade é um dos fatores que favorecem a


aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo, fazendo com
que o individuo aprenda através dos sentimentos, das
emoções e das experiências que são trocadas na
interação com o outro.
REFORÇO
O QUE É?
Um reforçador, de modo simplificado, é uma
recompensa a um comportamento “adequado”.

No entanto, um item só é reforçador, se sua


apresentação aumenta a chance de um
comportamento alvo ocorrer novamente.
09
CRISES
O QUE É?
É um colapso decorrente de uma sobrecarga
sensorial, que costuma ocorrer quando a
criança é exposta a estímulos com os quais não
conseguem lidar.
Esse estímulo pode ser ruído, luzes, vozes ou até
mesmo mudança de rotina.
COMO LIDAR?
1- Proteja a criança
2- Acolha ela
3-Abraços apertados podem ajudar
4- Permitir que façam estereotipias
5- Ofereça meios de distração
6- Não perca a calma, mapeie o motivo da crise
para diminuir o estímulo do momento
10
O QUE NÃO
FAZER
O que não fazer com crianças
autistas
● Não desrespeite as sensibilidades
● Evite instruções verbais muito longas
● Não exclua a criança
● Não ameace/ Não use chantagem emocional
● Não fale mentiras
11
PERGUNTAS
Sou presidente da primária da minha ala e temos uma
criança autista e ela não fala, gostaria de saber como
posso ajudar essa criança nas aulas da primária?
Os pais das crianças com necessidades especiais podem
participar como professores na mesma sala junto com
os filhos?
Autista não verbal, não participa das classes da primária
(fica muitas vezes no berçário) Quer fugir se deixado nas
salinhas de aula. Alguma sugestão de como incluí-lo?
Gostaria de saber como podemos identificar qual a melhor
forma de interagir com as crianças autistas, descobrir os
seus limites, como captar sua atenção.
Alguns tem hiperfoco, como podemos saber identificar
isso para utilizar em benefício deles?
Como incluir o autismo no tempo de cantar?
Como tratar a criança com autismo que tem
hipersensibilidade a música no tempo de cantar?
E quando a criança não é diagnosticada ou os pais não
falam no assunto, mas vc observa o comportamento da
criança e percebe que tem a possibilidade de ser uma
criança especial
RESUMINDO…
1- CONHEÇA A CRIANÇA E CRIE UM VÍNCULO
2 - FALE COM OS PAIS
3- ESTUDE MUITO
4- SE PLANEJE
5- ADAPTE AS ATIVIDADES
6- PEÇA AJUDA E
CONFIE NO SENHOR !
“Quando estiver a serviço do Senhor, você
terá o direito de receber ajuda Dele.
Lembre-se de que o Senhor qualifica
aqueles a quem Ele chama”

—PRESIDENTE THOMAS S. MONSON


MUITO
OBRIGADA
PELA ATENÇÃO
INSTAGRAM
@PSI.RENATAPBORGES

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