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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO

CURSO DE PSICOLOGIA

DESENVOLVIMENTO INFANTIL: TDAH E O


PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Aluno(a): Leticia Bidurin


Karina Sampaio Nascimento

Docente: Adriana Ferreira Paes

Ribeirão Preto
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................4
2.1. TDAH......................................................................................................4
2.2. ÂMBITO ESCOLAR..............................................................................5
2..3. O PAPEL DA FAMILIA........................................................................5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................7
4. QUESTÕES...................................................................................................7
5. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

Quando falamos de aprendizagem, é de extrema importância abranger todos os detalhes


do processo que ela envolve. Para o biólogo e psicólogo suíço Jean Piaget, o aprendizado é
construído pela criança durante a sua relação com objetos e pessoas (chamada de teoria do
construtivismo). Nessa teoria, ele descreve a criança como agente de seu próprio
desenvolvimento através de quatro determinantes básicos: a maturação do sistema nervoso
central, a estimulação do ambiente físico, a aprendizagem e a tendência do equilíbrio. A
contribuição que ele fez para a prática pedagógica e compreensão do desenvolvimento infantil
é relevante até hoje, pois foi um dos trabalhos a considerar tanto os aspectos cognitivos
quanto os psicossociais da criança, ajudando a reconhecer as competências necessárias no ato
de ensinar, sempre respeitando a etapa do desenvolvimento no qual a criança se encontra.

Dessa forma, contextualizando a maneira como se dá esse desenvolvimento infantil, esse


trabalho tem como objetivo discutir a influência dos transtornos de aprendizagem na vida
escolar da criança, focando no TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e
seus critérios de diagnóstico, além de sua interferência no âmbito escolar e o papel da família
diante das inúmeras questões que vão se fazendo presentes no cotidiano acadêmico do filho.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. TDAH

É um dos transtornos neuropsiquiátricos mais conhecidos na infância. Leva o


indivíduo a uma falta de atenção, hiperatividade e impulsividade, ocasionando sérias
dificuldades para o processo de aprendizagem. O transtorno de déficit de atenção,
como transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que surgem na infância, e
acompanha a fase adulta. Alguns aspectos são importantes que sejam avaliados a fim
de que não sejam cometidos enganos no diagnóstico de TDAH, sendo eles:

– Avaliar a frequência e a intensidade que estes sintomas aparecem, a duração dos


mesmos e a interferência que eles causam na vida, ou seja, se acarreta ou não prejuízo
no funcionamento da pessoa.

– Avaliar se os sintomas existem desde a infância ou início da adolescência.

– Avaliar se os sintomas não estão sendo provocados por nenhum outro transtorno
conhecido.

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade vem aumentando seu espaço no


ambiente escolar. Educadores se deparam com estudantes com hiperatividade e não
sabem lidar com eles em sala. E isso se transforma em um pré-julgamento, e
confundindo com um mau comportamento, onde isso irá prejudicar o processo de
ensino.

 TDAH predominantemente desatentos - Se uma criança é pressionada a algo,


acontece o decréscimo do desempenho dela, pois uma criança com TDAH
sobre uma pressão por algo como: fazer tarefas, prestar atenção, a tendência é
ela se tornar menos eficaz. É adequado trabalhar com essas pessoas com
estímulo e ambientes que sejam altamente interessantes e tranquilos, A
desatenção pode acontecer em situações escolares, profissionais ou sociais.
Frequentemente dá-se a impressão de que a mente está em outro lugar ou que
não escutou o que foi dito. Há uma dificuldade em completar tarefas,
compreender instruções, organizar atividades. Seus objetos são desorganizados
e com frequência são perdidos, desleixados, danificados. Os portadores de
TDAH distraem-se com qualquer ruído, esquecem coisas das atividades
diárias, esquecem compromissos marcados, não prestam atenção no que os
outros dizem.
 TDAH predominantemente impulsivos – a mente é um receptor de alta
sensibilidade que gera a impaciência, o responder antes mesmo da pessoa
terminar a pergunta, não consegue esperar sua vez de fala, interrompe assuntos,
causando dificuldade no âmbito escolar e social.
Uma vez diagnosticado o TDAH, esse aluno deve ser considerado como uma criança
com necessidades educacionais especiais, pois para que tenha garantidas as mesmas
oportunidades de aprender que os demais colegas de sala de aula, serão necessárias
algumas adaptações visando diminuir a ocorrência dos comportamentos indesejáveis
que possam prejudicar seu progresso pedagógico [...] (REIS, 2011 p.8).

Esse trecho diz por si mesmo, muitas pessoas não entendem mas quando uma criança
é diagnosticada com TDAH ela precisa de um tempo a mais para seus deveres e
afazeres, precisam ser tratadas igualmente mas com um tempo a mais de reforço dos
professores. Nesse sentido, torna-se indispensável a intervenção do professor para que
esse estudante não venha a se sentir inferior em relação aos outros integrantes da
turma, bem como a turma não o caracterize como uma pessoa lenta e exótica.

2.2 ÂMBITO ESCOLAR

O papel do professor para a evolução do estudante com TDAH é de estrema


importância; mas se a escola não o apoia ou não dá subsídios pelos quais possa ser
cumprido o objetivo, o esforço e trabalho até então alcançados regridem ou paralisam,
não chegando a um progresso desejado. E também a escola e a família estar unidas
nesse processo irá melhorar e acelerar o processo da criança para o aprendizado.

’’ Há necessidade de psicoterapia quando existe morbidade e/ou problemas


secundários considerados graves e de difícil solução na escola, em casa ou
socialmente. Embora nem toda criança necessite psicoterapia, todo caso de TDAH
requer orientação.

2.2. O PAPEL DA FAMÍLIA

A orientação aos pais visa facilitar o convívio familiar, ajudar a entender o


comportamento do portador de TDAH e ensinar técnicas para manejo dos sintomas e
prevenção de futuros problemas.’’

Quando a escola orienta pais, professores e colegas o convívio das crianças com
TDAH vai evitar o fato da criança não perder o interesse na questão social e escolar. O
desafio, entretanto, para que esta intervenção ocorra, é conseguir a participação da
escola no tratamento.
‘’ O atendimento de crianças e de adolescentes implica, quase que invariavelmente,
em um contato com a família ou cuidadores. Mesmo quando membros da família não
estão fisicamente presentes, sua influência sobre a criança ou adolescente é inegável.
A saúde da criança está relacionada às características físicas, sociais e emocionais dos
pais, bem como às práticas parentais empregadas na educação, manejo de problemas,
enfrentamento do estresse e cuidados com os filhos (American Academy of Pediatrics,
2003).’’

A orientação e o aconselhamento de pais ou cuidadores visa facilitar o convívio


familiar. Não apenas porque auxiliam na compreensão do comportamento do portador
do TDAH, mas também porque incluem o ensino de técnicas para auxiliar no manejo
dos sintomas e prevenção de problemas.

Os pais devem ter paciência com os filhos pois é um processo longo para a criança, e
para eles se assegurarem que está tudo ok, aconselha os pais a procurarem
informações, seja por livros, vídeos.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse trabalho foi possível fazer uma breve análise sobre o Transtorno de Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) e suas origens, critérios de diagnóstico, influência na
vida escolar e familiar da criança. Através dos tópicos abordados, a questão dos transtornos de
aprendizados foi colocada em evidência, abrindo espaço para o debate acerca das dificuldades
que uma criança com TDAH enfrenta em seu cotidiano. O papel da escola e da família são
fundamentais para que ocorra um desenvolvimento saudável.

Salienta-se que os educadores devem atentar-se para as necessidades únicas de cada aluno
e fazer da sala de aula um ambiente inclusivo para todas as crianças, visando uma boa
adaptação e um tratamento igualitário em termos de socialização, ao mesmo tempo em que
respeita o tempo de cada um e suas limitações.

4. QUESTÕES

5. BIBLIOGRAFIA

JUN 8, P. POR A. |; TEXTOS |, 2016 |. TDAH e o processo de aprendizagem.


Disponível em: <https://tdah.org.br/tdah-e-o-processo-de-aprendizagem/>.

ROCHA, M.; CONFORTIN, H. TDAH E APRENDIZAGEM: UM DESAFIO PARA


A EDUCAÇÃO. Hyperactivity and learning: an education challenge. [s.l: s.n.].
Disponível em: <https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/148_535.pdf>.

TIRELLO, M. M. TDAH e o cotidiano escolar: Um desafio da educação atual. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 08, n. 08, p. 137–146, 7 set.
2019.

DESIDÉRIO, R. C. S.; MIYAZAKI, M. C. DE O. S. Transtorno de Déficit de Atenção /


Hiperatividade (TDAH): orientações para a família. Psicologia Escolar e Educacional, v.
11, p. 165–176, 1 jun. 2007.

TDAH: O que é e como influencia na aprendizagem escolar. Disponível em:


<https://www.mackenzie.br/noticias/artigo/n/a/i/tdah-o-que-e-e-como-influencia-na-
aprendizagem-escolar/>. Acesso em: 23 abr. 2023.

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