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FACULDADE PLUS DRAGÃO DO MAR

INSTITUTO PLUS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL, CLINICA E


ORGANIZACIONAL

SÂMIA MENDES GONÇALVES DE OLIVEIRA

A CONTRIBUIÇÃO DA PISCOPEDAGOGIA NA APRENDIZAGEM DA


CRIANÇA COM TDAH

FORTALEZA- CEARÁ
2018
SÂMIA MENDES GONÇALVES DE OLIVEIRA

A CONTRIBUIÇÃO DA PISCOPEDAGOGIA NA APRENDIZAGEM DA


CRIANÇA COM TDAH

Projeto de Pesquisa apresentado à


disciplina Metodologia da Pesquisa
em Educação como requisito para
obtenção de nota da disciplina.
Orientadora: Profª.Ms. Raimunda
Cid Timbó

FORTALEZA-CEARÁ
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................4


2.1 PSICOPEDAGOGIA .....................................................................................4
2.2 TDAH.............................................................................................................5

3 METODOLOGIA ................................................................................7
3.1 TIPO DE PESQUISA ..................................................................................7
3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA....................................................................7
3.3 PARTICIPAÇÃO DO PESQUISADOR (MÉTODO) ....................................7
3.4 ESPAÇO DA PESQUISA ...........................................................................7
3.5 PARTICIPANTES DA PESQUISA .............................................................8
3.6 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .............................................8

4 CRONOGRAMA ............................................................................... 8

REFERÊNCIAS ................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

Todos os dias aprendemos algo novo e de forma diferente uns dos


outros, uns aprendem mais rápido, outros mais devagar, uns são mais visuais,
outros auditivos, dessa forma, há também diferentes maneiras de ensinar. As
diversas formas de aprender e ensinar estão interligados não sendo possível
separá-los dentro do processo educacional.

A Psicopedagogia se preocupa como o indivíduo aprende, qual o


porquê de alguns aprenderem e outros não, sendo assim, qual o motivo da
dificuldade em aprender. A Psicopedagogia tem como objeto de estudo o ato de
aprender e ensinar, levando em conta o indivíduo que aprende, ensina,
modifica e é modificado.

Diante desse conceito percebe-se a relevância da atuação do


Psicopedagogo no processo de aprendizagem, pois o homem está em
processo de aprendizagem diariamente em suas atividades. Muito se ouve falar
em fracasso escolar e pouco se fala no motivo do fracasso sendo mais fácil
colocar a culpa no aluno em vez de procurar a causa e ajuda-lo.

De acordo com vários autores é fundamental que cada caso de


dificuldade no processo de ensino – aprendizagem seja analisado de forma
crítica e abrangente, e que também seja levado em consideração diversos
aspectos como os psicológicos, pedagógicos, biológicos e sociais.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se


caracteriza por sintomas de desatenção exacerbada, excessiva agitação
motora e grande impulsividade e que, por isso, causa problemas na vida
escolar, na vida profissional, social e familiar. Dessa forma, é da competência
do psicopedagogo uma intervenção educativa ampla que consista no processo
de aprendizagem do indivíduo.

Diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo geral:


Analisar qual a contribuição da Psicopedagogia na aprendizagem da criança
com TDAH. E como objetivos específicos: Conhecer como o psicopedagogo
identifica a criança do TDAH; observar as atividades desenvolvidas pelo
psicopedagogo com crianças com TDAH e por fim, verificar se as atividades
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propostas pelo psicopedagogo favorecem o processo de aprendizagem de


crianças com TDAH.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A PSICOPEDAGOGIA

A Psicopedagogia atua no processo de aprendizagem e de


dificuldades e tem por foco o sujeito que aprende em vários contextos sociais,
considerando a influência do meio (família, escola, sociedade). Posto isso, esta
é um campo de atuação em Saúde e Educação que trata do processo de
aprendizagem com base nos padrões normais e patológicos.

No Brasil a Psicopedagogia veio a surgir na década de 1970 sob


influência americana e europeia, por meio da Argentina. Os argentinos sob
influência dos europeus passaram a cuidar de pessoas portadoras de
dificuldades de aprendizagem por mais de 30 anos. Diversos autores
argentinos a exemplo de Dr. Quirós, Jacob, Feldaman, Sara Paín, Jorge Visca,
Alícia Fernandez, Ana Maria Muniz dentre outros, ministraram cursos na área
de Psicopedagogia, contribuindo para o enriquecimento e desenvolvimento do
aporte teórico da Psicopedagogia. O final do século XIX, de acordo com
THOMSEN (2001), Psiquiatras e Neuropsiquiatra preocupados com fatores que
interferiam na aprendizagem organizaram novos métodos de Educação Infantil
sob influência dos educadores Esquiral, Montessori e Ovidir Decroly, dentre
outros.

Segundo informação da ABPp, o curso de formação em


Psicopedagogia ocorre no país em caráter regular e oficial, desde a década de
setenta em universidades. Os cursos são ofertados na modalidade de Pós-
Graduação, Lato Senso e Strito Senso, nos quais possuem carga horária de
360 a 720 horas, com 75% de aulas teóricas e 25% de estágio supervisionado,
conforme determina o Ministério da Educação (MEC). O primeiro Projeto
apresentado na Câmera dos Deputados que tratou da regularização da
atividade de psicopedagogo foi do Deputado Barbosa Neto em 1997, mas, o
pleito foi arquivado com fundamento no artigo 105 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados. Em 12 de setembro de 2001, o Projeto de Lei 10.891,
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do Deputado Estadual de São Paulo, Claury Alves da Silva, foi aprovado


autorizando o poder Executivo a implantar assistência psicológica e
Psicopedagógico em todos os estabelecimentos de ensino público objetivando
diagnosticar e prevenir problemas de aprendizagem.

A trajetória de luta empreendida para regulamentação destes


profissionais iniciou com ajuda da ABPp, dos psicopedagogos do Brasil e de
parte de alguns representantes políticos. A criação da identidade profissional
concretizou-se no processo de inclusão do psicopedagogo na Classificação
Brasileira de Ocupação - CBO cadastrado no nº2394. A regulamentação hoje é
uma conquista revestida nos esforços dos Psicopedagogos e da Sociedade,
assim configurou - se uma conquista de todos envolvidos diretamente e
indiretamente.

2.2 TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

TDAH ou transtorno de déficit de atenção com hiperatividade é um


transtorno neurobiológico que faz com que a criança tenha dificuldade de
aprender a controlar o seu próprio comportamento. Esse transtorno é, de
acordo com Rohde e Benczik (1999), um problema de saúde mental que tem
três características básicas: a desatenção, a agitação e a impulsividade.

O CID-10 identifica o TDAH pelo código F90.0 - Distúrbios da


atividade e da atenção - que engloba os sinônimos síndrome de déficit da
atenção com hiperatividade, transtorno de déficit da atenção com
hiperatividade e transtorno de hiperatividade e déficit da atenção

A criança que apresenta esse transtorno tem problemas de


relacionamento com professores, colegas e familiares, e com isso fica
prejudicada no seu ambiente escolar chegando a se sentir excluído.

“O sucesso escolar dos alunos com TDAH requer uma série de


intervenções das diversas pessoas envolvidas: pais, professores,
profissionais da saúde e ainda tratamento terapêutico e farmacêutico
quando necessário. Porém algumas adaptações na estrutura do
currículo da escola e no desenvolver das aulas podem também
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contribuir satisfatoriamente para um melhor desempenho do alunos


portador do transtorno.” (COUTINHO 2015, p. 71 até 78).

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios


Mentais (DSM IV), o transtorno subdivide-se em três tipos de padrão
comportamental: O desatento, em que prevalecem os sinais de desatenção
apresentando seis ou mais sintomas do grupo a que pertence. O hiperativo
impulsivo, em que se apresentam seis ou mais características do grupo de
hiperatividade/impulsividade. O grupo combinado, em que se apresentam seis
ou mais sintomas dos dois grupos acima mencionados.

Existem muitas pesquisas onde procuram saber a causa do


desenvolvimento de TDHA, as mesmas apontaram que a hereditariedade é
uma das causas que podem fazer com que a criança desenvolva esse
transtorno. Outras causas apontadas são problemas na gravidez como
sofrimento fetal, problemas familiares, e até mesmo a exposição ao chumbo
poderá causar no bebe a probabilidade maior de desenvolver esse transtorno.

Por ser considerada um transtorno e não uma doença o TDAH não


tem cura, apenas tratamento. O tratamento do TDAH deve acontecer em
conjunto, e é necessário que pais, profissionais da educação e da saúde
estejam dispostos a ajudar da melhor forma o portador do TDAH. O tratamento
de crianças com TDAH supõe intervenção de vários profissionais, sendo essa a
questão central para o psicopedagogo, além de técnicas de mudança de
comportamento.

O papel do psicopedagogo é avaliar os fatores que interferem na


aprendizagem dessa criança e ajudar a escola a propor soluções para que a
aprendizagem aconteça.

De acordo com ROHDE (2000), é importante que a aprendizagem se


torne um momento prazeroso e para isso o psicopedagogo pode auxiliar o
professor a encontrar uma maneira eficaz de ensinar a criança. É tarefa
fundamental do psicopedagogo, portanto, trabalhar junto com o professor para
diminuir as dificuldades escolares de crianças diagnosticadas com TDAH.

3 METODOLOGIA
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3.1 TIPO DE PESQUISA


A metodologia utilizada será a pesquisa exploratória em fontes
bibliográficas e documentais. No decorrer das ações serão realizadas leituras e
pesquisas em livros, periódicos, revistas e instrumentos.
Dessa forma, Gil (2002, p.45) afirma que “a principal vantagem da
pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de
uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia
pesquisar diretamente”.
Posteriormente será realizada a pesquisa de campo que segundo Gil
(2002, p.55) “é um tipo de pesquisa que se caracteriza pela interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas”.
3.2 ABORDAGEM
A referida pesquisa terá como base uma abordagem qualitativa, na
qual busca compreender o fenômeno estudado, pois nesse tipo de pesquisa os
dados coletados são fundamentais para se conhecer a realidade dos
pesquisados, levando em conta seus conhecimentos e experiências.
Para Gil (1999), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento
da investigação das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas
relações, mediante a máxima valorização do contato direto com a situação
estudada, buscando-se o que era comum, mas permanecendo, entretanto,
aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.

3.3 PARTICIPAÇÃO DO PESQUISADOR

De acordo com a participação do pesquisador e seu método essa


pesquisa será do tipo participante e mediante seus objetivos descritiva ou
explicativa.

Na pesquisa participante o pesquisador usa a observação como


técnica de pesquisa para identificar problemas e na medida que observa e
investiga, atua na intervenção dos problemas identificados para a resolução
dos mesmos.

3.4 ESPAÇO DA PESQUISA


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Essa pesquisa será desenvolvida em uma clínica e em uma escola


de Fortaleza onde seja ofertado o serviço do psicopedagogo, visando o
conhecimento do trabalho em relação ao atendimento psicopedagógico de um
aluno com TDAH.

3.5 PARTICIPANTES DA PESQUISA


Irão participar desse estudo 01 psicopedagogo, 01 professor e
alunos com TDAH.

3.6 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

A pesquisa será aplicada por meio de dois instrumentos de coleta de


dados, sendo a observação na clínica onde atenda alunos com TDAH e uma
entrevista semiestruturada com o psicopedagogo e com o professor dos
referidos alunos, onde tenho como objetivo geral: Analisar qual a contribuição
da Psicopedagogia na aprendizagem da criança com TDAH. E como objetivos
específicos: Conhecer como o psicopedagogo identifica a criança do TDAH;
observar as atividades desenvolvidas pelo psicopedagogo com crianças com
TDAH e por fim, Verificar se as atividades propostas pelo psicopedagogo
favorecem o processo de aprendizagem de crianças com TDAH.

De acordo com Gil (1999), a entrevista é uma das técnicas de coleta


de dados mais utilizadas nas pesquisas sociais. Esta técnica de coleta de
dados é bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que as
pessoas sabem, creem, esperam e desejam, assim como suas razões para
cada resposta.

4 CRONOGRAMA
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Atividade/Agosto 01/08 08/08 22/08 29/08


Escolha do Tema x
Orientação e Escrita da Introdução e x
Fundamentação teórica
Orientação e escrita da Metodologia e Cronograma x
Entrega e Apresentação do Projeto de Pesquisa x
5 REFERÊNCIAS

Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Disponível em


http://www.datasus.gov.br/cid10/ V2008/WebHelp/f90_f98.htm#F90. Consulta
em 21/08/2017. CID
COUTINHO, Maria Ione Alexandre. Revista Construir Notícias. Editora
Construir. 2015.
FITÓ, Anna Sans. Por Que é Tão Difícil Aprender? Editora Paulinas. 2012.
ROHDE, Luis Augusto et al. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.
Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 22, supl. 2, p. 7-11, dez. 2000.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462000000600003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24/08/2017.
THOMSEN, Débora Bernadi Grandjean. Ponto de vista – Psicopedagogia:
Contexto, Conceito e Atuação. FEV./2007. Disponível em:
http://www.abpp.com.br/artigos/74.htm> acessado em 24/08/2017.

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