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Maringá
2021
Introdução
Está projeto de pesquisa será parte integrante do Programa de
doutorado em Doutorado em Educação para a Ciência e a Matemática pela
Universidade Estadual de Maringá, campus de Maringá. Sou Mestre em
Educação pela (UNESP) Bauru e licenciado em Ciências biológicas pela
Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), pós-graduado em Educação no
campo pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. Atualmente atuo
como professor de Ciências e biologia na Escola Estadual Integral Bairro Santa
Rita do Pontal, a qual atende cerca de 190 alunos. Na escola, durante o período
da manhã funciona a rede municipal que oferece o ensino primário e
fundamental I (1ª ao 5ª ano). No período da tarde é oferecido pela rede estadual
de educação o ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), na modalidade tempo
Integral e a noite o ensino médio (1ª ao 3º ano). A escola está localizada no
Bairro rural Santa Rita do Pontal que atende alunos de 5 assentamentos que
teve sua origem através da organização de Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), os quais lutaram pela posse das terras devolutas.
Justificativa:
O projeto de pesquisa tem a finalidade de trazer a tecnologia e uso de
aplicativos para dentro da escola do campo e proporcionar um ensino
aprendizagem de qualidade e atrativos aos alunos, pretendesse com o a
pesquisa desenvolver atividades com os alunos do 9º ano do ensino fundamental
II um aplicativo onde o mesmo terá conteúdos que aborde a realidade do campo
com o mesmo objetivo da proposta curricular do estado de São Paulo que e
garantir as competências e habilidades do ensino, esse aplicativo será aplicado
junto aos alunos nas aulas de ciências. Os primeiros passos e a criação de um
aplicativo é ter uma imaginação. Os aplicativos servem para resolver problemas
rotineiros da sociedade. Os problemas estão por toda parte e, para identificar
uma questão a ser solucionada, é preciso realizar um processo de
1brainstorming.
1
Brainstorming significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão inglesa
formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que significa
tempestade.
O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica
para resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar
informação e para estimular o pensamento criativo.
Para isso, o ideal é fazer um levantamento dos conteúdos e atividades, e
busca ideia de que posso melhorar as aulas de ciências com o uso do aplicativo
e, a partir disso, pensar em possíveis soluções. Além de identificar a demanda,
é preciso fazer a validação da ideia, verificando se ela é real e procurando
entender como ela será desenvolvida. Nesse primeiro momento, é preciso
procura os conteúdos que contemple a realidade do campo na proposta
curricular de ciências do estado de São Paulo para se basear no que o aplicativo
irá oferecer ao educando, Depois de confirmar a escolha do tema do aplicativo
e as competências e habilidades a que ele vai atender o segundo passo é definir
as principais características do app.
Objetivos:
O objetivo desta pesquisa é elaborar um aplicativo de celular para aulas de
ciências, o qual poderá potencializar o ensino aprendizagem através de
conteúdos que retratem a realidade dos alunos do campo para que eles possam
utilizar a novas tecnologias que a humanidade contemporânea detém.
Fundamentação teórica
Segundo SAVIANI 2003, educação é um acontecimento próprio dos seres
humanos, portanto o homem em vez de se adaptar a natureza ele a transforma
através do trabalho, nesse aspecto o processo de produção de sua
representação mental dos objetos incluindo o conhecimento das propriedades
do mundo real (ciências), de valorização (ética) e de simbolização (arte).
A natureza da educação se esclarece quando há um fenômeno onde ao
mesmo tempo se tem a presença do professor e do aluno, sendo o ato de dar
aula é inseparável da produção de consumo tendo a produção feita pelo
professor e consumida pelo aluno.
Um outro contexto utilizado por Saviani (2003) e que a natureza não e dada a
priori, ou seja, o homem constrói a sua própria natureza. Nessa perspectiva, a
atividade, de uma forma direta e intencional, constrói em cada indivíduo a
humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens.
No método educativo em espaço de ensino, os conhecimentos e
habilidades são transferidos para as crianças, jovens e adultos sempre com o
objetivo desenvolver o raciocínio, ensinar a pensar sobre diferentes problemas,
auxiliar no crescimento intelectual e na formação de cidadãos capazes de gerar
transformações positivas na sociedade.
Recentemente, a legislação educacional brasileira oferece uma grande
base legal para a implementação de políticas públicas distintas para os
moradores rurais que frequentam escola do campo e que desenvolvem
atividades no meio rural, sendo muitas conquistadas com a presença dos
movimentos sociais do campo, mas lembrado que essas conquistas muitas das
vezes não são aplicadas devido a fala de equipamento tecnológicos para um
ensino aprendizagem renovador.
Podemos definir a educação do campo como uma modalidade de
educação que ocorre em espaços denominados rurais.
A educação das pessoas que vivem no campo sempre foi objeto da luta
por maiores direitos, que garantam aos camponeses a mesma educação
destinada as pessoas da cidade. Segundo a Constituição Brasileira (BRASIL
1988) a educação passa a ser direito de todos e um dever do estado e da família
sendo assim a educação do campo é um direito dos povos que vivem no campo.
A Constituição de 1988 foi resultado e uma luta popular que emergiu
contra a ditadura e restabeleceu a democracia. Nesse contexto, a luta
pela terra possibilitou a formação de uma concepção democrática de
educação, em que os seus protagonistas propuseram e levaram a cabo
o direito de ter uma escola que contribua de fato para o
desenvolvimento do campo. (FERNANDES, 2009, p. 143)
A nova LDBEN (BRASIL,1996) regulamenta o ensino escolar, expande seu
sentido de abrangência considerando que a educação está relacionada ao
mundo do trabalho e à prática escolar. Em seu Capítulo II, artigo 28 ela aborda
sobre a legitimação da educação do campo que: Permite a adaptação à
educação básica às peculiaridades da zona rural e de cada região, tendo
especificamente: conteúdos curriculares e metodologia apropriada às
necessidades reais e interesses e condições climáticas; adequação à natureza
do trabalho (DORNAS; 1997).
Portanto, tal documento revela um objetivo maior em relação à inclusão
da educação em todos os níveis, buscando uma integração da educação escolar
com as experiências cotidianas do educando, de acordo com sua origem, seus
costumes e seus valores, numa perspectiva integradora escola/campo.
É certo que a educação é o instrumento de formação do ser humano
desde o momento em que ele vem ao mundo. Por meio da educação, o ser
humano capacita-se a desenvolver sua cultura, ser participativo e reflexivo em
suas atividades profissionais e sociais, relacionando-se socialmente com o
mundo que o cerca. A educação do campo, direcionada à população rural,
realiza-se sob diferentes iniciativas: por meio da educação formal, que se refere
à escolarização da referida população nos diferentes níveis de ensino,
organizada pela rede pública, privada ou comunitária, e por meio da educação
que parte da iniciativa de movimentos sociais, ONGs, pastorais, instituições de
assistência técnica e de pesquisa, entre outras entidades da sociedade civil.
Faz-se necessário mencionar os Princípios da Educação do Campo, que,
segundo destaca Ramos, Moreira e Santos (2005, p. 40), constituem a Política
Educacional do Campo:
I - O Princípio Pedagógico do papel da escola enquanto formadora de
sujeitos articulada a um projeto de emancipação humana, que se refere
a uma educação que deve contemplar os sujeitos que possuem
peculiaridades, as quais devem ser preservadas, sendo incorporadas
nos currículos escolares, com ênfase na emancipação dos sujeitos do
campo, visando à valorização das experiências de vida e, ao mesmo
tempo, ampliando os conhecimentos que se fazem necessários na
formação do sujeito. II – O Princípio Pedagógico da valorização dos
diferentes saberes no processo educativo nos diz que cabe à escola
resgatar a diversidade cultural que cada educando traz consigo,
valorizando esses saberes e transformando-os em instrumentos
capazes de contribuir no processo educativo. A pesquisa surge como
um importante aliado à educação do campo, pois valoriza os saberes
locais, ampliando-os. III – O Princípio Pedagógico dos espaços e
tempos de formação dos sujeitos da aprendizagem coloca que o
conhecimento se dá nos diferentes espaços sociais, cabendo à escola
sistematizar, analisar e sintetizar as diferentes formas de saberes que
surgem, ampliando-os e relacionando-os com a sociedade em que os
sujeitos estão inseridos. IV – O Princípio Pedagógico do lugar da
escola vinculada à realidade dos sujeitos mostra-nos que a escola
deve ir ao encontro dos sujeitos, valorizando suas experiências de vida
e, paralelamente, proporcionando-lhes momentos de reflexão e de
análise, a fim de que sejam capazes de selecionar seu modo de vida.
V – O Princípio Pedagógico da educação como estratégia para o
desenvolvimento sustentável tem como base a participação coletiva da
população do campo, nas gestões políticas e comunitárias,
considerando sua diversidade e buscando um desenvolvimento
humano amparado na construção de uma cidadania, que coloque o
sujeito do campo como protagonista principal do processo produtivo
socioeconômico, respeitando a sustentabilidade ambiental. VI – O
Princípio Pedagógico da autonomia e colaboração entre os sujeitos do
campo e o sistema nacional de ensino atribui às políticas públicas a
missão de respeitar a heterogeneidade existente nos povos do campo,
formulando parâmetros diferenciados e específicos para cada região,
buscando atender suas necessidades particulares.
Atualmente o uso das novas tecnologias na educação do campo também
se faz necessário, em virtude das modificações socioeconômicas ocorridas na
sociedade contemporânea. O jeito de pensar e o modo de comportamento das
crianças é influenciado pelo conjunto social em que elas estão inseridas. O
emprego de software, jogos virtuais, aplicativos educacionais no ambiente
escolar necessitam ser embasadas em objetivos educativos claros e
selecionados pelo potencial pedagógico que possuem. As ferramentas
tecnológicas enriquecem e completam a diversidade de materiais e contextos de
aprendizagem. Esses recursos necessitam ser usados de forma interligada a
outras atividades e não as substituindo.
Neste sentido, o uso das TIC nas instituições de ensino vem tornando se
uma necessidade. Segundo Melo (2005, p. 57),
com o avanço desse conhecimento nos processos de ensino e de
aprendizagem, se tornaram imprescindível a inserção do professor nas
novas competências e habilidades que utilizam recursos tecnológicos.
Mas, quando a instituição de ensino não conta com recursos para a
obtenção de computadores para desenvolver práticas envolvendo
tecnologia, prevalecem os dispositivos pertencentes aos estudantes,
como, por exemplo, tablets e smartphones.
Assim, pelos motivos até aqui apontados é que esta pesquisa, tem como
objetivo principal a construção de saberes, a partir do uso de aplicativos para
utilização em smartphones, no ensino de ciências de alunos de uma escola rural
no assentamento Gleba XV de Novembro no pontal do Paranapanema.
A metodologia de ensino das Ciências naturais tem uma função
importante para o entendimento do mundo, pois, as informações obtidas através
de seus conteúdos vão desde a elaboração de uma receita, até a mais alta
tecnologia, como o uso de ferramentas de informática e aplicativos de celulares
e tablets. Mas, em virtude do desenhar como os conteúdos são trabalhados, a
sua compreensão, por parte dos educandos, é muitas vezes dificultada,
causando uma série de problemas para o desenvolvimento do processo de
ensino e aprendizagem, já que, muitas vezes o professor não percebe que
algumas deficiências de sua ação pedagógica, interferem no ensino. Para Freire
(1996, p. 27)
[...] Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando
entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações,
à curiosidade, às perguntas dos alunos, as suas inibições, um ser crítico
e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a ele ensinar e não
a de transferir conhecimento.
Metodologia
A pesquisa ocorrera como uma sequência didática, onde será usado um
aplicativo de celular, que será usado pelos alunos, para facilitar o ensino
aprendizagem dos jovens do campo que usaram seus próprios celulares para fiz
educativos, e que o mesmo aborde conteúdo que esteja dentro da proposta
curricular do estado de São Paulo abordando temas que retrate o dia a dia do
homem do campo como agroecologia, agroflorestal e agricultura familiar. O
aplicativo funcionara como um apoio as aulas de ciências e seu uso será para
complementar a proposta curricular da escola e que não supra com êxodo os
temas e que o aplicativo aborde um tema que retrate a agricultura familiar de
modo sustentável a unir pratica e teoria que esse ensino aprendizagem posso
da poio ao ensino de ciências.