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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1 INTRODUÇÃO 4
SUMÁRIO 2 TRABALHO E EDUCAÇÃO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 4
2.1 Definição 4
2.2 O gerenciamento de projetos 5

3 O FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESCOLAR 6


3.1 Autonomia 6
3.2 Democracia 7
3.3 Participação 8

4 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 9


4.1 Conceito de projeto pedagógico 10
4.2 Como construir o diagnóstico da realidade 10
4.3 Levantando os dados para o diagnóstico 11
4.4 Os marcos referenciais 12

5 OUMPPP E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - DESAFIOS DE


NOVO MODELO 14

6 REFERÊNCIAS 17
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Prepare-se para uma Nova Jornada Acadêmica


Somos o Grupo Ipemig, referência na formação acadêmica e desenvolvimento
profissional de quase 100 mil alunos e estamos felizes em ter você conosco nessa
trajetória de aprendizado e descobertas.

Por acreditar que a educação é o melhor caminho para transformar a vida das pessoas,
atuamos para oferecer ensino acessível e de qualidade.

Pautados por um projeto pedagógico inovador, o Grupo Ipemig é mantenedor de outras


instituições de ensino superior com reconhecimento e atuação nacional, chanceladas
pela qualidade acadêmica e destaque na avaliação do MEC.

Ao longo de mais de uma década seguimos contribuindo para que nossos estudantes
alcancem níveis de excelência, por meio de um ensino inovador e tecnológico.

Desejamos que sua trajetória conosco traga muitos aprendizados e contribua


significativamente para alcançar seus objetivos pessoais, profissionais e acadêmicos.

Bons estudos!

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1. Introdução
Esforçamo–nos para oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se
candidataram a esta complementação pedagógica, procurando referências atualizadas, embora
saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso.

As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases
intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que
não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo
conhecimento científico, testado e Provado pelos pesquisadores.

Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para
críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza
críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho.

Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar
da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a
própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e,
por conseguinte, para a formação dos nossos/seus alunos.

Trata–se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais
importantes para a disciplina.

Para maior interação com o aluno deixamos dela das algumas regras de redação científica, mas
nem por isso o trabalho deixa de ser científico.

Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão
nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos.

2. Projeto
2.1. Definição
Mesmo que a nossa intenção e objetivos estejam focados no ambiente escolar, na gestão da escola,
achamos de bom tom explicar o que é um projeto e seu gerenciamento pela ótica empresarial.

Pois bem, um projeto é uma iniciativa que é única de alguma forma, seja no produto que gera, seja no
cliente do projeto, na localização, nas pessoas envolvidas, ou em outro fator. Isto diferencia projetos
de operações regulares de uma empresa – a produção em série de margarinas, por exemplo, é uma
operação da empresa, mas por outro lado, a criação de um móvel sob encomenda é um projeto.
(PIETRO,2002).

Em segundo lugar, um projeto tem um fim bem definido, ou seja, tem um objetivo claro, que quando
atingido, caracteriza o final do projeto. Isto faz com que o desenvolvimento de um novo negócio, por
exemplo, possa não ser considerado um projeto. (PIETRO,2002).

Essas definições de imediato nos levam a um antagonismo quando pensamos em projeto político
pedagógico. Veremos que esse documento é um trabalho sempre em construção, em modificação,
mas ao final da apostila esperamos que entendam porquê desse documento, o projeto político
pedagógico ser considerado um projeto.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2.2. O Gerenciamento de Projetos


Gerenciar, administrar, coordenar ou gerir um projeto é a aplicação de técnicas, conhecimento e
habilidades para garantir que um projeto tenha sucesso. E gerenciar um projeto envolve desde
iniciá–lo até finalizá-lo, passando as etapas de planejamento, execução e atividades de controle.

O Project Management Institute (PMI) compilou as melhores práticas de gerenciamento de projetos


utilizadas ao redor do mundo, que são aplicadas em projetos de tamanhos e áreas diferentes, e
montou uma publicação, chamada PMBOK – Project Management Body of Knowledge.

Esta publicação contém inúmeros processos de trabalho, cada um com um conjunto de técnicas
e ferramentas, para serem usadas ao longo das cinco fases de um projeto, que são: iniciação,
planejamento, execução, controle e finalização.

Este conjunto de processos e técnicas é mundialmente aceito como sendo um padrão bastante
razoável para se aplicarem projetos de todos os tipos e tamanhos, e é considerado um conjunto de
técnicas modernas de gerenciamento de projeto.

O que se ganha ao aplicar estas técnicas? Aumenta-se significativamente a probabilidade de seu


projeto atingir os objetivos para o qual ele foi criado, dentro do prazo estipulado, e dentro do custo
esperado. E isso já é um grande benefício, uma vez que é fato que a maioria dos projetos é concluída
em atraso e com custo acima do previsto.

Os processos de trabalho foram organizados pelo PMI em nove áreas do conhecimento.


Por exemplo, a gestão do escopo é uma destas áreas, e trata de todos os processos envolvidos
para iniciar o projeto, planejar o escopo do projeto, definir como as alterações de escopo serão
tratadas ao longo do projeto, controlar o escopo e assim por diante.

De forma análoga, a gestão de custos é outra área de conhecimento, que trata da realização de
estimativas de custos, da criação de orçamentos, de técnicas para se controlar os custos do projeto,
etc.

Outra área de conhecimento lida como gerenciamento de riscos no projeto, e envolve a identificação,
a classificação e priorização de riscos, assim como a definição de estratégias a serem adotadas
para cada situação que envolve risco.

As demais áreas de conhecimento são: gestão integrada do projeto, gestão de prazo, gestão de
recursos humanos, gestão da qualidade, gestão da comunicação, e gestão das aquisições.

Lembremos sempre que o gerenciamento de projetos envolve lidar com pessoas a todo
momento–a equipe do projeto, o cliente, quem financia o projeto, outras áreas envolvidas,
fornecedores, entre outros, e isto requer habilidades que vão além do simples uso de softwares.

Estas breves explicações devem ter introduzido o assunto, esclarecido algumas dúvidas
e apresentado o grande espaço existente nas organizações paras e aplicaras técnicas modernas
de gestão de projetos.

É importante ter consciência de que muito há para se apresentar sobre o tema ainda, muitas são
as técnicas de gerenciamento de projetos existentes e que podem ser utilizadas pelas empresas e
mesmo pelas instituições públicas voltadas para a educação.

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Fonte: https://abre.ai/cBpa

E os benefícios de se utilizar os conceitos modernos de gestão de projetos vão da melhor utilização


dos recursos da empresa, redução no tempo de colocação de novos produtos no mercado, melhor
controle e consequente redução dos custos envolvidos nos projetos, e, culminam, obviamente,
na maior satisfação do cliente do projeto e de todas as outras pessoas envolvidas como projeto.
(PIETRO, 2002).

3. O Fortalecimento da Gestão Escolar


Falar em fortalecimento da gestão escolar nos remete de imediato a participação, democracia e
autonomia.

E quando falamos em autonomia, logo nos vem a idéia de independência, de liberdade; logo
pensamos na possibilidade de fazermos aquilo que queremos e que entendemos ser o melhor
para nós, num determinado momento. Pois bem, apresentaremos e discutiremos alguns desses
conceitos abordando aspectos relativos à autonomia da unidade escolar, às formas de autonomia e
às suas dimensões na instituição educativa, além das outras duas condições de fortalecimento da
gestão escolar: democracia e participação.

3.1. Autonomia
Autonomia é uma maneira de gerir, orientar as diversas dependências em que os indivíduos e
os grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de acordo com as suas próprias leis,
(BARROSO, 1998, p.16).

A autonomia é a possibilidade e a capacidade de a escola elaborar e implementar um projeto


político-pedagógico que seja relevante à comunidade e à sociedade a que serve
(NEVES,1995, p.113).

Ao discutir a autonomia da escola, Veiga (1998) destaca quatro dimensões consideradas básicas
para o bom funcionamento de uma instituição educativa e que, segundo ela, devem ser relacionadas
e articuladas entre si:

Autonomia administrativa: que consiste na possibilidade de elaborar e gerir seus planos,


programas e projetos.

Autonomia jurídica: que diz respeito à possibilidade de a escola elaborar suas normas e orientações
escolares em consonância com as legislações educacionais, como, por exemplo, matrícula,
transferência de alunos, admissão de professores, concessão de grau.

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Autonomia financeira: que se refere à disponibilidade de recursos financeiros capazes de dar à


instituição educativa condições de funcionamento efetivo.

Autonomia pedagógica: que consiste na liberdade de propor modalidades de ensino e pesquisa.

Está estreita mente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à
avaliação, bem como aos resultados e, portanto, à essência do projeto pedagógico da escola
(VEIGA,1998,p.16-19).

3.2. Democracia
A gestão democrática também é parte integrante do projeto político pedagógico da escola, como
expressão de autonomia e de sua identidade própria, particular.

Democracia é entendida como democratização do acesso, do saber e das relações.


São características de uma gestão democrática:
• Abrangente, envolvendo os diversos âmbitos previstos na LDB: pedagógica, administrativa e
financeira;
• Participativa, envolvendo os diversos segmentos que compõem a escola: dos diretores aos
vigilantes, incluindo professores, técnicos, funcionários, pais, alunos;
• Educativa, implica a consciência de que a aprendizagem para o exercício participativo e
propositivo da cidadania passa, necessariamente, pela vivência democrática. Só se aprende
democracia, sendo democrático;

Supõe a implantação e implementação de estruturas de reflexão e tomada de decisão coletivamente,


como: forma comunitária de escolha dos diretores, assembleias gerais da comunidade escolar,
conselhos deliberativos escolares, associações de pais e mestres, grêmios escolares;

Supõe a instituição de mecanismos de circulação de informações entre os diversos segmentos e


de estímulo e incentivo à participação, como reuniões periódicas, murais, boletins informativos,
divulgação de atas e relatórios;

Administrar o pessoal lota do na escola é tarefa primordial, precisando criar-se um clima de


convivência democrática;

Exige liderança da equipe gestora para estimular a participação, refletir e sistematizar o processo,
dirimir conflitos, solucionar criativamente os problemas, contribuir para a geração de consensos
internos por meio do diálogo sobre os diferentes olhares;

Exige o redesenho do poder na escola. As decisões passam a ser tomadas coletivamente e já não
mais por uma pessoa ou pequeno grupo de pessoas;

Exige a consciência de que o que se pretende é a gestação de uma nova cultura fundamentada
na participação e na democracia. Esse é um processo lento, o que exige, portanto, avaliação
permanente do processo;

Exige processos sistemáticos de formação de todos os segmentos para a participação.


Formação dos diretores, dos conselhos ou membros das associações para o conhecimento da
legislação nacional e local. Muitas vezes impera o conhecimento como fator de poder, o que pode
gerar inibição da voz dos pais, funcionários ou alunos;

É preciso cuidar para evitar a burocratização e a rotinização da gestão, priorizando prazos,


procedimentos, atas e ofícios, em detrimento do pensar e do agir coletivo;

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É preciso cuidar para que o critério central das decisões coletivas


seja o da qualidade da escola pública e não o interesse elitista
ou excludente ou dês comprometido com a educação que ainda
impera em determinadas escolas (AZEVEDO, 2010).

A escola deve conquistar sua autonomia, mas ela não é uma entidade isolada. Ela articula–se
ao sistema de ensino e por meio do processo de autorização de funcionamento pelos órgãos
competentes, a escola garante a sua inserção legal no sistema.

Dado o caráter público da instituição escolar, de corre a sua obrigação de interagir com as demais
escolas da rede, com o órgão gestor central (em geral, as secretarias de educação), com os
conselhos municipais ou estaduais (de educação, do FUNDEF, da merenda escolar, do programa
bolsa–escola); Decorre, ainda, a sua obrigação de prestar contas à sociedade do trabalho educativo
realizado.

Como se percebe, a autonomia da escola se dá de forma co- responsável dentro de um marco com
um legal e de orientações político- pedagógicas extensivas ao sistema de ensino.

A escola precisa participar ativamente dos órgãos e instâncias normativas e deliberativas


da rede, como os Conselhos, o Fórum, bem como aliar-se ao Plano Municipal ou Estadual.
Os órgãos gestores, por sua vez, têm a obrigação de agir com democracia, respeitando a autonomia
das escolas.

As chamadas “ordens de serviço” devem ser constituídas por documentos democraticamente


discutidos, o que pode vir a assegurar um trabalho coletivo, garantindo qualidade à rede ou sistema
como um todo e a cada uma das unidades escolares (AZEVEDO,2010).

3.3. Participação
Aqui nos cabe lembrar da participação da família e da comunidade na escola. É preciso construir
uma participação ativa da família e da comunidade na escola, superando as práticas ainda existentes
de convidar as famílias apenas para as atividades festivas ou para informar o baixo desempenho ou
mau comportamento do seu filho na escola.

Ao relacionar-se com os pais e/ou responsáveis, a escola deve superar as idealizações ou os


preconceitos ainda existentes, reconhecendo a diversidade de formas de organização familiar e,
sobretudo, tratando pedagogicamente essa realidade.

O objetivo é favorecer uma participação que gere compromisso da família coma aprendizagem e o
sucesso escolar do seu filho e compromisso da escola com a inserção curricular do ambiente cultural
da família e da comunidade. Essa parceria as segurará, em última instância, o pleno cumprimento
da função social da escola.

Isso exige incluir a voz dos pais ou responsáveis e da


comunidade na construção, implementação e avaliação do
projeto político-pedagógico da escola. A família e a comunidade
precisam encontrar aí um espaço para apresentar suas
necessidades e desejos em relação a escola, bem como para
ouvir da escola suas necessidades e desejo sem relação ao
acompanhamento e envolvimento da família na vida escolar das
crianças e dos adolescentes. É preciso ir definindo, no processo,
responsabilidades de ambas as partes, afim de se evitar
a transferência de papéis.

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A construção do projeto político-pedagógico (que falaremos em detalhes mais adiante) e do regimento


escolar é, também, um momento privilegiado para definir os canais institucionais de participação da
família na vida escolar. Formas democráticas de escolha do dirigente escolar, conselho deliberativo
escolar, reuniões de pais são formas significativas de participação.

Outra forma de envolvimento com a escola poderá se dar por meio do incentivo ao uso educativo,
cultural das dependências escolares, sobre tudo no final de semana quando a escola está ociosa.
A biblioteca escolar, a quadra de esportes, o aparelho de DVD, de vídeo cassete, o laboratório
de informática, o auditório são alguns dos espaços que podem ser plenamente utilizados pela
comunidade. Além de possibilitar o uso educacional do estabelecimento escolar, essa prática
poderá fortalecer os vínculos comunitários, bem como a atitude de cuidado e zelo comunitário pelas
instalações escolares.

É importante garantir formas de informar a família sobre a frequência e o desempenho dos alunos,
conforme disposto na LDB. Muitas vezes, a família só tem informação sobre a vida escolar no final
do ano letivo, quando já não é mais possível reverter o processo. A família tem direito a informação
sobre a vida escola do seu filho.

Uma de mandada comunidade poderá ser a própria escolarização dos pais. O índice de analfabetismo
e de baixa escolarização dos jovens e adultos ainda é bastante significativo no país. A ampliação do
nível de escolarização dos adultos;

Além de ser uma responsabilidade social e legal da escola pública com o resgate de uma dívida
social histórica, é, também, uma maneira de ampliar os vínculos da família com a escola e de ampliar
as possibilidades de uma contribuição mais significativa da família no processo de escolarização de
seus filhos.

Enfim, ao transpor as fronteiras dos muros da escola, poderá se identificar outros atores educacionais
que atuam na comunidade, como Organizações Não Governamentais (ONGs), Igrejas, artistas locais
(poetas, cantadores, pintores...), universidades, 4 associações de bairro, empresas, dentre outros
e com eles estabelecer parcerias que visem ao desenvolvimento escolar e cultural da comunidade.
Uma ação privilegiada poderá ser a de tecer com eles um programa de atividades complementares,
e que poderá ser realizada na escola no turno oposto ao da aula (AZEVEDO,2010).

4. O Projeto Político Pedagógico


O Projeto Político Pedagógico propicia uma vivência democrática necessária à participação e ao
envolvimento de todos os segmentos da comunidade escolar no exercício da cidadania. Desta
forma o projeto precisa desenvolver-se de tal forma que super e conflitos, buscando eliminar as
relações autoritárias e competitivas quere forçam as diferenças e hierarquias de poder dentro da
escola (CARNEIRO et al,2007).

Assim o projeto deve buscar a organização do trabalho pedagógico na escola em sua totalidade.

O projeto pedagógico parte sempre do que a escola já tem e propõe outros significados à sua
realidade. Em função disto, ele se torna a o mesmo tempo, um dever e um direito da escola:
• Um dever por se tratar do elemento responsável pela vida da escola em seu tempo institucional.
• Um direito porque, por meio dele, a escola consolida sua autonomia e seus vários atores podem
pensar, executar e avaliar o próprio trabalho.

Partindo desta concepção o Projeto não pode ser elaborado apenas por uma pessoa, ou pelos
gestores escolares e tão pouco deve ser feito de uma só vez.

Deve, antes de tudo, ser elaborado por todos os segmentos da escola de forma processual, reflexiva,
com ações a curto, médio e longo prazos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

4.1. Conceito de projeto pedagógico


Segundo Gadotti (1994) o projeto da escola depende, sobretudo da ousadia dos seus agentes,
da ousadia de cada escola em assumir-se como tal, partindo da “cara” que tem, com seu
cotidiano e seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela se insere. Projetar significa
“lançar–se para frente”, antever um futuro diferente do presente. Projeto pressupõe uma ação
intencionada com um sentido definido, explícito, sobre o que se quer inovar.
O termo projeto vem do latim do verbo projicere que significa lançar-se para frente, para o futuro.
O projeto pedagógico deve ser compreendido como um instrumento teórico metodológico que a
escola elabora com a participação de todos os seus segmentos, com a finalidade de apontar a
direção e o caminho que vai percorrer para realizar da melhor forma possível a sua função educativa.
Nesta perspectiva, já sabemos que o projeto pedagógico não é algo que vai ser construído e
logo depois arquivado ou encaminhado às autoridades para simplesmente cumprir uma função
burocrática. Ele é um instrumento que possibilita à escola inovar sua prática pedagógica, na medida
em que apresenta novos caminhos para situações que necessitam se modificadas.
Até o momento já percebemos que o projeto pedagógico é uma ação intencional com sentido
explícito e compromisso definido no coletivo, certo?
Por isso, todo projeto pedagógico é também um projeto político por estar ligado ao compromisso
sócio político. É político no sentido do tipo de cidadão que se deseja formar e na sociedade que
se deseja ter. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade
da escola com a formação do cidadão crítico, participativo, compromissado, com sua formação
enquanto sujeito de uma sociedade.

4.2. Como Construir o Diagnóstico da Realidade


Fundamentados na certeza de que cada escola é única, com suas peculiaridades, clima
organizacional, cultura, perfil socioeconômico, não existe uma “receita pronta” para se construir o
projeto político pedagógico.
O que existe na realidade são princípios gerais que devem ser discutidos na escola em função de
sua própria identidade. Tendo esta ideia em mente, cada escola necessita olhar para si mesma,
refletir sobre suas práticas, seus limites e potencialidades e de maneira autônoma e coletivamente,
construir seu projeto pedagógico.

Vamos ver no quadro abaixo três grandes movimentos no diagnóstico e construção do PPP:

Movimento de Construção do Preocupações dos vários Perguntas orientadoras do


PPP segmentos da escola trabalho coletivo

1º Diagnóstico da realidade da Analisar a realidade da escola em


suas dimensões: pedagógica, Como é nossa escola?
escola. administrativa, financeira e jurídica.

2º Levantamento das Discutir asconcepções no coletivo Que identidade que a nossa


concepções do coletivo da da escola em relação ao trabalho
pedagógico. escola quer construir?
escola.

3º Definição de estratégias
de pessoas ou de grupo, Definir as ações da escola, os res- Como executar as ações
assegurando ações ponsáveis por sua execução e os
recursos necessários para o projeto. definidas no coletivo?
definidas no coletivo da
escola.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

É o diagnóstico que irá situar a comunidade em relação à distância que a escola está em relação ao
que se busca na formação dos educandos. Sua importância é, portanto, muito grande. Com ele a
comunidade enxerga suas fraquezas e forças, suas potencialidades, oportunidades e necessidades,
frente ao que foi definido no Marco Referencial (os ideais desejados). Há autores que preferem
em termos metodológicos que o Diagnóstico anteceda ao Marco Referencial. Cabe à comunidade
escolar definir como é mais adequada essa dinâmica, considerando sua cultura.

4.3. Levantando os Dados para o Diagnóstico


O que e como fazer?

É importante que sejam levantados dados que permitam uma visão sucinta da escola, podendo ser
de natureza legal, histórica ou administrativa. Aqui a escola irá descrever a sua própria realidade,
através da visão que seus vários segmentos têm da escola. Como:

Para identificar estes dados a escola poderá adotar algumas ações tais:
• Pesquisar nos arquivos da secretaria escolar dados de natureza legal e administrativa;
• Verificar a que está relacionado o surgimento da escola, entrevistando moradores mais antigos;
• Buscar informações com os primeiros professores, funcionários e alunos que já estudaram na
escola;
• Ler atas e registros da escola buscando dados fidedignos para o projeto.

Que indicadores buscar?


• Nome da escola
• Localização
• Aspectos legais de sua criação
• Níveis e modalidades de ensino que oferece
• Número de alunos, divididos por série, e ou ciclo e turno
• Dados de abandono, evasão, repetência e aprovação escolar
• Origem da clientela atendida e sua situação socioeconômica
• Contexto em que a escola está inserida
• Histórico da escola, fatos importantes de sua história.
• Município/Estado
• Nosso atual currículo e organização didática
• Nossa atual organização do ensino
• Nossas atuais metodologias de ensino
• Nossas atuais linhas de ação
• Nossas atuais normas
• Nossas atuais relações com a comunidade de pais e amigos da escola
• Nossos atuais parceiros
• O atual clima organizacional da escola
• Nosso estilo gerencial.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Para levantaras necessidades da escola, é necessário que todos estejam envolvidos. Pode-se
montar um questionário para diagnosticar as necessidades da comunidade, suas aspirações em
relação à escola desejada para seus filhos, reuniões, discussões, debate se filmagens da escola no
sentido de aproximar as pessoas para buscar as reais necessidades.
No levantamento da realidade da escola devem participar gestores, professores, pais, alunos,
pessoal técnico administrativo e de apoio - segmentos organizados da comunidade escolar.
É o momento do levantamento global, onde a escola deve indagar-se acerca das atividades que
desenvolve, de como está sua realidade nas dimensões pedagógicas, administrativa, comunitária.
O que fazer?
Coletar os dados e analisá–los cuidadosamente, tanto nos aspectos qualitativos quanto quantitativos.
As informações devem voltar–se para os aspectos internos e externos à realidade educativa,
detectando suas fragilidades e fortalezas.
Como fazer?
Para realizar o diagnóstico a escola precisa levantar questionamentos de nível amplo, que relacione
sua realidade aos aspectos sociais, políticos e econômicos da comunidade e outro de nível mais
específico, voltado para a organização de seu próprio trabalho pedagógico.

4.4. Os Marcos Referenciais


É a expressão do rumo que a escola escolhe para seguir, do horizonte que tem em relação à
formação de seus educandos, fundamentada em aspectos filosóficos, biopsicológicos, pedagógicos.
Nessa parte a comunidade escolar toma posição em relação à sua identidade, visão de mundo que
tem, valores, objetivos, compromissos.
Ao definir o marco que vai referenciar a ação educativa de todos, a comunidade está definindo a
essência da existência daquela escola. Para tanto busca responder a questionamentos básicos:
O que fundamenta o nosso querer enquanto escola?
Em que medida podemos colaborar na construção do homem novo – ético, solidário, investigador,
proativo, ecológico, paz e a dor, crítico, dialógico-que a sociedade atual necessita?
É no Marco Referencial que a comunidade procura expressar o sentido do trabalho educativo da
escola e as perspectivas para o percurso educacional. Ele impulsiona a comunidade para superação
da realidade e fornece os parâmetros para a realização do Diagnóstico.
O Marco Referencial compõe-se de três partes:
• Marco Situacional (onde estamos, comovemos a realidade)
• Marco Filosófico (para onde queremos ir)
• Marco Operativo (que horizonte queremos para nossa ação)
No Marco Situacional o grupo analisa a realidade mais ampla na qual se insere a escola, situando–a
no contexto. Perguntas que podem facilitara análise e as respostas da comunidade que planeja:
Como compreendemos / vemos / sentimos o mundo atual? Quais os sinais devidos? E de morte?
Quais são as causas?
Marco Filosófico: corresponde ao ideal geral da escola. É a proposta de sociedade, pessoa e
educação que o grupo assume. A comunidade escolar faz aqui um acerto em torno de um núcleo
mínimo de ideais e valores que deverão nortear sua ação educativa. Pelo debate das questões,
busca-se um consenso mínimo sobre a sociedade que sequer construir, a pessoa que se quer
formar e a educação que sequer oferecer. Isto porque toda educação se baseia numa visão de
homem e de sociedade, concorda?

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Perguntas chave para a elaboração do Marco Filosófico: Que tipo de sociedade queremos construir?
• Que tipo de pessoa humana queremos colaborar na formação?
• Que finalidade queremos para a Escola?
• Que papel desejamos para a escola em nossa realidade?

Marco Operativo é a proposta dos critérios de ação para os diversos aspectos relevantes da
escola – pedagógico, comunitário, administrativo - considerando aquilo que queremos ser.
Em sua elaboração o grupo precisa estar atento ao que foi definido no Marco Situacional e no Marco
Filosófico para que os três se articulem entre si.

O Marco Operativo trata de três dimensões fundamentais no trabalho escolar: Dimensão Pedagógica,
Dimensão Comunitária e Dimensão Administrativa.

Veja que perguntas chave podem facilitar o trabalho do grupo na definição marco:

Possíveis perguntas para elaborar o marco operativo:

Dimenssão Pedagógica Dimensão Comunitária Dimensão Administrativa


Como desejamos Como desejamos Como desejamos
-O processo de -Os relacionamentos na
Planejamento? escola?
-A estrutura e a organização
-O Currículo? -O professor? da escola?
-Os objetivos? -O relacionamento com a -Os dirigentes
-Os conteúdos? família? (Direção e equipe técnica)?

-A metodologia de ensino? -O relacionamento com a -Os serviços (Secretaria,


comunidade? Limpeza, Mecanografia,
-A avaliação da aprendizagem?
Audiovisuais, etc)?
-A participação e organização
-A disciplina? Arelação -As formas de participação
professor- aluno? dos alunos?
dos trabalhadores?
-Nossa relação com o -As atividades esportivas e -As condições objetivas de
vestibular? culturais? trabalho?
-Nossas reuniões pedagógicas -A orientação vocacional? -A obtenção e gerenciamento
semanais, quinzenais, dos recursos financeiros?
mensais? -Os relacionamentos com
-O ensino em nossarede? os meios de comunicação -etc.
social?
-etc.
-etc.

Fonte: Vasconcelos (2006)

Os questionamentos vão possibilitando as respostas e as discussões para o grupo chegar aos


consensos mínimos.
A metodologia sugerida para a construção do Marco Referencial (nas suas três partes), assim como
para todo o Projeto Político–Pedagógico, envolve basicamente três dinâmicas: momento individual,
momento grupal e plenário.
Momento individual: cada participante responde aos questionamentos por escrito, de modo claro,
direto, simples e sintético.
Momento grupal: é a sistematização das idéias expressas individualmente por uma ou
mais comissão de redação. O grupo faz uma primeira redação, agrupando inteligentemente
as idéias individuais. É uma tarefa técnica de construção de um texto, não de um julgamento.
Verifica-se as tendências dominantes, as contradições surgidas. O grupo procura dar um corpo à
redação de modo dissertativo.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Fonte: https://abre.ai/cBph

Plenário: é o momento da comunicação do trabalho redigido em versão preliminar pela(s)


comissão(ões) de redação, para o debate coletivo, as decisões e os encaminhamentos. Uma
comissão geral de redação encarrega-se da sistematização final, a partir dos debates e consensos.

5. O PPP e a Organização Curricular - Desafios de um Novo


Modelo
Um dos maiores desafios é transformar a escola em uma Escola Eficaz, e mesmo nos ambientes
mais pobres e difíceis, ela pode existir, sendo necessário que se tenha:
• Bons profissionais: A escola boa é aquela que atrai, mantém e desenvolve bons profissionais.
• Senso de missão: A escola eficaz define com clareza sua proposta de ensino, e os participantes
do processo sabem quais valores são ensinados e praticados nessa escola.
• Autonomia Pedagógica: Na escola eficaz os professores e dirigentes sentem–se responsáveis e
se responsabilizam pelas decisões pedagógicas, sempre enfatizando o desempenho acadêmico
do aluno.
• Liderança: Ao entrar em uma escola onde o Gestor é bom, percebe-se, no primeiro instante,
que há uma diferença no ar.
• Clima Escolar: A escola eficaz tem e mantém um ambiente agradável.
• Utilização do tempo: O tempo é valorizado e isto se reflete no calendário, no ritmo das atividades,
no rigoroso cumprimento do ano letivo e das horas–aula.
• Participação da comunidade: Os pais compartilham a visão e as expectativas da escola a
respeito do sucesso dos filhos.
• Administração dos recursos: A escola eficaz sabe fazer com que os recursos recebidos
rendam mais e é capaz de buscar recursos adicionais.
• Agenda 21: É um plano de desenvolvimento e manejo ambiental que identifica os problemas e
os meios para enfrentá–los, propondo ações para reduzir os impactos negativos decorrentes da
nossa interação com o meio (ARAÚJO; PEDROSANETO; SOUZA, 2009).

GLOSSÁRIO BÁSICO PARA PPPE

AÇÃO EDUCATIVA – A proposta de ação educativa de cunho interdisciplinar na escola, tem como
base um processo de interação comunicativa, em que os professores buscam conjuntamente
coordenar e justificar ações pedagógicas, a partir da troca de conhecimentos e enfoques, inerentes
a cada disciplina, partilhando e planejando experiências integradas.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Nesse contexto, uma ação educativa de cunho interdisciplinar se constitui no esforço conjunto de
professores de uma série do currículo escolar no sentido de estabelecer diálogo na busca de um
eixo de articulação entre suas disciplinas, de modo a possibilitar aos alunos experiências em que
eles possam integrar os diferentes enfoques disciplinares, enriquecendo sua compreensão da
realidade concreta.

AUTONOMIA – A autonomia da escola está prevista na legislação e no referencial teórico que


afirmam que as escolas terão que construir sua identidade para gerir o ensino. Torna–se necessário
passar do discurso à ação. Em Educação, um grande problema tem sido o fato de a escola não ter
nem os instrumentos, nem a autoridade necessária para resolver seus problemas. Dar à comunidade
escolar a autoridade e os meios para realizar sua gestão e crescer é o começo da transformação.

BASES FILOSÓFICAS – Todo conhecimento que serve como fundamento, ou apoio, para a
compreensão de uma realidade.

COMUNIDADE ESCOLAR – A comunidade escolar é constituída por pais, mães, diretores, alunos,
professores e demais funcionários da escola. Pode incluir ainda conselheiros tutelares, de educação,
dos direitos da criança, ONGs, universidades e outras organizações interessada se diretamente
envolvidas com os problemas da escola e com sua melhoria.

DIAGNÓSTICO – Na etapa do diagnóstico, confronta–se área lida de existente com o ideal traçado
da escola desejada (marco referencial). O resultado dessa comparação deve ser o mais claro
possível, de modo que aponte as necessidades fundamentais da escola. O diagnóstico começa
por traçar o retrato da realidade a partir do levantamento das forças se fraquezas da escola, dos
potenciais e dificuldades existentes. Em seguida, confronta esta realidade com a que se deseja.
Para tal, devem ser problematizados diferentes aspectos do trabalho escolar, ou seja, identificadas
as dificuldades e entendidas as suas causas e mecanismos. Parte–se, então para delinear os
desafios que terão de ser superados para se atingir a escola desejada pela comunidade escolar.
Quanto maior a consistência entre a problematização e as ações planejadas, melhor e mais útil ser
á o diagnóstico. Se essa etapa for conduzida pelo grupo de maneira competente, estará preparado
campo seguro para se traçar uma boa programação.

ESTRUTURA – Todo estudo baseado no pressuposto metodológico de que qualquer ciência deve
optar pela observação rigorosa do maior número possível de fatos com vista a bem fundamentar
suas proposições e generalizações, viabilizando assim a descoberta da estrutura. Sistema que
compreende elementos ordenados e relacionados entre si de forma dinâmica.

FUNÇÃO EDUCATIVA – Constitui, hoje, a essência do trabalho docente: a aprendizagem é sempre


mudança; no ensino há que se considerar o conhecimento experiencial do aluno e, por último, o
trabalho docente supõe sólida identidade profissional do professor.

IDENTIDADE – Significa explicitar com clareza sua missão social, seus princípios, valores
e compromisso com resultados educacionais dos alunos. Significa, também, organizar–se
administrativa, pedagógica e financeiramente, de forma a alcançar os material e metas com
eficiência e eficácia (racionalidade interna) e definir linhas de trabalho que sejam aceitas e legitima
das pela comunidade (racionalidade externa).

MARCO REFERENCIAL – É a visão de futuro que a comunidade escolar define para a escola.
Tem vital importância porque é esta visão que contagia as pessoas, fornece a direção e alimenta
a participação de todos nas demais etapas do Projeto Pedagógico. Ao longo deste processo, são
construídos princípios, valores e aspirações que definem os objetivos e a identidade da escola.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MEDIAÇÃO – Ato ou efeito de mediar; intervenção com que se busca produzir um acordo.

OBJETIVOS – É um processo de entendimento de uma organização, de maneira que a administração


e funcionários desempenhem as suas funções em função desses objetivos e que os compreendam.

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO – É o processo de organização do trabalho coletivo da unidade


escolar. Podemos identificar três fases desse processo: a preparação do Plano Escolar, entendido
como o registro sistematizado e justificado das decisões tomadas pelos agentes educacionais que
vivenciam o dia–a–dia da escola; o acompanhamento da execução das operações pensadas no
Plano Escolar, de forma a fazer, caso seja necessário, as alterações nas operações de forma que
essas alcancem os objetivos propostos; e a revisão de todo o caminhar, avaliando as operações
que favoreceram o alcance dos objetivos e aquelas operações que pouca influência tiveram sobre
o mesmo, iniciando-se assim um novo planejamento.

PLANO – Diz respeito à execução de corrente, de um desejo coletivo, ou seja, obra de todos os
que militam nessa escola, mormente, os educadores. É algo que se vai construindo aos poucos.
Para a consecução desse desejo coletivo, será preciso que a comunidade docente assuma
realmente o seu papel interagindo para alcançar as metas que estabeleceu e pretende alcançar.

PROGRAMAÇÃO – É a proposta de ação, segundo Gandin (1995), para satisfazer as necessidades


identificadas no diagnóstico, ou melhor, para diminuir a distância entre a realidade da escola
desejada e a realidade existente. Usualmente, esta etapa é também chamada de implementação
ou de execução.

PROJETO – O Projeto político–Pedagógico é um instrumento de trabalho que ilumina princípios


filosóficos, define políticas, harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da
escola, racionaliza e organiza ações, dá voz aos atores educacionais, otimiza recursos materiais e
financeiros, facilita a continuidade administrativa, mobiliza diferentes setores na busca de objetivos
comum se, por ser de domínio público, permite constante acompanhamento e avaliação.

QUALIDADEDA EDUCAÇÃO – É um fenômeno complexo, abrangente e que envolve múltiplas


dimensões, não podendo ser apreendido apenas por um reconhecimento da variedade e das
quantidades mínimas de insumos considerados indispensáveis ao desenvolvimento do processo
de ensino-aprendizagem, e muito menos, pode ser apreendido em tais insumos, ressaltando que a
qualidade deve ser mediada por fatores e dimensões extra e intra-escolares.

RECURSOS METODOLÓGICOS – São encaminhamentos que podem favorecer a construção de


linhas de ações e planejamento didático, oferecendo orientações, sem, entretanto, estabelecer
regras fixas a serem seguidas.

SISTEMATIZAÇÃO – É construir a memória de uma experiência de desenvolvimento local, divulgar


saberes relacionados a práticas (lições e ensinamentos), estimular o intercâmbio e a confrontação
de ideias, bem como contribuir a reconstituir visões integradas dos processos de intervenção social.

UTOPIA – Algo irrealizável, inatingível, que representa uma situação ou lugar ideais onde as
instituições são extremamente aperfeiçoadas.

VALORES – Diremos que o valor é uma maneira de ser ou de agir que uma pessoa ou uma
coletividade reconhecem como ideal e faz com que os seres ou as condutas aos quais é atribuído
sejam desejáveis ou estimáveis.

VISÃO DE MUNDO – Visão de mundo é a forma como entendemos a sociedade em que vivemos.
São as crenças que orientam nossa ação. É constituída pela leitura que fazemos do mundo onde
vivemos, pelas formas como organizamos nossa ação no mundo em que vivemos e pelos ideais
que temos em relação ao como o mundo deveria ser. Tem, portanto, elementos de juízo e de
vontade, ambas nas mais diferentes graduações e profundidades.

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Referências
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Escolar em Foco – 2009. Boa Vista: Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Desportos,
2009.
• AZEVEDO, Neroaldo Pontes de. Desafios da organização e gestão escolar. Disponível em:
www.mp.go.gov.br/.../documentos/.../DESAFIOS Acesso em: 14 ago. 2010.
• BARROSO, J. O reforço da autonomia das escolas e a flexibilização da gestão escolar em
Portugal, In: FERREIRA, N. S. C. (Org.), Gestão democrática da educação: atuais tendências,
novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998.
• CARNEIRO, Rúbia Marluza etal. Curso de Formação Continuada de Equipes Gestoras de
Unidades Escolares – Módulo 3: A Construção do Projeto Político Pedagógico da Escola.
Salvador: PROGED, Ufba, 2007.
• GADOTTI, M. Pressupostos do projeto pedagógico. In: Conferência Nacional de Educação para
Todos, 1.Anais ... Brasília: MEC, 1994.
• GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. Petrópolis: Vozes, 1995.
MÓDULOIII, Caderno de Estudo, PROGESTÃO, CONSED, Brasília, 2001.
• NEVES, C. M. de C. Autonomia da escola pública: um enfoque operacional, In: VEIGA, I. P.
A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 7 ed.Campinas:
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• PIETRO, Alcides. O que é gestão de projetos? Disponível em: www.gp3.com.br/Proage/exe/
empresa/publicacoes/artigo_oquegp.pdf Acesso em: 02 ago. 2010.
• VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e Projeto
Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1995.
• VASCONCELOS, Celso dos S.- Planejamento – Projeto de Ensino- Aprendizagem e Projeto
Político-Pedagógico. 15 ed. Ed Libertad: São Paulo, 2006.
• VEIGA, Ilma Passos A. Perspectiva para reflexão em torno do projeto político- pedagógico,
In: Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
• VEIGA, Ilma Passos A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.
• In:(Org.). Projeto Políticopedagógico da Escola: uma construção possível. 2. ed. Campinas:
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