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TEORIA E PRÁTICA DE SUPERVISÃO


ESCOLAR

BELO HORIZONTE
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SUMÁRIO

SUPERVISIONAR – COMENTÁRIOS INICIAIS ......................................................... 3


O QUE É ATUAR COMO SUPERVISOR ESCOLAR? ................................................ 4
O SUPERVISOR ESCOLAR E A SUA ORGANIZAÇÃO NA INSTITUIÇÃO ............... 7
OBJETIVO + ADEQUAÇÃO = FUTURA REALIZAÇÃO ........................................... 10
A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................ 12
O PAPEL DA SUPERVISÃO ..................................................................................... 15
A AUTORIDADE ....................................................................................................... 16
MEIOS E TÉCNICAS DE SUPERVISÃO NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ............... 17
Mas o que é MEIO e o que é TÉCNICA? .................................................................. 18
Painel ........................................................................................................................ 21
Técnicas ou meios para o sistema escolar ............................................................... 21
Exemplo de Editorial – Sobre Comunicação ............................................................. 26
O QUE O SUPERVISOR FAZ NO PROCESSO DE SELEÇÃO? ............................. 29
O SUPERVISOR E O TREINAMENTO DOCENTE .................................................. 32
VISÃO E AÇÃO ......................................................................................................... 36
ANÁLISE DO PLANEJAMENTO SISTEMÁTICO ...................................................... 36
O PLANEJAMENTO DO SUPERVISOR ................................................................... 40
O Supervisor e a Avaliação ....................................................................................... 45
MAS O QUE É ÉTICA? ............................................................................................. 49
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
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INTRODUÇÃO

Quando se trata de supervisionar, considera-se uma ação necessária em um


ambiente em que a gestão deve ser sequencial. Se tomarmos como significação
básica a história da palavra supervisionar, vem do Inglês “supervision” e em português
tem similaridade com a palavra “vedor”, facilmente relacionada ao significado daquele
que vê (Antônio Geraldo da Cunha, 1997, p. 815). Supervisionar levando-se em
consideração o conteúdo histórico da própria palavra pode ser, portanto, uma ação
recente nas tendências educacionais dos anos 60 para cá.
Para Houaiss (2000, p. 803), supervisionar é o mesmo que supervisar, ou seja,
possuir uma visão superior. Supervisionar ou supervisar são palavras sinônimas.
Quando utilizados o verbo supervisionar, atendemos a herança da língua inglesa,
supervision. Quando utilizado o verbo supervisar atendemos ao outro tronco de
linguagem. Avançando mais no campo semântico, como ponto de partida para iniciar
o entendimento da função do supervisor, supervisionar é olhar à frente, olhar superior.
Digamos, então, que o supervisor, aquele que supervisa, é o profissional que em um
determinado contexto tem a função de não olhar ACIMA dos demais profissionais que
compõem a sua gestão, mas sim, olhar COM esses profissionais.
Quando o supervisor propõe-se a olhar COM esses profissionais ele está
aceitando que a sua função é um recorte de vários olhares junto com o SEU PRÓPRO
OLHAR? Como deve o supervisor atuar na gestão pedagógica?. Para alguns,
supervisionar ou supervisar é mandar, dar ordem, autorizar e desautorizar. Para
outros é dinamizar. Para outros ainda é reproduzir uma verdade que não é a sua, mas
a do outro. O que é supervisionar em ambiente escolar?

SUPERVISIONAR – COMENTÁRIOS INICIAIS

Não importa onde você esteja. Por onde passa, sempre há olhares que o
observam. Na unidade escolar, o diretor observa o coordenador, além dos professores
e colegas de trabalho. Os alunos, então, nem se fala... O importante não é QUEM
direciona o olhar a você somente, mas o quanto SIGNIFICA esse olhar. A regra social
patente é acharmos que o olhar dirigido a nós mesmos é um olhar de crítico, de algo
que estamos fazendo incorretamente.
A sociedade ainda não concebeu que o ERRO e o ACERTO não são mais
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considerados polos que se anulam. Se algo está errado, alguma coisa não está certa
e vice-versa. Há o erro e o acerto, jamais o meio-termo conciliável. A tendência,
portanto, é pensarmos que o nosso olhar pode ser direcionado de forma certa e o
olhar do outro direcionado a nós sempre é de censura.
Ao supervisor não cabe emitir julgamento de certo e errado. Ele é a fronteira
dos olhares. Ele está entre o professor, os pais, o diretor, os alunos.
Do mesmo modo que o supervisor é peça fundamental na organização didático-
pedagógica da escola, o professor deve pensar com alteridade em relação a essa
função. Ele caminha em direção às vezes do supervisor do mesmo modo que o
supervisor caminha em direção de todos os professores. Essa empatia funcional deve
existir para que não haja ruptura no trabalho didático.
Ser supervisor é ter a ação voltada para três pilares:

Equipe de Finalidade
professores educacional

Coordenação

O QUE É ATUAR COMO SUPERVISOR ESCOLAR?

O advento da globalização trouxe dinâmica e mais: uma velocidade


incomparável de informação que chegam até nós e são disparadas sem ao menos
serem examinadas ou trabalhadas com atenção. A supervisão escolar reúne essas
informações em teias, ou seja, “rede de conhecimentos” gerada pelos professores em
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integração com os alunos não é mais estática. Ela é dinâmica tanto quanto o volume
de informações que chegam e que saem. Cada professor representa um polo de
conhecimento; cada professor exterioriza esse polo de conhecimento à medida que é
solicitado ou sugerido por meio de sua prática pedagógica.
Todo o supervisor deve ser um líder. Ele deve aos profissionais e a si mesmo
uma responsabilidade de liderar, ou seja, responder pela atuação atual e pelas
consequências implantadas por supervisores anteriores, sempre vertendo todas as
ações educacionais para uma UNIDADE.
Outra função do supervisor é antever que, na sua gestão, ele estará lidando
com o professor que supervisiona os alunos. Desse ponto de vista é imprescindível
apontar que o supervisor responsabiliza-se pelo aprimoramento profissional, pelo
estímulo, pelo comportamento e demais frutos do relacionamento de convivência
entre alunado e docentes. Ao passo em que ele responsabiliza-se pelo aprimoramento
ele se AUTOAPRIMORA.
Ser supervisor é:
Superar visões fragmentadas;
Unir conhecimento;
Potencializar o profissional;
Entender as (com)vivências no cotidiano escolar;
Retomar os pontos de aprimoramento;
Visionar a relação professor e aluno;
Ordenar o planejamento e implantação;
Reorganizar propostas anteriores.

Quando o supervisor entende essas premissas funcionais ele estará


preocupando-se, de regra, com o aprendizado do aluno, diretamente ou não.
Estimulando o potencial do docente, ele estimula o potencial do aluno. Essa cadeia
reativa tem mão-dupla. Ao garantir o potencial do aluno e do professor, o supervisor
garante o próprio potencial.
Quando visa a potencialização do professor e, em consequência, do alunado,
investe-se em:

- Criatividade;
- Incentivo.
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Dos elementos que não podem faltar na implantação do planejamento

Criatividade + Incentivo =

De acordo com Przybylski (1982, p. 14): “[...] a supervisão é encarada sob outro
aspecto, destacando a liderança, libertando energias e incentivando a criatividade
tanto em problemas individuais como naqueles que envolvem um grupo de
professores”.
Ainda citando o mesmo autor, a supervisão segue um ciclo de estágios.
Atualmente fala-se dos 5s, produto da filosofia oriental, enquanto controle de
qualidade. São eles:

1º. Senso de utilização;


2º. Senso de organização;
3º. Senso de limpeza;
4º. Senso de padronização;
5º. Senso de autodisciplina.

Os 5s da Supervisão seriam:

1º. Senso de observação;


2º. Senso de aprimoramento;
3º. Senso de estratégia;
4º. Senso de aprendizagem;
5º. Senso de relacionamento humano.

Quando o supervisor aplica os 5s da supervisão deve-se ter em mente que,


para articular todos os conhecimentos é preciso trabalhar individualmente com cada
professor. Retomando a conversa inicial que tive com a professora, questiona-se:
Quem avaliou, quem incentivou, quem estimulou o potencial criativo daquele
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profissional? Reflete-se: Será que a fala da diretora a qual afirmara que a supervisão
escolar não existia mais tem fundamento?
Cabe ao supervisor escolar o ATO, ou seja:

Assessorar Treinar Observar

O professor na escola com base nos 5s. Vejamos no próximo capítulo como
ocorre essa organização.

O SUPERVISOR ESCOLAR E A SUA ORGANIZAÇÃO NA INSTITUIÇÃO

É essencial que o supervisor tenha interesse pela organização e conhecimento


tanto pedagógico quanto administrativo. Conhecer a instituição não é apenas tarefa
do supervisor. Como estamos versando sobre esta função na escola, ele deve ter
atuação e bom nível de conhecimento tanto administrativo quanto pedagogicamente.
Lembrando-se da palavra “fronteira” – o supervisor é a fronteira entre os setores e
neles pode estar vinculado.
Na parte pedagógica, o supervisor é importante como “cola” dos elementos que
formam a equipe. Como dito antes, nunca um profissional fora tão necessário na
escola como o supervisor nos dias atuais. Com a renovação tecnológica e a
transdisciplinaridade entre as áreas, algum componente da equipe pedagógica deve
estar na zona neutra ou fronteiriça.
O professor não é mais dono do próprio feudo. No reino da atual educação, o
professor deve raciocinar sempre em conjunto com o seu supervisor. Não há mais
monarca, nem dono de verdades absolutas. As verdades revistas e (re)construídas na
razão plena do atual conhecimento.
Hoje as necessidades mudaram, a forma de pensar mudou, o professor não é
único detentor do saber e da verdade. Em tempos remotos, ensinar poderia ser menos
complexo que nos tempos atuais. Não desconsideremos que cada época tem a sua
marca, a sua característica, a sua necessidade. Mas voltemo-nos para os tempos
atuais: hoje podemos receber notícias de cinco países diferentes ou mais em um
mesmo dia. Antigamente, os cavaleiros entregavam cartas em dias e semanas
cavalgando.
Esse conflito com o tradicional e o novo deve ser rompido enquanto paradigma,
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pois o novo será velho após o advento de outra novidade. As máquinas hoje estão
sendo organizadores de qualquer sistema: seja bancário, seja comércio e da
educação também. Um software pedagógico organiza e armazena todos os papéis
que o supervisor tem, com anotações e mais um pouco. Para isso, precisa-se de
tecnologia e alguém para inserir os dados. Mas será que o conhecimento
organizacional ainda não ficaria falho? Amanhã será que pessoas serão chips?
Armazenarão dados como um computador?
O ofício do professor atual não se compara com o ofício dos jesuítas, a citar o
do Padre Anchieta. Com uma vara ou bengala e a areia da praia Padre Anchieta
ensinava os índios. Hoje um professor deve romper com as barreiras e, antes de tudo,
demonstrar saber ético, cidadão, responsável, espiritual, dentre muitos itens.
Przybylski (1982, p. 21) cita vários motivos que coincidiram com o aumento da
complexidade do ensino:

1) Conhecimento acumulado por meio da história;


2) Advento da tecnologia;
3) Avanços científicos;
4) Surgimento de tecnologias de ensino;
5) Novos parâmetros de vida;
6) Crescimento populacional.

Além desses muitos outros podem ser citados, como por exemplo, a
democratização do ensino. A iniciativa de uma política para o ensino público
transformou pareceres educacionais não antes vivenciados pelos professores.
Com esse volume vertiginoso de mudanças, maior é a necessidade de o
professor ser ASSESSORADO por uma supervisão pedagógica. Caso o supervisor
pedagógico saia desse ambiente, algo passa a ficar mais complexo. Onde será o seu
locus na organização?
Se ele sair da região fronteiriça, sua atuação passa a perder o tônus de
importância na instituição educacional.

A ORGANIZAÇÃO
De acordo com Miranda (1974, p. 22) organização é do grego “organon”,
significante de harmonia e tempo. Essências de organização atual.
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Como diz o ditado: “A pressa é inimiga da perfeição”. Os gregos decidiam pela


perfeição humana. Se o tempo não for a favor da harmonia na instituição, algo anda
errado...

MAS O QUE É ORGANIZAÇÃO?

A função do supervisor pedagógico é, sem dúvida, integrar os elementos da


estrutura organizacional. Para que o supervisor possa se sentir seguro e familiarizado
com essa estrutura organizacional para atuar como elemento integrador é preciso que
ele:
- Conheça a política educacional da sua organização;
- Conheça os objetivos da sua organização;
- Seja hábil nos relacionamentos que trava na organização;
- Conheça a psicologia comportamental na organização.

Para Miller (1973, p. 19) a organização define-se por: “[...] correlação de


deveres ou funções para consecução de objetivos específicos”.
Conforme Miranda (1980, p. 25): “A organização visa o bem orientar e
sistematizar o trabalho para ser executado por pessoas”.
A partir desses conceitos pode-se inferir que, antes de tudo, a organização –
seja ela voltada para qualquer finalidade – é o complexo funcional que administra
recursos humanos. Isso é imprescindível para que delimitemos antecipadamente o
exercício do supervisor pedagógico.
Com o propósito de identificar e delinear as ações do supervisor escolar
entendam os princípios das organizações sob o ponto de vista da gestão dos recursos
humanos.

PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO

Para Miller (1973, p. 26-7), os princípios organizacionais são apontados a partir


dos seguintes aspectos:

a) A organização segue seus objetivos e não os seus funcionários;


b) A organização segue bases simples de ação;
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c) Cada supervisor deve encaminhar o quanto antes as resoluções das


situações pendentes;
d) As autoridades devem ser claras e transparentes;
e) Todos devem saber quem é o seu superior e a quem se subordina;
f) Todas as ordens devem ser acompanhadas pelos superiores e
avaliadas;
g) A responsabilidade de cada supervisor deve ser amplamente
conhecida por todos da organização;
h) A estrutura organizacional apoia-se na plena ação de cada chefe;
i) Cada responsabilidade deve estar vinculada ao seu respectivo setor;
j) Quanto menos nível hierárquico, mais resoluções são encaminhadas.

Quanto mais os objetivos das organizações são claros e patentes para todos
que agem em prol da finalidade da instituição, mais simples e racional é o andamento
da escola. A unidade segue um ritmo de trabalho transparente e que reúne com
facilidade todos os polos de conhecimento da escola.

ESTABELECENDO OBJETIVOS NA ORGANIZAÇÃO

Os objetivos dirigem a atividade humana dentro da organização. Podem ser


traçados, com clareza, antes de qualquer planejamento entrar em atividade pela
equipe. Ao longo desse processo o supervisor verifica quais objetivos se adéquam à
filosofia educacional do contexto da organização. O objetivo representa uma futura
realização.

OBJETIVO + ADEQUAÇÃO = FUTURA REALIZAÇÃO

Essa realização está nas mãos da supervisão pedagógica e da sua equipe!


Os objetivos são, portanto, o guia de execução. É o farol que orienta o barco
da supervisão pedagógica. Xavier (1973, p. 88) diz que: “A própria importância que a
empresa dá a determinados problemas, a direção para onde as modificações são
buscadas e inovações [...] fornecem ideias para os seus objetivos”.
Com isso, enfatiza-se que a clareza dos objetivos deve estar compactuada com
a finalidade e a proposta da filosofia da escola, se aplicarmos o conceito de Xavier na
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organização educacional.

COMO ALCANÇAR OS OBJETIVOS?

Para alcançar os objetivos é preciso que:


1) Eles estejam firmemente adequados à finalidade e proposta da
escola;
2) Eles estejam aliados a uma política de ação.

De acordo com Lourenço filho (1970, p. 91): “A política, num sentido geral,
estabelece propósitos e tendências gerais de ação, ou as bases programáticas a
desenvolver, em diretrizes e normas gerais, normalmente expedidas pelo poder
político [...]”
O autor menciona nas entrelinhas acima que, antes da ação de supervisar, há
a arte de governar. A autoridade máxima na escola estabeleceu, desde sua instituição,
todas as propostas fins e educacionais que, desde então, entraram em vigor. Mais um
motivo para que entendamos que supervisionar não é ter um olhar de autorização e
desautorização. É um compromisso de ZELAR pelo que já fora instituído no ambiente
escolar.
A supervisão é a “chave” que pode passar ao poderio de outros elementos na
história da organização escolar. Esse pressuposto também faz parte da política de
ação da escola. Sintetizando o que fora dito a respeito da supervisão organizacional
pode-se inferir que:
- Supervisionar na organização é ter os objetivos como guia de passos
para longo alcance;
- Supervisionar na organização é envolver todas as autoridades da
escola;
- Supervisionar na organização é estabelecer metas alcançadas;
- Supervisionar na organização é avaliar o desempenho com base em
padrões claros e precisos;
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A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Há modelos simples de estrutura organizacional e mais complexos.


Atualmente, os modelos simples têm acatado a Direção enquanto autoridade
pedagógica e administrativa ao mesmo tempo, o que dificulta ou demora a resolução
dos problemas. Veja uma exemplificação de organograma:

Diretor
(Pedagógico e
Administrativo)

Professor Professor Professor

A dificuldade desse modelo está em conceber que o diretor tem tempo hábil,
na atual conjuntura da sociedade, repleta de dinamicidade e conciliação de
informações, para atender e fomentar a necessidade do professor.
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Diretor

Supervisão

Professor Professor Professor

A supervisão, no caso acima, não está na linha de comando, mas sim de


assessoramento da direção e, principalmente, dos professores. Nessas condições, há
vantagens e desvantagens de supervisar, tal qual existe em quaisquer áreas e/ou
funções específicas da organização escolar. Relatemos quais são.

Vantagens Desvantagens
Coordenação total na área Pode ser que o supervisor se envolva
pedagógica. no aspecto administrativo.
Visão específica da área pedagógica, O supervisor amplia sua posição de
diferente da visão dos diretores. “chefe”.
O supervisor assessora, acompanha, Redução do tempo para o
implanta, treina dentre outros. autoaprimoramento.

QUANDO SUPERVISIONAR E QUANDO ADMINISTRAR?

Posicionar-se enquanto supervisor em uma unidade escolar não é tarefa


simples. A escola, vista como uma unidade empresarial, também precisa de pessoas
que deem suporte tanto na parte administrativa quanto no setor pedagógico. Como
afirmamos, se o supervisor não estiver na FRONTEIRA, assessorando, será inviável
que o trabalho pedagógico permaneça estável.
Os currículos universitários de Pedagogia formam tanto para a supervisão, para
a orientação quanto para a administração. Um pedagogo na instituição pode
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representar um alavancamento de todos esses setores. Todavia, sobrecarregá-lo com


a concentração das três funções pode não ser produtivo para o andamento da
instituição, é o que defendemos aqui.
Para que não haja entrucamento, é necessário que se tenha mais de um
supervisor na instituição. Cada qual com as atividades funcionais demarcadas, com a
linha do seu respectivo setor, plenamente esclarecida. Nesse processo, tomam-se os
seguintes direcionamentos:

1) Implantar o programa educacional de forma que o supervisor opere e


aprimores a equipe pedagógica;
2) Assessorar os responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem;
3) Preocupar-se com a parte pedagógica;

Se o supervisor fugir dessas delimitações, ele estará passando ao TODO pela


PARTE, ou seja, ele estará atuando como administrador e supervisor, o que é inviável.
O supervisor torna-se assim a bússola que direciona a atividade pedagógica.
Ser supervisor também é reter, em termos, a autoridade da direção. Esta tem
a visão do todo, mas não da parte que cabe à supervisão pedagógica. É
responsabilidade de o supervisor se reportar à direção enquanto assessora
pedagógica e informar, por registros, circulares internas, relatórios, TODOS os
encaminhamentos que foram tomados no processo de ensino-aprendizagem da
instituição.
É muito importante que o supervisor contribua com a organização. É importante
também que o supervisor assuma uma responsabilidade positiva, deixando de lado
toda a “picuinha”, para reportar ao seu diretor, com a devida transparência, o que está
acontecendo na instituição. Quanto mais consciente e responsável for essa atitude,
mais a organização cresce. E se a organização cresce, o supervisor crescerá em seu
cargo e funções.
As atribuições do supervisor podem ser assim citadas, considerando que eles
são esse elo entre a alta direção e demais profissionais da equipe pedagógica:

1) Tomar decisões responsáveis;


2) Dirigir pessoas;
3) Planejar a produção.
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O supervisor também é responsável pelo currículo. No tocante ao


aprimoramento da aprendizagem, se for necessário, o currículo escolar pode ser
modificado em suas aplicações.
De acordo com PRZYBYLSKI (1982, p. 42): “A supervisão escolar necessita de
todas as entidades da escola, notadamente da administração e da orientação
educacional. O trabalho da supervisão escolar pode ser favorecido ou prejudicado
pela administração da escola. Se esta aceitar plenamente sua ação, o trabalho poderá
alcançar uma maior eficiência. Supervisão e administração devem se complementar”.
O supervisor escolar deve ter vantagens de ação. Para ele a administração
deve ceder o seu apoio assim como a orientação também. A alta direção deve
respeitá-lo enquanto autoridade plenamente responsável pelo sucesso ou pelo
fracasso do ensino-aprendizagem da instituição. A proximidade do supervisor com o
professor deve ser constante. Todavia, jamais transpondo as barreiras de autoridade.
Esta, sabemos que não é desautorizar ou autorizar.

O PAPEL DA SUPERVISÃO

Vimos que o supervisor deve ter autonomia em suas decisões e assegurar que
as decisões da diretoria serão acatadas e concretizadas. É importante destacar
também que a tendência é um professor assumir a supervisão pedagógica pela sua
experiência em sala, sem que o mesmo tenha a formação pedagógica. Não que esse
profissional seja despreparado. Mas ele não retém conhecimentos teóricos suficientes
para pôr em prática a supervisão na união epistêmica de outras áreas e na execução
de tarefas supervisoras.
O professor que assume a responsabilidade da supervisão passa a ter nova
visão. Ele verá por outro prisma a instituição em que trabalha e, consequentemente,
suscitará questionamentos sobre a própria função do professor, pois concentrará mais
responsabilidades. O professor promovido a supervisor travará novos tipos de relação
no trabalho porque não contará somente com os seus próprios esforços, para a
realização de atividades, mas também com os esforços de outros colegas que ocupam
a função que ele já ocupou.
As responsabilidades em supervisionar concentram-se em:
A – Esclarecer o propósito das atividades dos outros;
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B – Providenciar recursos e materiais para que as atividades se concretizem;


C – Estimular o esforço de todos os professores;
D – Controlar a execução das atividades pelos demais;
E – Tornar os serviços mais eficientes.

Para esses preceitos o professor deve ser líder e saber o quantitativo


mensurável da produtividade da equipe, a qual irá atender as demandas da
organização.
Quando o supervisor conhece e aceita a política de objetivos da organização e
aplica aos seus subordinados a política e os princípios de organização. Em relação
aos seus supervisionados, o supervisor deve assim portar-se:
1 – O supervisor está para a organização como representante da sua
política, assim como os supervisionados estão para o supervisor como representantes
das suas decisões pedagógicas.
2 – O supervisor está como prioridade da organização assim como a
supervisionada está como prioridade do supervisor.
3 – O supervisor está lealmente para a organização assim como os
subordinados estão lealmente disponíveis ao supervisor. Não há dupla lealdade, nem
um por todos e todos por um. Há hierarquia de fidelidade e isto é um conceito ético.
Logo, se o seu supervisor decidir a favor da instituição não o julgue e espalhe sobre
ele comentários indesejáveis.
4 – Um supervisor está em atuação com outros supervisores assim como o
professor está em atuação com outros professores.

A AUTORIDADE

Como dito anteriormente, autoridade não é a ação de mandar e desmandar ou


autorizar e desautorizar. Autoridade é ter a complacência de expor suas decisões,
compartilhando-as com os demais. De acordo com Flippo (1972, p. 10) autoridade é:
“o direito de decidir o que deve ser feito e o direito de fazê-lo ou exigir que alguém o
faça.”
Na supervisão, a autoridade se expande pelas searas éticas. Até porque o
supervisor recebe da alta direção o direito de exercer autoridade e não de ser
autoritário. Uma forma de demonstrar autoridade é exercê-la pela sua competência,
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transparece o reconhecimento dos méritos e sucessos do supervisor pelo corpo


docente. Esse é outro tipo de autoridade.

A AUTORIDADE QUE O SUPERVISOR RECEBE DA ALTA DIREÇÃO


CHAMA-SE DELEGAÇÃO. A AUTORIDADE QUE O SUPERVISOR RECEBE
DO CORPO DOCENTE É O RECONHECIMENTO.

MEIOS E TÉCNICAS DE SUPERVISÃO NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

Como será a rotina do supervisor? O que ele deve fazer e cumprir diariamente.
Sabemos que essa questão varia de instituição para instituição. Mas
alguns procedimentos não podem passar em branco no presente curso. A
realização desses procedimentos implica diretamente em dois aportes:

1º – A teoria a qual o supervisor segue; 2º – A experiência do supervisor.

Acreditamos que, se o supervisor tem amplo conhecimento de sala de aula,


certamente essa será mais uma experiência enriquecedora para gerir grupos de
outros professores.
Na teoria – há esquemas de trabalho pré-reconhecidos, há conceitos adotados,
há aplicação destes no campo de ação dos professores.
Na prática – há a junção de todos os elementos da teoria com a vivência prática
para a ação de resultados.

TEORIA + APLICAÇÃO PRÁTICAS = RESULTADOS

Há o meio de se aplicar a teoria e a forma como esta é aplicada, ou seja, a


técnica de supervisão precedente às ações. Meio é o espaço indelimitável, todavia,
utilizado para se alcançar os resultados com as aplicações dessas técnicas. Observe
o gráfico:
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MEIO

TÉCNICA

Não falamos de apenas uma técnica a ser empregada no meio. São inúmeras
e, para resumi-las, pautemos um roteiro de aplicações dessas técnicas:

1º. Passo: o supervisor escolhe uma teoria;


2º. Passo: o supervisor delimita as circunstâncias em que será aplicada a
3º. Passo: o supervisor estabelece os objetivos em longo prazo. 4º. Passo: o
supervisor estabelece os objetivos em curto prazo. 5º. Passo: o supervisor lista os
recursos disponíveis.

Mas o que é MEIO e o que é TÉCNICA?

Para trabalharmos com os termos ipsis litteris, vamos ao dicionário dos étimos:
Meio: vem de médio.
Médio: ‘que está no meio ou entre dois pontos’. Do latim “medius”. Palavras
originadas: entremear, entremeio, imediatismo, meada, medial...
(Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico, página 509).

Técnica: do grego “Techno”, significa “arte”, “habilidade”. Palavras originadas:


tecnologia, tecnocracia, tecnografia (Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário
Etimológico, p. 759).

Para PRZYBYLSKI (1982, p. 55), técnica vem de technique (do Francês) e


significa: “A maneira, método ou habilidade com que uma pessoa cumpre os
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requerimentos técnicos de uma arte em particular ou campo de atividade. O conjunto


de procedimentos especializados... Habilidade, técnica, habilidade em aplicar
procedimentos ou métodos para conseguir os resultados desejados”.

MEIO É O LOCAL DO QUAL SE VALE O SUPERVISOR PARA APLICAR


AS SUAS TÉCNICAS COM OS DEVIDOS RECURSOS, ALCANÇANDO
OBJETIVOS E PERSEGUINDO RESULTADOS.

A seguir, clarifiquemos quais são os tipos de técnicas que podem ser


aplicadas pelo supervisor.

Técnicas diretas Técnicas indiretas


Técnicas individuais Técnicas em grupo

Seguiremos por outro tipo de classificação:


4) Técnicas ou meios gerais;
5) Técnicas ou meios a níveis de sistemas;
6) Técnicas ou meios a níveis de unidade escolar.

TÉCNICAS OU MEIOS GERAIS

As técnicas gerais são aquelas as quais se guiam por aplicações em uma visão
macro, ou seja, em uma visão de grupo ampla. Citando algumas técnicas ou meios
desse nível, podemos apontar:

A. Reunião com grupos de professores de diferentes áreas;


B. Conferências e simpósios de reciclagem com grupos de professores de
diferentes níveis;
C. Conferências e simpósios de reciclagem com grupos de professores de
um mesmo nível;
D. Trabalhos da cúpula pedagógica;
E. Visitas à outra escola para trocas e encontros temáticos;
F. Viagens a congressos e seminários;
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G. Relatórios da supervisão sobre essas atividades.


H. Leitura de obras sobre educação em grupo;
I. Estudos em cursos de pós-graduação para a formação continuada;
J. Atividades experimentais e de vivências;
K. Palestras pedagógicas com visitantes trazidos à escola;
L. Supervisores externos realizando consultoria com os
supervisores internos;
M. Participação da cúpula pedagógica em seminários promovidos
por instituições de grande porte.
N. Painéis educativos promovidos para treinamento interno;
O. Publicações em revistas impressas ou eletrônicas.
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Painel

Técnicas ou meios para o sistema escolar

Gandhi e a educação humanizadora

Gandhi teve importante papel


histórico na espiritualidade
indiana. Ainda assim, seus
ensinamentos avançaram
décadas, sobrelevando o trato
humano e os preceitos de
convivência com o outro, os quais
podem ser explorados no
contexto escolar

Seus pensamentos e reflexões:

“Olho por olho e o mundo acabará cego”


(Dialoguemos mesmo no conflito!)

“O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.”


(Semear ações positivas na escola é a garantia de colher bons
frutos no futuro)

TÉCNICAS OU MEIOS PARA O SISTEMA ESCOLAR

As técnicas desse nível atendem ao ambiente escolar e ao seu programa como


um todo. Podem ser intercambiáveis de sistema para sistema. Algumas técnicas:
a) Reunião com a direção da escola;
b) Reunião com outros diretores da mesma rede ou de outros sistemas.
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Um exemplo: algumas escolas costumam adotar métodos de outros


sistemas escolares. É viável que o representante pelo treinamento
desse método agende com o supervisor os encontros anuais a fim de
adequar a didática ao sistema escolar de origem.
A. Supervisão externa a outras escolas da rede;
B. Entrevistas com outros supervisores internos ou externos;
C. Avaliação e autoavaliação da cúpula pedagógica;
D. Planejamento político-pedagógico.

TÉCNICAS E MEIOS DA UNIDADE ESCOLAR

Enquadram-se nesse item técnicas que podem ser aplicadas individualmente


pelo supervisor no seu ambiente escolar de origem. Com isso, ele agrega professores
e coordenadores das respectivas áreas de ensino e segmentos.

A. Reunião com a direção em conjunto com professores e coordenadores;


B. Entrevistas individuais de seleção com professores;
C. Visitas às aulas para observação de determinado profissional
ou determinada turma;
D. Treinamento interno;
E. Workshops;
F. Organização de bibliotecas com professores de área e segmento;
G. Avaliação do contexto escolar;
H. Assistência individual aos professores;
I. Orientação das atividades de acordo com o planejamento didático prévio.

Vamos observar cada uma dessas técnicas. Relembrando que elas se


sustentam por três pilares:
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SUPERVISÃO
ESCOLAR

T T T
É É É
C C C
N N N
I I I
C C C
A A A
S S S

G S U
E I N
R S I
A T D
I E A
S M D
A E

COMO SÃO AS TÉCNICAS?

ENCONTRO COM OS PROFESSORES

Essa técnica é CONSTANTE e deve ser suporte de comunicação clarificador


para que supervisão e equipe pedagógica possam zelar pelo andamento do
planejamento prévio.
24

O ENCONTRO COM OS PROFESSORES É UMA TÉCNICA DAS MAIS


IMPORTANTES!

O foco do supervisor é sempre o “feedback positivo”, ou seja, o supervisor que


abre a reunião com críticas específicas aos setores e áreas de ensino, assim como os
seus respectivos segmentos, terá problemas de estímulo e motivação em sua equipe
pedagógica. O objetivo é manter contato DIRETO com os professores para saber a
quantas anda o planejamento e o que eles precisam em termos de orientação e
treinamento. Pode acontecer de o supervisor eleger um professor representante para
passar um adendo importante ou uma atividade diferenciada que o mesmo tenha
vivenciado em outro ambiente escolar.
O supervisor pedagógico tem o dever e o direito de promover reuniões de
acesso informal: confraternização dos aniversariantes do mês, por exemplo, ou
formal: discussão de pautas e objetivos específicos para um determinado evento
escolar. Eventos FORMAIS mais comuns para que sejam feitas reuniões:

1) Apresentar novos professores e integrá-los à equipe com dinâmicas de


interação;
2) Encontros para planejamento;
3) Encontros para discutir sobre um imprevisto ocasionado na escola;
4) Encontros para organizar a pauta do diário.

CONFERÊNCIAS COM GRUPOS GRANDES

Um evento em que essas conferências podem acontecer é, por exemplo, em


um seminário com supervisores de uma mesma rede de ensino ou de unidades
escolares que utilizam um método convencionado próprio. O foco dessas conferências
é passar um conteúdo didático e sua articulação ao sistema da escola. O objetivo é
tornar um evento INFORMATIVO.
Quando os supervisores juntam as suas equipes de professores e estes
constituem uma gama ampla de profissionais de diversas áreas e segmentos há
necessidade de alcançar uma grande massa de profissionais com uma pauta de
informação. Para isso, os supervisores organizam:
25

1. A pauta do que irá ser discutido de forma sintética;


2. Sistematizar essa pauta em slides e data show ou em grandes banners,
com ilustrações e dizeres sintéticos;
5) Preparar um auditório para receber os professores, com material a ser
entregue a cada um: pasta do encontro, bloco e caneta. Se possível um CD com os
slides apresentados ao longo da palestra;
6) Promover interações em grupos entre os participantes ao final da
apresentação.

CONFERÊNCIAS COM GRUPOS PEQUENOS

Essa conferência aplica-se do mesmo modo que a tipificação da técnica


anterior. Todavia, objetivando atingir um número menor de professores. O diferencial
é que, quanto menor o número de participantes, maior tendência a interação e a
informalidade. Ainda assim este fator não dispensa uma pauta de organização da
conferência.

VISITAS EM OUTRAS ESCOLAS

O objetivo de visitar outras escolas é elaborar um planejamento de observação


de técnicas de ensino, materiais didáticos, organização de sala ou procedimentos que
remontem a uma aprendizagem significativa em outro sistema escolar. Essa técnica
tem o objetivo de organizar um encontro específico entre ares de professores. Ou seja,
um professor de Ciências pode trabalhar com materiais e métodos específicos que
possibilitem uma troca com outro professor de Ciências de outro sistema escolar.

SEMINÁRIOS DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS

Cada unidade escolar pode e deve investir no treinamento e atualização do


professor. Sem inserir a senda política em nosso curso, a verba para a formação
continuada deve suster tanto o professor da rede pública quanto o professor da rede
particular de ensino. O foco da atualização é romper com uma dinâmica repetitiva de
método e atualizar o corpo docente com vistas ao NOVO.
26

RELATÓRIO DA SUPERVISÃO

Chamamos aqui de relatório, mas o supervisor, para criar uma unidade da


equipe pedagógica pode constituir um meio de transmitir as “notícias pedagógicas”.
Ele cria como se fosse um boletim informativo, periodicamente difundido para pais,
professores, educadores, alunos, direção.
Passos para se constituir um boletim periódico integrativo:
1º Passo: Escreva o editorial;
2º Passo: Comunique o andamento da equipe pedagógica;
3º Passo: Programação do setor pedagógico;
4º Passo: Reuniões e pareceres;
5º Passo: Notícias pedagógicas;
6º Passo: Curiosidades;
7º Passo: Fofocas da equipe pedagógica;
8º Passo: Encontros sociais.

Eis mais um evento para COMUNICAR.

A COMUNICAÇÃO É AÇÃO INCESSANTE DO SUPERVISOR.


Dica: para que o seu boletim saia bem articulado, faça um boletim de frente e
verso, sem se estender muito nos blocos de informação.

Exemplo de Editorial – Sobre Comunicação

Comum = unicar

O nome já diz. Tornar única uma mensagem entre duas ou mais pessoas. E
para que servem mensagens? Para transmitir afeto, amor, compartilhar interesses,
trocar informações, expor ideias. A transmissão da mensagem abrange objetivos
culturais, sociais, econômicos. Transmitir é, também, zelar pela tradição. Muitas
lendas, histórias, músicas, fatos familiares não chegariam às gerações atuais se a
função da mensagem fosse uma nulidade.
Mas comunicar é apenas transmitir? Muitas pessoas acreditam que sim.
27

Todavia, se comunicar tivesse apenas a função de transmitir, nenhuma mensagem


seria compartilhada. Logo, creditamos à comunicação dois pilares essenciais:
transmitir e compartilhar. Quando duas pessoas compartilham a mesma mensagem,
ambas convergem para uma área comum de conhecimento e podem se apropriar de
grandes informações.
Mas comunicar seria apenas transmitir e compartilhar? Outro engano.
Comunicar é muito mais: transmitir, compartilhar de forma ÉTICA, RESPONSÁVEL,
SEGURA E RESPEITOSA. Fugir a essas caracterizações é não ser digno de caminhar
com um tesouro precioso que Deus nos concedeu: a palavra.

PROMOÇÃO DE RODAS DE LEITURAS DE OBRAS PEDAGÓGICAS

Além de promover atualização externa na formação contínua de professores,


os encontros de atualização interna também são de grande importância. Para tanto, o
supervisor pode selecionar obras de educadores conhecidos: Ausubel, Paulo Freire,
Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro, Emília Ferreiro e filósofos universais, contemporâneos
ou não, e montar painéis em flipchart para treinamento e discussão dos trechos
solicitados.
Essas sessões podem acontecer em grupo ou individualmente. Inicia-se pela
organização do material de leitura e o mesmo é entregue aos professores para que,
em data posterior, a reunião possa ser marcada com a leitura coletiva prévia dos
textos.
Para manter esses textos atualizados e terem corpus de pesquisa para leitura
dos professores a escola pode:

a) Assinar revistas especializadas em educação ou em


conteúdos específicos das áreas;
b) Organizar uma seção didática na biblioteca da escola;
c) Elaborar dinâmicas e círculo de leituras no espaço da biblioteca;
d) Indicar artigos e livros para a leitura;
e) Elaborar uma apostila de resenhas de livros.
28

O SUPERVISOR COMO PONTE DE INTEGRAÇÃO ENTRE O PROFESSOR


E A ESCOLA

A atividade contínua da supervisão pedagógica é o contato permanente com a


equipe de professores. Logo, atender, assessorar e manter esse vínculo com o
professor não é apenas uma restrição de técnica. Faz parte do ofício do supervisor,
manter a base de relacionamento com seu professorado.

O SUPERVISOR É A PEÇA QUE LIGA O PROFESSOR NOVATO AO


PROFESSOR EM ADAPTAÇÃO, AOS PROFESSORES ANTIGOS, A TODA
EQUIPE PEDAGÓGICA.

Manter o contato entre os membros da equipe


Auxiliar
Assessorar

Antes de integrar o professor, é necessário selecioná-lo. Quando o assunto é


seleção, o supervisor é o que visionará o perfil do profissional que melhor se adaptará
ao seu sistema de integração pedagógico. Para o processo de seleção é importante
que o supervisor não tenha apenas a obrigação de selecionar o MELHOR profissional,
mas aquele que é o MELHOR PARA INTEGRAR A SUA EQUIPE.
Um professor renomado, docente de grandes escolas, pode não se adaptar aos
projetos de uma escola menor. Com isso, o supervisor terá uma dor de cabeça.
Motivo: os profissionais são parcela do meio. Ele tem a bagagem a qual o meio
lhes proporcionou. Um professor de escola pequena pode não estar habituado a
corrigir 500 provas por mês. Um professor de escola grande pode não estar preparado
para projetos de escolas menores.

ALGUMAS DICAS DE TESTES DE PERSONALIDADE

Neste item vamos passar algumas perguntas com base na teoria do QE


29

(Coeficiente Emocional), que pode ser aplicada em uma triagem, na primeira etapa da
seleção. Identificar características, habilidades e aptidões podem ser consideradas
como o processo seletivo. Sabemos que um professor que costuma levar
DESCONTROLADAMENTE seus problemas para a sala de aula pode não ser visto
como orientador de forma positiva. Problemas, todos têm. Mas há um momento certo
de partilhá-los.
Outro exemplo é o professor que insiste em impor seus pontos de vista políticos
em sala de aula. Todos são partidários, ainda que não partilhem de posicionamento
político nenhum. Mas visões sectárias não podem ser impostas em ambiente escolar.
Quando um supervisor seleciona um professor, a premissa é que ele possa também
elevar o potencial desse profissional no ambiente pedagógico o qual ele supervisiona.
Esse professor é mais uma peça do quebra-cabeça o qual será encaixado na equipe.

QUANTO MAIS CUIDADO O SUPERVISOR TIVER NA SELEÇÃO,


MELHOR SERÁ O SEU RESULTADO NO MOMENTO DE INTEGRAÇÃO.

O QUE O SUPERVISOR FAZ NO PROCESSO DE SELEÇÃO?

O supervisor diz quantas vagas devem ser preenchidas, como será o


cronograma de seleção e qual o perfil do professor para preenchimento da vaga. Ele
é a peça-chave para a equipe de recrutamento. O supervisor é o profissional que
mantém o contato com a equipe pedagógica frequentemente e, por isso, saberá
delinear ao longo da seleção o perfil do profissional requisitado.

O CANDIDATO A SER SELECIONADO DEVE COMPOR A EQUIPE E NÃO


SER UM ELEMENTO DE EXEMPLO PARA OS DEMAIS PROFESSORES.

Além do fator de reposição de professores, outros demais são considerados.


Os professores em atividade tendem a ser afastarem de sua função por:

 Aposentadoria;
 Doenças;
 Gestação;
30

 Transferência no caso da rede pública;


 Falta de aproveitamento.

Com isso, a seleção desvincula-se de um processo seletivo, pela necessidade


de repor as vagas que ficam disponíveis pelos motivos acima. Quando o supervisor
constata a necessidade de contratação de novos profissionais, ele deve passar à
administração escolar os seguintes dados:

 Número de vagas disponíveis;


 Áreas das respectivas vagas;
 Segmentos das vagas.

É necessário, ainda, considerar o planejamento da seleção tomando por


base

 Requisitos e critérios da entidade;


 Normas de política pessoal da empresa.
O recrutamento dos profissionais é precedido por uma pré-seleção na qual
odem ser aplicadas dinâmicas, redações, testes de personalidade com base na teoria
da Inteligência Emocional, dentre outros procedimentos. Roteirizamos uma sugestão
de pré-seleção:

1ª. Etapa:

1) Conversa inicial em grupo para esclarecimento do objetivo da seleção;


2) Dinâmica;
3) Pré-seleção dos candidatos.

2ª. Etapa:

1) Entrevista individual;
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2) Prova escrita (redação, específicas);


3) Aula-teste.

A 1ª etapa corresponde aos candidatos os quais estariam pré-selecionados


para a 2ª etapa. Ela corresponde a uma triagem. Nessa, o supervisor estabelece
alguns critérios para pré-requisitos. Se ele estiver selecionando uma professora do
maternal ele pode relacionar:

- Dinamismo;
- Disposição para hora extra;
- Não fumante;
- Experiência em auxiliar e regência;
- Portfólio de atividades realizadas no jardim de infância.
A etapa precedente à seleção é a colocação. Após as sequências do processo
seletivo, pode ser de acordo com:

1) A ordem dos classificados. Os primeiros a preencherem todos os


requisitos da vaga serão colocados na vaga;
2) A livre escolha do supervisor, juntamente com a sua direção geral e
pedagógica;

A adaptação é de suma responsabilidade do supervisor, ao passo que, após


colocação dos escolhidos, ele deve integrar o professor à sua nova função naquela
escola. Por mais vasta que seja a experiência do profissional, a unidade escolar na
qual ele irá trabalhar lhe será uma experiência nova.

O SUPERVISOR DEVE MOSTRAR AO NOVO PROFISSIONAL:

A NOVA UNIDADE DE
TRABALHO AS NOVAS
FUNÇÕES
OS NOVOS COMPANHEIROS
Essa fase pode ser crucial para a admissão do docente. Caso ele se adapte ou
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não, novas seleções estarão por vir.


De acordo com PRZYBYLSKI (1982, p. 79): “A admissão de professores, além
de ser uma função administrativa, constitui-se numa atividade de supervisão escolar
que terá repercussão não só no êxito imediato no desempenho do trabalho do novo
docente, como influirá um novo grupo de pessoas já estruturado, com suas normas,
padrões e comportamentos definidos [...]”

Logo, colega supervisor:

A palavra-chave para a adaptação e a integração do novo membro da equipe


docente de uma escola é:

Sem ela, o novo membro não terá chances claras de mostrar o seu potencial
junto à supervisão.

O SUPERVISOR E O TREINAMENTO DOCENTE

Para quê o treinamento constante?


Primeiro: o supervisor, como visto, mantém constante contato com a equipe
pedagógica.
Segundo: os avanços de técnicas, principalmente da aplicação tecnológica na
educação e a priorização das políticas de formação continuada exigem uma
remodelagem do perfil do professor.
As evoluções atuais, a tecnologia, a nova consciência ambiental, a
multiculturalidade são pressupostos imprescindíveis na visão de uma nova equipe
pedagógica. O supervisor deve ser o primeiro a propor essas questões.
Para isso, o supervisor deve realizar constantes programas de treinamento.
Quando o programa está vinculado à rede pública, a formação continuada pode contar
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como plano de carreira pontuado para o docente.


O programa de treinamento é:
 Voltado para todos os professores da equipe, respeitando os devidos
segmentos;
 De flexão contínua;
 Está vinculado aos projetos realizados na escola, viabilizando
métodos de trabalho inovadores.
 Planejado pela cúpula pedagógica com aplicação e feedback dado à
direção pelo supervisor;
 Ter avaliação e reavaliação.
 As técnicas devem seguir propostas individuais e em grupo.

Os dados colhidos na aplicação do treinamento são registrados em uma ficha


pessoal de cada membro da equipe docente, colhendo:

 Observação individual;
 Registro de desempenho;
 Resultados apresentados.

É ético e de bom tom que esses dados da ficha pessoal estejam registrando
apenas para a cúpula, preservando o docente e o seu trabalho. Quando a equipe
pedagógica é pequena há uma tendência em expor os profissionais. Eticamente,
descaracteriza a função do supervisor pedagógico, pois a sua imagem é negativizada
e não a do professor.

O SUPERVISOR ESCOLAR E O PLANEJAMENTO

Para versarmos sobre esse assunto na atuação da supervisão, é importante o


conceito de “planejamento”.
De acordo com o dicionário etimológico de Antônio Geraldo da Cunha, planejar
define-se como: “Palavra derivada de ‘plano’, do latim ‘planus’ que significa tornar algo
plano. Esclarecer e pontuar.” (p. 612).
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A democratização da educação trouxe novos rumos para o planejamento


educacional, atingindo uma gama maior de estudantes que passaram a ter acesso ao
estudo em tempos recentes. Antigamente, os jovens e adolescentes de classe
abastada tinham acesso às boas escolas nacionais e do exterior, enquanto que
grande parcela da população restringia-se a se marginalizar, aos ofícios
pormenorizados pela sociedade elitizada: engraxate, marceneiro, padeiro, alfaiate.
Além da ampliação do acesso, o avanço tecnológico permitiu que mais pessoas
pudessem acessar cursos, técnicas de ensino e rapidez nas informações. Os sistemas
educacionais foram revistos com base nesses acontecimentos para que a escola
pudesse ter uma readaptação de conceitos no ensino. Essas mudanças atingiram:

 Conteúdos;
 Atitudes;
 Métodos;
 Atividades.

Ou seja: o bojo do planejamento escolar. Rompeu-se com a visão tradicional


da educação ou como afirma PRZYBYLSKI (1982, p. 85): “educação livresca,
academicista, individualista”.
Há, portanto, a necessidade de um planejamento sistemático na unidade
escolar, com o qual se pretende ativar as áreas administrativas, pedagógicas e
políticas do ambiente educacional. Assim, com esses setores fomentados, pode-se
garantir um trabalho pedagógico fluente. Para dar prosseguimento ao planejamento
sistemático, é preciso seguir alguns passos, mencionados a seguir:
1) Diagnosticar no meio em que a escola está alocada as atividades
e propostas educacionais;
2) Entender as políticas educacionais dessa região;
3) Conter as atividades pedagógicas dentro das possibilidades da
instituição;
4) Ter a consciência educativa de que o planejamento deve ser
transparente e objetivo para professores e alunos e saber o momento de cobrar o
retorno;
5) Ter o espírito de coletividade com as demais instituições locais.
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ATENÇÃO SUPERVISOR: PLANEJAR SISTEMATICAMENTE EM SUA


ESCOLA É:
- CONHECER A SUA COMUNIDADE
- CONHECER O CENÁRIO ECONÔMICO E SOCIAL DA SUA UNIDADE
- CONHECER AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO SEU MUNICÍPIO.
Quanto mais coparticipantes você tiver nessa empreitada, mais mobilização
garantirá para efetivo planejamento. Além de mobilizar os seus auxiliares no
planejamento sistemático, você é intérprete principal de um sistema global, o qual
incide sobre a unidade escolar a qual é supervisionada por você. Você, supervisor, é
o locus da fronteira entre uma sociedade global – políticas educacionais, econômicas
– e a sua unidade escolar.

Por conseguinte, conclui-se que um planejamento sistemático está inerente a


um contexto globalizado, ou seja, aos propósitos de adequação insertos em uma
sociedade específica. Logo, o planejamento da instituição está vinculado ao
desenvolvimento geral da comunidade.

CONCEITUAÇÃO DE PLANEJAMENTO EDUCACIONAL

Para viabilizar uma conceituação de planejamento, visitamos alguns teóricos


da administração geral. Tornaghi (1970, p. 5), por exemplo, diz que: “Planejar é decidir
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por antecipação o que deve ser feito, o como, o quando, o quanto, por quem e por
que... Plano é, portanto, a antevisão do ato”.
Sears (1976, p. 12) diz que: “Planejamento é a tentativa de controlar o futuro
em direção aos objetivos desejados, através de decisões tomadas com base em
cuidadosas estimativas das prováveis consequências e possíveis cursos de ação”.
Abstraímos, então, de ambos teóricos os seguintes conceitos relacionados a
planejamento:

VISÃO E AÇÃO

Ambas as ações são imprescindíveis para a atuação do supervisor pedagógico


em relação ao seu planejamento sistemático. O supervisor deve, com os
coparticipantes, usar a visão e, por meio dela, propor ações!
Visionar é antecipar fatos e acontecimentos pautando-se pelos objetivos
relacionados com técnicas adequadas e a previsão coerente com os recursos
materiais. A ação é a esquematização dos objetivos. Esse fator gera a possibilidade
de:
1) Controlar os imprevistos que incidirem sobre o planejamento;
2) Relacionar diversas alternativas de ação, proporcionando ação fluente
em direção às metas;
3) Oportunizar recursos para a realização;
4) Selecionar os profissionais participantes;
5) Lidar com as falhas;
6) Trabalhar com as políticas escolares;
7) Abrir caminhos para a concretização dos projetos;

Esses preceitos são plenamente viáveis ao supervisor se ele focar com a sua
equipe pedagógica as suas metas.

ANÁLISE DO PLANEJAMENTO SISTEMÁTICO

Para ser um analista de planejamento sistemático o supervisor deve se ater:


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a) A comunidade que será o destino da função e finalidade da escola;


b) Tarefas por setor escolar;
c) Condições de estrutura e material;
d) Características e potencial da equipe pedagógica;
e) A política educacional vigente.

Na análise do planejamento há necessidade de manter o equilíbrio das


atividades. Quando o supervisor está em fase de elaboração do planejamento, ele
deve entender as ações que darão um fluxo natural as suas adequações. Um
supervisor adéqua o planejamento sistemático de acordo com as marcações do
período letivo. Vamos expor um calendário de marcações a título de exemplificação.

MÊS MARCAÇÃO
Janeiro Matrículas
Fevereiro Início das aulas – Carnaval
Março Mês cheio – projetos
Abril Páscoa
Maio Mês do trabalho
Junho Festa junina
Julho Festa julina - recesso
Agosto Folclore
Setembro Independência
Outubro Mês da criança e do professor
Novembro Consciência Negra
Dezembro Encerramento e Natal

Tem-se observado que as tendências da interdisciplinaridade e da necessidade


de rever a pedagogia nos módulos de projetos têm encurtado o ano letivo. Alguns
supervisores têm tido dificuldades de adequação as ações didático- pedagógicos.
Motivo: não delimitam o período de ação e não a instituem como englobadora das
datas comemorativas. Quando o supervisor estabelece ações antes dos objetivos ele
está acumulando tarefas e não as analisando. Essa não é função do seu professor.
Em troca, esses supervisores têm percebido o seu profissional cansado,
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desestimulado, sem criatividade ou potencial criativo, o que não é positivo para o


rendimento da equipe.
Outro fator de considerável importância para o supervisor é estudar o ambiente
no qual estará atuando. Não somente a escola em si, mas também, haja vista, a
comunidade na qual ela está inserida. Quais as relações que a escola retém com a
comunidade sua volta. Já parou para refletir sobre isso, supervisor?
Quais são os benefícios para o supervisor ao tecer esse tipo de relação?
1) Recepciona a clientela escolar;
2) Insere a comunidade no processo educacional;
3) Prevê um esquema de ação didática em paralelo com a realidade;
4) Preserva o patrimônio social.

O supervisor, antes de tecer essa relação com a escola, obtém um conjunto de


informações para o seu programa de trabalho. Mas o quê conhecer a respeito da sua
comunidade para inserir no ambiente escolar e no esquema de ação?
a) As pessoas da comunidade e suas histórias?
b) Que personagens sociais deixaram história na comunidade?
c) Quais os locais, pontos turísticos da cidade?
d) Quais as datas de comemoração?
e) Há lugares de visitas (museus, hospitais, creches comunitárias, asilos)?
f) Quem é responsável pela sua administração?
g) Quais são e onde ficam os locais de serviços públicos?
h) Quais são as outras escolas da cidade?
i) Quem são os principais políticos da cidade?
j) Quais são os índices demográficos da região?
k) Quais etnias colonizaram-na?
l) Quais são os locais de lazer?
m) Quais são as condições de habitação?
n) Qual é a sua economia básica?

Estas e muitas outras questões podem estar inseridas nas informações a serem
captadas pelo supervisor. Quando o supervisor capta essas questões, ele irá
esquematizar as suas ações. Nesse momento ele trabalha com as informações do
ambiente social implantadas no ambiente escola. A escola também é um
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macroambiente subdividido em microambientes. Cada aluno, cada professor, cada


funcionário representa ali um ambiente, uma carga cultural, comportamental trazida
de fora e inserta no ambiente escolar. O supervisor que já visualizou este ambiente
macro pode detectar facilmente a interação desses elementos.
O ambiente escolar físico é a parte estrutural da escola.

PARTE ESTRUTURAL DA ESCOLA

Prédio
Mobiliário Salas adequadas
Equipamentos

Instalações

Atualmente, as escolas têm investido na área verde. O supervisor pode


conciliar os projetos educacionais investindo em projeções de hortas escolares,
observatórios de Geografia, instalando barômetros, termômetros ambientes dentre
outros. Quanto mais espaços ambientes favorecendo a integração dos alunos com o
verde melhor.
Outro fator importante é o ambiente psicológico que se desenvolve no escolar.
Esta é mais uma responsabilidade do supervisor. Este é importante porque o clima da
escola é sentido pelo visitante, assim que ele nela adentrar e estiver conhecendo.
Quais os fatores que preponderam nesse caso?
1) O dinamismo;
2) A liderança;
3) A organização pessoal;
4) A participação de professores e funcionários;
5) O acolhimento.

Mostrar a importância do ambiente psicológico não é apenas dado efetivo para


a clientela que conhece a escola pela primeira vez. É importante também para quem
a frequenta. Quando os professores não estão engajados, a direção apenas cobra, os
auxiliares apenas limpam e os alunos só reclamam, há o que se pensar para ativar o
ambiente psicológico. Reuniões extras de confraternização, comemoração de
40

aniversários, conscientização do professor que vai à escola apenas uma semana,


esses são eventos a serem organizados pelo supervisor.

O PLANEJAMENTO DO SUPERVISOR

Quando falamos em planejamento, podemos considerar escolas que vivem em


eterno planejar sem alcançar objetivos claros. Podemos também considerar escolas
que não planejam e deixam a planificação a cargo do professor. Nesse caso, se cada
professor seguir o seu planejamento.
Não se concebe que uma equipe detenha um princípio de unidade maduro, a
ponto de planejar as atividades escolares sem “um cabeça”. Todas as equipes
pedagógicas precisam de eixos para adequar os planejamentos pessoais, sugerir
pontos de contato e miniprojetos.
Como o supervisor deve iniciar o seu planejamento?
a) Reunir objetivos que queria alcançar com a equipe;
b) Estabelecer estratégias para esses objetivos;
c) Selecionar a forma de adequar as estratégias ao plano cotidiano.

Parece simples? Mas não é... Um planejamento faz-se em anos históricos de


uma instituição. Um planejamento faz parte de construção identitária da escola. O
projeto anual do supervisor é parte da história da unidade escolar.
O supervisor pergunta a si e à equipe:
Como eu planejo? Quando eu planejo? Por que eu planejo?

Quando saímos para algum lugar nós, inconscientemente, arquitetamos essas


perguntas.

Como vou ao banco? Quando vou ao banco? Por que eu vou ao banco?

Propõe-se que, para planejar é preciso:

1 – Entender os objetivos;
2 – Analisar em que situações eles serão relevantes;
3 – Estabelecer as estratégias relacionadas com os objetivos;
41

4 – Elaborar o plano de trabalho com ambos os elementos;


5 – Avaliar os resultados.

O supervisor também segue princípios ao longo desse processo:

A) Participar aos professores o seu planejamento para que o deles


amadureça;
B) Concretizar as suas ações em seus planejamentos com o intuito de
mostrar credibilidade;
C) Evitar a rotinização;
D) Delegar funções.

Nenhum supervisor é capaz de respirar ar tranquilo se ele não planeja. Ele


precisa antever que, as datas do ano letivo, o tempo de execução e as propostas das
atividades, as quais serão inseridas no contexto do calendário não são sempre os
mesmos. Há supervisor que aproveita tudo do ano passado... Não é?
Para evitar confusões a respeito das atividades a serem enquadradas no
calendário, o que o supervisor pode fazer? Veja algumas dicas:

1) Listar todas as atividades previstas em um determinado período do


calendário, colorindo as datas e dispondo-as em legenda;
2) Priorizar as atividades mais importantes. Tem supervisor que é fã de
culminância. Mas, como o nome diz, culminar é para o final do projeto;
3) Detalhar as atividades em fichas e registrar esse andamento. Se o
supervisor for readaptá-la, o registro estará em arquivo;
4) Sempre colocar em mural o seu cronograma de ação e nada de visitinha
surpresa.
Tudo o que foi disposto até aqui deve ser dado de forma clara e transparente.
Uma equipe pedagógica inteira não pode adivinhar ou supor o que se passa na cabeça
de uma.
Há elementos, haja vista, que são prioritários em um planejamento. O primeiro
dele é o tempo; o segundo as atividades. O supervisor pode demandar de tempo,
planejamento um megaprojeto interdisciplinar. Todavia, o tempo de planejar é um e o
tempo de aplicar é outro. São duas variáveis.
42

O eixo 1 são os dias letivos disponíveis. O eixo 2 são os projetos. Considera-


se que o supervisor tenha determinados dias para cada projeto. Ou seja, ele deve
relatar, entre essas variáveis, o que pretende realizar em seu planejamento incluindo
a avaliação final de cada período. A relação entre ambas variáveis denomina-se o
tempo de abrangência para cada projeto. O supervisor sempre planeja. Ele planeja o
seu próprio planejamento, o planejamento de sua instituição, o planejamento da
equipe pedagógica.
Quanto ao seu planejamento, o supervisor deve conhecer o campo de
supervisão de sua escola e compreender as necessidades desse setor passando-as
ao diretor para que este colabore ativamente com os planejamentos inferidos para
esta área de atuação. Em seguida, o supervisor deve estar a par de suas atribuições
na unidade escolar para que siga o seu próprio planejamento.
Para seguir com a planificação ele deve, antes de tudo, organizar o seu
ambiente, o qual também conta como ambiente partilhado psicologicamente pelos
demais integrantes da instituição. Atualmente, os supervisores atuam no mesmo
gabinete que os orientadores e coordenadores. Quando ele organiza os seus
documentos, deve atentar para que tenha em seu controle:

- Fichas com informações sobre a equipe docente;


- Registros de reuniões;
- Entrevistas individuais com alunos e pais de alunos;
- Observação das turmas;
- Autoavaliação.

Além disso, propõe-se que o supervisor, no seu computador ou ainda em


43

esquema de fichas, possa ter organizado por assunto:

A) Planejamentos;
B) Comunicações internas;
C) Material didático;
D) Reuniões dadas;
E) Treinamentos com a equipe pedagógica;
F) Assistência individual ao professor;
G) Avaliações.

Esses arquivos são importantes não somente para registro momentâneo como
também cogitando a possibilidade de outro supervisor ocupar o seu lugar futuramente.
Um planejamento anual segue, antes de tudo, uma programação da própria atuação
do supervisor. A seguir, sugere-se um roteiro semestral:

Fevereiro:
1) Início das aulas;
2) Reorganização das fichas em arquivos;
3) Programação das atividades pedagógicas;
4) Entrevistas com professores das vagas ainda ociosas;
5) Elaboração do calendário escolar;
6) Relação das turmas e possíveis adequações;
7) Reunião com os demais coordenadores e orientadores.

Março:
1) Recebimento dos planos de curso;
2) Reunião de abertura do ano letivo;
3) Atualização das fichas dos professores;
4) Elaboração das atividades em boletim de supervisão.

Abril:
1) Reuniões individuais com a equipe pedagógica;
2) Visita programada às salas de aula;
3) Conselho de classe;
44

4) Reunião com coordenadores;


5) Implantação de projetos de estudo;
6) Elaborar o boletim de supervisão.

Maio:
1) Reunião com os professores;
2) Visita programada às salas de aula;
3) Seminário de treinamento;
4) Reunião com os demais coordenadores;
5) Programação de datas comemorativas.

Junho:
1) Calendário de provas;
2) Reunião com a equipe pedagógica;
3) Programação da Festa Junina;
4) Programa de recuperação parcial.

Julho:
1) Avaliação das atividades semestrais;
2) Avaliação dos professores;
3) Semana de reciclagem;
4) Planejamento para o 2º Semestre;
5) Encerramento do semestre.

Nem todas as atividades são realizadas pelo professor. A formação mensal é


importante para que se possa viabilizar a data de abrangência, sem atropelos. Para
que tudo corra de forma previsível o supervisor deve:

Planejar o semestre Planejar o mês Planejar a semana


Planejar o seu dia

Cotidianamente todos fazem essas projeções. Planejar, como visto, é antever.


E antever é se preparar para possíveis erros com a chance de eliminá-los ou corrigi-
los de forma produtiva.
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O Supervisor e a Avaliação

Avaliar é um processo contínuo e cíclico. Avaliar é mensurar os objetivos


atingidos e não atingidos no processo do planejamento, quando este fora
concretizado. Autoavaliar-se é um processo mais difícil, diga-se, doloroso. Ainda
assim, avaliar e autoavaliar-se serve para automatizar o processo de ensino-
aprendizagem. Diretamente e indiretamente, os elementos a serem avaliados são:

a. O progresso do educando;
b. O desempenho do professor;
c. A participação da equipe pedagógica como um todo;
d. O programa da escola;
e. A escola enquanto infraestrutura;
f. O sistema escolar.

Mas o que mensurar no processo da aprendizagem? Não somente a


aprendizagem em si, mas os elementos envolvidos nela e os demais recortes do
ambiente escola. No tocante ao aspecto do ensino-aprendizagem é importante avaliar
com qual qualidade a sequência dos conhecimentos é passada. É importante avaliar
também como esses conhecimentos são passados. Se o aluno apreende com clareza,
ele aprenderá também os valores implícitos na grandeza do aprendizado. Esse item
capacita o educando a:

- Viver bem com o aprendizado, aplicando-o em outros ambientes que não a


escola;
- Adequar-se ao papel de educando;
- Preserva a tradição do ensino e a identidade de sua escola.

Esses três componentes enquadram-se também no processo de avaliação do


ensino. Quando o aprendiz não rende, não se motiva algo há de ser captado pelos
agentes da equipe pedagógica que vai além do conteúdo em si. Estabelecer o
rendimento pela prova, teste, trabalho não será suficiente.
Nota-se a tendência em aceitar o aluno em dois polos: o primeiro é o aluno
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“fraco”, os alunos com dificuldades de aprender, rotularizado. O segundo é o aluno


om, que tem facilidade, que rende além. São paradigmas que devem ser quebrados
já. O aluno que rende além, também guarda dificuldades.
Auxiliar na avaliação do aluno segue critérios rigorosos e nunca esgotados. Um
aluno, em determinado tempo de abrangência pode estar com dificuldades; em outro
recorte, não. Ainda que o supervisor não seja responsável direto pela avaliação, ele
estará a par desses resultados. Quando ele recebe o plano geral de avaliação e deve
passá-lo à diretoria após o Conselho de Classe, ele precisa ter parâmetros do
rendimento do seu alunado.
Na avaliação o supervisor tem acesso a informações dos alunos, tais quais:

- Conduta;
- Intelectualidade;
- Habilidade;
- Cognição.

Por isso, é de praxe o supervisor cobrar de seus professores, os quais


aplicaram diretamente a avaliação ao longo do período de abrangência um
instrumento chamado de RELATÓRIO INDIVIDUAL DO ALUNO para constar como
controle.

AVALIANDO O PROFESSOR

É tarefa cotidiana o supervisor avaliar o profissional com o qual trava relações


contínuas. É uma finalidade de sua função dentro da supervisão. Tanto de um
elemento individualmente, como dele em relação à equipe.
Esta é a pergunta sem pessoalidades. Quando observamos um professor,
estamos destacando nele pontos relacionados:
a) Ao clima psicológico dele em relação à sua turma;
b) À organização do professor em relação ao planejamento escolar.
Individualmente esse professor é avaliado por conta do contato que o
supervisor estabelece com o profissional. Um professor deve acrescer na sua equipe
e não subtrair.
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Da mesma forma que o relacionamento supervisor-professor deve ser


produtivo, o supervisor deve observar se a relação professor-aluno traz frutos. As
pessoalidades não contam. Conta, sim, o profissionalismo. Quando o professor
integra, dinamiza, compreender as vicissitudes do ambiente escolar acima de
qualquer política ele está a caminho de um processo produtivo.
Mas quais componentes são avaliativos nesse contexto?

1 – As qualidades pessoais;
2 – O preparo profissional;
3 – O desempenho didático;
4 – Habilidades extracurriculares.

PRZYBYLSKI (1982, p. 148-49) desmembra esses aspectos. Pode parecer


incoerente a forma como o autor singulariza certos itens, como na aparência. Todavia,
até hoje, na seleção de um professor, a aparência é o cartão de visita. E o supervisor
não assumir que a aparência conta, pode afirmar questões contra a própria teoria.

Qualidades Preparo Didática Habilidades de


pessoais profissional organização
Disposição Domínio de sua Tornar a aula Manutenção da
área interessante disciplina
Aparência Experiência Variar técnicas Preenchimento do
profissional diário
Expressão oral Conhecimentos de Criatividade Participação em
psicologia reuniões
Estabilidade *** Domínio de Assiduidade
emocional conteúdo
progressivo
Segurança *** Estímulo Pontualidade
Interesse *** Adaptação Integração
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Entusiasmo *** Capacidade de Organização de


avaliar sua sala
Iniciativa *** *** Redação do
relatório individual
do aluno
Tato *** *** ***

Ética *** *** ***

Avaliar um professor, portanto, está “acima de qualquer suspeita pessoal”, ou


seja, é atividade rotineira do supervisor e isso deve estar bem claro entre ambos. O
professor, assim como o supervisor, deve estar consciente de que seu trabalho está
sendo avaliado pelo seu chefe. Esse ponto deve ser motivação para que o professor
torne-se ainda mais criativos, ainda mais ativo, ainda mais original, ainda mais
organizado, valendo-se de todas as estruturas e cartas na manga que ele tiver. Para
que essa tarefa não se torne difícil e nem passiva, pois sabemos que o
relacionamento entre professor e supervisor também é de afeiçoamento, algumas
premissas:
A – Por que avaliar esse professor?
B – Como ele receberá essa avaliação?
C – Como estimular esse professor a partir da avaliação?
D – Como estimular a participação desse professor na equipe?

O SENAI (1983, p. 15) há tempos que propõe uma avaliação subdividida em:
características pessoais e desempenho no trabalho:

Características pessoais – Critérios

 Grau de adaptação;
 Aceitação da supervisão;
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 Espírito de cooperação;
 Capacidade de liderança;
 Relações humanas;
 Entendimento com os pais dos alunos;
 Estabilidade emocional;
 Interesse pelo ensino;
 Entusiasmo;
 Habilidade no julgamento;
 Atitude profissional.

Desempenho escolar:
 Preparação dos planos de aula;
 Conhecimento do conteúdo;
 Aplicação do método;
 Organização do local de trabalho;
 Respeito às diferenças;
 Verificação da aprendizagem.

O SUPERVISOR ATUANDO COM ÉTICA

O supervisor tem contado com múltiplas pessoas tanto do ambiente interno


(diretores, coordenadores, professores, orientadores, pais, alunos), como do ambiente
externo (futuros alunos e pais de alunos, promotores, palestrantes). Por isso, é
necessário que a sua atuação seja da forma mais clara e transparente possível.

MAS O QUE É ÉTICA?

A ética corresponde aos indícios do comportamento do profissional no meio em


que atua concernente ao seu papel naquele contexto. Ouve-se muito a expressão:
“Fulano é profissional” ou “Ciclano faltou com respeito à profissionalidade”. E ética
está acima de qualquer julgamento. Quem somos nós para julgar as prospectivas
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profissionais de outrem? Sabe-se do velho ditado: “Quem tem telhado de vidro não
joga pedra no do vizinho”.
Todos nós somos passíveis do erro ou não aceitação. De acordo com
PRZYBYLSKI (1982, p. 171): “É a ética, portanto, que orienta e dirige o
comportamento social do homem, oportunizando-lhe o ‘conhecimento das regras’ que
permitirão sua integração no meio em que vive. Dentro da sociedade o indivíduo não
é inteiramente livre para agir [...]”
Em um determinado grupo os comportamentos são observados. Principalmente
a atitude individualizada em relação ao grupo em questão. Para que algumas regras
possam prevalecer em prol de uma manutenção da ética aponta-se a necessidade
de um estatuto, o qual não condiz com a legislação. Apenas Estatuto de conduta. Na
escola, o Regimento Interno é a ferramenta de manutenção da ética.
O Código de Ética do Supervisor é uma sugestão que mantém o estatuto da
profissão. A saber, por PRZYBYLSKI (1982, p. 172 – 73):

1º Princípio – compromisso social

O supervisor escolar, como participante da obra educacional, sabe que a


educação da juventude deve ser conduzida de acordo com as necessidades da
sociedade em que vive.
Para isso, o supervisor dispensa:

a) Seus interesses pessoais;


b) Atendimento restrito a algumas pessoas;
c) Sua autoridade para fazer valer a hierarquia;
d) Isolamento da escola em relação à comunidade.

2º Princípio – compromisso com o governo

O supervisor escolar é fiel ao seu Estado. Para isso vale-se de:

a) Preservação das instituições;


b) Respeitar as autoridades;
c) Aplicar a lei social;
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d) Seguir a filosofia educacional;


e) Reivindicar deveres e direitos;
f) Manter sigilo e confiança quando necessário;
g) Não se valer do cargo para ferir princípios sociais.

3º Princípio – compromisso com o empregador:

Para isso, vale-se o supervisor:


a) Acatar decisões superiores;
b) Submeter-se aos regulamentos;
c) Cumprir horários;
d) Respeitar a hierarquia;
e) Integrar a equipe administrativa;
f) Aprimorar-se tecnicamente;
g) Manter atitude de estímulo;
h) Ter senso de responsabilidade.

4º Princípio – compromisso com os professores:

Para isso, vale-se o supervisor:


a) Não colocar o professor em constrangimento;
b) Manter o nível do relacionamento;
c) Guardar sigilo em relação a informações dos professores;
d) Respeitar o professor como pessoa humana;
e) Estimular o professor;
f) Evitar críticas expostas;
g) Não distorcer fatos.

5º Princípio – compromisso com a sua profissão

Vale-se de:

a) Autocapacitação;
b) Prestígio;
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c) Abster-se de críticas contra colegas;


d) Atualizar-se;
e) Exercer sua função dignamente;
f) Manter honestidade profissional;
g) Reconhecer suas limitações.
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REFERÊNCIAS

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário Etimológico Nova Fronteira. [S.I.]: Nova
Fronteira, 1997.
HOUAISS, Antônio. Enciclopédia e dicionário. [S.I.]: Delta, 2000.
LOURENÇO FILHO, M. B. Organização e Administração Escolar. 2. ed. São Paulo:
Melhoramentos, 1970.
MILLER, Harry. Organização e Métodos. 4. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1973.
MIRANDA, G. I.; MAC, Dowel dos Passos. Organização e Métodos. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 1980.
OXFORD UNIVERSITY PRESS. Dicionário Oxford Escolar para Estudantes
Brasileiros de Inglês – Português/Inglês. Brasil: Oxford, 2007.
PRZYBYLSKI, Edy. O Supervisor Escolar em Ação. Porto Alegre: Editora e
Distribuidora Sagra S. A., 1982.
SEARS, Jesse. A Natureza do Processo Administrativo. Nova York: H. Bhothers,
1982.
TAYLOR, James; MICKEY, Rogers; NANCY, Stanley. Reflections. [S.I.]: MacMillan,
1999.
TORNAGHI, Newton. Planejamento. Coleção Princípios da Administração. Rio de
Janeiro: Edições Newton Tornaghi, v. 2. p. 5, 1970.
XAVIER, E. P. Comportamento Organizacional. Porto Alegre: Bureau, 1973.

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