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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
2ª EDIÇÃO
EGUS 2014
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
Diretor Presidente das Faculdades INTA Equipe de Produção Audiovisual
Oscar Rodrigues Júnior
Roteirista
Pró-Diretor de Inovação Pedagógica Arnaldo Vicente Sá
Prof. Pós Doutor João José Saraiva da Fonseca
Gerente de Produção de Vídeos
Coordenadora Pedagógica e de Avaliação Francisco Sidney Souza Almeida
Profª. Sônia Henrique Pereira da Fonseca
Edição de Áudio e Vídeo
Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento de Projetos Francisco Sidney Souza Almeida
Tecnológico e Inovadores para Educação José Alves Castro Braga
Gerente de Filmagem/Fotografia
Coordenador José Alves Castro Braga
Anderson Barbosa Rodrigues
Operador de Câmera/Iluminação e Áudio
Analista de Sistemas Mobile José Alves Castro Braga
Francisco Danilo da Silva Lima
Desenhista/Ilustrador
Analista de Sistemas Front End Juliardy Rodrigues de Souza
André Alves Bezerra
Designer Gráfico
Analista de Sistemas Back End Marcio Alessandro Furlani
LuisNeylor da Silva Oliveira Cícero Romário Rodrigues
Técnico de Informática / Ambiente Virtual Assesoria Pedagógica/Equipe de Revisores
Luiz Henrique Barbosa Lima Sonia Henrique Pereira da Fonseca
Rhomelio Anderson Sousa Albuquerque Anaisa Alves de Moura
Evaneide Dourado Martins
1 A Filosofia
Filosofia: Por que e para que?...........................................................................21
Achegando-se à Filosofia....................................................................................29
A especificidade do saber filosófico...............................................................31
Diversas visões de Filosofia.................................................................................34
Leitura Obrigatória..........................................................................................84
Saiba mais................................................................................................................86
Revisando................................................................................................................88
Autoavaliação.......................................................................................................92
Bibliografia.............................................................................................................94
Bibliografia da Web........................................................................................96
Os autores.
Conhecimentos
Conhecer o conceito de filosofia a partir de diversos posicionamentos teóricos;
Compreender o processo de construção do pensamento filosófico;
Compreender as diversas facetas em que o conhecimento humano se desenvolve.
Habilidades
Identificar posturas críticas sobre questões essenciais ao mundo e à vida no
contexto sociocultural em que está inserido;
Reconhecer os fundamentos filosóficos oriundos de qualquer acontecimento,
evento, fenômeno ou pensamento de questões relacionadas ao conhecimento.
Atitude
Saber ampliar a ação da filosofia na construção do conhecimento
a partir de novos olhares.
Filosofia: Por que e para que?
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma parte tão grande dos
homens, libertos há muito pela natureza de toda tutela alheia (naturaliter
majorennes), comprazem-se em permanecer por toda sua vida menores; e
é por isso que é tão fácil a outros instituírem-se seus tutores. É tão cômodo
ser menor. Se possuo um livro que possui entendimento por mim, um diretor
espiritual que possui consciência em meu lugar, um médico que decida
acerca de meu regime, etc., não preciso eu mesmo esforçar-me. Não sou
obrigado a refletir, se é suficiente pagar; outros se encarregarão por mim
da aborrecida tarefa. Que a maior parte da humanidade (e especialmente
Sapere Aude! Este é o convite que a filosofia nos faz hoje. Nisso consiste a
importância de estudá-la, sua tarefa, no mundo de homens-máquinas, de homens
programados. A filosofia é um exame crítico dos fundamentos de nossas convicções,
de nossos preconceitos e de nossas crenças e é, conforme Bertrand Russell, filósofo
inglês, na não-certeza que chegamos quando filosofamos onde devemos procurar o
valor da filosofia, pois o seu valor está nas incertezas que ela nos proporciona, pois
quem não pratica o filosofar caminha pela vida preso aos pré-conceitos que são
adquiridos ao longo de sua vida.
Porém, mesmo com esta consciência da tarefa da filosofia hoje, muitas pessoas
questionam sua utilidade para o cotidiano. De modo imediato a filosofia realmente
não tem muita utilidade para as pessoas. No entanto, sua utilidade se apresenta de
modo mediato, ou seja, indiretamente. Bem nos explica a Professora Marilena Chauí:
As evidências do cotidiano
Quando pergunto “que horas são?” ou “que dia é hoje?”, minha expectativa
é a de que alguém, tendo um relógio ou um calendário, me dê a resposta
exata. Em que acredito quando faço a pergunta e aceito a resposta? Acredito
que o tempo existe, que ele passa, pode ser medido em horas e dias, que o
que já passou é diferente de agora e o que virá também há de ser diferente
deste momento, que o passado pode ser lembrado ou esquecido, e o futuro,
desejado ou temido. Assim, uma simples pergunta contém, silenciosamente,
várias crenças não questionadas por nós.
Quando digo “ele está sonhando ”, referindo-me a alguém que diz ou pensa
alguma coisa que julgo impossível ou improvável, tenho igualmente muitas
crenças silenciosas: acredito que sonhar é diferente de estar acordado,
que, no sonho, o impossível e o improvável se apresentam como possível e
provável, e também que o sonho se relaciona com o irreal, enquanto a vigília
se relaciona com o que existe realmente. Acredito, portanto, que a realidade
existe fora de mim, posso percebê-la e conhecê-la tal como é, sei diferenciar
realidade de ilusão.
A frase “ela ficou maluca” contém essas mesmas crenças e mais uma: a de
que sabemos diferenciar razão de loucura e maluca é a pessoa que inventa
uma realidade existente só para ela. Assim, ao acreditar que sei distinguir
razão de loucura, acredito também que a razão se refere a uma realidade
que é a mesma para todos, ainda que não gostemos das mesmas coisas.
Quando avaliamos que uma casa é mais bonita do que a outra, ou que
Maria está mais jovem do que Glorinha, acreditamos que as coisas, as
pessoas, as situações, os fatos podem ser comparados e avaliados, julgados
pela qualidade (bonito, feio, bom, ruim) ou pela quantidade (mais, menos,
maior, menor). Julgamos, assim, que a qualidade e a quantidade existem, que
podemos conhecê-las e usá-las em nossa vida. Se, por exemplo, dissermos
que “o sol é maior do que o vemos”, também estamos acreditando que nossa
percepção alcança as coisas de modos diferentes, ora tais como são em si
mesmas, ora tais como nos aparecem, dependendo da distância, de nossas
condições de visibilidade ou da localização e do movimento dos objetos.
Acreditamos, portanto, que o espaço existe, possui qualidades (perto, longe,
alto, baixo) e quantidades, podendo ser medido (comprimento, largura,
altura). No exemplo do sol, também se nota que acreditamos que nossa visão
pode ver as coisas diferentemente do que elas são, mas nem por isso diremos
que estamos sonhando ou que ficamos malucos.
Na briga, quando uma terceira pessoa pede às outras duas para que
sejam “objetivas” ou quando falamos dos namorados como sendo “muito
subjetivos”, também estamos cheios de crenças silenciosas. Acreditamos
que quando alguém quer defender muito intensamente um ponto de vista,
uma preferência, uma opinião, até brigando por isso, ou quando sente um
grande afeto por outra pessoa, esse alguém “perde” a objetividade, ficando
“muito subjetivo”. Com isso, acreditamos que a objetividade é uma atitude
imparcial que alcança as coisas tais como são verdadeiramente, enquanto a
subjetividade é uma atitude parcial, pessoal, ditada por sentimentos variados
(amor, ódio, medo, desejo). Assim, não só acreditamos que a objetividade e
a subjetividade existem, como ainda acreditamos que são diferentes e que
a primeira não deforma a realidade, enquanto a segunda, voluntária ou
involuntariamente, a deforma.
A atitude filosófica
Portanto, a filosofia não está apartada de nós, faz parte da nossa vida, está
diretamente ligada ao que somos de mais essência, seres inacabados, em construção.
As perguntas e respostas que buscamos através da filosofia é uma forma de nos
tornarmos humanos.
ATIVIDADE
Após a leitura dos textos de Kant e Marilena Chauí redija um texto dissertativo
sobre a importância da filosofia para a vida humana. Faça uso do saber autônomo,
posicionando a favor ou contra o tema.
ATIVIDADE
Há alguma verdade na sátira acima? A filosofia é pura abstração e sem relevância?
Comente de modo crítico e reflexivo.
CIÊNCIA FILOSOFIA
Trabalha com métodos científicos, ou Trabalha com elementos teóricos e não
seja, baseia-se na observação de dados condiciona o objeto de sua análise as
empíricos. experimentações.
Saber especializado. Visão de conjunto.
Descritiva. Crítica.
PESQUISA
Escolha um tema de sua preferência e faça uma pesquisa para entender como o
senso comum, a ciência e a filosofia abordam esse determinado assunto.
Habilidades
Identificar a função dos diversos ciclos da filosofia no processo
de construção do conhecimento.
Atitude
Vincular os conhecimentos advindos do pensamento
filosófico à vida cotidiana.
Os grandes paradigmas
da Filosofia na História
O Paradigma do Ser
Uma coisa indefinida que não era nem água, nem cerra,
nem fogo, nem ar, nem pedra, mas antes tinha em si, por
assim dizer, em potência, a possibilidade de que dela se
derivassem as demais coisas.
Não procurou um, mas vários princípios para a realidade, com a ideia de salvar
as qualidades diferenciais das coisas, admitindo, não uma origem única, mas uma
origem plural; não uma só coisa, da qual fossem derivadas todas as coisas, mas
várias coisas. Assim, ele admitiu que eram quatro as coisas realmente existentes,
das quais se derivam todas as demais e que essas quatro coisas eram: a água, o ar,
a terra e o fogo, que ele chamou "elementos", isto é, aquilo com que se faz "tudo o
mais”.
Foi o primeiro filósofo que pensou como fundamento da realidade um ser não-
material, não acessível aos sentidos. Para Pitágoras a essência última de todo ser,
dos que percebemos pelos sentidos, é o número.
As coisas são números, escondem dentro de si números. As coisas são distintas
umas de outras pela diferença quantitativa e numérica.
O 1 é o ponto, o 2 determina a linha, o 3 gera a superfície e o 4 produz o volume.
Por exemplo, Pitágoras descobriu que na lira se as notas das diferentes cordas
soam diferentemente, é porque umas são mais curtas que as outras e não somente
descobriu isso, mas também mediu o comprimento relativo e encontrou que as
notas da lira estavam entre si numa simples relação numérica de comprimento: na
relação de um dividido por dois, um dividido por três, um dividido por quatro, um
dividido por cinco. Descobriu, pois, a oitava, a quinta, a quarta, a sétima musical.
Assim, Pitágoras chegou à ideia de que tudo quanto vemos e tocamos as coisas tais
e como se apresentam, não existem de verdade, mas antes são outros tantos véus
que ocultam a verdadeira e autêntica realidade, a existência real que está atrás dela
e que é o número.
É a primeira vez que na história do pensamento grego surge como coisa
realmente existente, uma coisa não material, nem extensa, nem visível, nem tangível.
Foi o primeiro filósofo a perceber que as coisas são e não-são, ao mesmo tempo,
ou seja, que a realidade está em constante movimento. Quando nós queremos fixar
uma coisa e definir sua consistência, dizer em que consiste esta coisa, ela já não
consiste no que consistia um momento antes. O existir é um perpétuo mudar, um
estar constantemente sendo e não-sendo, um devir perfeito; um constante fluir. O
elemento que representa o princípio de todas as coisas é o fogo, pois este mostra
a fluidez de tudo, o contínuo deixar de ser para tornar-se ser. O fogo consome,
destrói, para tornar-se o que é.
Diametralmente:
Sua filosofia está diametralmente oposta à filosofia de Heráclito. Na direção
Enquanto este afirmava que o ser é e o não-ser também é, Parmênides do diâmetro -
transversalmente.
afirmava que o ser é e o não-ser não é.
Em direções opostas
Parmênides verifica, pois, que dentro da ideia do devir há uma - ausência de
confluência para um
contradição lógica, há esta contradição: que o ser não é; que aquele que mesmo ponto: ideias
é não é, visto que o que é neste momento já não é neste momento, antes dia¬me¬tralmente
opostas.
passa a ser outra coisa. Qualquer olhar que lancemos sobre a realidade nos
confronta com uma contradição lógica, com um ser que se caracteriza por
não ser. E diz Parmênides: isto é absurdo; a filosofia de Heráclito é absurda,
é ininteligível, não há quem a compreenda. Porque como pode alguém
compreender que o que é não seja, e, o que não é seja? As qualidades do
ser de Parmênides são:
Suponhamos que haja dois seres; pois, então, aquilo que distingue um
do outro "é" no primeiro, porém "não é" no segundo. Mas se no segundo
não é aquilo que no primeiro é, então chegamos ao absurdo lógico de que o
ser do primeiro não é no segundo. Tomando isto absolutamente, chegamos
ao absurdo contraditório de afirmar o não-ser do ser. Dito de outro modo:
se há dois seres, que há entre eles? O não-ser. Mas dizer que há o não-
ser é dizer que o não-ser, é. E isto é contraditório, isto é absurdo, não tem
cabimento; essa proposição é contrária ao princípio de identidade.
Se tem princípio, é que antes de começar o ser havia o não ser. Mas,
como podemos admitir que haja o não-ser? Admitir que há o não-ser, é
admitir que o não-ser é. Pela mesma razão não tem fim, porque se tem fim é
que chega um momento em que o ser deixa de ser. E depois de ter deixado
4) Imutável
Toda mudança do ser implica o ser do não-ser, visto que toda mudança é deixar
de ser o que era para ser o que não era, e, tanto no deixar de ser como no chegar a
ser, vai implícito o ser do não-ser, o que é contraditório.
Platão achava que ele tinha encontrado, mas Sócrates obteve julgamentos sobre
as histórias dos deuses. Ele sabia que certos atos dos deuses devem ser seguidos e
outros definitivamente evitados. Sócrates foi à procura de uma base para afirmar a
existência de um padrão moral ou conjunto de regras ao qual até os deuses estão
sujeitos. Isto é conhecido como Ética em Filosofia.
Sócrates foi um dos primeiros seres humanos a prosseguir na resposta para
a pergunta "O que é o bem?" usando razão e não crença. Concluiu que não há
realmente princípios válidos de pensamento e de ação que devam ser seguidos para
desfrutarmos de uma vida boa se quisermos ser, ao mesmo tempo, genuinamente
felizes e verdadeiramente bons. Estes princípios são objetivos e verdade para todos
os homens e mulheres, sempre e onde quer que vivam. Algumas pessoas são
injustas, autoindulgentes, obcecadas com metas inúteis, confusas e cegas sobre o
que é verdadeiramente importante. Estas pessoas precisam encontrar a verdade e
viver de acordo com ela.
Tornou-se famoso por dar uma volta em torno da ágora (mercado) e questionar
os cidadãos sobre: "O que é a justiça", "O que é o conhecimento". Desafiava as
pessoas questionando de volta cada resposta que elas davam.
Filho de uma parteira, preocupou-se em purificar e esclarecer os conceitos
através do método de questionar seus alunos. Reuniu em torno de si um grupo de
jovens estimulando o pensamento, questionando conceitos e fazendo perguntas a
fim de tornar as ideias mais claras e precisas. Buscava retirar da mente o que, em
potencial, já se encontrava no íntimo.
Platão
Aristóteles
Patrística
Escolástica
O período da história que se seguiu à Idade Média, cujo fim data de 1453
com a queda de Constantinopla, é chamado de Era Moderna. Não vamos
aqui alinhar todas as características desse período, mas nos reportaremos
aos movimentos que caracterizaram o pensamento.
Nesse período, a filosofia voltou a libertar-se dos elementos sobrenaturais
da religião cristã constituída em seus fundamentos pelo pensamento oriundo Lídimo:
da razão natural, sendo seu mais lídimo representante, René Descartes. O mesmo que
legítimo, autêntico,
A era moderna caracterizou-se por maior liberdade de pensamento, de vernáculo
Renascença
Empirismo
Argumento indutivo
(1) Todos os corvos observados até hoje são pretos.
∴ Todos os corvos são pretos.
Estamos perante um raciocínio indutivo por generalização. A premissa refere-se
à informação da qual dispomos acerca das características da amostra. A conclusão
estende esta característica a todos os indivíduos pertencentes à classe nela
representada, i. e., à população. Embora não se tenha a garantia de que todos os
corvos têm tal característica, a amostra torna-se mais provável do que o contrário.
É, portanto, mais racional, com base na amostra, concluir que todos os corvos são
pretos do que concluir que há corvos que não são pretos.
Suponha agora que você está indeciso entre comprar uma de duas caixas de
maçãs. O preço é convidativo, mas talvez por isso, o número de maçãs podres na
caixa pode não ser compensador. Imagine que você tira, ao acaso, três maças da
caixa A, verificando que duas estão podres; volta a fazer isso com a caixa B e verifica
que todas as maçãs estão sãs. Como decidir?
O método de Bacon procura levar os homens aos próprios fatos particulares
para que eles renunciem suas noções e se habituem às coisas: formação de noções
e axiomas pela verdadeira indução e, assim, repelir os ídolos. Desse modo, ao invés
de haver criação dos fenômenos, o homem conhece por meio da constatação, ou
seja, os resultados do conhecimento advêm da adequada aplicação das regras
estipuladas.
O autêntico conhecimento, para o pensador, somente é possível mediante a
observação passiva e objetiva dos fenômenos da natureza com o objetivo de se
alcançar as leis (universais) que os explicam. Bacon tentou desvelar a realidade
Iluminismo
O paradigma da Linguagem
Idealismo
Positivismo
Ecletismo Filosófico
Fenomenologia
Existencialismo
Habilidades
Identificar a essência das ideias e a forma como elas são abstraídas, formadas
ou construídas a partir da realidade concreta das coisas;
Reconhecer as suas ações práticas, relacionadas à própria vida
e à vida de outros seres.
Atitude
Ampliar o conhecimento filosófico sobre os diversos campos da vida humana,
articulando esse conhecimento às práticas cotidianas, especialmente nas ações
ético-políticas, epistemológicas e estéticas.
A Filosofia e seus
Campos de Conhecimento
Trata-se do estudo dos valores que as coisas têm, ou que nós, seres humanos,
atribuímos às coisas. O valor é uma qualidade que as coisas têm em si, ou que nós
lhes atribuímos.
Com isso, podemos, desde o início, perceber pela definição que um valor é
objetivo quando a coisa tem valor em si mesmo, ou subjetivo, quando nós atribuímos
às coisas alguma qualidade que elas não têm em si mesmas.
Em relação ao tempo, os valores podem ser classificados em: temporais,
temporários, permanentes e eternos. Dizemos que um valor é temporal quando ele
existe enquanto durar o tempo. Será temporário quando existir por certo tempo
e depois não servir mais como valor. Será permanente enquanto durar o objeto, e
eterno, quando não depender de tempo nem de circunstâncias, durar para sempre.
Se considerarmos a natureza da qualidade em si e o que o homem pode ter,
podemos ainda classificar os valores em:
Volitivo: Capacidade que o homem tem de fazer escolhas entre duas ou mais
possibilidades e força de vontade em executar suas decisões.
Espiritual: Capacidade que o homem tem em relação às coisas transcendentais,
A filosofia prática
Há uma parte da filosofia que trata sobre a natureza do que é belo e dos
fundamentos da beleza: a estética.
Definimos aqui estética como a parte da filosofia que trata da beleza, dos
princípios e regras que determinam o belo, conduzindo o homem à percepção,
apreciação e produção de obras tidas como belas. Estas provocam nele emoções que
vão enobrecer, elevar e conduzi-lo na direção de perfeição em sua personalidade.
Arte