Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
inclusiva
índice
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
3. HISTORICIDADE DO AUTISMO
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
5. CONHECENDO O AUTISMO
5.1 Definição
6. ESCOLA INCLUSIVA
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
10. REFERÊNCIAS
11. APÊNDICES
11.1 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COORDENADOR/
DIRETOR
12. ANEXOS
RESUMO
O Transtorno do Espectro Autista por apresentar diversas dificuldades do
desenvolvimento humano, necessita do trabalho comprometido de todos os profissionais
envolvidos com a educação e principalmente da dedicação e empenho dos seus
familiares. A escola inclusiva é um importante fator para o relacionamento social e
desenvolvimento das habilidades de todos os educandos que contemplam a mesma.
Logo, das necessidades educativas especiais apresentadas pelo autismo também, pois o
mesmo é considerado deficiência por lei, onde tem direito de fazer uso de todos os
benefícios que a inclusão oferece na rede regular de ensino. Por meio de um trabalho
bibliográfico e realização de um estudo de campo, objetivou-se analisar o processo de
inclusão na escola UEB Dra. Maria Alice Coutinho, que trabalha com o Ensino
Fundamental dos anos iniciais aos finais, onde estudou-se como ocorre a inclusão dos
alunos autistas na sala regular e o atendimento educacional especializado dos mesmos.
Através do estudo de campo identificaram-se as principais dificuldades apresentadas
para a inclusão dos autistas na escola pública de ensino regular no contexto da escola
pesquisada, considerando os pontos e contrapontos da escola inclusiva e a importância
da relação família x escola como fator necessário para a inclusão de tais alunos.
ABSTRACT
The Autistic spectrum disorder due to several difficulties human development needs the
work compromised of all professionals involved with education and especially the
dedication and commitment of their families. The inclusive school is an important factor
for the social relationship and development of the skills of all students contemplating
the same. Soon, special educational needs presented by autism too, because it is
considered to be a disability for which you have the right to make use of all the benefits
that the inclusion in regular education network offers. Through, a bibliographical work
and conducting a field study, aimed to analyze the process of inclusion at school UEB
Dra. Maria Alice Coutinho, who works with the elementary school of the early years to
the finals, where he studied as the inclusion of autistic students in regular room and
specialized educational care. Through the field study identified the main difficulties for
the inclusion of autistic in public school of general education in the context of the
school investigated, considering the points and counterpoints of the inclusive school and
the importance of family relationship x factor necessary for school inclusion of such
students.
2. INTRODUÇÃO
O autismo é considerado como um transtorno em detrimento ao mesmo englobar a
síndrome de Asperger e abarcar diversas dificuldades do desenvolvimento humano,
recebendo assim o termo TEA – Transtorno do Espectro Autista.
Nos dias atuais, vive-se uma época em que todos os ambientes devem trabalhar com a
inclusão, principalmente no ambiente escolar, pois é no mesmo, que o indivíduo é
preparado para viver em sociedade. A inclusão é muito mais que o inserir, é mais do que
o simples fato de matricular na escola. A inclusão para realmente fazer jus à palavra
dita, precisa acompanhar uma preparação tanto do próprio professor quanto da escola,
que é de grande importância para o desenvolvimento da criança, pois não é o indivíduo
autista como aqui é estudado que deve adaptar-se ao ambiente, mas sim o ambiente que
deve ser adaptado e receber a educação inclusiva, pois já, há leis que determinam esta
afirmação.
Foi utilizado como metodologia, quanto aos meios o estudo bibliográfico inicialmente,
posteriormente a pesquisa de campo para a constatação e confrontação dos dados
obtidos. E quanto aos fins, a pesquisa de caráter descritivo, com abordagem qualitativa.
Sendo a pesquisa realizada através do estudo de campo, na qual teve o questionário
como instrumento.
Por fim, a oitava e última seção, refere-se às considerações finais, sendo abordado o
ponto de vista em relação aos dados obtidos, pontos positivos e pontos negativos da
escola inclusiva, dentre outros pontos pertinentes.
3. HISTORICIDADE DO AUTISMO
A História do Autismo apresenta grandes evoluções desde seu conceito até as diversas
formas que o mesmo pode manifestar-se em diferentes indivíduos, chegando até mesmo
ser confundido com outros transtornos. De acordo com Gómez e Terán (2014, p. 447) a
respeito do termo Autismo, asseguram que,
Em 1947, Bender utilizou o termo esquizofrenia infantil, pois tanto ele, como outros
pesquisadores consideravam o autismo como forma precoce da esquizofrenia,
discordando assim, do que Kanner propunha (SALLE et al, 2005).
Segundo Orrú (2007), em 1949, Kanner referiu o quadro do autismo como “Autismo
Infantil Precoce”, devido à dificuldade da relação com o contato com os outros
indivíduos e seu desejo acentuado por determinados objetos e coisas, suas alterações na
fala, impedindo a comunicação interpessoal.
Ainda em 1949, o Dr. Hans Asperger, cientista austríaco, fez uso do termo “psicose
autista”, referindo-se assim, às crianças com comportamentos similares ao autismo.
Foi em 1954, que Kanner frisou o “autismo infantil” como psicose e continuou nessa
linha até o final de seus trabalhos.
De acordo com Orrú (2007), em 1955, passou a se considerar a maneira de como os pais
tratavam seus filhos e suas constantes mudanças de humor afetava a criança, levando ao
desenvolvimento do autismo.
Então, no ano de 1958 que J. Anthony pôde diferenciar o autismo primário idiopático
do autismo secundário, sendo que, segundo Rutter (1968 apud GÓMEZ; TERÁN, 2014,
p. 463) afirma que,
Em 1963, vários fatores contribuíram para mudar o autismo em sua cientificidade e seu
tratamento (GÓMEZ; TERÁN, 2014).
Segundo Orrú (2007), em 1976, Ritvo publicou um livro sobre autismo, onde o mesmo
abordava-o como um distúrbio do desenvolvimento, onde os déficits cognitivos eram
inerentes às crianças autistas, sendo que, suas características eram apresentadas desde o
nascimento, considerando as particularidades do seu comportamento, levando em
consideração que a síndrome poderia ocorrer em comunhão com outras patologias
específicas, considerando que, o autismo seria a derivação de uma patologia cuja
exclusividade era do Sistema Nervoso Central, abandonando assim a ideia de que
tratava-se de uma psicose.
Foi a partir dos anos sessenta, setenta e oitenta que a Educação foi vista como principal
tratamento do autismo, incluindo dois fatores principais: a criação de procedimentos
modificadores de comportamento e a elaboração de centros educacionais dedicados
totalmente ao autismo, tendo como apoio principal de pais e familiares de indivíduos
autistas.
Na segunda metade do século, nos anos 80, o autismo voltou a ser considerado como
alterações no desenvolvimento social e interacional (GOMÉZ; TERÁN, 2014, p. 467).
Desse modo, considerar um ou outro motivo como causa não é aceitável, pois o autismo
é o conjunto de todas acima citadas, considerando assim, cada fator como importante,
fazendo com que seja mais bem compreendida.
No mês de maio do ano de 2014, o cientista Andrew Wakefield perdeu seu registro de
médico e como tal teoria do mesmo não foi comprovada e a Revista Lancet retirou a
publicação (Autismo e Realidade).
Então, durante muito tempo o Asperger foi considerado como apenas uma das
condições do autismo, porém essa condição e os subtipos foram desconsiderados com o
lançamento do DSM-V, em 2013 em que engloba o Asperger dentro do Transtorno do
Espectro Autista.
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A educação inclusiva trata-se de uma educação em que a escola adapta-se ao indivíduo
que se busca incluir e não o contrário. Isso deve ficar bem claro para a sociedade em
que a escola esteja inserida.
As dimensões que tratam da inclusão são diversas, pois envolvem várias áreas, porém é
no espaço pedagógico que a inclusão é percebida em toda sua abrangência efetiva.
Sobre a importância da necessidade em que diz respeito se o indivíduo autista deve ter
acompanhante ou não no ambiente escolar, a Lei Berenice Piana 12.764/12 – Institui a
Política Nacional de proteção dos direitos da pessoa com transtorno com Transtorno do
Espectro Autismo, sancionada pela presidente da república Dilma Rousseff em 2012,
com a colaboração de José Henrique Paim Fernandes e Miriam Belchior, publicada no
site do planalto, altera o § 3º do Art.98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, em
seu parágrafo único sobre o sobre o acesso ao ensino regular. (BRASIL, 2012).
Nos termos do inciso IV do artigo 2º diz que a pessoa com o Transtorno do Espectro
Autista tem direito a um acompanhante especializado se assim for comprovada a
necessidade. Ainda na lei 12.764/12 em seu artigo 7º diz que haverá punição de uma
multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários mínimos ao gestor da escola que negar a matrícula
do aluno com Transtorno do Espectro Autista, bem como, também a qualquer outra
deficiência (BRASIL, 2012).
"O que significa a publicação da lei? Dentre outros benefícios, o autismo passa a ser
considerada uma deficiência. Destarte, milhares de pessoas com o transtorno terão
direito ao atendimento especializado na educação" (CUNHA, 2013, p. 16).
Diante de tal respaldo legal, é reafirmado o direito do indivíduo autista à educação em
escolas da rede regular de ensino, bem como, também que o mesmo pode fazer uso de
um profissional mediador com as devidas especialidades para seu apoio quando
necessário.
Observa-se então que, além do indivíduo autista ter o direito de ser incluído no sistema
público, o mesmo tem o acesso à educação ampliada, pois lhe é possibilitado o
atendimento educacional especializado, visto que é com o apoio desse atendimento que
o autista poderá trabalhar suas potencialidades através de recursos e diversas atividades
que vem para agregar com o ensino regular.
Diante do respaldo legal que a Declaração de Salamanca traz, a educação inclusiva deve
assegurar uma educação de qualidade e que sua aprendizagem não pode ser
comprometida e suas limitações não sejam dadas como empecilhos para seu
atendimento na rede regular de ensino, estando sendo a disposição dos recursos
adequados e de um currículo escolar preparado para receber cada indivíduo
independente de sua necessidade ou dificuldade.
Logo, é possível perceber que o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade não
só apoia a inclusão, mas atua intimamente com o trabalho pedagógico, apoiando a
formação dos gestores atuantes nas escolas e professores, para que a inclusão seja
efetivada e uma realidade plena.
A educação como um direito de todos, não deve ser vista apenas como um cumprimento
obrigatório, pois, “fazer valer o direito à educação para todos não se limita a cumprir o
que está na lei e aplica-la sumariamente, às situações discriminadoras. O assunto merece
um entendimento mais profundo da questão da justiça” (MANTOAN, 2006, p. 16).
Logo, é necessário ter um entendimento mais amplo, muito mais profundo do que o
simples fato da necessidade em cumprir a lei, tendo em vista que é necessário saber o
real valor de fazer uso de tal obrigação, utilizando assim, a consciência crítica e
reflexiva mediante o cumprimento da mesma.
5. CONHECENDO O AUTISMO
5.1. Definição
Então, faz-se necessário um estudo mais aprofundado do que é de fato o autismo para
que a ausência desse conhecimento não se transforme em repulsa pelo indivíduo, visto
que, é um ser humano como todos os outros, apenas com dificuldades e
comportamentos distintos, devido o transtorno autista.
Sabe-se então que, palavra “autismo” vem da palavra grega “autos”, que significa
“próprio”. Autismo significa literalmente, viver em função de si mesmo (GÓMEZ;
TERÁN, 2014, p. 447).
Portanto, para ter um conhecimento mais profundo e reflexivo do que é o autismo são
necessários estudos contínuos, considerando a intensidade literária sobre o assunto e a
importância da busca por novas formas de aprendizagem, bem como, também a
capacidade de compreender que se têm sempre coisas novas a aprender.
Por ser um transtorno, o autismo pode ser apresentado de diversas maneiras, variando o
comportamento de indivíduo para indivíduo, como alerta a literatura, ou seja, não há
uma única forma do mesmo apresentar-se, não há um único tipo de conjunto de
comportamentos, o que pode ser encontrado em um autista, pode não ser em outro.
Os sintomas clássicos do autismo lembrados por Goméz e Terán (2014, p.480) são,
“interação social limitada, problemas com a comunicação verbal e não verbal e com a
imaginação, atividades e interesses limitados ou pouco usuais. Podem ter dificuldades
em manter uma conversação ou olhar alguém diretamente nos olhos”.
Para Schwartzman (2003), o conjunto de anormalidades qualitativas podendo ser assim
caracterizado pelo grupo de transtornos invasivos do desenvolvimento, pelo fato de
poder agregar outros distúrbios, pode levar ao profissional a ter um acesso difícil para
chegar a um diagnóstico fechado, pois os sintomas podem ser encontrados de maneiras
diversificadas, fazendo com que assim, torne-se mais complicado em estabelecer um
único perfil.
Logo, diante das pesquisas mais atuais, não foi descartado que o autismo é mais comum
em meninos do que em meninas, porém ainda é de grande importância a continuidade
de tais pesquisas para que seja possível chegar a dados estatísticos referentes ao autismo
no Brasil, visto que, os estudos sobre a prevalência que trata do assunto não são tão
trabalhados no país.
A literatura lembra, que toda essa gama de comportamento deve ser levada em
consideração, partindo do pressuposto de que suas manifestações demonstram sua
particularidade.
Pode-se perceber que, o autismo não se dá apenas de uma forma, pois sua gama de
possibilidades de manifestação é apresentada de vários modos, em níveis e graus
diversificados.
Logo, o autista “fixa-se em rotinas que trazem segurança” (CUNHA, 2013, p.28).
Considerando o desenvolvimento da aprendizagem como fator importante para o
indivíduo, deve ser lembrado que atividades inovadoras sem um caminho que leve a
aceitar em seu convívio é angustiante para o autista, visto que, o mesmo se familiariza-
se com as rotinas, ou seja, atos e objetos que já está acostumado a conviver, porém
como é de grande importância tal novidade para o melhor desenvolvimento do seu
comportamento diante das situações e superação das dificuldades.
A criança autista comunica-se, porém não da mesma forma dos demais indivíduos, cabe
aos envolvidos no convívio com o autista, buscar o desenvolvimento do entendimento
sobre o que a criança quer dizer, pois de todas as formas o autista está se comunicando.
No entanto, a busca por compreensão sobre autismo não ajuda apenas para o
atendimento inclusivo e consciente, mas também, ao crescimento do desenvolvimento
da aprendizagem do próprio profissional e estudante que trabalha e pesquisa sobre o
assunto.
Os autistas não são seres “antissociais”, mas é falta de estudo e dedicação sobre o
Transtorno do Espectro Autista que leva a pensar dessa maneira, pois é a falta de busca
pelo conhecimento que leva a sociedade a ter pensamentos negativos incapazes de
aceitar a diferença.
6. ESCOLA INCLUSIVA
6.1. A inclusão do educando autista na perspectiva da escola da rede
pública
A inclusão nas escolas de ensino regular pode ser útil tanto para os alunos com
necessidades educacionais especiais quanto, para os ditos “normais”, desde os alunos
até o corpo docente e administrativo da escola, pois a mesma traz consigo o resgate dos
valores e o respeito pela diferença. Como Carvalho (1999) afirma que, a inclusão traz
benefício a todos, pois podem desenvolver solidariedade, respeito às diferenças e
cooperação uns para com os outros.
Logo, a inclusão dos autistas nas escolas públicas é necessária, pois despertar nos
educandos atitudes de solidariedade, pois tal “acordar” começa na escola, onde o
indivíduo é orientado a trabalhar suas atitudes diante da sociedade.
Incluir não é só integrar [...] Não é estar dentro de uma sala onde
a inexistência de consciencialização de valores e a aceitação não
existem. É aceitar integralmente e incondicionalmente as
diferenças de todos, em uma valorização do ser enquanto
semelhante a nós com igualdade de direitos e oportunidades. É
mais do que desenvolver comportamentos, é uma questão de
consciencialização e de atitudes (CAVACO, 2014, p. 31).
Diante de tal afirmação do que é o ato de incluir, é possível perceber que a inclusão
envolve todo um processo, desde aceitar a matrícula até o desenvolvimento da
consciência da importância da inclusão, sendo de conhecimento de todos. Para que haja
a inclusão eficiente e não o simples inserir, deve-se estar preparado para receber e
trabalhar com os autistas, para que não haja desrespeito no ambiente em que vive.
À vista disso, o ambiente escolar que recebe esses alunos, ao matricular, deve garantir
toda a preparação de profissionais e estrutura escolar, para que os mesmos sejam aceitos
e atendidos conforme todo o processo inclusivo propõe, abandonando os atos que
segregam os indivíduos autistas, pois tais atos em nada ajudam, só vem a prejudicar.
"A separação dos indivíduos com autismo de um ambiente normal contribui para
agravar os seus sintomas. As crianças com autismo têm necessidades especiais, mas
devem ser educadas com as mínimas restrições possíveis" (GÓMEZ; TERÁN, 2014, p.
543).
Não é de grande utilidade ter espaço propício, recursos pedagógicos e não saber como e
quando utilizar, pois, o ambiente inclusivo é aquele que possibilita o desenvolvimento
eficiente, que faz uso de comportamentos de trabalho adequados às necessidades
educativas especiais, que considere as potencialidades do indivíduo, possibilitando ao
máximo o contato com toda a comunidade escolar. Diante disso, faz-se importante
lembrar que, “se ainda não é do conhecimento geral, é importante que se saiba que as
escolas especiais complementam, e não substituem a escola comum” (MANTOAN,
2006, p. 26).
Usufruir da escola especial como substituta da escola comum não é uma opção válida,
pois, parte-se do pressuposto que a escola especial acaba por segregar o indivíduo,
tirando-lhes a possibilidade de conviver com os demais, sabendo que “o que falta às
escolas especiais, como substitutas das comuns, é muito mais do que a soma das
carências das escolas comuns. Falta-lhes o primordial das escolas, isto é, o ambiente
apropriado de formação do cidadão” (MANTOAN, 2006, p. 27).
Incluir envolve não somente o “corpo interno” escolar, mas sim toda a sociedade em
que a escola está inserida, pois é fato que a realidade local deve ser considerada para
tomada de decisões.
Para Monte e Santos (2004), para que haja inclusão de crianças com necessidades
educacionais especiais que apresentam autismo, é necessário critério de modo que seja
bem orientado, variando de acordo com as individualidades de cada um.
Assim, é possível perceber a importância do registro ainda que cansativo, pois o mesmo
favorece a reflexão sobre como se deu tais comportamentos apresentados pelo autista,
favorecendo assim, análise do que pode ser mantido e o que deve ser retirado para que o
método ABA alcance os objetivos que o mesmo pretende para o comportamento do
indivíduo autista.
Tanto o método TEACCH, ABA e PECS tem foco comportamental 4, onde segundo
Cunha (2014) visam à promoção da independência para o desenvolvimento do autista.
Partindo do ponto da realidade individual de cada aluno autista, para que haja o
processo inclusivo escolar contínuo, é necessário o desenvolvimento do trabalho da sala
de recursos. De acordo com Machado (2009), tal atendimento nas salas de recursos deve
ser oferecido em horário contrário da sala regular.
A sala de recursos atua dentro da escola inclusiva, onde é dever da mesma trabalhar o
desenvolvimento das potencialidades dos alunos atendidos, ou seja, a mesma vem para
somar com o ensino regular, não desenvolvendo atividades da sala regular, mas
trabalhando as habilidades do educando.
Posto isto, a sala de recursos também é de grande importância, porém, não se deve
abandonar o convívio social na sala de ensino regular, pois inclusão é socialização e
ambas trabalham conjuntamente para que o processo inclusivo se desenvolva.
Segundo Fávero (2004), o atendimento educacional especializado que é trabalhado nas
salas de recursos tem um papel fundamental para o trabalho inclusivo e ressalta que, tal
atendimento não pode ser feito isoladamente da sala comum, confinando em salas que
afastam durante todo o tempo dos demais alunos, pois o AEE deve ser oferecido como
forma complementar ao ensino comum.
Então, incluir é muito mais que receber, pois até para receber é necessário um devido
preparo, ou seja, é preciso saber receber esses alunos, além da estrutura escolar
adequada, é de suma importância o posicionamento que oferece auxílio da comunidade
escolar, sabendo que é esse que vai favorecer como suporte principal para cada passo da
inclusão.
Para que a inclusão seja de fato uma realidade na escola é necessário à formação,
preparo e dedicação dos docentes. Desse modo, Santos (2010) afirma que, a formação
dos professores para atuação do trabalho com a diversidade é de grande importância,
pois é essencial para a inclusão efetiva.
Logo, não há uma “receita pronta” para como o professor deva agir frente aos
problemas que podem ocorrer, são necessárias leituras sobre a educação inclusiva e o
público com que trabalha em sala de aula, levando em conta as particularidades no
contexto escolar em que está inserido.
O professor ao se formar não tem como saber e conhecer tudo sobre todas as
deficiências, pois as mesmas diferenciam-se de caso para caso, mesmo tratando-se de
um mesmo tipo de necessidade educativa especial (NEE).
Destarte, o professor deve primeiro ter conhecimento da demanda dos alunos de sua
sala, buscando conhecer sobre a especificidade do educando, considerando as
dificuldades, habilidades e outras características específicas de cada um.
Carvalho (1998 apud FONSECA, 2014, p. 99) afirma que, “Mais urgente que a
especialização, é capacitação de todos os educadores”. Visto que, a necessidade desse
preparo é urgente e necessária.
O professor precisa então, estar atento para cada detalhe do comportamento autista, para
poder então saber como intervir, pois, a devida observação o ajuda e transmitir
informações sobre seu comportamento.
Cunha (2014) assegura que, é de grande importância a atenção para orientação do aluno,
pois a mesma oferece suporte na troca de respostas aos devidos estímulos do ambiente,
e ainda, orienta com algumas dicas para os professores e professoras que trabalham com
autistas.
É fato o importante papel do professor para a escola inclusiva, visto que, sua
contribuição favorece para o desenvolvimento de tal processo. Lima (2006) ressalta que,
a insegurança de muitos professores é fato, bem como, a ausência do preparo
profissional em que alguns cursos proporcionam, porém deve ser superado, pois a
experiência e interação com pessoas deficientes não é considerado e visto como
requisito prévio para o desenvolvimento do processo de inclusão na escola.
É preciso o empenho do professor para trabalhar com a inclusão, pois o preparo não
vem apenas da formação, da experiência ou qualquer tipo de informação que aborda o
autismo na escola regular, é, sobretudo a participação em formações continuadas,
somadas com a vontade de superar os próprios limites como educador.
Dessa forma, devem ser considerados pontos importantes sobre o preparo do docente
para a educação inclusiva, pois é de grande importância realizar perguntas pertinentes à
temática. Como questiona Mantoan (2006, p. 29), “como prepará-los sem que possam
viver a experiência do desafio das diferenças nas suas salas de aula? Que motivos teriam
para se mobilizar? Para buscar novas respostas educacionais”?
O professor deve propor-se às novas experiências para que seus conhecimentos sejam
renovados e seu papel na sociedade tenha sempre novas contribuições, contribuições
estas que jamais se esgotam.
Prieto (2006, p. 59) destaca que, "Não há como mudar práticas de professores sem que
os mesmos tenham consciência de suas razões e benefícios, tanto para os alunos, para a
escola e para o sistema de ensino quanto para seu desenvolvimento profissional".
Cunha (2014) diz que o educador não deve temer o que ainda não conhece e as
dificuldades que ainda não fizeram parte de sua experiência e que tais educadores
necessitam ser sensíveis e superar os problemas apresentados.
A inclusão não deve ser papel apenas da escola, pois esta não pode desenvolver a
mesma sem a ajuda dos pais.
Conforme Cavaco (2014), a intervenção em seu ponto mais produtivo começa a partir
do contexto familiar, dando continuidade em seguida nos demais ambientes onde a
criança encontra-se inserida.
Logo, toda essa ligação deve ser levada em conta nas atitudes, ou seja, na maneira do
mesmo expressar-se, pois seus comportamentos diante das situações vividas não se dão
como apenas uma característica do transtorno do espectro autista, tais reações estão
intimamente ligadas ao convívio social em que o mesmo está inserido.
É preciso união entre todos os envolvidos com a criança autista para obter-se o máximo
de resultados positivos possíveis, pois do contrário pode-se acabar prejudicando a
mesma.
Diante de tal afirmação é necessário que, todos que se proponham a ajudar a criança
autista, conversem sobre como devem se comportar, agir diante de toda a convivência
com o autismo, pois é necessária a união não só entre os profissionais, mas também
entre os familiares e a escola porque esse envolvimento entre a troca de informações
sobre o assunto ajuda já os conflitos e a falta de comunicação tende só a prejudicar o
autista. Portanto, o diálogo entre família e escola é de grande importância para as
devidas intervenções na aprendizagem e em seus comportamentos.
O trabalho não é individual, pois se trata da criança autista e sua melhor aprendizagem e
desenvolvimento. Logo, para que isso ocorra da melhor maneira possível, é necessário
trabalho em grupo. Escola e família unidas para assim, obterem-se maiores
possibilidades de acertos quanto ao que fazer no convívio com o autismo.
Conforme Cunha (2014, p. 118), “professores dedicados, que não negam a ter desafios,
são inspiradores para os pais. Da mesma forma que, pais afetuosos e esperançosos
estimulam o professor”. É necessária dedicação de ambas as partes para um trabalho de
qualidade, onde as relações harmoniosas e comprometidas sustentam o processo
inclusivo.
Assim, a família que tem uma criança autista estabelece limites para a escola diversas
vezes, fazendo com que assim, a escola tenha algumas dificuldades para o
desenvolvimento do trabalho inclusivo escolar. Portanto, é necessário que, a escola
busque o entendimento dos porquês e tais limites devam ser mantidos, observando
quando os mesmos contribuem para agravar e até mesmo de alguma forma segregar o
indivíduo, pois é necessário que tanto a escola quanto a família compreendam que não
são as dificuldades que devem ter maior atenção e sim, suas potencialidades,
proporcionando assim, melhor rendimento ao indivíduo autista.
Quanto aos fins, a pesquisa foi de caráter descritivo com abordagem qualitativa. A
utilização do uso da abordagem qualitativa para a pesquisa deu-se justamente porque a
mesma defende que para compreender o objeto pesquisado é necessário realizar
exercícios de interpretação e compreensão, através da observação do pesquisador e
descrição detalhada do fenômeno (LIMA, 2008).
A pesquisa foi realizada através de um estudo de campo. Na qual, este teve uma grande
importância para a pesquisa, pois o mesmo é flexível e possibilitou um melhor
aprofundamento nas questões abordadas (GIL, 2012).
O campo de estudo foi uma escola da rede pública que trabalha com alunos na inclusão
para crianças do Ensino Fundamental: anos iniciais e anos finais, localizada no
município de São Luís - Maranhão, denominada UEB Dra. Maria Alice Coutinho. A
amostra foi constituída por três pessoas da escola, sendo uma coordenadora e duas
professoras que ofereceram suporte para as questões levantadas.
Desta forma, vale ressaltar que, a amostra restringiu-se somente a três profissionais da
educação devido ao fato de atuarem com a educação inclusiva no contexto abordado e
possuírem de fato a experiência e um contato maior com os educandos autistas.
A análise dos dados após a coleta dos mesmos foi realizada através da tabulação para
análise e conclusões de caráter indutivo, elaborados no software Word versão 2013,
apresentados de forma descritiva neste estudo.
A Unidade de Educação Básica Dra. Maria Alice Coutinho é uma escola destinada ao
Ensino Fundamental dos anos iniciais aos finais. A escola trabalha com as modalidades
de ensino: Educação de jovens e adultos, educação especial e ensino regular.
A UEB Dra. Maria Alice Coutinho, “tem compromisso com a escola pública, atuando
conjuntamente com o processo educativo, reconhecendo que a educação de qualidade é
única e direito de todos, desenvolvendo uma práxis pedagógica edificada na formação
do homem. Criticar e agir com claro objetivo de superar os desafios da humanidade,
buscando promover ações estratégicas a serem desenvolvidas, oportunizando um ensino
de qualidade, que possibilite resultados positivos em todos os seguimentos da UEB.
Despertado a compreensão da realidade social, respeito ao ser humano,
responsabilidade, honestidade, valores éticos, respeito ao ser humano, integridade e a
participação coletiva”.
A UEB Dra. Maria Alice Coutinho possui vários projetos: Ópera para todos, Projeto
Companhia de dança ao ritmo de inclusão, Coral melodia com as mãos. Com relação a
relação escola família comunidade dá-se por meio de reunião com os pais, informativos
encaminhados aos pais, campanhas educativas, palestra para a comunidade, palestras
aos pais, festividades e datas comemorativas.
Quanto ao Projeto Político Pedagógico, a Unidade de Educação Básica Dra. Maria Alice
Coutinho busca uma prática educativa enfatizando uma pedagogia que tenha por
embasamento teórico e prático a preocupação com o futuro da humanidade e de todas as
outras formas de vida planetária, desenvolvendo os valores humanos e cognitivos,
considerando o educando como um ser global onde os aspectos afetivo, cognitivo,
simbólico e linguístico estão integrados, levando-o a sentir, pensar, agir e representar
numa comunhão profunda do espírito, corpo e mente.
Carvalho (1999) diz que, para que não haja a exclusão dos alunos que a escola propõe-
se incluir é necessário tomar atitudes para que o trabalho de todo esse processo
inclusivo possa ocorrer de fato, pois não havendo o percurso que é necessário para a
inclusão acabará por contribuir preconceitos.
Portanto, é necessário que a escola possa ter acesso ao diagnóstico do aluno, para então
intervir da melhor maneira possível, contribuindo para que suas dificuldades sejam
respeitadas e o mais importante, que suas potencialidades sejam trabalhadas.
De acordo com a fala da coordenadora, não são poucas as dificuldades encontradas pela
escola para o melhor desempenho do trabalho inclusivo, pois alguns alunos não têm
acompanhamento médico, visto que, este é de grande importância para o
desenvolvimento do aluno tanto no contexto escolar quanto em todo ambiente social.
Alguns pais estabelecem muitos limites do seu filho para a escola, uma vez que, alguns
destes, acabam por restringir o trabalho escolar inclusivo.
Cunha (2014) afirma que, é normal a preocupação dos pais porque há alterações
relevantes no contexto do convívio familiar e por vezes não é possível obter maneiras
adequadas para dadas situações ocorrentes, é necessário que a escola entenda o grande
impacto que o autismo produz na vida familiar, que requer cuidados e atenção
constante, tendo em vista que, o entendimento das dificuldades de aprendizagem do
aluno implica um olhar atento à família, para que o desempenho da aplicação de todas
as etapas do processo da educação possa ocorrer da melhor maneira possível.
Portanto, cabe à escola buscar entender o porquê de tais limites estabelecidos pela
família, buscando no diálogo os aspectos positivos e negativos de tais limites para o
processo pedagógico inclusivo.
A falta do cuidador em alguns casos que são necessários também contribui para que a
inclusão não ocorra da melhor maneira, visto que, o professor e o próprio aluno
necessitam do mesmo para o melhor desenvolvimento do processo inclusivo.
De acordo com a Lei Berenice Piana – Lei 12.764 nos termos do inciso IV do Artigo 2º
fala sobre o direito ao cuidador, onde diz que, a pessoa com Transtorno do Espectro
Autista tem o direito a acompanhante especializado se assim for comprovada a
necessidade (BRASIL, 2012).
Conforme Cunha (2014), são necessários que hajam esses dois momentos, onde
independente do grau do autismo, deve ser proporcionado ao aluno autista esse
momento individual na sala de recursos e na sala de ensino comum.
Portanto, faz-se necessário para a educação inclusiva o convívio nesses dois ambientes
primordiais para o desenvolvimento das potencialidades do aluno autista.
Desse modo, é necessário que a escola ofereça essa capacitação tão necessária para o
desenvolvimento do trabalho inclusivo em todo o seu processo, ou seja, com tal
capacitação os mesmos estejam preparados para o devido trabalho no contexto escolar.
Porém Orrú (2007), muitas pessoas por falta de conhecimento quando são questionadas
sobre o que é o autismo dizem que são crianças que possuem movimentos esquisitos,
debatendo-se contra a parede, que até mesmo são perigosas para a sociedade, que
precisam ficar trancados em instituições para pessoas deficientes mentais. Percebe-se
então, essa falta de divulgação à população faz com que as pessoas tenham um
pensamento errado a respeito do autismo.
Então, cabe à instituição escolar divulgar através de palestras, reuniões dentre outros
meios para que a comunidade escolar esteja consciente do que de fato é o autismo e na
medida do possível contribuir para a inclusão do mesmo no âmbito escolar e em
diversos outros ambientes sociais, abandonando assim o preconceito.
Foi possível perceber na fala da coordenadora que os pais não apresentam rejeição ao
aluno autista incluído na mesma sala e escola de seus filhos, pois como Fonseca (2014)
argumenta que, é a escola que prepara para o futuro e, de certo que, se as crianças
aprenderem a conviver com as diferenças desde cedo nas salas de aula, serão adultos
bem diferentes dos atuais, pois precisam se empenhar tanto para então entender a
inclusão e vivê-la.
Então, Cunha (2014) ressalta a importância da relação família e escola, dizendo que os
professores que se dedicam ao trabalho e aceitam os desafios servem de inspiração para
os pais, da mesma forma que os pais que não perdem as esperanças estimulam o
professor.
Portanto, essa relação cabe à escola em geral, visto que, não só os professores estão
envolvidos com a família, mas todo o corpo escolar. Dessa maneira é de grande
importância que a escola como um todo participe ativamente do desafio que é a
inclusão, para que esta possa ser realizada da maneira correta.
Conforme foi observado na fala da coordenadora, os pais são parceiros da escola,
porém, não são tão presentes no seu dia a dia. Porém, Cunha (2014) ressalta que, é de
grande importância que escola e família tomem atitudes relacionadas entre si, tanto nas
ações quanto nas intervenções da aprendizagem, porque as mesmas têm um grande
impacto na educação comportamental da criança.
Conforme observado nas respostas das docentes, além das formações continuadas que
são necessárias para o devido trabalho, a busca pela leitura é de grande importância
também, pois proporciona mais entendimento e conhecimento para o trabalho com
autistas no ambiente escolar inclusivo.
Foi questionado também a respeito sobre qual formação continuada inicialmente ajudou
na orientação para o desempenho do trabalho inclusivo com autistas.
Segundo Orrú (2007), o ambiente preparado pelo professor ou pelo profissional que
trabalha com o autista que faz uso do método TEACCH tem o objetivo de reduzir os
comportamentos inadequados apresentados.
Logo, com o auxílio de tal método educacional é possível ajudar de uma maneira
melhor para o processo inclusivo, visto que, tal desenvolvimento do autista possibilita
com que o mesmo possa relacionar-se com o ambiente em que está incluso.
De acordo com Santos (2010), a formação dos professores para atuação do trabalho com
a diversidade é de grande importância, pois é essencial para a inclusão efetiva.
Como Carvalho (1998 apud FONSECA, 2014) destaca que, o mais importante diante da
realidade que requer urgência para melhor servir é a capacitação dos professores,
devendo esta ser de qualidade já que a especialização não se faz presente no momento
de alguns educadores. A escola precisa investir sempre na capacitação dos seus
educadores para assim, trabalhar com a inclusão na escola com o máximo de excelência
possível.
Outro questionamento realizado junto às docentes que veio de encontro com a pergunta
anterior foi em relação se as mesmas buscam outras formas para maior conhecimento
sobre o autismo além da formação continuada. Conforme é apresentado abaixo as
respostas foram:
Conforme Cunha (2014), é necessário que o educador busque sempre rever seus
conhecimentos, fazendo a relação da teoria com a prática vivenciada, buscando uma
relação afetuosa, pois essa relação está intimamente ligada aos processos de ensinar e
aprender.
Então, um dos questionamentos realizados juntos às docentes foi sobre o ponto de vista
de cada uma em relação a maior dificuldade enfrentada pelo professor na rotina da
inclusão do autista na escola. Conforme abaixo as respostas obtidas foram:
Desse modo, Cunha (2014) afirma que, não há como haver inclusão sem a consideração
do importante papel do professor. É necessário que, o mesmo possua suportes que
auxiliem em seu trabalho inclusivo, pois não havendo tais condições não fará sentido os
estudos sobre as dificuldades de aprendizagem e como o mesmo deve intervir diante das
situações se não tiver as devidas possibilidades para a inclusão do aluno.
Logo, foi percebido através das respostas das docentes que a inclusão oferece grande
importância para o desenvolvimento social do aluno autista e que através desse contato
é possível aprender uns com os outros.
Diante das respostas das docentes foi possível perceber a valorização de informar aos
alunos sobre o autismo, para que compreendam os comportamentos do indivíduo para o
auxílio à socialização com todos.
De acordo com Monte e Santos (2004), para inclusão de crianças com necessidades
educacionais especiais que apresentam autismo é necessário critério de modo que seja
bem orientado, variando de acordo com as individualidades de cada um. Ou seja, é
necessária a orientação de todos os envolvidos para que a inclusão seja uma realidade.
De acordo com as respostas das docentes. Foi possível perceber através da professora A,
que devido ao fato da presença na escola do aluno autista não ser frequente ainda não
foi possível alcançar um maior êxito de relacionamento com a turma, mas o diálogo
com as crianças auxilia para que o relacionamento ocorra da melhor maneira possível,
como foi relatado pela professora B.
Conforme Lima (2006), para que a inclusão seja mantida, é necessário que a mesma
torne-se de forma contínua com apoio permanente da política e da atenção da sociedade,
possibilitando uma mentalidade consciente sobre a importância da inclusão.
Conforme foi possível perceber nas respostas das docentes acima, não houve um
contato direto com os pais para troca de informações necessárias para o trabalho escolar,
de acordo com a professora A. Já de acordo com a professora B, a mesma diz que
muitos pais são leigos a respeito das condições comportamentais dos filhos, porém
quando é possível obter tais informações as mesmas são obtidas através de entrevistas e
até mesmo conversas, considerando estas fundamentais para a troca de conhecimentos.
Como é afirmado por Cunha (2014), reuniões realizadas periodicamente com os pais,
relatórios e trocas de informações possibilitem importantes suportes para ajuda quando
as intervenções não alcançam o resultado esperados tanto no ambiente familiar quanto
escolar.
Portanto, para tal avanço significante é necessário que o professor faça uso da relação
teoria e prática, refletindo sobre os comportamentos apresentados e melhorias
adquiridas como resultado do processo.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo sobre o autismo possibilitou um melhor entendimento desde sua história até as
características do comportamento do indivíduo autista, visto que, é um transtorno que
abrange complexidade em todos os âmbitos sociais, principalmente no âmbito escolar.
O trabalho escolar inclusivo não deve focar-se nas dificuldades apresentadas pelo
indivíduo autista, mas em suas potencialidades, visto que estas proporcionam maior
impacto para o trabalho de seu desenvolvimento.
Então, é preciso que escola proporcione aos pais e a toda comunidade escolar sobre o
que é o autismo, para que além dos professores os mesmos possam ter conhecimento
acerca do assunto, a escola está inserida em um contexto social e que nem todos
possuem entendimento da importância da inclusão de crianças autistas no ambiente
escolar.
Vale ressaltar que, a inclusão é um processo contínuo, pois o mesmo tem sempre o que
melhorar a partir de olhares atentos sobre os pontos positivos e os negativos. Os pontos
positivos devem ser compartilhados com os demais profissionais envolvidos com a
inclusão na escola regular, pois os mesmos são exemplos de superação, porém os pontos
negativos também devem ter o mesmo grau de importância, sendo a partir dos mesmos,
os profissionais atuantes na escola podem refletir sobre tais atitudes, antes de ser um
erro é um acontecimento a ser refletido, sabendo que é através da tentativa que pode-se
pensar em outras estratégias para o desenvolvimento do processo inclusivo.
Os pontos negativos não devem ser vistos apenas como um erro e muito menos como
uma questão a ser criticada, pois não é essa a intenção. O levantamento dessas questões
dá-se por conta de contribuir para que o processo inclusivo na rede regular de ensino
torne-se cada vez melhor no atendimento aos educandos autistas e às demais
necessidades educacionais especiais.
10. REFERÊNCIAS
ALARCÃO, I. (org.). Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed
Editora, 2001.
_______. Todos pela Educação. Disponível em: . Acesso em: 18 de set de 2015.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
____. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2012.
LIMA, P.A. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.
MARCONI, M. A., LAKATOS, E.M. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Atlas,
2006.
SACKS, O.W. Tempo de despertar. Companhia das letras: São Paulo 1997.
____. Um antropólogo em Marte. São Paulo: Companhia da Letras, 1995.
SALLE, E., SUKIENNIK, P.E, SALLE, A.G, ONÓFRIO, R.F, ZUCHI, A. Autismo
Infantil – Sinais e sintomas. In: CAMARGOS Jr, W. e colaboradores.
SANTOS, J. I. F. Educação especial: inclusão escolar da criança. São Paulo: All Print,
2010.
11. APÊNDICES
11.1. APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COORDENADOR/
DIRETOR
CNPJ 04.855.275/0001-68
GRADUAÇÃO – PÓS-GRADUAÇÃO – ENSINO A DISTÂNCIA
IDENTIFICAÇÃO
Nome: ______________________________________________
Data de Nascimento: ____/____/____ sexo: (
) M ( ) F
Formado (a) em:
Tempo de atuação profissional:
Escola em que trabalha:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
4. Com a provação da Lei Federal 12.764/12 – Lei Berenice Piana que garante a
inclusão de autistas no ensino regular e tendo em vista a realidade da escola
pública, quais são as principais dificuldades encontradas pela escola para a
inclusão de crianças autistas?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
Sim ( ) não ( )
Qual? Como?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Como acontece?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Qual? Como acontece?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
CNPJ 04.855.275/0001-68
GRADUAÇÃO – PÓS-GRADUAÇÃO – ENSINO A DISTÂNCIA
IDENTIFICAÇÃO
Nome: _______________________________________________________________
Data de Nascimento: ____/____/____ sexo: ( ) M ( ) F
Formado (a) em: _______________________________________________________
Tempo de atuação profissional:
Escola em que trabalha:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Quais?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
Sim ( ) não ( )
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
8. Como ocorre a relação da turma e a criança autista na sala de aula?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
sim ( ) não ( )
Como?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
12. Tendo em vista a educação inclusiva inicial até o tempo atual na classe, você
percebeu algum avanço de melhoria no comportamento e a relação social do
aluno autista?
sim ( ) não ( )
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________
12. ANEXOS
12.1. ANEXO A – OFÍCIO PARA A GESTORA DA UEB DRA.MARIA
ALICE COUTINHO
12.2. ANEXO B – DECLARAÇÃO DE SOLICITAÇÃO PARA
PUBLICAÇÃO DE DADOS
12.3. ANEXO C – DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA
PUBLICAÇÃO DOS DADOS
1 Segundo o behaviorismo radical é um estímulo inserido ao ambiente que afeta o comportamento do indivíduo.
2 Refere-se ao conjunto do som, palavra, movimentos associados às fotos.
3 Refere-se à comunicação apresentada pelo indivíduo de forma precária de acordo com o almejado.