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PROPÓSITO
INTRODUÇÃO
MÓDULO 1
Por isso, a primeira pergunta que estamos nos propondo a fazer aqui é:
como as crianças e/ou os adultos aprendem a ler e escrever? Deslocar
essa pergunta, no entanto, também não é fácil, porque corremos o risco de
incorrer no engano da universalização desse processo, como foi feito com
os estudos de Ferreiro e Teberosky (1999) a partir da obra Psicogênese da
Língua Escrita.
A ESTRUTURA DA LÍNGUA
Esses conceitos nos interessam porque nos ajudam a compreender os
processos cognitivos que o aprendiz de língua materna opera sobre sua
língua.
AGRAMATICAL
Representação gráfica
Memória etimológica
!
Busca do sentido
!
Imperativo da prática
Para os sujeitos, importa não o que eles podem escrever ou ler a cada
passo, mas o que eles desejam escrever e ler desde já.
# EXEMPLO
Vejamos esse caso real vivido em uma sala de aula de uma escola pública
do Rio de Janeiro:
ALFABETIZAÇÃO E ESTRUTURA
DA LÍNGUA
B) I e III
C) II e III
D) II e IV
E) II, III e IV
MÓDULO 2
A LEITURA
Chartier (1998, p. 13) nos lembra de que a leitura se caracteriza por ser
“uma prática encarnada em gestos, em espaços, em hábitos”. Com essa
convicção, o autor escreveu uma história da leitura enquanto prática social,
pois, para ele, não é possível escrevê-la somente a partir dos textos que
são dados a ler através dos tempos. Essa história deve considerar os
textos como objetos portadores de sentidos, mas, sobretudo, deve fazer do
leitor o centro de sua atenção, pois é ele quem dá vida ao texto.
Essa história tem muito a nos auxiliar, pois nos ajuda a entender as
chamadas leitura silenciosa e leitura oral na escola.
Smolka (2012) argumenta que a criança que aprende a ler sozinha não
perde o sentido, ao contrário, busca sempre mais sentido enquanto decifra.
Aprendendo fora da escola, no mundo, na vida, com o mundo e com a vida,
com os pais, com os irmãos, com a literatura, com a televisão, com o
smartphone etc., essa criança está diante de uma escrita que surge à sua
frente, que a desafia e indaga. Ela não recorre necessariamente à
discriminação de todos os elementos fonéticos do texto para encontrar
sentido, ao contrário, beneficia-se de todas as mutações que o texto escrito
vem sofrendo: espaço entre as palavras, diferenças de tamanhos, escrita e
desenho se entremeando, recursos da comunicação visual, links no texto,
entre outros.
Com base na ideia de escrita como expressão, um texto como “A Bia pega
o tucano. O tapete é amarelo. O tatu saiu da toca.” pode ser considerado
bem escrito, porque não há erro de ortografia, mas há ausência de
articulação entre as frases que forme um texto com sentido real. O que
vemos aqui não passa de uma redação escolar, escrita com o repertório de
“sílabas simples” e desprovida de sentidos. Provavelmente isso era
exatamente o que o professor esperava.
Pensemos nas escritas que circulam hoje nas mídias, nas redes sociais,
nas mensagens instantâneas...
Aqui, retomamos Paulo Freire (2017, p. 20), quando diz que “a leitura da
palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa
forma de escrevê-lo ou de reescrevê-lo, quer dizer, de transformá-lo através
de nossa prática consciente”.
E) 1 – 3 – 2
GABARITO
Mas você sabia que antes de ler e escrever precisamos entender o motivo
pelo qual iremos fazer isso? Por exemplo, antes de escrever um bilhete,
precisamos saber que mensagem queremos transmitir. A mensagem que
será transmitida, seja por meio de um bilhete, de uma carta, de uma
mensagem em uma rede social ou em um aplicativo de celular, tem antes
de tudo uma intencionalidade. É essa intencionalidade que vai nos fazer
organizar o texto de uma ou outra forma.
Ensinar leitura e escrita para alguém que ainda não tem contato com esses
diversos modos de escrever, os quais vamos chamar de gêneros
discursivos ou gêneros textuais, passa por apresentar a essa pessoa as
diversas características que os textos podem assumir. Uma forma de fazer
isso é apresentando-lhe os diferentes gêneros discursivos ou textuais que
circulam à sua volta, como o gênero bula de remédio, propaganda, receita
culinária etc.
Por fim, a injunção apresenta característica de comando ou de
instrução. Geralmente, se usam verbos no imperativo com o objetivo
de ordenar ao leitor/ouvinte uma ação.
Apresentação da situação
A primeira produção
Os módulos
atividades de escrita.
Essa compreensão passa pelo entendimento que o professor deve ter das
habilidades de escrita ou de leitura necessárias para que o estudante
realize a tarefa proposta. Por exemplo, quando propomos uma cruzadinha,
que habilidades a criança colocará em prática para conseguir, com ou sem
ajuda, realizar a atividade? E quando pedimos que procurem palavras em
um caça-palavras, quais conhecimentos ela utilizará?
Os gêneros conto, notícias e quadrinhos são textos que podem ser usados
para a reescrita de textos na alfabetização, mas temos também a fábula, a
novela, a autobiografia, a lenda, entre outros.
AVALIE AS ALTERNATIVAS:
B) I e II estão corretas.
II. A tentativa de identificação com o texto na leitura está relacionada
com a própria interpretação do texto lido.
III. O conto é o único gênero textual que trabalha com a memória, a
fantasia e a criatividade, enquanto um rótulo é o único que permite a
apreensão de informações necessárias ao cotidiano das pessoas.
Avalie as alternativas:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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