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CURSO DE ALFABETIZAÇÃO

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CARO ALUNO,
CARA ALUNA,

Alfabetizar é um processo longo e deve ser feito com verdade para que o aluno possa usar o
que apreende para o resto da vida. Por isso nunca pense que há uma finalização do
processo. Pelo contrário. Nós nos alfabetizamos pela vida toda.

Aqui vamos fazer um esquema para facilitar sua compreensão.


ALFABETIZAR é muito mais do que ensinar que “B+A = BA”, entre outras infinitas técnicas
gramaticais e linguísticas.

LETRAR é um processo de aprendizagem para a compreensão, avaliação e apreciação da


escrita e da leitura

Esses dois processos acontecem concomitantemente desde a educação infantil até o ensino
fundamental.

ENTÂO, COMO SE INICIA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE UMA CRIANÇA?

O processo de alfabetização e letramento compreende, basicamente, três períodos:


 descobrir a escrita;
 aprender a escrita;
 usar a escrita.

O primeiro processo envolve os primeiros contatos com os livros e outros meios para a
criança criar interesse na leitura. Na aula falamos sobre os ambientes alfabetizadores. Eles
fazem parte do processo do descobrimento da escrita.

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O segundo está ligado diretamente à alfabetização em geral, ou seja, o domínio do código,
letras, vogais e consoantes, sílabas e suas composições. Envolve o uso no alfabeto móvel,
em 4 diferentes formas e também o uso da caixa de areia. Veja aqui no curso o vídeo sobre
o uso da caixa de areia, pois ela é muito importante neste processo.
O uso dos 4 diferentes grafias do alfabeto é este. Sempre que o alfabetizador for demonstrar
para a criança o traçado de letras, deve ter pendurado na parede estas formas diferentes ou
deve ter em mãos as formas. Isso leva a criança perceber que há diferentes traçados para a
escrita da mesma letra.

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O terceiro é onde entra o letramento, o uso da escrita. Aqui é o papel da contextualização,
do descobrir o mundo. Aqui entra a paciência do alfabetizador para ouvir a criança contar do
universo dela e a partir desse universo escolher o que vai registrar o fazer as tentativas de
registro. Letramento é crítica do mundo, letramento é descortinar o mundo. Os livros são os
grandes aliados para atividades de alfabetização e letramento. A prática, nesse caso, passa
sempre pelo alfabetizador que pode ser o leitor inicial da criança ou pode ser o escriba inicial
dela.
Veja na aula 1 a importância da leitura do livro de imagens e como usar esta técnica neste
momento. Eva Furnari foi a sugestão, mas há muitos outros autores que podem ser
trabalhados.

VEJAMOS UM EXEMPLO DE HISTÓRIA PICTÓRICA – A personagem Bruxinha | foto: Site Eva


Furnari

IMPORTANTE:
Leia a entrevista da autora no link:
https://www.itaucultural.org.br/o-faz-de-conta-e-importante-para-a-crianca-ao-simbolizar-o-inconsciente-
manifesta-se

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POR QUE O LETRAMENTO É IMPORTANTE?
O letramento vai dar à criança a capacidade de entender um rótulo, uma embalagem, um
cartaz, um aviso, um comunicado de um fila e todas as outras dimensões da cidadania. Ser
letrado é essencial para se comunicar bem em sociedade e compreender os diferentes
contextos sociais nos quais somos inseridos – principalmente para crianças, que têm o
futuro nas mãos. Interpretar é a chave para o conhecimento, e cabe principalmente à família,
com a ajuda da escola, o papel de estimular as crianças.

A LEITURA E A ESCRITA CONCOMITANTEMENTE SÃO IMPORTANTES


O processo de alfabetização inicia-se desde cedo desde os primeiros contatos da criança
com o mundo. É um processo contínuo, permanente, que se alarga à medida em que a
criança se lança no contexto sociocultural, adquirindo conhecimentos acerca do que a
rodeia.
Brincadeiras, jogos, histórias ouvidas e materiais diversos usados em suas vivências diárias
propiciam situações que favorecem a aprendizagem e a organização lógica do pensamento.
Em nossa sociedade, a escrita desempenha um papel fundamental. Está em toda parte, e
precisamos dela nas mais diferentes situações da vida. Além disso, numa sociedade em que
quase tudo passa pela escrita, a alfabetização é essencial para uma melhor compreensão
da realidade.

Na aprendizagem da leitura e da escrita, a criança percorre um caminho individual e próprio.


À medida que está em contato com materiais de leitura, tais como rótulos, embalagens,
cartazes, livros, revistas, etc, ela está, sobretudo, iniciando o seu processo de descoberta do
código escrito.
Dessa forma, quando a criança entra na escola, traz uma série de experiências e
conhecimentos sobre a leitura e a escrita.

Porém, sua compreensão é ainda muito restrita, necessitando da intervenção do professor


para que possa ampliar seu universo em torno do símbolo escrito.
É no 1º ano do Ensino Fundamental que se inicia a sistematização do processo de
alfabetização. Nisso, a criança passa a compreender o funcionamento do código escrito. Em
nossa escola, essa compreensão acontece a partir da exploração do sentido das palavras
encontradas nos textos-base trabalhados na sala de aula.

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Em cada texto, são escolhidas as palavras-base e, a partir de jogos com letras e sílabas,
novos fonemas poderão ser inseridos, desdobrando-se e criando outras palavras.

Através dos procedimentos didáticos realizados em sala de aula, são “desenvolvidas as


capacidades diversas relativas ao funcionamento do sistema alfabético ortográfico, ao uso
geral da escrita e à compreensão dos textos, que se constitui na meta principal do ensino da
leitura”.

No decorrer do processo de alfabetização, a criança escreve, lê e constrói seus


conhecimentos. Enquanto aprende, testa suas hipóteses ora arriscando, ora errando ou
acertando.

Deve-se conhecer e respeitar o desenvolvimento da criança oferecendo-lhe ajuda,


explicitando informações desconhecidas, valorizando seus conhecimentos e favorecendo
deduções pertinentes.

Enfim, o importante é não inibi-la em seu processo de descoberta.

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Conheça os níveis de alfabetização
Emília Ferreiro é uma das maiores influências brasileiras para educadores e toda
comunidade escolar quando se trata de níveis de alfabetização.
Segundo Emília, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica
individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela.
No processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código
linguístico e dominá-lo.
De acordo com a teoria da Psicogênese da língua e da escrita, toda criança passa por
quatro fases até que esteja alfabetizada. São elas:

PRÉ-SILÁBICO
Neste primeiro nível, a criança começa perceber que a escrita representa aquilo que é
falado. Ela tenta se aventurar pela escrita e por meio da reprodução de rabiscos e
desenhos. Ainda não consegue relacionar as letras, com os sons da língua falada. Pode
aparecer um sinal ou número misturado com letras. É normal.

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SILÁBICO
Nesse nível a criança começa a perceber a correspondência entre as letras daquilo que é
falado. Interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma, cada sílaba
representa uma letra. Há outras formas de apresentação também, porém, aqui está uma
referência.

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SILÁBICO-ALFABÉTICO
Começa a compreender que as sílabas possuem mais que uma letra (fará a transição de ora
utilizar uma letra para cada sílaba, ora reconhecer os demais fonemas das palavras e passar
a empregá-los). Mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas.

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ALFABÉTICO
Última hipótese relacionada a alfabetização. Já consegue reproduzir adequadamente todos
os fonemas de uma palavra, caracterizando a escrita convencional. Domina, enfim, o valor
das letras e sílabas.

Quando a criança atingir este nível ela está fechando o processo e aí começa a produção de
escrita, frases, parágrafos e textos começam a se desenhar.

Fontes:Emília Ferrero

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A alfabetização na educação infantil

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ANTES DE DAR INÍCIO AO PROCESSO FORMAL DE
ESTRUTURAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, PROCURE
ESTIMULAR A COMPOSIÇÃO DA MEMÓRIA DA CRIANÇA.

COMO ESTIMULAR A MEMÓRIA PARA A APRENDIZAGEM?

O cérebro funciona em módulos cooperativos, que se ajudam na hora


de recuperar informações. Quanto mais caminhos levarem a elas,
mais fácil será o “resgate”. Exemplo: se um conceito estiver
conectado simultaneamente a uma imagem e a um som, pelo menos
três áreas diferentes do cérebro trabalharão para recuperá-lo. Por
isso, inventar uma imagem simbólica – associar conceitos às formas,
às palavras, aos sons, às cores, aos significados e assim por diante –
é um hábito extremamente saudável. “Sair do concreto faz com que
determinada informação seja guardada sob várias chaves, como se
fossem fichas de armazenamento, facilitando a consulta”, destaca
Jiitka Soskova, psicóloga, tcheca, especialista em inteligência
artificial. As fórmulas mnemônicas (criação de letra para música
conhecida, versinhos rimados, frases engraçadas) são exemplos de
associações que levam à memorização. Ofereça esses mecanismos

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e estimule cada aluno a criar as próprias associações para os
conteúdos que devem ser armazenados. Outra possível estratégia a
ser usada em sala de aula passa pelo mecanismo da emoção. Os
sentimentos regulam e estimulam a formação e a evocação de
memórias. São eles que provocam a produção e a interação de
hormônios, fazendo com que os estímulos nervosos circulem mais
nos neurônios. Graças a esse fenômeno cerebral, é mais fácil para
uma criança lembrar-se do processo de fotossíntese se ligar esse
conteúdo de Ciências.

Uma planta que tem em casa ou à árvore em que costuma subir


quando está em férias na casa da vovó. Ao conhecer o
funcionamento da memória, você pode, assim, planejar ações para
ajudar a turma a armazenar e evocar conhecimentos. Confira as
melhores estratégias: • Estabelecer relações entre novos conteúdos
e aprendizados anteriores faz com que o caminho daquela
informação seja percorrido novamente (evocação), tornando mais
fácil seu reconhecimento.

• Criar elaborações mentais envolvendo recursos, como sons,


imagens, fantasias, significados e (por que não?) humor, permite que
várias áreas do cérebro trabalhem simultaneamente no resgate de
informações e estimulem a memória.

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• Utilizar gráficos, diagramas, tabelas e organogramas para classificar
as informações faz com que o cérebro tenha mais facilidade para
armazená-las e, portanto, resgata-as com mais facilidade.

• Reservar os últimos minutos da aula para conversar sobre o


conteúdo estudado possibilita que o novo conhecimento percorra
mais uma vez o caminho no cérebro dos estudantes. Assim, eles
fazem uma releitura do que aprenderam.

• Usar brincadeiras, dramatizações ou jogos para levar emoção à


classe favorece a aprendizagem. Isso só funciona se houver uma
relação entre o conteúdo e a situação lúdica.

OUTRA FORMA DE ESTIMULAR A MEMÓRIA É TRABALHAR


COM SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS

Para que o vocabulário se amplie e ao mesmo tempo a criança


consiga pensar dentro de uma unidade cujo tema facilita a busca e o
encontro dos conceitos, a sequência didática, ou mapa mental,
ajudam muito. Assim, quando for trabalhar, seja na oralidade ou na

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escrita um tema, organize de forma que a criança possa entender
que aquilo tudo se relaciona. Vejamos o exemplo na sequência:

Observe que cenoura lembra coelho, lembra a cor laranja, lembra a


salada, lembra o suco de cenoura com laranja e assim
sucessivamente. Vá buscando e construindo essa relação com a
criança para que ela amplie a percepção da linguagem e tenha
interesse nos registros e na organização linguística.

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TOME O CUIDADO DE NÃO DEIXAR NADA DE FORA NA HORA
DA EXPLORAÇÃO DO TEMA

Toda a sequência didática na educação infantil deve explorar cinco


passos que compõem a minha sequência didática para educação
infantil. Digo cinco passos porque minha organização de trabalho
está composta em cinco passos a seguir.

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Esses passos não precisam ser trabalhados necessariamente nesta
ordem, mas precisam sim estar sempre presentes nas rotinas das
crianças. Se houver uma possibilidade e se o trabalho requerer esta
atenção, o educador da infância pode priorizar o primeiro passo do
dia como sendo o trabalho com a emoção, pois Wallon já nos
ensinou que ela antecipa a linguagem, mas isto não é imposição.

Ao longo do dia, em qualquer outro momento, as relações de


interação e de socialização estarão sempre cobrando do professor de
educação infantil o trabalho em torno do emocional.

1º passo:

 Recepção/emoção
 Emoção
 Sensibilidade
 Interação social
 Simbolização

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2º passo:

Sentidos

• Tato

• Visão

• Olfato

• Gustação

• Audição

3º passo:

Linguagens

• Pictórica – desenho

• Musical – vocalização, oralidade, rota fonológica e voz

• Sinestésica – movimento/psicomotricidade

• Midiática – computador

• Gráfica – as letras e os números

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4º passo:

Formas

• Aplainar

• Ampliar

• Reduzir

• Juntar

• Modificar

• Quadrado

• Triângulo

• Círculo

• Retângulo

5º passo:

( Aqui o educador vai trazendo todas aquelas situações vividas na


estimulação e na contextualização para um ou mais campos de
experiência. Veja os campos exemplos.

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Lincar conteúdos (Interdisciplinaridade), com os campos:

1. O eu, o outro e o nós

Destaca experiências relacionadas à construção da identidade e da


subjetividade, as aprendizagens e conquistas de desenvolvimento
relacionadas à ampliação das experiências de conhecimento de si
mesmo e à construção de relações, que devem ser, na medida do
possível, permeadas por interações positivas, apoiadas em vínculos
profundos e estáveis com os professores e os colegas. O Campo
também ressalta o desenvolvimento do sentimento de pertencimento
a determinado grupo, o respeito e o valor atribuído às diferentes
tradições culturais.

2. Corpo, gestos e movimentos


Coloca ênfase nas experiências das crianças em situações de
brincadeiras, nas quais exploram o espaço com o corpo e as
diferentes formas de movimentos. A partir daí, elas constroem
referenciais que as orientam em relação a aproximar-se ou
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distanciar-se de determinados pontos, por exemplo. O Campo
também valoriza as brincadeiras de faz de conta, nas quais as
crianças podem representar o cotidiano ou o mundo da fantasia,
interagindo com as narrativas literárias ou teatrais. Traz, ainda, a
importância de que as crianças vivam experiências com as diferentes
linguagens, como a dança e a música, ressaltando seu valor nas
diferentes culturas, ampliando as possibilidades expressivas do corpo
e valorizando os enredos e movimentos criados na oportunidade de
encenar situações fantasiosas ou narrativas e rituais conhecidos.

3. Traços, sons, cores e formas


Ressalta as experiências das crianças com as diferentes
manifestações artísticas, culturais e científicas, incluindo o contato
com a linguagem musical e as linguagens visuais, com foco estético
e crítico. Enfatiza as experiências de escuta ativa, mas também de
criação musical, com destaque nas experiências corporais
provocadas pela intensidade dos sons e pelo ritmo das melodias.
Valoriza a ampliação do repertório musical, o desenvolvimento de
preferências, a exploração de diferentes objetos sonoros ou
instrumentos musicais, a identificação da qualidade do som, bem
como as apresentações e/ou improvisações musicais e festas
populares. Ao mesmo tempo, foca as experiências que promovam a
sensibilidade investigativa no campo visual, valorizando a atividade
produtiva das crianças, nas diferentes situações de que participam,
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envolvendo desenho, pintura, escultura, modelagem, colagem,
gravura, fotografia etc.

4. Escuta, fala, pensamento e imaginação


Realça as experiências com a linguagem oral que ampliam as
diversas formas sociais de comunicação presentes na cultura
humana, como as conversas, cantigas, brincadeiras de roda, jogos
cantados etc. Dá destaque, também, às experiências com a leitura de
histórias que favoreçam aprendizagens relacionadas à leitura, ao
comportamento leitor, à imaginação e à representação e, ainda, à
linguagem escrita, convidando a criança a conhecer os detalhes do
texto e das imagens e a ter contato com os personagens, a perceber
no seu corpo as emoções geradas pela história, a imaginar cenários,
construir novos desfechos etc. O Campo compreende as
experiências com as práticas cotidianas de uso da escrita, sempre
em contextos significativos e plenos de significados, promovendo
imitação de atos escritos em situações de faz de conta, bem como
situações em que as crianças se arriscam a ler e a escrever de forma
espontânea, apoiadas pelo professor, que as engajam em reflexões
que organizam suas ideias sobre o sistema de escrita.

5. Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações

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A ênfase está nas experiências que favorecem a construção de
noções espaciais relativas a uma situação estática (como a noção de
longe e perto) ou a uma situação dinâmica (para frente, para trás),
potencializando a organização do esquema corporal e a percepção
espacial, a partir da exploração do corpo e dos objetos no espaço. O
Campo também destaca as experiências em relação ao tempo,
favorecendo a construção das noções de tempo físico (dia e noite,
estações do ano, ritmos biológicos) e cronológico (ontem, hoje,
amanhã, semana, mês e ano), as noções de ordem temporal (“Meu
irmão nasceu antes de mim”, “Vou visitar meu avô depois da escola”)
e histórica (“No tempo antigo”, “Quando mudamos para nossa casa”,
“Na época do Natal”). Envolve experiências em relação à medida,
favorecendo a ideia de que, por meio de situações-problemas em
contextos lúdicos, as crianças possam ampliar, aprofundar e construir
novos conhecimentos sobre medidas de objetos, de pessoas e de
espaços, compreender procedimentos de contagem, aprender a
adicionar ou subtrair quantidades aproximando-se das noções de
números e conhecendo a sequência numérica verbal e escrita. A
ideia é de que as crianças entendam que os números são recursos
para representar quantidades e aprender a contar objetos usando a
correspondência "um-a-um", comparando quantidade de grupos de
objetos utilizando relações como mais que, menos que, maior que e
menor que. O Campo ressalta, ainda, as experiências de relações e
transformações favorecendo a construção de conhecimentos e
valores das crianças sobre os diferentes modos de viver de pessoas
em tempos passados ou em outras culturas. Da mesma forma, é

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importante favorecer a construção de noções relacionadas à
transformação de materiais, objetos, e situações que aproximem as
crianças da ideia de causalidade.

NÃO ESQUEÇA
De acordo com a BNCC a educação infantil agora é dividida em 3
grande grupos. Acredito que o trabalho proposto acima pode ser
dado com sensibilização e estimulação desde o grupo 2, porém, é no
grupo 3 onde esta proposta ganha mais importância.

BNCC vincula a três grupos etários:


1.Bebês (de 0 a 1 ano e 6 meses)
2. Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11
meses)
3. Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)

A divisão em três grupos foi pautada pelas características e


necessidades diferentes dessas faixas etárias.

Há especificidades que merecem ser tratadas com mais atenção nos


diferentes grupos etários que constituem a etapa da Educação
Infantil.

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Apenas um ano de diferença entre crianças pequenas representa
possibilidades muito distintas de interação com o mundo e com as
pessoas.

AGORA QUE VOCÊ JÁ ENTENDEU A IMPORTÂNCIA DA


SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, será que você
consegue fazer um planejamento de atividades para uma criança de
5 anos a partir dessa sugestão, abaixo, de tema gerador?

Vamos tentar?

Observe que o tema gerador está no centro e na órbita pedagógica,


que são os conceitos ao redor, estão outros temas a serem
trabalhados e que possuem relação direta com o tema gerador.
Proponha, de sua maneira, 5 atividades diferentes, uma para cada
campo, utilizando a sequência abaixo.

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PRIMEIRA ATIVIDADE PROPOSTA - O eu, o outro e o nós

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SEGUNDA ATIVIDADE PROPOSTA - Corpo, gestos e movimentos

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TERCEIRA ATIVIDADE PROPOSTA - Traços, sons, cores e


formas

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QUARTA ATIVIDADE PROPOSTA - Escuta, fala, pensamento e


imaginação

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QUINTA ATIVIDADE PROPOSTA - Espaço, tempo, quantidades,


relações e transformações

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FONTE 1

Este material foi produzido a partir de dois livros de Geraldo Peçanha de Almeida – Manual de Alfabetização e Neurociências e sequência
didática para educação infantil, ambos da Wak Editora, Rio de Janeiro.

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Fonte 2: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/58/o-que-sao-os-campos-de-experiencia-da-educacao-
infantil?gclid=EAIaIQobChMIhLmhrO__6QIVUgiRCh0YTw2sEAAYASAAEgIS-fD_BwE

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