Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PELO MÉTODO
FÔNICO
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
MÉTODOS DE
ALFABETIZAÇÃO
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
MÉTODOS DE
ALFABETIZAÇÃO
MÉTODO SILÁBICO
COMO É: Considera a sílaba a unidade linguística fundamental, já que, na prática,
só se pode pronunciar a consoante juntamente com a vogal. Começa-se pelas
sílabas formadas por uma consoante e uma vogal, até chegar às mais complexas.
COMO FUNCIONA: Em geral, o processo se apoia em cartilhas que apresentam as
famílias silábicas, que podem ser associadas a desenhos ou palavras-chave, cujas
sílabas iniciais são destacadas. Aos poucos, o aluno entra em contato com
pequenos textos.
Ainda... MÉTODO SILÁBICO
PALAVRAÇÃO
COMO É: A unidade linguística é a palavra que deve ser reconhecida graficamente
sem a necessidade de decompô-la em sílabas, letras ou mesmo fonemas e
grafemas. A proposta é de que se forme um repertório antes de construir frases e
pequenos textos.
COMO FUNCIONA: Apresenta-se um grupo de palavras que os alunos tentam
reconhecer pelas características gráficas. São propostas atividades de memorização
de palavras, às vezes associadas a imagens, exercícios de movimento de escrita etc.
Ainda... PALAVRAÇÃO
SENTENCIAÇÃO
COMO É: A proposta é partir de uma unidade de significado mais completa, que é a
frase. O estudante deve reconhecer e compreender o sentido de uma sentença para
só depois analisar as suas partes menores (palavras e sílabas).
COMO FUNCIONA: A pedagoga argentina Cecilia Braslavsky ensina que é possível
partir da oralidade das crianças, a partir da qual se extraem orações simples,
escritas em faixas expostas na sala de aula. As frases podem depois ser
consultadas permanentemente.
Ainda... SENTENCIAÇÃO
MÉTODO GLOBAL
COMO É: Parte-se de um texto, trabalhado por certo tempo, no qual o aluno
memoriza e entende o sentido geral do que é “lido”. Só depois se analisam as
sentenças e se identificam as palavras, comparando as suas composições silábicas.
COMO FUNCIONA: No Brasil, o método é associado aos contos, conforme as
práticas difundidas pela educadora Lúcia Casasanta nos anos 30. As cinco fases
vão da compreensão geral da história à análise comparativa da composição silábica
das palavras.
Ainda... MÉTODO GLOBAL
SERÁ?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, M. C. de C. S. Perspectiva histórica da alfabetização. Viçosa: Universidade Federal de
Viçosa, 1996.
BARBOSA, J. J. Leitura e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1990.
BELLENGER, L. Os métodos de leitura. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
BRASLAVSKY, B. P. Problemas e métodos no ensino da leitura. São Paulo: Melhoramentos/EDUSP, 1971.
CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1999
CAPOVILLA, Alessandra G. S. Alfabetização: método fônico. 3 ed. São Paulo: Memnon, 2004.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
MUITO OBRIGADO!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional
Sete de Setembro
em parceria com a
Professora Me Sueli Julioti
ALFABETIZAÇÃO
PELO MÉTODO
FÔNICO
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
O SEGREDO PARA
ALFABETIZAR ESTÁ NO
MÉTODO?
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
O SEGREDO PARA ALFABETIZAR
ESTÁ NO MÉTODO?
2011
O documento Aprendizagem
Infantil: uma abordagem da
neurociência, economia e
psicologia cognitiva, publicado
pela Academia Brasileira de
Ciências, corrobora a tese do 2013
relatório Alfabetização Infantil:
os novos caminhos e traz
Primeira edição da 2017
Avaliação Nacional Promulgada a Base
novas evidências. da Alfabetização Nacional Comum
(ANA). Curricular (BNCC).
2012
Instituído o 2014 2018
Pacto Nacional Aprovado o Criado o
pela Plano Nacional Programa Mais
Alfabetização na de Educação Alfabetização.
Idade Certa (PNE), referente
(PNAIC), no ao decênio
intuito de 2014-2024.
cumprir a meta 5
do PNE então
vigente.
O QUE DIZEM OS
ESPECIALISTAS
As pesquisas em psicologia cognitiva e em neurociências nos permitem
compreender os mecanismos cognitivos e neurobiológicos que entram em ação na
aprendizagem. Esses conhecimentos são importantes, porque nos permitem
distinguir o que é simples crença daquilo que são fatos cientificamente estabelecidos.
Assim, hoje é possível afirmar que a leitura deve ser objeto de um ensino explícito em
suas diferentes dimensões e que, para alcançar as habilidades de bom leitor, é
necessário que a atividade seja repetida de modo regular e frequente, a fim se tornar
automática. A automatização só acontecerá para os alunos que tiverem uma prática
suficiente de leitura e de escrita.
O QUE DIZEM OS
ESPECIALISTAS
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
A IMPORTÂNCIA DO
DIAGNÓSTICO NA
ALFABETIZAÇÃO
Na educação, quando tratamos do processo de construção da escrita e da
leitura, o diagnóstico assume uma vital importância para a mediação e para a
intervenção do professor na dinâmica do processo de alfabetização. Assim faremos
aqui uma reflexão sobre a importância desse diagnóstico e as possibilidades de
avanços das crianças a partir dele.
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
DIAGNÓSTICO NA
ALFABETIZAÇÃO
sondagem inicial, permite identificar quais hipóteses sobre a língua escrita e a leitura
as crianças têm e com isso adequar o planejamento das aulas de acordo com as
entre os estudantes.
Além disso, representa um momento no qual as crianças têm a oportunidade
de refletir, com a ajuda do professor, sobre aquilo que escrevem. Identificar o que os
para iniciar o planejamento docente. Para garantir que nada seja deixado de lado,
Assim, o modelo fonológico nos diz quais as medidas exatas devemos adotar
para que uma criança passe de um estágio em que vê as letras como uma confusão
de formas rabiscadas a um estágio em que reconheça e identifique essas mesmas
formas como palavras.
O método fônico tem por objetivo ensinar as correspondências
grafofonêmicas e desenvolver as habilidades metafonológicas, com base na
correspondência dos sons e as letras, recomenda-se para sua aplicação que inicie o
processo de ensino pelos sons das vogais e consoantes que podem ser
pronunciados isoladamente.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS
DA ALFABETIZAÇÃO
Após esta etapa é assimilado a combinação das consoantes com cada vogal.
Observa-se portanto a assimilação destes fonemas que se transformaram em
sílabas e o aluno seja capaz de pronuncia-los automaticamente e por consequência
temos a formação das palavras.
Assim, só se é possível trabalhar a individualidade do estudante quando o
conhece. Deste modo, não apenas conhecer os métodos de alfabetização e
letramento, mas principalmente conhecer seu aluno e, nesse caso, compreender a
importância do diagnóstico individual da escrita e da leitura.
Chegamos a conclusão que o professor precisa estar atento ao diagnóstico
de seus estudantes, para saber e decidir qual o método e/ou caminho seguir.
Assim, além do método, há também o diagnóstico como um desafio em
alfabetizar!
Para o quarto dia de Curso, veremos: Método Fônico – O que é?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOZZA, Sandra. Ensinar a ler e a escrever: uma possibilidade de inclusão. Pinhais: Editora Melo, 2008.
BRASLAVSKY, B. P. Problemas e métodos no ensino da leitura. São Paulo: Melhoramentos/EDUSP, 1971.
CAPOVILLA, A A. G. S. CAPOVILLA, F. C. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Mennon Edições Científicas, 2002.
COOK-GUMPERZ, J. et al. A construção social da alfabetização. 2 ed., Porto Alegre: Artmed, 2008.
DOMINGUES, Cristiane Lumertz Klein. Somos todos diferentes: Dificuldade na leitura. Cadernos da FUCAMP, v. 14, n. 20, p. 74-
84. 2015. Disponível em: http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/cadernos/article/view/384 acessado 30/04/2019.
FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
______. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez – Autores Associados, 1995.
______. O ingresso na escrita e nas culturas do escrito: seleção de textos de pesquisa. São Paulo: Cortez, 2012.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRADE, Isabel C. da Silva. Alfabetização hoje: onde estão os métodos? In: Revista Presença
Pedagógica. Dimensão, v. 9, n. 50. mar/abr., 2003.BELLENGER, L. Os métodos de leitura. Rio de
Janeiro: Zahar Editores, 1979.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
JARDINI, Renata Savastano Ribeiro; RUIZ, Lydia Savastano Ribeiro. Avaliação dos cursos de capacitação: "Método das
Boquinhas". Rev. psicopedag., São Paulo, v. 28, n. 86, 2011. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v28n86/04.pdf, acessado em 29/04/2019.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
MUITO OBRIGADO!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional
Sete de Setembro
em parceria com a
Professora Me Sueli Julioti
ALFABETIZAÇÃO
PELO MÉTODO
FÔNICO
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
MÉTODO FÔNICO
O QUE É?
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
MÉTODO FÔNICO
O QUE É?
Neste método o ensino se inicia pela forma e pelo som das vogais, seguidas pelas
consoantes. Cada letra (grafema) é aprendida como um som (fonema) que, junto a outros
fonemas, pode formar sílabas e palavras. Para o ensino dos sons, há uma sequência que
deve ser respeitada – dos mais simples para os mais complexos.
Para atenuar a falta de sentido e aproximar os alunos de algum significado, foram
criadas variações do método fônico, com diversas formas de apresentação dos sons: seja
a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e ao som, de um
personagem associado a um fonema, de uma onomatopeia ou de uma história.
MÉTODO FÔNICO
O QUE É?
Uma outra opção é vincular uma palavra à imagem e som. Essa forma de
apresentar as letras é bastante comum nas escolas de Ensino Infantil. A ideia consiste em
definir a letra que será estudada no dia e, a partir disso, mostrar ao aluno uma imagem de
fácil assimilação que comece com a letra escolhida. Isso pode ser feito por meio de cartas,
jogos ou até mesmo vídeos. Essa forma permite, ainda, brincadeiras ligadas à formação de
sílabas. Há outros professores que preferem apresentar as letras por meio da contação de
histórias, dando sentido aos fonemas. Isso permite que os alunos que estão em processo
de alfabetização relacionem histórias que já conhecem ao mundo das letras e palavras,
ampliando o significado de seu universo de conhecimentos e saberes.
CONHECENDO OS
SONS DAS LETRAS
ensinando, primeiramente os sons de cada letra do alfabeto. Por meio do método fônico, os
alunos aprendem a ler e escrever corretamente, ampliando suas capacidades no futuro. O
grande destaque é que os resultados, além de aparecem de forma veloz, são efetivados
mediante a realizações de tarefas lúdicas e adequadas às crianças. Com ele, o professor
possui diversas formas de ensinar, o que aumenta o respeito quanto as necessidades
especificas e dificuldade de cada estudante.
Vamos ver alguns exemplos de atividades:
USANDO CARTÕES PARA
APRESENTAR AS LETRAS
E OS SONS
Faça, compre ou imprima um conjunto de cartões com as letras do alfabeto. Você vai
precisar de 26 cartões, um para cada letra, em caixa alta ou baixa, ou ambas. Use-os para
praticar o reconhecimento das letras e dos sons. Basta fazer uma busca rápida na internet
para encontrar vários conjuntos de cartões educativos disponíveis para impressão. Você
também pode fazer os cartões em casa. Use canetinhas e papel coloridos para deixar os
cartões mais chamativos e escreva a letra de um lado e o som correspondente do outro,
exemplo: letra B; som /B/. Lembre-se de que ambos devem ficar legíveis.
USANDO
CARTÕES PARA
APRESENTAR
AS LETRAS E OS
SONS Passe para os cartões com
Embaralhe os cartões. Mostre um cartão combinações de letras. Depois que
por vez para a criança e peça para ela seu aluno e/ou filho aprender as
dizer o nome da letra. Em seguida, peça letras, ele já poderá começar a
para ela imitar o som correspondente à aprender pares que representam um
letra. Dê um empurrãozinho no caso de só som. Use um novo conjunto de
letras que produzem mais de um som, cartões com combinações comuns,
como, por exemplo: “Isso mesmo, o ‘c’ tem como os dígrafos /lh/, /ch/ e /nh/ e
esse som na palavra 'casa'. Mas qual é o sequências como /que/ e /gui/, que
som que ele faz em 'certo'?”. possuem duas vogais representando
um fonema.
ASSOCIANDO
SONS E
FIGURAS
Identifique combinações de letras e sons. Para ajudar
Escolha um conjunto de figuras para a
a criança a associar uma letra com um determinado som,
atividade. Comece com três consoantes com
peça para ela organizar figurinhas de acordo com o som
sons bem distintos entre si, como /b/, /s/ e /t/.
inicial de cada palavra. Compre ou faça um conjunto de
Repasse os cartões com o seu aluno e/ou filho
cartões com pelo menos uma imagem para cada letra do
antes de pedir para ele organizá-los de acordo
alfabeto. Faça ou compre mais de um cartão para letras
com o som inicial. Os cartões podem, por
mais comuns em inícios de palavras. Lembre-se de que
exemplo, conter as seguintes figurinhas: uma
as imagens devem ser fáceis para a criança reconhecer.
banana, um triângulo, um sapo, um sapato, um
Uma tartaruga, por exemplo, é muito melhor do que um
sofá, um semáforo, um saci, um trem e uma
trombone ou um trampolim.
tartaruga.
ASSOCIANDO
SONS E
FIGURAS
Peça para a criança organizar as figurinhas de Passe para as combinações para aumentar a
acordo com o som com que as palavras dificuldade do exercício. Um pouco mais para a frente,
terminam. Depois de praticar o reconhecimento peça para a criança organizar os cartões de acordo com
dos sons iniciais, passe para os sons finais para combinações entre vogais que formem um só som, como
deixar o exercício um pouco mais difícil. Faça queijo e parque (/e/), e caqui e quintal (/i/). Em seguida,
cartões com imagens de uma casa, um bebê, um peça para a criança identificar os dígrafos. Use palavras
macaco, uma banana, uma torre e um carro, por como chupeta, colcha, mulher, coelho, unha e joaninha.
exemplo. Faça perguntas parecidas com as dos Mais uma vez, ajude a criança com perguntas como: “Que
sons iniciais: “Qual é o último som que você som você escuta no fim da palavra 'parque'?”
CAPOVILLA, Alessandra. G. S.; CAPOVILLA, Fernando. Alfabetização: método fônico. (3a. ed.). São Paulo: Memnon, 2007.
COSENZA M Ramon; GUERRA B. Leonor. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leituras. Porto Alegre:Penso, 2012.
DEUSCHLE, Panda Fernanda; CECHELLA, Cláudio. O déficit em consciência fonológica e sua relação com a dislexia:
diagnóstico e intervenção. Rev CEFAC, v.11, Supl2, 194-200, 2009.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
SANTOS, Vânia M. S. S.; MORETTI, Lucia H. T. Alfabetização: há um melhor caminho para a aprendizagem? Psicologia.pt. ISSN
1646-6977, 2015. Disponível em: http://wWw.psicologia.pt/artigos/textos/A0909.pdf
SCLIAR-CABRAL, L. Evidências a favor da reciclagem neuronal para a alfabetização. Letras de Hoje, v. 45, n. 3,p. 43-47, 2010.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/fale/ojs/index.php/fale/article/view
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
SOMOS TODOS IGUAIS NO
APRENDER OU SOMOS
IGUAIS NA DIFERENÇA EM
APRENDER?
Eu gostaria de começar essa aula com uma pergunta: A maior parte dos alunos está
alfabetizada até os oito anos como se espera, ou seja até o 3º ano do ensino fundamental? O
que mais vemos são muitos alunos não totalmente alfabetizados batendo nas portas do 4º
ano e o que escutamos é uma fala generalizada de que a culpa é: ou do professor, ou do
aluno, ou da família, ou até da progressão continuada que não permitia reprovar no 1º ano.
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
Foi abordado neste Curso a questão da alfabetização no Brasil, com o intuito de
mostrar quando se iniciou este processo e as mudanças nas concepções de alfabetização
ao longo da história, e que este sempre foi um processo polêmico, cercado de disputas
entre métodos, hoje a disputa maior é entre o Construtivismo e o Método Fônico.
É notório que o desenvolvimento da linguagem implica na aquisição plena do
sistema linguístico que nos possibilita a inserção no meio social, a possibilidade de
assumir a nossa identidade. Assim o simples atraso na aquisição da linguagem dificulta o
amadurecimento e a experimentação da linguagem necessária para a aquisição formal da
leitura/escrita.
O aluno com imaturidade terá dificuldade na interpretação de textos e também na
elaboração de histórias escritas, uma vez que pode levar a criança, por exemplo, a trocar,
omitir ou transpor fonemas ou grafemas. Assim a criança demoraria a adquirir a autonomia
dos processos de leitura e escrita ou podem culminar com problemas maiores. O método
Fônico parte da correspondência entre sons e letras. Neste processo, quando se utiliza de
histórias, os sons das letras são apresentados como “barulhinhos” e cada letra, ou som, é
apresentado como um barulhinho que os personagens fazem no decorrer da história. E a
letra é apresentada como o “retratinho” do som.
O método se vale dos recursos fônicos (barulhinhos das letras) e visuais (cartazes,
fantoches). Assim cada letra se equivale a um personagem ou elemento da história, cujo
nome se inicia com a letra determinada. Nos cartazes que são afixados no Mural cada letra
vem integrada ao desenho de seu personagem; isto facilita a memorização do código, bem
como o acesso dos alunos para consultas, em caso de dúvidas. Ele é baseado no ensino
dinâmico do código alfabético, ou seja, das relações entre grafemas e fonemas em meio a
atividades lúdicas planejadas para levar as crianças a aprenderem a codificar a fala em
escrita, e, de volta, a decodificar a escrita no fluxo a fala e do pensamento. Ele é inteligente,
lúdico e nada mecânico.
A alfabetização se dá por meio da associação entre símbolo e som, assim o
estudante se torna capaz de decifrar milhares de palavras.
Quando paramos e pensamos nesse processo de alfabetização,
conseguimos responder a pergunta temática dessa aula: SOMOS TODOS IGUAIS
NO APRENDER OU SOMOS IGUAIS NA DIFERENÇA EM APRENDER?
Somos todos iguais perante a lei, somos todos iguais perante alguns
princípios religiosos e etc. Não quero aqui entrar na inclusão ou diversidade cultural.
O quê eu quero que vocês reflitam e sobre sua prática pedagógica, nas suas
escolhas para caminhar e/ou trilhar o processo de alfabetizar.
Os erros mais comuns em nossa prática em alfabetizar é não usar as informações
da sondagem no planejamento. Os dados do diagnóstico devem orientar as atividades, os
agrupamentos e as intervenções. Outro é não planejar atividades diferentes para alunos
alfabéticos e não alfabéticos. Os que já dominam o sistema de escrita precisam continuar
aprendendo novos conteúdos, como ortografia e pontuação. Deixar o aluno escrever sem
intervir nem fornecer informações, é outro erro; a criança só avança ao receber ajudas
desse tipo do professor. Outro é não desafiar os alunos a lerem, procurar nomes em listas,
por exemplo, é essencial para entender a lógica do sistema de escrita.
E não param os erros, outro muito comum é ler para a turma sem destacar as
características da linguagem, depois de uma primeira leitura completa, é fundamental
mostrar as expressões que ajudam a construir a forma e o significado dos textos. Também
quando se explora apenas as características de cada gênero sem produzi-lo, pois conhecer
a estrutura não garante as condições para a produção. Aprende-se a ler lendo e a escrever
escrevendo. Outro erro, quando trabalhamos com os projetos, focamos o trabalho
excessivamente no produto final; os alunos aprendem muito mais com todo o processo do
que com a chamada culminância.
Outro erro, não propor atividades com foco no sistema de escrita, é
fundamental incluir atividades permanentes que levem a pensar sobre as
relações grafofônicas. Erramos em insistir na leitura de um único gênero
textual, as crianças precisam ter contato e familiaridade com uma variedade
grande de textos para que consigam se comunicar por escrito em diferentes
situações.
Também erramos quando não aproveitamos os projetos para refletir sobre o
sistema alfabético, pois os alunos devem realizar registros e ter atividades de leitura
em diversas etapas, articulando o sistema de escrita com as práticas de linguagem.
Erramos muito quando aplicamos atividades sem ligação ou continuidade, uma
atividade deve preparar para a outra. Pode-se, por exemplo, começar lendo uma
versão tradicional de Chapeuzinho Vermelho e terminar com uma carta do Lobo a
Chapeuzinho.
Também erramos quando não temos clareza dos objetivos da sequência
didática, é fundamental ter em mente o que se quer ensinar e o que deve ser
avaliado.
Todas essa dicas que apontei como nossos erros, são para que vocês
estabeleçam metas claras em suas tomadas de decisões, estudem e se fortaleçam,
reflitam sobre as mudanças mais recentes trazidas pela BNCC e pela Política
Nacional de Alfabetização (PNA).
Respondendo a pergunta tema: SOMOS TODOS IGUAIS NO APRENDER OU
SOMOS IGUAIS NA DIFERENÇA EM APRENDER? Nós somos iguais na diferença em
aprender. Pois somos únicos, estamos em constantes evolução. Somos seres inconclusos.
Nunca estamos completamente prontos e preparados. Para nada! Sim, estamos sempre
inacabados, incompletos, inconclusos. Nunca chegamos ao ponto onde terminamos tudo o
que gostaríamos de ter feito. Nunca alcançamos o nível de excelência que julgamos
precisar.
“Na verdade, o inacabamento do ser humano ou a sua inconclusão é próprio da
experiência vital. Onde há vida, há inacabamento.” (Paulo Freire). A vantagem disso é que
sempre há espaço para melhorar. Sempre há campo para evoluir! Sempre há oportunidades
para explorar. Quando trazemos essas concepções ao meio escolar, nos debatemos com
uma difícil realidade, pois há muito medo de se abrir para o novo, para a mudança. Muitas
vezes nos sentimos seguros naquilo que fazemos e não enxergamos nossos erros, ou até
vemos mas não damos a chance das escamas caírem de nossos olhos. Então hoje, eu te
desafio a olhar para sua prática, analise se você está cometendo aqueles pequenos erros
que citei e mude.
Chegamos ao final, afirmo para vocês que o método fônico de todos
aqueles que já passamos, ele parece ser o mais indicado pois abrange nossos
estudantes com distúrbios e ele é o único que se aproxima do que a neurociências
afirma, que o processo de ensino e aprendizagem da leitura envolve questões
neuropsicológicas, numa dimensão cognitiva bastante complexa. Deste modo,
para compreendermos o funcionamento neuropsicológico diante da aprendizagem
da leitura é importante que tenhamos um conhecimento básico de como a
informação circula pelo cérebro.
Chegamos a conclusão desse Curso, assim reafirmo para vocês que além
do método, do diagnóstico e de todas as dicas que trouxe como erros que
cometemos em sala de aula, que vejam como desafios em alfabetizar! E que
vençam encarando as mudanças necessárias. Repito para vocês, somos iguais na
diferença em aprender, portanto nossas crianças também são. Olhem para elas
com amor e busquem parcerias com as famílias, com a coordenação pedagógica
e com a gestão escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPOVILLA, Alessandra G. S.; CAPOVILLA, Fernando C. Alfabetização: método fônico. 4. Ed.
São Paulo: Memnon, 2007.
______. Alfabetização Fônica: construindo competencias de leitura e escrita. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
DEWEY, J. Como Pensamos. Trad. e notas de Haydée de Camargo Campos. 3ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
1959.
_____. Democracia e Educação. Trad. Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
1952.
_____. Experiência e Educação. 3ª ed. Tradução de Anísio Teixeira, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva (et al.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo
Horizonte: Autêntica, 2010. (Coleção Didática e prática de ensino). In: http://www.fae.ufmg.br/endipe/livros/Livro_1.pdf.
(Acesso dia 16/01/2013).
______. Métodos e Didáticas de Alfabetização: história, características e modos de fazer de professores. Belo Horizonte:
Ceale/FaE/UFMG, 2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
______. Política e Educação. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FREITAS. Patricia Gomes de. Um olhar sobre o Método Fônico. Londrina: UEL, 2011. (Graduação em Pedagogia).
TEIXEIRA, A. Pequena introdução à filosofia da educação. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.
MUITO OBRIGADO!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional
Sete de Setembro
em parceria com a
Professora Me Sueli Julioti