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CONHEÇA OS NÍVEIS DE ALFABETIZAÇÃO

Emília Ferreiro é uma das maiores influências brasileiras para educadores e toda
comunidade escolar quando se trata de níveis de alfabetização.

Segundo Emília, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma


lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela.

No processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar
do código linguístico e dominá-lo.

De acordo com a teoria da Psicogênese da língua e da escrita, toda criança passa


por quatro fases até que esteja alfabetizada. São elas:

PRÉ-SILÁBICO

Neste primeiro nível, a criança começa perceber que a escrita representa aquilo
que é falado. Ela tenta se aventurar pela escrita e por meio da reprodução de rabiscos
e desenhos. Ainda não consegue relacionar as letras, com os sons da língua falada.

SILÁBICO

Nesse nível a criança começa a perceber a correspondência entre as letras


daquilo que é falado. Interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada
uma, cada sílaba representa uma letra.
SILÁBICO-ALFABÉTICO

Começa a compreender que as sílabas possuem mais que uma letra (fará a transição
de ora utilizar uma letra para cada sílaba, ora reconhecer os demais fonemas das
palavras e passar a empregá-los). Mistura a lógica da fase anterior com a identificação
de algumas sílabas;

ALFABÉTICO

Última hipótese relacionada a alfabetização. Já consegue reproduzir adequadamente


todos os fonemas de uma palavra, caracterizando a escrita convencional. Domina,
enfim, o valor das letras e sílabas.

Fonte: Livro CULTURA ESCRITA E EDUCAÇÃO, de Emília Ferreiro.

Gostou de saber mais sobre os níveis de alfabetização? Então deixe seu comentário!

Esperamos você, também, em nosso site redecaminhodosaber.com.br


Hipóteses de escrita de alunos pré-silábicos e
silábicos: como fazê-los avançar
Veja sugestões de práticas de leitura e escrita para os alunos
avançarem na alfabetização inicial

Boas e simples práticas de leitura e escrita fazem os alunos avançarem na alfabetização. Crédito:
Mariana Pekin

Uma das tarefas mais difíceis na Alfabetização é planejar e produzir atividades que possam atender
alunos de diferentes hipóteses de escrita. Isso se torna ainda mais desafiador diante de alunos pré-
silábicos e silábicos sem e com valor sonoro, que estão no início do processo de Alfabetização. Hoje
e nos próximos posts, pretendo me aprofundar sobre cada hipótese para ajudar você, professor, a
planejar suas atividades levando em conta as especificidades de cada um.
Se não levarmos em conta a heterogeneidade de nossas turmas, corremos o risco de oferecer
atividades inadequadas, que não contribuem para a progressão de sua aprendizagem, seja porque são
muito fáceis e não oferecem um desafio; seja porque são difíceis demais e demandam mais esforço
cognitivo. Devemos evitar atividades que não levam em conta o que a criança pensa e como ela
concebe a escrita em sua fase de desenvolvimento.
Hipótese pré-silábica
Esses alunos ainda não compreendem a correspondência entre o falado e o escrito. Sua leitura é feita
de forma global, com o dedo deslizando por toda a escrita, de forma contínua. A escrita do aluno,
nessa hipotese, pode ser grafada com letras, desenhos e outros símbolos.
Dentro dessa hipótese de escrita, os alunos inicialmente escrevem sem se preocupar com a quantidade
de letras e com que letras ou símbolos deve escrever. Também não se preocupam com a diferença que
existe entre essas letras e símbolos. Depois, passam a pensar que para escrever é preciso ter uma
quantidade mínima de letras ou símbolos, com variações, dentro da palavra, mas não entre uma
palavra e outra. Quando vai avançando dentro dessa hipótese, passa a pensar que, para escrever,
precisamos de uma quantidade mínima de letras ou símbolos, e que eles têm variações dentro da
palavra e entre uma palavra e outra.
Hipótese silábica
Os alunos que estão nessa hipótese passam por uma significativa evolução, pois compreendem que a
escrita é a representação da fala e estabelecem relação entre grafemas e fonemas, percebendo os sons
da sílaba e atribuindo a cada sílaba uma letra, que pode ou não ter o valor sonoro convencional.
Com Emília Ferreiro, passamos a compreender melhor a importância de se propor a interação entre
alunos em diferentes hipóteses, pois eles aprendem e se desenvolvem a partir desse confronto, durante
as interações e nas relações estabelecidas em práticas de linguagem significativas.
Nossa prática educativa deve prever e oportunizar momentos para esses alunos em diferentes
hipóteses. Nosso foco deve ser no que eles já sabem, e não no que eles ainda não sabem. Essas
atividades devem ser organizadas e desenvolvidas levando em conta os agrupamentos produtivos.
A seguir, indico duas atividades que envolvem leitura e escrita para alunos que se encontram nas
hipóteses pré-silábico e silábico:
*Escrita de lista: Nomes dos alunos da turma
Os alunos devem escrever uma lista com nomes da turma. Eles serão utilizados também para consulta
na hora de etiquetar materiais escolares. A atividade deve ser realizada em duplas. O aluno pré-
silábico dita os nomes a serem escritos e o aluno em hipótese silábica escreve.
Assim começa o primeiro conflito para os alunos do primeiro nível, que ainda não associam a escrita
à fala. A fala é associada à escrita em um contexto real no processo de ditar para outra pessoa escrever.

Para os alunos que escrevem, surgem dúvidas e descobertas sobre como escrever, quais e quantas
letras usar, como escrever diferenciando nomes de tantos colegas de turma. Hora de fazer perguntas
sobre as letras que iniciam, nomes com sons parecidos, sobre a quantidade de letras usadas, entre
outros questionamentos, e pedir que leiam, mostrando com o dedo onde estão lendo.

Para completar e finalizar essa etapa, você pode oferecer as letras móveis que compõem o nome
escrito, para que os alunos comparem as escritas e percebam diferenças e semelhanças. Depois, para
validar a atividade, ofereça a lista completa dos nomes para os alunos buscarem aqueles que
escreveram.

As duplas não precisam necessariamente escrever toda a lista, ela pode ser dividida. Cada dupla
escreve pelo menos cinco nomes. Essa atividade pode ser feita toda semana, com a escrita de outras
listas.
Dá trabalho! Exige atenção quase que individualizada, boas perguntas que levem à reflexão e
orientações para que escrevam da melhor maneira possível.
*Leitura de texto de memória
Para a atividade, é necessário organizar a turma em grupos de no máximo quatro alunos, da seguinte
maneira:
2 pré-silábicos
1 silábico sem valor sonoro
1 silábico com valor sonoro
Proponha a leitura de textos de memória. Para cada grupo, um texto diferente. Podem ser parlendas
ou músicas de brincadeiras, como "Pirulito que bate bate", "Corre cotia", etc.
Escreva o texto em cartazes, usando letras maiúsculas, e fixe-os na lousa. Para os alunos, apresente o
mesmo texto em frases separadas. A ideia é confrontar conhecimentos de hipóteses nos grupos.
Primeiro, a turma toda brinca cantando ou recitando os versos. Depois você deve ler o texto do cartaz
de cada grupo, mostrando onde está lendo. Faça isso algumas vezes.
Proponha, em seguida, o desafio: montar os versos do texto na ordem correta. Acompanhe cada grupo,
fazendo questionamentos sobre as palavras, seus sons que se repetem, frases que iniciam o texto. Peça
que eles circulem palavras em destaque, como pirulito.
Para finalizar, cada grupo deve ler o texto para turma. Lembre-se que os alunos já leem, mesmo ainda
sem saber ler convencionalmente. Em atividades como essas é que a leitura passa a ter sentido. Essa
atividade pode ser realizada toda semana. Você logo vai perceber a evolução da leitura da turma.
São atividades simples, mas muitas vezes, na busca de práticas inovadoras, esquecemos que o básico
é uma boa base de aprendizagem. Na semana que vem, continuo falando um pouco sobre cada
hipótese de escrita e que tipo de atividade pode ser feita para elas.
SAIBA QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS METODOLOGIAS
DE ENSINO ATUAIS NO BRASIL
Postado por: Barão de Mauá
O Brasil é um país que tem se desenvolvido cada vez mais, e isso se espelha na diversidade de metodologias
de ensino que vemos pelas escolas em todo o território nacional — o que dá aos pais ótimas opções de
escolha e mais liberdade de saber que estarão matriculando seu filho em uma instituição que possui o
pensamento em concordância com os deles.
Para nós, educadores, é muito importante conhecer cada uma dessas metodologias de ensino e saber
diferenciá-las. Por isso, trouxemos este post com as 5 principais metodologias praticadas hoje no Brasil.
Continue a leitura e fique por dentro do assunto!

1. Metodologia de ensino tradicional


Esse tipo de ensino surgiu na Europa, no século XVIII, e é a metodologia que segue uma padronização de
aulas e avaliações.
Focado no conteúdo, o professor é o grande protagonista. Com isso, é um método voltado para
competitividade e funciona bem para alunos de vestibular.
É um ensino baseado em apostilas e materiais prontos e se baseia em avaliações iguais para todos os alunos.
Quem não atinge a nota mínima não evolui para a próxima etapa.
Existem escolas que adotam essa metodologia em todas as séries, e alguns pais enxergam esse tipo de
ensino como uma promessa segura de sucesso. Mas muitos pais e educadores já não se identificam com
esse tipo de educação, e por isso vemos tantas metodologia alternativas ganhando espaço ao longo dos
anos.

2. Metodologia Construtivista
Na escola Construtivista o foco é o desenvolvimento da criança como pessoa, não apenas como aluno. É a
metodologia alternativa mais difundida no Brasil.
Fruto do trabalho de Jean Piaget, psicólogo suíço, o método é focado na criança. A ideia é construir o
conhecimento, não apenas incutir conteúdo nas mentes que estão em formação.
O Construtivismo enxerga que a criança aprende por assimilação, e usa sempre a sua realidade para gerar
conexões que a façam assimilar o que é novo. Nessa metodologia não há um currículo fechado e
muitas atividades são propostas ao longo do ensino.
Aqui o aluno é protagonista do aprendizado e o professor é o facilitador ao conhecimento.

3. Metodologia Montessoriana
Maria Montessori é uma médica e pedagoga italiana que viveu entre 1870 e 1952. Ela foi a primeira a trazer
um lado afetivo para o ensino.
Por isso, no método Montessoriano há uma grande preocupação do ambiente no ensino e de criar uma senso
de responsabilidade no aluno.
Ela acreditava que o processo de aprendizado se dá com mais facilidade com a criança manipulando objetos,
então todas as salas de aula de uma escola Montessoriana têm os objetos na altura dos alunos. Isso ajuda
a desenvolver a autonomia.
Também é um ensino altamente inclusivo, pois a pesquisa da médica para desenvolver essa metodologia foi
realizada com crianças que tinham alguma necessidade especial, desde problemas de atenção até síndrome
de Down.
É uma das metodologias mais inclusivas e adotada por pais que priorizam o desenvolvimento do filho de
forma autônoma e ampla.
4. Metodologia Waldorf
Criada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, a metodologia recebeu esse nome pois os primeiros alunos de
Rudolf eram funcionários da fábrica Waldorf Astoria.
É um método que acredita que ensino e atividades corporais e artesanais devem andar juntos para gerar
melhor aprendizado. A metodologia divide os alunos em faixa etária e não em séries, como na escola
tradicional.
É mais um tipo de escola que foca no aluno, com a diferença de trazer grande responsabilidade da vida social
e familiar no aprendizado. Ou seja, é o tipo de escola em que os pais têm mais participação no processo.

5. Metodologia How-to-Live
Criada por um mestre de ioga indiano, essa seja talvez a metodologia menos conhecida, mas já existe uma
escola em São Paulo que a aplica.
O foco é o aluno, mas com o viés de desenvolver não só o conhecimento prático, mas o lado espiritual,
emocional, mental e físico.
É um bom método para desenvolver o coeficiente emocional da criança, que crescerá mais preparada para
lidar com o mundo.
CONHEÇA 9 METODOLOGIAS DE ENSINO
O Sempre Família separou informações sobre as principais metodologias de ensino disponíveis
em escolas brasileiras e quais suas principais características. Confira a forma de trabalho de cada
uma delas:

Freiriana

Nesta pedagogia, baseada nos conceitos de Paulo Freire, os aspectos culturais, sociais e humanos
do aluno devem ser levados em conta. Essa postura implica ouvir o aluno para ajudá-lo a
construir confiança, para que ele possa entender o mundo por meio do conhecimento.
Segundo Freire, o conhecimento faz sentido para o estudante quando o transforma em sujeito que
pode transformar o mundo. Bom senso, humildade, tolerância, respeito, curiosidade são alguns
dos princípios defendidos por essa corrente. A educação se torna uma ferramenta para “libertar”
o aluno. A pedagogia de Paulo Freire não prevê provas, mas a escola pode ter avaliações.

Tradicional

Aplicada na maioria das escolas do Brasil e, principalmente, nas escolas laicas, o que predomina
é o ensino centrado no professor, que é um transmissor de cultura. O estudante tem metas a
cumprir dentro de determinados prazos, que são verificadas por meio de avaliações
periódicas. Quem não atinge a nota mínima necessária no conjunto de avaliações ao longo do ano
que está cursando é reprovado e tem de refazê-lo. É comum que essas escolas usem apostilas e
cartilhas, que estabelecem o quanto a criança deve aprender em cada ano.

Esse modelo de ensino foi difundido pelas escolas públicas francesas a partir do Iluminismo (séc.
18). Pretendiam universalizar o acesso ao conhecimento para formar cidadãos. É uma filosofia
que valoriza a quantidade de conteúdo ensinada, e as escolas que a adotam são voltadas para o
sucesso do aluno em provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o vestibular.

Escola comportamentalista

Nessa pedagogia, o professor tem como tarefa controlar o tempo e as respostas dos alunos, dando-
lhes feedback constante. O aluno é visto como alguém que pode aprender a partir de estímulos,
que são recompensados, caso os objetivos sejam alcançados. A concepção comportamentalista
tem foco na técnica, no processo e no material postos em jogo. O ensino deve ser bem planejado,
com materiais instrucionais programados e controlados. O objetivo é que os resultados possam
ser mensurados e que o estudante adquira os comportamentos desejados, moldados segundo
necessidades sociais determinadas. O processo de avaliação é feito por provas, semelhantes às
da linha tradicional.

Construtivista

Nas instituições que seguem os princípios construtivistas – baseadas na proposta de Jean Piaget
– o conhecimento é ativamente construído pelo sujeito e não passivamente recebido do
professor ou do ambiente. Cada estudante é visto como alguém com um tempo único de
aprendizado e o trabalho em grupo é valorizado. Nas escolas construtivistas, são criadas situações
em que o estudante é estimulado a pensar e a solucionar problemas propostos.
Também há provas e reprovação nessas instituições. No construtivismo a principal meta é criar
seres capazes de fazer coisas novas e não repetir, simplesmente, o que as outras gerações fizeram.
Seres que sejam criadores, inventores e descobridores. A segunda meta é formar mentes que
tenham condições de criticar e não aceitar tudo que lhes é proposto. Além disso, a teoria de Piaget
defende que o professor não deve apenas ensinar, mas, acima de tudo, orientar os alunos para uma
aprendizagem autônoma.

Montessoriana

Criada pela médica italiana Maria Montessori, na metodologia montessoriana a criança deve
buscar sua autoformação e construção. Os adultos precisam ajudá-la nesse processo, favorecendo
o desenvolvimento de indivíduos criativos, independentes, confiantes e com iniciativa. Na
sala de aula, as crianças escolhem as atividades que querem fazer e a atenção deve estar nas tarefas
a serem cumpridas. O professor é um “guia” que remove obstáculos à aprendizagem e isola as
dificuldades da criança, respeitando o ritmo de cada aprendiz e sem intervenções indevidas. As
classes têm crianças de idades diferentes e há incentivo para o trabalho em grupo. Todos os
estudantes são estimulados da mesma maneira.

Para auxiliar na aprendizagem, Maria Montessori criou vários materiais. Um dos mais famosos é
o Material Dourado, composto por cubos, placas, barras e cubinhos, que têm o objetivo de facilitar
o entendimento das operações matemáticas. Outras características são a disposição circular da sala
de aula, as prateleiras com jogos pedagógicos acessíveis aos alunos, materiais sensoriais que
estimulam os sentidos. Pode ter provas ou não, de acordo com a escola. Quando não há provas, a
avaliação é feita a partir dos registros que o professor tem sobre a produção do aluno. No final
dos ensinos fundamental e médio pode haver monografia.

Tendência democrática

As escolas democráticas são baseadas na Escola Summerhill, nascida na Inglaterra, e são


consideradas uma crítica à educação tradicional, que teria base no “medo e no controle baseado
em ameaças veladas, presenças obrigatórias e outras imposições”. A ideia fundamental é a
liberdade de escolha dos alunos. Matemática, por exemplo, pode ser aprendida ao entender como
se monta uma bicicleta e essa “lição” pode ter sido sugerida pelo aluno.

Os alunos não são “obrigados” a assistir às aulas obedecendo um cronograma comum, único. Eles
escolhem as atividades a fazer de acordo com seus interesses. Para avaliar os alunos, procura-se
abolir também lições de casa e provas; a avaliação é feita por sua participação e por trabalhos que
podem ser escritos, artísticos etc.

Waldorf
Na metodologia de ensino Waldorf, desenvolvida pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, procura-
se equilibrar os aspectos cognitivos com o desenvolvimento de habilidades artísticas, musicais,
de movimentação e de dramatização. Considera-se cada aluno como um ser único, que deve ser
acompanhado de forma próxima.

O trabalho é feito em três âmbitos do desenvolvimento da criança: físico, social e individual. Os


alunos são divididos em faixas etárias e não em séries, pois Steiner acreditava que cada idade tem
necessidades específicas a serem atendidas. O aluno estuda com a mesma turma e com o mesmo
professor dos 7 aos 14 anos. Como o ritmo biológico não pode ser alterado, não há repetência.
O método dá igual importância às formações ética, estética e acadêmica.

São aplicados testes e provas em algumas matérias, especialmente no ensino médio, e, em alguns
casos, nas últimas séries do ensino fundamental. Mas a avaliação do aluno também engloba a
execução de trabalhos, o grau de dificuldade que o estudante tem com o assunto, o empenho em
aprender e o comportamento.

Os pais recebem avaliações trimestrais com a descrição da atitude de seus filhos diante das tarefas
solicitadas no período. No ensino fundamental, o currículo inclui astronomia, meteorologia,
jardinagem, artes e trabalhos manuais, como tricô e crochê, além das disciplinas obrigatórias.

No ensino médio, há currículos integrados de humanidades (história, geografia, literatura), de


ciências (física, biologia, química, geologia, matemática), de artes e ofícios (com modalidades
como tecelagem e encadernação), artes dramáticas, educação física e línguas estrangeiras.

Freinet

Nas instituições que colocam em prática conceitos do pedagogo francês Célestin Freinet, o
aprendizado acontece por meio do trabalho e da cooperação. Criador do Movimento da Escola
Moderna, na França, que se caracteriza por sua dimensão social, Freinet acreditava que a criança
tem que ser vista não como um indivíduo isolado, mas como parte de uma comunidade e jamais
ser marginalizada, principalmente quando fizer parte de classes menos favorecidas. Ele dizia que,
“se não encontrarmos respostas adequadas a todas as questões sobre educação, continuaremos a
forjar almas de escravos em nossos filhos”.

Nesse tipo de escola, a criança é incentivada a compartilhar suas produções com os colegas,
sejam eles de sua classe, de outras ou de escolas diferentes. As avaliações levam em conta o
progresso do aluno em comparação ao seu desempenho anterior e não em relação com os demais.
Estudos de campo (aulas em que os estudantes são levados em algum lugar específico para
aprender determinada matéria, como um parque, por exemplo), elaboração de jornais em grupo e
debates são atividades comuns em escolas que se identificam com o pensamento de Freinet, que
valoriza o desenvolvimento da capacidade de análise pelos estudantes.

Optimist

Esse método de ensino foi proposto pelo Fomento Centros de Enseñanza, uma instituição fundada
na Espanha em 1963, por um grupo de pais, profissionais e educadores. No projeto Optimist
desenvolvido para a Educação Infantil (0-6 anos), adota-se o princípio da educação personalizada,
idealizada pelo pedagogo espanhol Víctor García Hoz, que respeita o aluno como pessoa
singular e com ritmo próprio desde a educação infantil, levando-o a alcançar o máximo de
desenvolvimento.

Sua proposta inclui estratégias voltadas para o desenvolvimento completo da criança: corpo,
inteligência, afetividade e sociabilidade. A participação dos pais é muito importante e eles passam
por um sistema de formação com o objetivo de ter em casa uma continuidade do que acontece na
escola. Os professores também recebem formação específica para adquirir uma percepção
educativa refinada.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MÉTODOS DE ENSINO

*PRINCIPAIS MÉTODOS DE ENSINO


Dentro do ensino tradicional existem diversos métodos, que são hoje os mais trabalhados
dentro das escolas, no Brasil e no mundo.

1. Método Expositivo: é aquele que explica de maneira sistemática ao aluno um assunto


desconhecido.

2. Método de Trabalho Independente: aplica-se quando os alunos (d)escrevem o que


pensam sobre um determinado assunto com base numa pesquisa teórica – recolha de
dados e informações.

3. Estudo Dirigido: quando há atividades, exercícios e tarefas de reprodução dos


conhecimentos adquiridos. Esta é uma forma didática que complementa o Método
Expositivo por meio de resultados esperados (pontuação/nota).

4. Conversação Didática: trata-se do sistema de perguntas (por parte dos professores)


e resposta por parte dos alunos. Há a promoção da assimilação ativa do conteúdo
trabalhado em sala de aula, de maneira a trabalhar a atividade mental.

5. Trabalho em Grupo: aqui pretende-se a cooperação de diversos alunos para a


realização de uma tarefa. Em regra esta é precedida da junção de outros métodos de
ensino, tais como, a exposição do assunto e a conversação sobre a realização do mesmo.

6. Atividades Especiais: nesta caso é feio o estudo de um meio, que acrescente valor e
informação aos alunos. Uma espécie de atividades extra curriculares, tais como jornal
escola, assembleia estudantil, teatro, laboratório, feiras multidisciplinares e até mesmo
excursões.

*9 MÉTODOS DE ENSINO ALTERNATIVOS


Os métodos de ensino foram criados justamente para que as crianças aprendam com mais
facilidade e possam assim aproveitar tudo o que o ensino e a educação podem lhe oferecer.
Cada um desses métodos deve ser estudado e aplicado em um tipo especifico de aluno ou
sala de aula; e cada escola pode seguir a sua metodologia de ensino ou a combinação de
vários (como visto anteriormente).

Por isso mesmo é importante você conheça quais são os principais para quando for
matricular o seu filho numa escola, informar-se relativamente aos métodos de ensino
propostos. A escolha do melhor método vai variar de acordo com o desenvolvimento e a
personalidade de cada criança.

1. Freiriana

Baseado nos conceitos de Paulo Freire, este método de ensino considera que os aspectos
culturais, social e humados devem ser levados em conta.

Como funciona: o professor deverá ouvir o aluno para poder ajudá-lo a construir uma
base de confiança. Só assim o aluno será capaz de conhecer o mundo.

Interessante: neste método não é previsto provas, mas há avaliações por parte da escola.

2. Escola Comportamentalista

Aqui o controle do tempo é super importante e surgem recompensas (objetivos) para


aqueles estímulos alcançados.

Como funciona: o professor deve dar feedback constante para que o estudante possa
adquirir os comportamentos desejados.

Interessante: há avaliações por meio de provas (testes) semelhante ao método


tradicional de ensino.

3. Método Piaget

Aqui o aluno está no centro do processo. Ele vai entender o mundo de maneira espontânea,
assimilando as coisas. A criança é que fica responsável por organizar a sua estrutura
curricular. Assim ela percebe a melhor maneira de compreender a realidade.

Como funciona: no método Piaget, a escola acompanha a curiosidade do aluno, propondo


atividade e temas que interessem ele naquele momento. É como se a criança naturalmente
quisesse aprender. Estimula-se cidadãos críticos e criativos.
Interessante: não existem salas de aulas e os “professores” orientam (não ensinam) e
auxiliam nas pesquisas, argumentações e conclusões próprias feitas pelos alunos.

4. Construtivismo Pós-Piagetiano

Este tipo de método de ensino é uma ramificação do anterior, no qual o foco está na
alfabetização das crianças. Aqui reforça a ideia de que as crianças são capazes de
reconhecer que a leitura acontece da esquerda para a direita, sem mesmo antes ter
frequentado uma escola.

Como funciona: a criança é inserida em uma ambiente alfabetizante, onde há disponível


diversos materiais didáticos que possam contribuir para a sua evolução.

Interessante: está revolucionando o método tradicional, uma vez que não utiliza de
fragmentos da língua para alfabetizar (B + A = BA).

5. Método Montessori

Este método de ensino é baseado na filosofia da pesquisadora Maria Montessori para uma
proposta pedagógica de desenvolvimento infantil. Para ela, o ensino deve ser ativo e cada
criança desenvolve um senso de responsabilidade e aprendizado próprios.

Como funciona: essa técnica enfatiza a concentração de cada criança por meio da
manipulação de objetos. O papel do professor é ser um guia que remove as dificuldades
das crianças. Esse método usa muitos jogos e brinquedos lúdicos e pedagógicos para tornar
tudo mais interessante.

Interessante: as crianças é que escolhem as atividades que desejam fazer, na busca da


sua auto formação.

6. Tendências Democrática

Estas escolas são consideradas como uma crítica direta ao sistema de ensino tradicional.
Estas escolas seguem o modelo da Escola Summerhill da Inglaterra.

Como funciona: é fundamental para esta metodologia que o aluno possui liberdade de
escolha.
Interessante: as disciplinas são aprendidas no dia a dia, como por exemplo, aprender
matemática enquanto se monta uma bicicleta.

7. Pedagogia Waldorf (Antropofosia)

É um método de ensino baseado nos estudos do filósofo alemão Rudolf Steiner. Esse
método trabalha o desenvolvimento da criança em três âmbitos: físico, social e individual.

Como funciona: os alunos são divididos em faixas etárias e não em séries, já que cada
idade tem uma necessidade especifica que precisa ser atendida.

Interessante: neste caso a criança estuda na mesma turma dos 7 aos 14 anos; não há
repetência.

8. Pragmatismo / Instrumentalista

O pragmatismo também é conhecido como instrumentalismo. É um método que se


baseia na ideia que a inteligência é um instrumento e se privilegia a resolução dos
problemas e da ciência aplicada. É um modelo que foca mais a parte das disciplinas
humanas e filosóficas.

9. Freinet

Neste método de ensino trabalha-se com a cooperação. De acordo com o pedagogo francês
Célestin Freinet, a criança não deve ser marginalizada ou isolada como um indivíduo. Ela
deve ser entendida dentro de uma comunidade cooperante.

Como funciona: tudo que é produzido será compartilhado com os colegas de escola.

Interessante: as avaliações neste método levam em conta a evolução e o progresso do


aluno. Porém, não com os demais e sim com o seu próprio progresso.

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