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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

PROFESSORA: ARETHUSA DANTAS


Email: arethusa_dantas@hotmail.com
A CONCEPÇÃO PIAGETIANA DE CRIANÇA

 A criança inicia seu processo de alfabetização/letramento


desde o nascimento. Desde então, pode-se dizer que tem
vida e, portanto, história, nome e significado social.
 Nas etapas iniciais do seu desenvolvimento, desenvolve sua
coordenação da visão, movimento de mãos, agarra seus
brinquedos e os mantêm presos entre os dedos por algum
tempo.
A CONCEPÇÃO PIAGETIANA DE CRIANÇA

 Os progressos nas coordenações intersensoriais vão lhe permitir balançar brinquedos


dependurados no berço, levar a chupeta até a boca.
 Essas coordenações demonstram um aspecto interno ligado à organização intelectual e a um
aspecto externo, que se observa no plano das condutas, enquanto possibilidade de combinar
sistemas.
A CONCEPÇÃO PIAGETIANA DE CRIANÇA
 A criança começa a alfabetizar-se a partir do nascimento.
 No segundo ano de vida, a criança é capaz de executar uma série de ações que evidenciam seu
progresso ao controlar movimentos; com uma organização interna mais ampla, é capaz de
empilhar objetos, encaixá-los, deslocar-se para pegar brinquedos, fingir realizar ações do
mundo adulto, como pentear cabelo, embalar a boneca como um bebê, “dar comidinha”.
 Porém, esse desenvolvimento motor ainda não lhe permite o domínio das relações entre lápis
e papel.
A CONCEPÇÃO PIAGETIANA DE CRIANÇA

 As relações evoluem no decorrer do terceiro ano de vida.


 No início da atividade de escrita, seu prazer se dá no ato puro e simples de rabiscar, de exercitar
motoramente marcas no papel. Pouco a pouco, o controle dos movimentos do braço e mãos
aumenta.
 A criança atribui significado ao que produz.
A CONCEPÇÃO PIAGETIANA DE CRIANÇA

 Aos quatro anos, a criança atribui


significado a tudo que registra no papel.
 Sua pressão sobre um papel deixa marcas,
com traçados diferentes e em todas as
direções.
 Essa conquista se dá porque seu pensamento está
evoluindo, de modo que suas primeiras figuras
apareçam. O desenho e a escrita evolvem a
capacidade de representação, e assim também é
com a oralidade, o faz de conta, a modelagem, o
movimento etc.
CONCEPÇÃO LINGUÍSTICA DE ALFABETIZAÇÃO – VYGOTSKY

 A criança precisa da intervenção do adulto para buscar semelhanças entre o que produz e o
objeto representado e de ser estimulada a desenvolver de maneira criativa formas distintas
para registrar o que deseja.
A CRIANÇA APRENDE A REFLETIR SOBRE O QUE FAZ E DIZ

 Aos seis anos os avanços na capacidade representativa são grandes. O objeto internamente
representado tem certa correspondência com o real, o que facilita ao adulto identificar a
intenção da criança que, neste momento de sua vida, apresenta maior capacidade de manter
a interpretação.
CONCEPÇÃO LINGUÍSTICA DE ALFABETIZAÇÃO

 O educador deve incitar as crianças com questões formuladas a partir de suas respostas, para
que elas aprendam a refletir sobre o que fazem e dizem, sobre suas próprias ações.
 À medida que suas reflexões avançam, as respostas infantis se modificam. Como
consequência, a abordagem do educador se transforma e este propõe desafios maiores, o que
faz com que desenvolvimento da criança avance.
 Cabe ao educador aproveitar essas situações de conflitos e interpretações para ajudar a
criança a elaborar conceitos sobre a escrita.
VIVEMOS NUMA CULTURA LETRADA

 Placas, jornais, revistas, rótulos, tudo o que, aos poucos, transforma a escrita
em objeto de reflexão e questionamentos para a criança.
 É preciso pensar sobre o modo como a criança pensa.
 As palavras escritas apresentam contrastes que vão desde o formato de
letras, combinações entre letras e sílabas, até o modo como as sílabas se
ordenam, significados distintos, formas e sons.
 Aprender a compreender o mundo é um processo lento e gradual, no qual a
criança tenta integrar novas observações àquilo que já sabe ou àquilo que
pensa compreender sobre a realidade.
APRENDER A COMPREENDER O MUNDO É UM PROCESSO
LENTO E GRADUAL

A escola precisa apoiar a criança por meio:


 da organização de um ambiente e de rotinas destinadas à aprendizagem pela ação;

 do estabelecimento de um clima de interação social positivo;

 do encorajamento de ações intencionais, de resolução de problemas e da reflexão verbal


por parte das crianças;
 do planejamento de experiências que tenham alicerce nas ações e interesses da criança;

 de assegurar o primeiro contato com a escola, que deve se constituir em uma combinação
de atividades prazerosas e estimulantes.
LETRAMENTO

 O resultado da ação de ensinar é aprender as práticas sociais de leitura e de escrita. É o estado


ou a condição que adquire um grupo social, ou um indivíduo, como consequência de ter se
apropriado da escrita e de suas práticas sociais.
 Apropriar-se da escrita é torná-la própria, ou seja, assumi-la como propriedade. Um
indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser letrado
implica usar socialmente a leitura e a escritura e responder às demandas sociais de
leitura e de escrita.
LETRAMENTO

 Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de comportamentos e


conhecimentos.
 Escrever também é um conjunto de habilidades e de comportamentos, de conhecimentos que
compõem o processo de produção do conhecimento.
 Nessa perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das
demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto social e cultural.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE FAVORECEM A ALFABETIZAÇÃO

 Promover práticas de oralidade e de escrita integradas, favorecendo a identificação das


relações estabelecidas entre a fala e a escrita.
 Desenvolver habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas, estimulando a
leitura de textos de diferentes tipos e funções.
 Produzir textos para diferentes interlocutores, em diferentes situações e condições de produção.

 Desenvolver habilidades de ouvir textos orais e de diferentes gêneros, com diferentes funções.
SONDAGEM DA ESCRITA INFANTIL
SIMBÓLICO: RECONSTRUÇÃO DO CÓDIGO LINGUÍSTICO

 Ao longo de muitos anos, os sinais passaram a representar sons e, assim, foram sendo criados
alfabetos.
 Alfabeto é um conjunto de letras usadas para escrever palavras que exprimem
significado.
AO DESENHAR, A CRIANÇA ESCREVE
 Primeiramente, a criança faz isso de memória: não desenha o que vê, mas o que conhece de sua
realidade. Ela percebe que alguns traços podem até lembrar o objeto que desenhou, mas não o
percebe como símbolo.
 Com o tempo, a criança desenha a sua realidade, representa suas observações e
expressões por meio de representações de sinais simbólicos abstratos.
 Toda essa vivência contribui para o desenvolvimento da escrita da criança. Segundo Cócco e
Hailer (1996), o desenho acompanha a frase, e a fala permeia o desenho.
ATENÇÃO ÀS HIPÓTESES DAS CRIANÇAS – VEJA AQUI AS
CONCEPÇÕES DE FERREIRO

 A criança percorre o mesmo caminho que a humanidade ao


desenvolver seu conhecimento da escrita. Inicialmente, desenha de
memória, depois substitui traços que lembram o objeto desenhado
por sinais indicativos ou figuras e, por último, utiliza os signos.
Como a humanidade, parte do desenho (pictórico) para a simbologia
(alfabeto).
 Antes de passar pela alfabetização propriamente dita, a
criança apresenta hipóteses sobre a leitura, observa, pensa e
adquire concepções individuais acerca dos símbolos
linguísticos.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

 Quando o aluno faz uso das habilidades metalinguísticas,


busca compreender a palavra como um todo, fazendo
associações com conhecimentos prévios que já tem da língua
escrita. Da mesma maneira acontece com a reflexão
fonológica, em que se busca semelhanças com sons iniciais
ou finais, por exemplo, e se permite que ele compreenda o uso
repetido dos grafemas para a representação também repetida
de um fonema.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

 A reflexão fonológica pode acontecer de maneira lúdica, cognitiva, induzida ou natural, de


acordo com os autores citados, mas o fato é que todos concordam com a necessidade dessa
reflexão para que o processo de leitura seja satisfatório ao final do processo de ensino-
aprendizagem.
 Algumas atividades em sala de aula podem promover a reflexão sobre as partes orais e partes
escritas das palavras.
 Morais (2012) nos apresenta duas possibilidades: os textos da tradição oral e os jogos.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

 A exploração de textos poéticos da tradição oral (cantigas, parlendas, quadrinhas etc.) são
propostas que as crianças aprendem com facilidade e fazem parte da cultura infantil do brincar,
favorecem a exploração dos efeitos sonoros acompanhada da escrita das palavras.
 Os jogos com palavras e situações lúdicas permitem a ludicidade, a exploração com a
sonoridade e o texto escrito, provocando reflexões sem conduzir os alfabetizandos a treinos
cansativos.
CONCEPÇÕES QUE A CRIANÇA ADQUIRE SOBRE OS SÍMBOLOS
LINGUÍSTICOS ANTES DA ALFABETIZAÇÃO

 Tem consciência da diferença entre a leitura silenciosa e a leitura em voz alta.

 Reconhece que a leitura de histórias é feita em livros e as notícias são lidas em jornais.

 Percebe que a leitura de uma bula tem a função de orientar o uso do remédio.

 Sabe que as receitas podem ser lidas, compreendidas e utilizadas em algo concreto
REALISMO NOMINAL
QUAIS SERIAM AS INTERVENÇÕES FRENTE AO REALISMO
NOMINAL?

 Situações como brincadeiras de “faz de conta”, em que um brinquedo representa determinado


objeto.
 Atividades de adivinhação que utilizem mímica, desenhos, para representar o que pensamos.

 Registros de atividades planejadas com o intuito de não esquecermos compromissos


agendados.
 Anotações por representações da rotina da sala etc.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
Email: arethusa_dantas@hotmail.com

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