Educação Infantil:

contexto histórico e seus

precursores

 Prof.: Arethusa Dantas

 EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTEXTO
HISTÓRICO E SEUS PRECURSORES

 A construção de concepções teóricas a

respeito de infância, criança e educação
é um processo sociocultural e político;
por isso, no decorrer da história, foram
delineando-se ideias a respeito desses
assuntos, para os quais vários
estudiosos ofereceram suas
contribuições, bem como as pesquisas
de diversas áreas.
• Diferentes funções: assistencialismo,
custódia e privação cultural até a função
educativa.
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 As primeiras instituições surgiram da

necessidade das mães saírem de seus
trabalhos caseiros e artesanais e
ingressarem como mão de obra nas
fábricas, no período da Revolução
Industrial.
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• Com a industrialização , operar máquinas

exigia menos força permitindo mão de
obra feminina e infantil nas fábricas.
• Longas jornadas de trabalho e as
crianças não tinham com quem ficar.

• Crianças nas ruas, sem ter o que comer

fez surgir as primeiras guardiãs ou
“fazedoras de anjos”.

• Alta mortalidade infantil,

maus tratos, fome.
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• Com a demanda crescente, surgiram

os primeiros refúgios europeus para
crianças de 0 a 5 anos de idade:
“crèche” que em francês significa
berço.

• Com o aumento da necessidade foram

criadas instituições particulares de
Educação Infantil.
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 Assim, as instituições para o

acolhimento de crianças assumiram uma
marcante característica de assistência,
embora existissem manifestações de
ordem educacional. Por isso, até a
atualidade ainda encontram-se escolas
com um forte objetivo assistencialista.
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 Entre os precursores da Educação

Infantil, alguns se destacam pelas ideias
inovadoras para determinadas épocas.
Outros manifestam, principalmente, a
intenção de manter as crianças
ocupadas e a importância de ensinar-
lhes valores morais e obediência, como
as escolas de tricotar do pastor
protestante Oberlin, na França do século
XVIII.
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 Mundialmente antiga a preocupação

com a formação das crianças:

 Platão, que em 400 a.C., defende como

objetivo da educação, no lar, o preparo
para o futuro exercício da cidadania e o
conhecimento do currículo que as
crianças estudariam mais tarde, com o
ingresso na escola.

• Considerou que deveriam

predominar jogos e
brincadeiras comuns a ambos
os sexos e a educação na
escola iniciaria aos 7 anos.
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 Comenius (1592- 1670)

considerou a infância o tempo
que compreende os primeiros
seis anos de vida e a
reconhecia como um período
normal de desenvolvimento do
homem. Recomendava os
brinquedos, reconhecia o valor
das experiências afetivas,
considerava que o interesse da
criança deveria ser levado em
conta para o estabelecimento
de um currículo.
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• Comenius escreveu a “Didáctica

Magna”, elaborou um programa para
educação pré-escolar com noções de
elementos da natureza, cronologia,
quantidades, números, entre outros.
• Defendia a organização do tempo e
espaço para promover a
aprendizagem das crianças, bem
como, a exploração sensorial.
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• Rousseau (1712-1778) – considerado um

dos precursores da educação pré –
escolar;

 Rousseau chamou a atenção para as

necessidades e condições de
desenvolvimento da criança, uma pessoa
em sua fase inicial da vida. Considerou
que a criança tinha ideias próprias,
diferentes das do adulto, e não como um
adulto em miniatura. Percebeu que a
criança aprende assim que nasce; por
isso, alguns autores dizem que ele
“descobriu a infância”.
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• Condenava as restrições
que a criança era
submetidas: excesso e
aperto de roupas,
punições, antes que ela
pudesse entender o
motivo da mesma etc.

• Para Rosseau, a educação era um

processo natural e contínuo, portanto a
criança não deveria aprender coisas de
adulto. A educação deveria ser simples e
acontecer por meio da natureza.
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 Pestalozzi (1746- 1827)

preocupou-se com a
afetividade na educação.
Defendeu os trabalhos
manuais e a aprendizagem
pela exploração sensorial.

• Ampliou concepção de prontidão, já

apresentada por Rosseau, que se apoia
na crença de que as crianças precisam
desenvolver habilidades de coordenação
motora para que estejam prontas para a
alfabetização, entre outros desafios
posteriores.
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• Froebel (1782-1852) foi

considerado o criador
dos jardins da infância.

 Criou um material
pedagógico que
proporcionava pintura,
recorte, tecelagem,
bordado, aprendizagem de
conceitos matemáticos,
entre outros. Também
incluiu, em sua proposta
pedagógica, atividades de
expressão e dramatização.
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• Froebel reconhecia o poder do

professor, mas enfatizava que o aluno
deveria ser o principal agente de seu
próprio desenvolvimento.
• Percebeu a importância do jogo para o
desenvolvimento das crianças sendo
uma preparação para o trabalho na
maturidade.
• Preocupou-se com a
formação de
professores, que
chamava de
“jardineiras”.
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• No século XX houve uma preocupação

com higiene e os cuidados com as
crianças nas instituições, despertando o
interesse de médicos e outros
profissionais.

 Decroly e Montessori foram responsáveis

pela sistematização das atividades para
crianças pequenas, utilizando materiais
confeccionados para essa finalidade.
Ambos trabalharam com crianças
excepcionais, e essa experiência,
certamente, influenciou suas teorias
educacionais.
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• Foram os educadores médicos que

expressaram com mais fidelidade os
ideais da Escola Nova, no qual o
centro de interesse da educação é o
aluno. Entre eles: Montessori,
Decroly.

• Apesar de não ser

médico, Jonh
Dewey, psicólogo e
pedagogo também
se destaca também
nesse movimento.
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 Dewey (1859-1952) acreditava

que a educação não tinha
significado fora de um
contexto social democrático,
em que a criança teria a
oportunidade de desenvolver
atividades conjuntas, nas
quais elas seriam donas de
sua capacidade. O professor,
ao ensinar, não estaria
apenas educando, mas
contribuindo para a formação
social da pessoa.
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• Maria Montessori (1870-

1952), médica psiquiatra
italiana, criou a Casa
das Crianças- sala
destinada a atividades
educativas.

• Seu conceito de educação enfatiza o ser

biológico, o crescimento e o
desenvolvimento da criança, mais do que
ser social, seu ajustamento ou
integração social.
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• Princípios básicos do Sistema Montessoriano:

- Aceitação do ser como pessoa e das suas

diferenças;
- Respeito ao educador e ao educando;
- Conscientização que a criança está em formação e
toda ajuda inútil pode atrapalhar seu crescimento
normal;
- Segurança, aceitação, amor, doação ao aluno;
- Fazer a criança sentir que liberdade não é falta de
limites;
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• Para Montessori, a vida é

desenvolvimento e à educação cabe
favorecer esse desenvolvimento.
Respeitava a liberdade de ação da criança.

• Os exercícios de vida prática são de grande

relevância para a pedagogia montessoriana.
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 Novos estudos relacionados ao

desenvolvimento infantil passaram a
defender a importância da ação da
criança.

 Descobertas científicas da década de 80

de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky sob a
influência de Jean Piaget, que estudou,
especialmente, o desenvolvimento
cognitivo infantil, confirmam essas
concepções, enfatizando a interação e a
autonomia na aprendizagem.
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• Dois estudiosos importantes foram Lev

Vygotsky e Henri Wallon.

 Vygotsky (1896-1934), russo,

tratou da aprendizagem que
ocorre pela interação social
com parceiros mais
experientes. Enfatizou a
importância dos signos dentro
de um contexto social e
defendeu a existência de três
zonas de desenvolvimento:
potencial, proximal e real.
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 Wallon ( 1879-1962) defendeu que o

desenvolvimento ocorre pela relação
entre a pessoa, com suas determinadas
características e condições, e as
diversas situações por ela vividas.
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• Assim, chegou-se a ideia de que toda

criança é capaz de construir
conhecimentos com a exploração do
meio e interação social =
CONSTRUTIVISMO.
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 Comenius: 1592-1670 (Morávia).

 Rousseau: 1712-1778 (Suíça).
 Pestalozzi: 1746-1827 (Suíça).
 Froebel: 1782-1852 (Alemanha).
 Dewey: 1859-1952 (EUA).
 Maria Montessori: 1870-1952 (Itália).
 Decroly: 1871-1932 (Bélgica).
 Henri Wallon: 1879-1962 (França).
 Lev Vygotsky: 1896-1934 (Rússia).
 Freinet: 1896-1966 (Suíça).
 Piaget: 1896-1980 (Suíça).
OBRIGADA PELA
ATENÇÃO!
Email: arethusa_dantas@hotmail.com