Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Balsas
2019
MICHELANE GOMES PINTO
Balsas
2019
2
RESUMO
Este artigo foi elaborado sobre a inclusão do autista na sala de ensino regular, tendo
como base pesquisas bibliográficas sobre o autismo relatando os procedimentos que
podem ser aplicados na sala regular para a inclusão do aluno que sofre com esse
transtorno. O autismo causa problemas no desenvolvimento da criança em três
eixos principais: comunicação, comportamento e convívio social, perdurando por
toda a vida. Os diagnósticos de crianças com autismo vêm aumentando nos últimos
anos devido a uma maior divulgação das características que compreendem essa
síndrome. O autismo provoca reações adversas no comportamento prejudicando
processos e funções executivas diretamente envolvidas nas tarefas de ensino
aprendizagem e adaptação, envolvendo família, escola e o convívio social,
desencadeando dessa forma intervenções pedagógicas para avaliar e tratar este
transtorno. Observa-se também que as famílias de crianças com autismo,
geralmente não estão preparadas para receber o diagnóstico e por esta razão é
preciso fornecer informações adequadas para que os pais não se sintam
constrangidos perante o diagnóstico autista. Devido às causas deste problema, a
criança precisa ter tratamentos que possam ajudá-la em todos os seus aspectos e
para que ocorra efetivamente a inclusão é necessário o envolvimento da escola e da
família para atender as necessidades garantindo o seu acesso permanente no
ambiente escolar. Por esta razão faz- se necessária a intervenção de forma que o
profissional da educação saiba quais os requisitos necessários para ensinar o
autista de forma que o mesmo obtenha uma boa aprendizagem. Professores do
ensino regular e do Atendimento Educacional Especializado (AEE) devem ser
orientados de forma eficaz para melhor aprendizado do aluno que possui esse
1
Aluna do Curso de Pós Graduação em Educação Especial Inclusiva da Universidade Estadual do Maranhão,
Núcleo de Tecnologia para Educação.
2
Professora da Universidade Estadual do Maranhão- UEMA
3
transtorno. Todas as estratégias são fundamentais para que a criança com autismo
cresça cognitivamente e socialmente, além de elevar o bem-estar psicológico da
criança e da família.
ABSTRACT
This article was written about the inclusion of the autistic in the regular classroom,
based on bibliographic research on autism, describing the procedures that can be
applied in the regular room for the inclusion of the student suffering with this disorder.
Autism causes problems in the development of the child in three main axes:
communication, behavior and social life, lasting for life. The diagnoses of children
with autism have been increasing in recent years due to a greater dissemination of
the characteristics that comprise this syndrome. Autism causes adverse reactions in
behavior impairing processes and executive functions directly involved in the tasks of
teaching learning and adaptation, involving family, school and social interaction, thus
triggering pedagogical interventions to evaluate and treat this disorder. It is also
observed that families of children with autism are generally not prepared to receive
the diagnosis and for this reason it is necessary to provide adequate information so
that the parents do not feel constrained in the autistic diagnosis. Due to the causes of
this problem, the child needs to have treatments that can help her in all its aspects
and for the inclusion to occur effectively, it is necessary the involvement of the school
and the family to meet the needs, ensuring their permanent access in the school
environment. For this reason, the intervention is necessary so that the education
professional knows the necessary requirements to teach the autistic so that the same
obtains a good learning. Teachers of regular education and Specialized Educational
Assistance (AEE) should be effectively oriented to better learning of the student who
has this disorder. All strategies are fundamental for the child with autism to grow
cognitively and socially, in addition to raising the psychological well-being of the child
and the family.
1 INTRODUÇÃO
que ajude em algum distúrbio. Alguns desses tratamentos podem incluir até mesmo
a terapia da fala, podendo necessitar de atendimentos e tratamentos com o
neurologista, fonoaudiólogo e outros profissionais da saúde.
Ser pais de crianças autistas não é algo fácil, pois requer muita paciência,
cuidados e também informações sobre este transtorno. Qualquer criança pode
nascer com autismo, porém quando isso acontece é necessário que a família
assuma toda a responsabilidade do tratamento da criança, pois os mesmos
requerem atendimentos tanto na saúde como na educação.
9
Não há tempo para se preparar; pai e mãe também terão que aprender a
ser pai e mãe de uma criança diferente. Diante dessa situação, aos
profissionais, tanto da área clínica, quanto da educacional, caberão
orientações para que os pais não percam a credibilidade em si mesmos e
no próprio filho.
A família não deve “olhar” para a criança autista como uma dificuldade ou
barreira, mas ter a visão de uma criança que pode vencer o autismo mesmo sem ter
cura definitiva do transtorno. Quando a família assume o papel definitivo de parceria
com os profissionais da saúde e da educação, a criança pode apresentar sinais de
grandes desenvolvimentos e capacidades intelectuais.
A escola necessita de um preparo educacional para receber alunos com
autismo, por isso é preciso que todo o corpo docente saiba trabalhar com esta
criança, ou seja, nessa perspectiva os profissionais da aprendizagem, conhecidos
como professores, pedagogos entre outros, devem conhecer a organização e a
estrutura da vida familiar do autista.
Outro aspecto relevante é a percepção sobre a função da escola, que
deve ser realizada por todos os profissionais de educação, já que estes têm
conhecimentos sobre as políticas de educação, aprendizagem e recursos
necessários para que esse processo de inclusão se efetive.
A criança com autismo reage quando sua rotina é alterada. Por isso o
ingresso na escola representa mudanças na rotina, e é muito comum que elas
reajam de forma recorrente. Mas não é devido a essa restrição que o autista não
deve usufruir de atividades pedagógicas diferenciadas.
Os professores e outros profissionais da equipe escolar devem observar
que os autistas podem recusar ou não compreender a solicitação para atender
ordens simples, entre outros. Porém algumas crianças com autismo podem
apresentar comportamentos mais complexos, como autoagressões ou atitudes
abruptas e por vezes agressivas com objetos e com outras pessoas.
Os profissionais da educação precisam ter cuidados com as palavras
utilizadas nos diálogos com os pais de autistas, a conversa com os pais deve ser
objetiva, clara e cuidadosa, pois muitos pais podem acabar não compreendendo e
recusando a resposta da escola sobre a criança autista. A escola deve oferecer
10
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário que haja uma parceria entre família e escola para que sejam
definidas metas e objetivos para a realização da intervenção e inclusão do autista na
escola. Profissionais da área da saúde afirmam que na maioria das vezes as
famílias, no caso os pais, não estão preparados psicologicamente para receber um
diagnóstico de uma criança com autismo.
Os profissionais da educação também devem consultar e pesquisar
literaturas com relação às intervenções e tratamentos do autismo, manipular
ambientes escolares com materiais pedagógicos que levam ao despertamento
comportamental e social entre crianças que sofrem desse transtorno, para uma
melhor eficiência no aprendizado e na questão do convívio social. O tratamento
bem-sucedido do autismo exige a coordenação de serviços entre pais, professores e
outros profissionais da escola e médicos.
Finalmente o reconhecimento de que intervenções para crianças com
autismo podem e devem ser mediadas pelos profissionais tanto da saúde como da
educação é outra importante questão na elaboração de intervenções, pois através
destas intervenções o autista poderá apresentar resultados positivos. Mesmo que a
criança com autismo não apresente resultados eficazes, os profissionais da saúde e
da educação devem continuar aplicando métodos e intervenções psicopedagógicas.
A escola precisa estar em permanente interlocução com a família, pois
além de todos os benefícios dessa interlocução, isso poderá contribuir para que,
juntos, a família e os profissionais da escola possam compreender mais rapidamente
os motivos para eventuais retomadas para a criança autista.
Portanto é possível realizar várias mudanças interventivas e tratamentos
com eficácia, desde que sejam aplicados métodos apropriados para as crianças com
autismo sem confrontá-las, já que as crianças com autismo não gostam de
mudanças em sua rotina.
REFERÊNCIAS
SZABO, CLEUSA BARBOSA. Autismo um mundo estranho. 4ª Ed. São Paulo: Ed:
Edicon, 2014.