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ABSTRACT: The Therapeutic Follow-Up (TF) is a clinical modality developed to happen beyond
offices that can be inserted in the most diverse contexts, being widely used as na intermediar
in the inclusion and integration of atypical children in the school context, where the
professional will be inserted in the daily life of the child at school promoting social bonds and
facilitating, through techniques and instruments, the learning process in regular education.
The objetive is to report an experience lived in na extracurricular internship as TF with a child
diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD) for four months, in a regular private
educational institution in the city of Teresina, Piauí. The methodology used was a report of
therapeutic follow-up experience carried out in a school and with a survey of bibliographic
research in the área. The analysis of the results showed that there is a lack of trainning and
specialization of the multidisciplinar team as a whole to offer the necessary support so that
atypical children are in fact included and integrated into a regular school system.
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Especial, o qual apresentou a primeira proposta de estruturação da Educação Especial
Brasileira, onde foi criado um órgão específico para sua administração, que se tornou
nos dias de hoje a Secretaria de Educação Especial – SEESP.
Sabe-se que a Educação Inclusiva é amparada por resoluções e leis, garantindo, assim
em tese, que crianças especiais tenham direito e acesso a uma educação inclusiva e
igualitária, porém ela vai além do que se propõe em resoluções e leis, é um amparo
social para uma convivência diversificada a fim de que haja uma mudança positiva em
prol da sociedade. O artigo 3º da resolução CNE/CEB Nº2, de 11 de setembro de 2001
deixa claro que:
“Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido
por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados
institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das
potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as
etapas e modalidades da educação básica.” (BRASIL-MEC/SEESP, 2001, p. 1)
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corpo docente – a escola é uma comunidade que se faz responsável não só pela
inclusão e integração de crianças atípicas, mas pelo processo de educação dos demais
participantes desta comunidade no que se diz respeito à inclusão.
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cotidiano da criança sendo o intermediador no processo de aprendizado e construção
social da criança, explorando atividades que promovam o desenvolvimento da
habilidade de coordenação motora (atividades com utilização de tesoura, fazer
bolinhas de papel, manuseio de massinha modelar), desenvolvimento linguístico por
meio do PECS (Picture Exchange Cummunication System) que vem a ser um método de
comunicação alternativa para crianças não-verbais sendo adaptável para a realidade
de cada criança, o AT tem como papel fundamental ser mediador no processo de
inclusão e integração se propondo a conhecer o ambiente de sala de aula para que
haja um estabelecimento de vínculo entre as crianças em todo o ambiente excluindo
toda a ideia de segregação, sendo facilitador na comunicação entre as crianças e
compreensão da criança atípica do conteúdo trabalhado em sala de aula em comum à
todos os alunos e que esteja ao seu alcance de compreensão, para que as crianças
atípicas tenham amparo de uma educação igualitária e não se prejudiquem no
aprendizado.
O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO
O estágio experienciado foi uma solicitação realizada por uma escola de ensino regular
da rede particular no município de Teresina, Piauí, onde uma criança diagnosticada
com TEA necessitava de acompanhamento no primeiro ano do ensino fundamental. A
criança sendo diagnosticada com um (01) ano e oito (08) meses de idade apresentava
um comprometimento severo no desenvolvimento cognitivo e psicomotor, sendo um
menino não-verbal com sete (07) anos de idade, tendo uma irmã gêmea que também
foi diagnosticada com TEA, porém com um desenvolvimento menos comprometido
estudando em uma série acima do irmão.
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A princípio, o foco no acompanhamento era a observação de como a criança se
comportava no ambiente escolar, a relação familiar com a escola e a criança, a fim de
compreender quais eram os comportamentos inadequados que deveriam ser
trabalhos, as habilidades que necessitavam de desenvolvimento e qual seria a maior
dificuldade da criança no processo de aprendizado. É importante ressaltar que, por
conta da pandemia, o número de alunos em sala havia reduzido e que havia aula
online simultânea com a aula presencial, ambas ofertadas pela professora em sala de
aula.
Pôde-se perceber que a criança tem facilidade em criar laços com adultos, tornando o
estabelecimento de vínculo entre AT e criança um processo fácil, não havendo muita
resistência. Por outro lado, não havia muito interesse em interagir com as demais
crianças, ainda que fossem incentivadas a interagir com ele em poucos momentos. Já
se pôde notar uma necessidade de trabalhar em sala de aula a importância da
comunicação e vínculo das demais crianças típicas com ele, não havia muito diálogo
sobre inclusão, integração e segregação com as demais crianças.
A criança, por outro lado, não se familiarizava com o ambiente da sala de aula sendo
bastante reforçado por demais membros da equipe multidisciplinar a deixar a sala
quando ele se irritava ou não queria permanecer por utilizar de comportamentos de
fuga como grito, o que “atrapalhava” a aula. Por vezes, foi solicitado que a criança
fosse passear ou ficasse em outro ambiente para que não atrapalhasse a aula. É
importante ressaltar que uma criança atípica não reage à estímulos externos da
mesma forma que uma criança típica, havendo a facilidade de exibir inadequados.
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OBJETIVO: relatar uma experiência vivenciada em um estágio extracurricular como AT com
uma criança diagnosticada com Transtorno no Espectro Autista (TEA) durante quatro meses,
em uma instituição de ensino regular da rede particular no município de Teresina-Piauí. .
.Investigar a atual conjuntura de inclusão e integração de crianças com necessidades
especiais no ensino regular.
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Pôde-se notar que a disposição em receber alunos atípicos parte muito mais de um
princípio social elitista do que um real desejo de inclusão e integração de crianças
atípicas, havendo carência de recursos e profissionais capacitados na orientação,
supervisão e planejamento de atividades psicopedagógicas que envolva não somente a
criança atípica, mas todo a comunidade escolar. O acompanhamento terapêutico tem
como finalidade ser o mediador entre o indivíduo e sua inserção na comunidade,
entretanto ainda é relativamente presente a segregação e exclusão do
acompanhamento no ambiente escolar destacando-se atividades e recursos única e
exclusivamente para aquele aluno sem levar em consideração a necessidade de
socialização da criança atípica com crianças típicas.
Vale ressaltar que, ainda que exista um psicólogo escolar que faça acompanhamento
de toda a instituição, apenas um não é suficiente para suprir a demanda exigida no
comprometimento da inclusão e integração.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a partir desta experiência, pôde-se perceber a
educação de ensino regular em rede particular estende-se para uma educação elitista
atendendo seus interesses sociais, não tendo a inclusão e integração como prioridade
no ensino regular. O estágio vivenciado trouxe à tona a necessidade de haver no
ambiente escolar mais de um profissional da psicologia que seja previamente
qualificado para implementar e supervisionar a adequação de um ensino regular que
seja inclusivo a fim de que não haja comprometimento no aprendizado de crianças
atípicas.
É necessário que haja também a capacitação dos demais profissionais que atuam no
ambiente escolar (corpo docente, administradores, coordenação, direção) para que a
criança atípica e sua família possam receber o suporte adequado, promovendo uma
relação saudável e amparada na compreensão da subjetividade e necessidades de
cada uma das crianças que venha a ser inserida no contexto escolar.
REFERÊNCIAS:
BAPTISTA, Juliana Aguiar dos Santos; CAVALCANTE, Rebeca Juliane da Silva; BARBOSA,
Maicon. Do Enclausuramento à Autonomia: O Acompanhamento Terapêutico na
Reforma Psiquiátrica. Perspectivas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 22. 71 p, Julho
2018.
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DOS SANTOS, João Otacilio Libardoni et al. O atendimento educacional especializado
para os educandos com autismo na rede municipal de Manaus-AM. SciELO. Manaus,
2021. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2021.