Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
contribuições pedagógicas
RESUMO
O estudo, em questão, apresenta a discussão dos dados analisados, no âmbito da
inclusão de crianças autistas na educação infantil: contribuições pedagógicas, na
escola X, localizada no município de Belém-Pa. O objeto de estudo é analisar a
metodologia de ensino do professor de escola regular para a inclusão da criança
autista na Educação Infantil. Tendo seu percurso metodológico caracterizado por um
estudo de caso, de abordagem qualitativa, possibilitado por uma pesquisa de campo.
Constituem-se sujeitos da pesquisa (02) professoras que possuem alunos autistas.
Como instrumento de produção de dados, se utilizou a entrevista semiestruturada e a
observação participante. Para as análises utilizamos estudos de Eugênio Cunha
(2011) que discute a prática escolar como grande oportunidade para profissionais e
familiares construírem um repertório de ações inclusivas para o aprendente com
autismo. Os resultados das análises indicam que as práticas pedagógicas das duas
professoras da escola X de acordo com as entrevistas e as observações em sala de
aula, contribuem ao processo de inclusão escolar dos alunos com TEA porém
1
Licenciada em Pedagogia. Mestranda em Teoria e Pesquisa do Comportamento – UFPA.
2
Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Pará. Docente da Universidade do Estado do Pará. Docente e
Coordenadora Acadêmica da Pós Graduação da Faculdade Integrada Brasil Amazônia. Pesquisadora da Rede de
Educação Inclusiva na Amazônia (NEP/UEPA).
3
Licenciada em Pedagogia. Coordenadora Pedagógica na Escola Municipal de Ensino Fundamental
Magalhães Barata (EMEFMB/PA)
constatou-se a ausência dos demais profissionais da escola e família trabalharem em
conjunto para atender as adequações necessárias às crianças, visto que é
imprescindível ao seu desenvolvimento integral.
1. INTRODUÇÃO
Os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) referem-se a um grupo de
transtornos caracterizados por um espectro compartilhado de prejuízos
qualitativos na interação social, associados a comportamentos repetitivos e
interesses restritos pronunciados (BRENTANI et al, 2013).Entretanto,
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Analisar a inclusão de alunos autistas na Educação Infantil na rede
privada de ensino na cidade de Belém-Pa.
2.2 Objetivos específicos
Analisar as relações interpessoais do aluno autista em sala de aula;
verificar as estratégias/práticas de ensino utilizadas pelo professor para a
inclusão social do aluno autista; identificar as adaptações curriculares de
ensino realizadas em sala de aula para a inclusão da criança autista.
3. METODOLOGIA
O estudo se constituiu de uma pesquisa qualitativa, de um estudo de
caso por meio de uma pesquisa de campo. A pesquisa qualitativa aborda como
trabalhar com a descrição, por meio da subjetividade da realidade. Procura
buscar a essência dos dados, aceitando-os como os encontra, ou seja, como
eles são sem modificá-los. A descrição não pode ser julgada como certa ou
errada, mesmo que de alguma forma não coadune com a opinião do
pesquisador como podemos perceber na fala de Chizzotti:
[...] o termo qualitativo implica uma partilha densa com pessoas, fatos
e locais que constituem objetos de pesquisa, para extrair desse
convívio os significados visíveis e latentes que somente são
perceptíveis a uma atenção zelosamente escrita, com perspicácia e
competência científicas, os significados patentes ou ocultos do seu
objeto de pesquisa. (CHIZZOTTI, 2003, p. 221).
4. RESULTADOS
Segundo Freire (1996), “o clima de respeito que nasce de relações
justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as
liberdades dos alunos se assumem eticamente, autentica o caráter formador
do espaço pedagógico” (p.103). Portanto, o aluno precisa sentir-se a vontade
no ambiente escolar, para que ele perceba o ambiente escolar como um
prolongamento da sua vida cotidiana em casa. Para isso, família e escola
devem trabalhar juntas deste o laço afetivo.
Assim, para que o processo de aprendizagem do aluno autista ocorra de
forma prazerosa, é necessário que se estabeleça um vínculo afetivo entre
professor-aluno. A relação de respeito entre os dois é imprescindível, visto que
é uma estratégia de ensino que auxilia no processo de construção do
conhecimento do aluno.
Quando questionada sobre a adaptação da criança em sua sala de aula
e a aceitação da aproximação da professora, a Professora A respondeu:
O aluno adaptou-se muito bem a rotina da escola. Foi muito
estimulado pela professora do maternal 1, desde a sua alimentação
até os conhecimentos pedagógicos. Quando ele chegou à escola,
não mastigava, não era estimulado a comer alimentos sólidos, os
lanches limitavam-se em papinhas e líquidos. Tive a oportunidade de
conversar com a primeira professora dele, que atuou por 2 anos com
ele em sala de aula, e o trabalho no processo de mudanças
alimentares ocorreram desde cedo. Tratando-se de avanços, ela
observou que a criança tornou-se mais independente na hora do
lanche, mais confiante de que era capaz de fazer sozinha. A
conquista afetiva que tive com ele, deu-se por meio de brinquedos
preferidos, bom humor, paciência e dedicação, também tive o auxílio
da facilitadora que o acompanhava há 2 anos no ambiente escolar.
(Professora A).
CONSIDERAÇÕES FINAIS