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RESUMO
Este memorial descritivo tem como objetivo analisar as práticas de inclusão da criança autista
na educação infantil, assim como as dificuldades e desafios enfrentados no aprendizado. O
memorial descritivo relata a experiência docente da inclusão da criança autista na educação
infantil, turma do Pré II, CEI Erica Braun no município de Blumenau, situado no bairro Água
Verde. A área de concentração foi escolhida Inclusão, a temática que norteia este estudo é o
Autismo. O trabalho apresenta uma breve reflexão sobre a importância da inserção da criança
com autismo na educação infantil de que forma ela ocorre, dificuldades e desafios, a utilização e
estratégias para interação da criança com o grupo.
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho irei relatar a importância da inclusão da criança autista na educação infantil, é um
assunto que vem avançando aos poucos, mas sabemos que ainda é preciso muita dedicação dos
Esse tema despertou a minha atenção, para o convívio das crianças com necessidades, especiais
nos faz rever a nossa prática, se a inclusão ocorre de forma correta no contexto da
Na prática docente observei o cotidianos de uma criança com autismo, e seu processo de
inclusão, a criança ainda está em processo de desenvolvimento no seu aprendizado com o
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mundo, e se prepara para o próximo ano, quando irá ser inserida no ensino regular, onde lá
viverá outra realidade de ambiente e ensino.
De acordo com a Revista Autismo (2011) os autistas na sua maioria são pensadores visuais, não
pensam através da linguagem.
A criança com necessidades especiais educacionais por apresentar autismo, precisa ser inserida
da mesma forma ao aprendizado como uma criança que não tenha necessidades especiais, por
meio de observação e experiências.
Para Carvalho (2003) não bastam apenas intenções, mas sim uma ressignificação de teorias,
pratica e atitudes que fazem parte do movimento que a proposta de inclusão escolar convida a
realizar.
Isso ocorre porque algumas habilidades necessárias para o aprendizado e presentes mesmo em
crianças com deficiência mental, consideradas pela maioria dos professores comuns a todas as
crianças, não são encontradas nas crianças autistas.
A inserção dessas crianças na creche deve ter uma atenção ampla, e ser cuidadosamente
planejada, porém não é está a realidade.
Segundo o Revista Autismo (2011) o programa Son- Rise, os autistas utilizam a linguagem
visual, muitos autistas são pensadores visuais, utilizando a linguagem visual, são pensadores
visuais, não pensam através da linguagem, usando substantivos pois são palavras mais fáceis de
aprender pois em sua mente eles podem relacionar a palavra a uma figura.
ensino regular, conforme a nova Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, artigos 58,59, 60 propõem
que crianças excepcionais sejam aceitas nas classes comuns das escolas ditas " normais", sejam
elas públicas ou particulares e que as escolas ou instituições especiais sejam coadjuvantes no
processo educacional destas crianças, portanto, incluir é lei, recusar um aluno portador de
necessidades educativas especiais é crime. Todos sabem que a inclusão caminha em passos
lentos, porém temos que acreditar em novos avanços que vem ocorrendo a cada ano.
Como docente tenho a concepção que a inclusão na educação infantil contribui para o
aprendizado de todos que estão inseridos nesse processo, acredito que a diversidade em sala de
aula só vem a contribuir devido as interações que está convivência proporciona.
As minhas perspectivas é que em breve as escolas e centro de educação infantil e seus
profissionais devam estar mais preparados e equipados para receber as crianças com
necessidades especiais, realizando um trabalho na sua totalidade, sendo essa criança
acompanhada e assistidas por outros profissionais como fisioterapeutas, neurologistas,
psicopedagogos, fonoaudióloga entre outros, para que os resultados sejam significativos em seu
aprendizado.
De acordo com Voivodic (2004) não há como se implementar processos de inclusão que visem a
oferecer de fato uma educação de qualidade sem efetivos serviços de apoio ao trabalho docente
efetuado nas escolas regulares.
Os saberes docentes que alicerçaram essa prática foram dos seguintes autores: Rosita Edler
Carvalho, Luís de Miranda Correia e Maria Antonieta Voivodic.
Ao longo desses anos como docente, na educação infantil e educação especial, verifiquei que é
necessário um planejamento flexível, ter conhecimento que a criança necessita de um olhar
cuidadoso, seja ela com necessidade especial ou não. Rever conceitos, compartilhar
conhecimentos, e ter compromisso e responsabilidade no exercer da profissão.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A prática docente contribui a cada dia mais para o meu aprendizado, trouxe como reflexão a
importância da inclusão nos primeiros anos da educação infantil, como inserir de forma
adequada a criança autista.
O que podemos e devemos acrescentar nesse processo para que a criança se sinta realmente
inclusa.
É preciso ter muita consciência e responsabilidade para que a inclusão ocorra.
Os principais objetivos propostos na prática docente foi incialmente conscientizar e informar a
todos envolvidos sobre a importância da inclusão, e sobre o que é autismo,
esse processo contribui para um resultado satisfatório, porém ainda existe uma longa jornada a
percorrer para que realmente a informação e conscientização ocorra na sua totalidade.
O processo de inclusão não pode ser encarado de qualquer forma, banalizado, é preciso enfatizar
a importância e a contribuição para o aprendizado das crianças através da diversidade, no entanto
a inclusão requer um compromisso com todos envolvidos do grupo, é um desafio a ser
enfrentado.
Os CEIS, Centro de Educação Infantil, estão iniciando esse processo, ainda tem uma longa
jornada a ser percorrida para que o sucesso da inclusão ocorra.
Na educação infantil é preciso ocorrer muitas mudanças, comprometimento de todos os
profissionais envolvidos diretos e indiretamente, todos deverão ter consciência da importância
da inclusão e como receber um educando com necessidades especiais, quando isso ocorrer
iremos ter a inclusão em sua totalidade, e todos só tem a ganhar com esse processo
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da educação. Secretária de Educação Especial. Saberes e práticas da
inclusão.Brásilia, DF, 2003
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras para a aprendizagem. Educação Inclusiva. 3 ed.
Porto Alegre: Mediação, 2003
CORREIA, Luís de Miranda. Alunos com necessidade educativas especiais nas classes
regulares. Porto Codex, Portugal: Porto Editora, 1999. (Coleção Educação Especial, 1.)
VOUVODIC, Maria Antonieta. Inclusão Escolar de Crianças com Síndrome de Down.
Petrópolis, RJ Vozes. 2004
AUTISMO, REVISTA. Informação gerando ação. 1 ed. Atibaia, SP. 2011.