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Suporte Ventilatório

Modos Ventilatórios
Indicações de VM
Manifestações clínicas: Apneia ou
bradipnéia; Dificuldade respiratória com
confusão mental; Aumento do trabalho
respiratório não aliviado por outras
intervenções; Confusão mental com
necessidade de proteção das vias
respiratórias Choque circulatório (má perfusão
do sangue)

Ventilação Invasiva
Indicada para casos de insuficiência
respiratória grave.
Deve ser identificada a causa da
insuficiência respiratória grave para
ajustar os parâmetros
Indicadores de necessidade de VMI: oFR
> 35mrpm; Uso da musculatura acessória,
Complicações provenientes da
PaO2 < 60 mmHg e/ou PaCO2 > 55, pH <
terapêutica de VM
7,25, SaO2 < 90%, apesar do uso de O2
Alcalemia e acidemia, Infecções de trato
suplementar.
respiratório; Incoordenação muscular
Necessário oximetria de pulso contínua,
respiratória; Hipotensão arterial;
aferições da pressão arterial frequentes e
Aspiração; Lesões labiais, dentárias e de
monitor cardíaco; Sedação e analgesia é
mucosas;
indicada em durante a VMI : auxiliar no
controle da ansiedade, dor e agitação;
Resolução COFEN nº639/20
Sedação: midazolam, propofol e
É competência do enfermeiro:
dexmedetomidina;
monitorização; checagem de alarmes;
Analgesia: fentanil, morfina e
ajuste inicial; manejo dos parâmetros da
remifentanil.
VM (invasiva e não-invasiva

Ajuste inicial

Uso, cuidados na troca de circuito,


filtros e umidificadores
o Manter umidificação e aquecimentos
das vias aéreas inferiores durante a
ventilação mecânica.
o Trocar os dispositivos trocadores de
umidade e calor de 7/7 dias;
o Em caso de sujidade, condensação ou
dano, o filtro deve ser trocado.
o Não realizar troca rotineira do circuito balonete do tubo orotraqueal ou
do ventilador mecânico, somente traqueostomia antes de realizar a
quando apresentar sujidade visível a higiene bucal; Fixar corretamente a
olho nu, dano ou ventilação prolongada sonda nasoenteral para evitar
(> 30 dias). deslocamento da sonda não intencional.

Cuidados durante mudança de Avaliação para extubação


decúbito e banho no leito
Avaliação dos sinais vitais, análise e
registro dos parâmetros do ventilador
mecânico (modo ventilatório, pressão de
pico, PEEP, fr, VC e FIO2); Checagem dos
alarmes e de parâmetros clínicos antes
da realização do banho de leito e da
mudança de decúbito; Manter a
monitorização cardíaca e a saturação de
oxigênio Mudança de decúbito de 2/2
horas, com lençol móvel e, no mínimo,
com dois profissionais de enfermagem.
Avaliar banho de leito em pacientes
graves clinicamente instáveis:
suspender em caso de
comprometimento da segurança do
paciente; Visualizar todos os extensores
e equipamentos conectados ao paciente.
Evitar a tração do circuito do ventilador
mecânico – risco de extubação o Checar
a fixação do dispositivo ventilatório;
soltar o circuito do ventilador do
suporte; Manter o paciente com a
cabeceira 30º ; Subir o paciente no leito,
observando os parâmetros e
dispositivos; Lateralizar o paciente;
Proceder a higiene do dorso e glúteos,
em grande parte, já no decúbito lateral
que corresponda ao lado onde se situa o
ventilador; Elevar a cabeceira e fixar o
circuito no suporte do ventilador com
folga para que, caso ocorra
deslocamento do paciente no leito, o
dispositivo ventilatório não sofra tração
do circuito.

Cuidados na higiene bucal,


alimentação oral e enteral
Higiene bucal com escovação de 12/12
horas com solução aquosa de
digluconato de clorexidina à 0,12% e nos
intervalos, deverá ser realizada com
água destilada ou filtrada e/ou
aromatizante bucal sem álcool 4
vezes/dia; Verificar a pressão do
Gasometria Arterial conseguir, você pode fechar a mão com
força. 2.Usando os dedos, aplique
pressão oclusiva das artérias ulnar e
radial. Essa manobra obstrui o fluxo de
sangue para a mão. 3.Ao aplicar pressão
oclusiva para ambas as artérias, peça ao
paciente que relaxe a mão dele. O
branqueamento da palma e dos dedos
deve ocorrer. Se não, você não ocluiu
completamente as artérias com os
dedos. 4.Libere a pressão oclusiva sobre
a artéria ulnar. Você deve notar uma
Avaliar a adequação de ventilação; descarga da mão dentro de 5 a 15
equilíbrio ácido-base, e oxigenação; segundos. Isso denota que a artéria
Avaliar a resposta do paciente à terapia ulnar se patente e tem bom fluxo
e/ou avaliação diagnóstica; Monitorar a sanguíneo. Este rubor normal da mão é
gravidade e progressão de um considerado um teste de Allen
adoecimento modificado positivo.

Parâmetros avaliados Avaliação do resultado


Positivo: Cor da mão voltar em 5 a 15
segundos (artéria ulnar tem bom fluxo
de sangue)
Negativo: Cor da mão não voltar em
15seg (circulação ulnar é insuficiente ou
inexistente) a artéria radial que irriga
essa mão não deverá ser puncionada

Coleta da gasometria arterial Alterações na gasometria


Punção da artéria radial; o Aspectos
legais e éticos na enfermagem:
RESOLUÇÃO COFEN Nº 390/2011
Normatiza a execução, pelo enfermeiro,
da punção arterial tanto para fins de
gasometria como para monitorização de
pressão arterial invasiva; Procedimento
Avaliação da gasometria
privativo do Enfermeiro; Dotado dos
conhecimentos, competências e
habilidades que garantam rigor
técnico-científico ao procedimento,
atentando para a capacitação contínua
necessária à sua realização

Coleta da gasometria arterial - teste de


allen modificado Acidose respiratória
Verificar a circulação colateral ao nível Caracterizada por diminuição do pH e
da artéria radial; Avaliar se a artéria aumento da pCO2.
ulnar é capaz de proporcionar uma boa Hipoventilação pulmonar
perfusão, no caso de hematoma na Causas: obstruções no trato respiratório;
artéria radial. pneumonia; enfisema; transtornos
Procedimentos: 1.Instrua o paciente a neuromusculares; doenças ou drogas
apertar o punho, ou se o paciente não
que deprimem o SNC (centro 4. Reunir o material e levar até o leito do
respiratório); inalação de CO2 em paciente colocando em local de fácil
excesso. acesso; Garantir a privacidade do
Resposta compensatória: – rim: aumento paciente, colocando biombo, se
da retenção de HCO3 e excreção de íons necessário;
H+ 5. Posicionar confortavelmente o
paciente em decúbito dorsal ou sentado,
Acidose metabólica se possível;
Caracterizada por queda no pH e na 6. Garantir a privacidade do paciente,
concentração de HCO3; colocando biombo, se necessário;
Causas: aumento de íons H+ ou perda de 7. Calçar luvas de procedimento;
bicarbonato. – Aumento de H+: acúmulo 8. Para coleta na artéria radial: Realizar o
de ácido lático ou corpos cetônicos; Teste de Allen Modificado;
exercício exagerado; jejum prolongado; 9. Se teste positivo, identificar a artéria
diabetes. – Perda de HCO3: falha renal radial por meio de palpação próximo ao
na retenção de HCO3 ou na excreção de processo estilóide do rádio e o tendão
H+; perda de bicarbonato devido a uma dos flexores do carpo (sente-se o pulso
diarreia severa. radial entre essas duas estruturas
Resposta compensatória: – pulmão: anatômicas;
hiperventilação = diminui a pCO2 – rim: 10. Palpar a artéria usando os dedos
aumento da reabsorção de HCO3 e indicador e médio de uma das mãos;
excreção de íons H+ segurar a seringa com agulha (25x7,0)
com o bisel para cima, inclinado num
Alcalose respiratória ângulo de 30º (artéria radial) 45º (artéria
Caracterizada por aumento do pH e braquial) e 90º (artéria femoral);
diminuição da pCO2. 11. Realizar a antissepsia com algodão
Causas da hiperventilação: febre; umedecido com álcool 70% em
ansiedade; dor intensa ou estresse; movimentos circulares com a mão
diminuição da pressão atmosférica dominante;
(grandes altitudes); 12. Perfurar a pele e a parede arterial no
Resposta compensatória: – rim: ângulo indicado para o local da coleta,
diminuição da retenção de HCO3 e da com a mão dominante, obedecendo o
excreção de íons H+ sentido da artéria. Avançar a agulha
lentamente até que o sangue arterial
Alcalose metabólica flua espontaneamente para a seringa.
Caracterizada elevação no pH e na Caso o sangue não retorne
concentração de HCO3. espontaneamente, puxar o êmbolo da
Causas: ingestão excessiva de álcalis seringa com a mão dominante e coletar
(exemplo bicarbonato de sódio como de 1 a 3 e mL de sangue;
antiácido) ou perda de ácido pelo 13. Retirar a agulha e comprimir
organismo, como ocorre no vômito imediatamente o local com a gaze,
prolongado. fazendo pressão por 5 a 10 minutos até
Resposta compensatória: Redução da obter a hemostasia. Na sequência
taxa de ventilação pulmonar = aumento realizar curativo oclusivo e compressivo,
da pCO2 utilizando gaze e fita adesiva
hipoalérgica;
Técnica de coleta 14. Segurar a seringa na posição vertical,
1. Conferir a solicitação do exame; remover imediatamente as bolhas de ar
2. Explicar o procedimento ao paciente da seringa e tampar a seringa (figura 3)
e/ou acompanhante, se for o caso; ou “espetar” na tampinha borracha ( na
3. Higienizar as mãos; falta da seringa de gasometria arterial);
15. Realizar homogeneização e rotação
da seringa entre as mãos, por no mínimo
10X logo após a coleta;
16. Fixar no corpo da seringa a fita com
os dados de identificação da amostra;
17. Colocar a seringa no invólucro de
plástico;
18. Recolher os materiais utilizados,
manter o ambiente organizado e retirar
os EPI
19. Deixar o paciente confortável no
leito;
20. Higienizar as mãos;
21. Encaminhar imediatamente a
amostra para o laboratório, junto com o
formulário de solicitação de exames;
22. Registrar os registros de enfermagem
no prontuário do paciente.

Aferir sinais vitais; Avaliar condição


ventilatória (20 a 30 min – espontânea; 2
horas ventilação mecânica); Avaliar o
local após a punção arterial quanto à
presença de sangramentos, hematomas
e/ou equimoses, Alterar o local a punção
após duas tentativas;

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