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LAETI

PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DA UTI

É de suma importância que os profissionais da área intensiva, os intensivistas, tenham


conhecimento técnico sobre os equipamentos utilizados nos cuidados do paciente em terapia
intensiva. Alguns regulamentos técnicos estabelecem padrões mínimos para a disposição dos
equipamentos utilizados em UTI, afim de oferecer segurança e reduzir os riscos ao paciente,
aos profissionais intensivistas e ao meio ambiente.
Os principais equipamentos são:
Cama hospitalar: oferecem condições de posicionamento do paciente, segurança através das
grades ao seu redor e travas, além de 4 rodas para facilitar a mobilidade. Alguns modelos
possuem até balanças para o monitoramento da retenção de líquidos e para o cálculo de
medicação;
Monitor cardíaco: um dos equipamentos mais importantes que proporciona o acesso visual
aos parâmetros hemodinâmicos do paciente que são imprescindíveis para o processo
terapêutico, ou seja: padrão eletrocardiográfico, batimentos cardíacos, temperatura corporal,
saturação, curva respiratória e pressão arterial;
Cabos do monitor cardíaco: são 5 cabos que devem ser conectados no cliente e acoplados
no monitor, o seu posicionamento depende de dois padrões (AHA/IEC) que determinam o
posicionamento e padrão de cores de acordo com o fabricante, sua legenda seria:
R=DIREITA, L=ESQUERDA, A=BRAÇO, L=PERNA E C=CENTRAL >> RA/R=BRAÇO
DIREITO, LA/L=BRAÇO ESQUERDO, RL/R=PERNA DIREITA, LL/F=PERNA
ESQUERDA e C/C=CENTRAL;

Cabo de oximetria de pulso do monitor: disponibiliza as informações sobre saturação


sanguínea do paciente, na ausência do oximêtro de pulso pode-se usar o digital portátil;
Painel de gases medicinais: geralmente fica na cabeceira da cama do paciente. Legenda:
VERDE=PONTO DE OXIGÊNIO, AMARELO=PONTO DE AR COMPRIMIDO,
CINZA=PONTO DE VÁCUO;
Válvulas para gases medicinais: são válvulas de redução conectadas à sala de gases, ou seja,
fazem a redução da pressão dos gases;
Ventilador mecânico: usado em pacientes que tem alteração hemodinâmica importante, atua
facilitando a troca gasosa (hematose) oferecendo o ar ao paciente, pode ser operado por
fisioterapeuta e um enfermeiro ou por médicos;
Tubo orotraqueal: são tubos usados por ocasião de intubação orotraqueal, variando de
acordo com tamanho, peso e compleição física do paciente, o profissional médico escolhe o
adequado e cabe ao enfermeiro fazer a separação desse equipamento. É composto por:
BALÃO, TUBO DE INSUFLAÇÃO, MARCADORES DE PROFUNDIDADE,
ADAPTADOR, SUPRA CUFF, BISEL, OLHO DE MURPHY, BALÃO DE CONTROLE,
VÁVULA UNIDIRECIONAL E LINHA RADIOPACA;
Tubo ou cânula de traqueostomia: pode ser metálica ou de plástico poliuretano, deve ser realizada a
higienização traqueobrônquica sempre que necessário e de maneira correta;

Circuito do ventilador mecânico: possui duas bifurcações, via inspiratória e via expiratória,
conectadas ao ventilador mecânico;

Filtros do ventilador mecânico: geralmente são conectados ao ventilador e ao paciente, o seu período
de troca é institucional, mas deve ser observado filtro com condensação de água que podem levar a
dificuldade do processo respiratório;

Bomba de infusão volumétrica: usada em pacientes hemodinamicamente estáveis totalmente


dependentes ou com risco iminente de morte, pacientes esses que precisam da infusão de drogas
específicas (ex.: sedativos). O enfermeiro precisa manter o controle da infusão da maneira correta
proporcionando segurança na administração do fármaco, a bomba de infusão volumétrica é
programada de acordo com a prescrição médica;

Eletrocardiograma: não é raro que o médico solicite a equipe de enfermagem a execução do


eletrocardiograma no paciente, é fundamental que a equipe tenha conhecimento técnico sobre.
ONDA P=DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL (fraca e pequena) > PEQUENO INTERVALO >
COMPLEXO QRS/ONDA R=DESPOLARIZAÇÃO DOS VENTRÍCULOS e REPOLARIZAÇÃO
ATRIAL (maior deflexão do E.C.G) > ONDA T=REPOLARIZAÇÃO ATRIAL (acontece lentamente,
onda mais alargada que as outras);

Eletrocardiógrafo: responsável pela captação do traçado eletrocardiográfico, o posicionamento dos


eletrodos deve ser preciso para a captação correta, pois eletrodos sobre estrutura óssea interferem na
amplitude de captação.
COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS NOS MEMBROS: VERMELHO=BRAÇO DIREITO,
AMARELO=BRAÇO ESQUERDO, PRETO=PERNA DIREITA E VERDE=PERNA ESQUERDA.
POSIÇÃO DAS DERIVAÇÕES PRECORDIAIS:
V1 - 4º espaço intercostal na borda direita do esterno
V2 - 4º espaço intercostal na borda esquerda do esterno
V3 - Espaço intermediário entre V2 e V4
V4 - 5º espaço intercostal esquerdo na linha médio clavicular
V5 - 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior
V6 - 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar média
Aparelho de hemodiálise: em casos de quadro hemodinâmico alterado com a função renal
comprometida há a necessidade de fazer a diálise na UTI, o enfermeiro é um dos responsáveis pelo
monitoramento do procedimento. Ou seja, ele monitora a filtração do sangue em um aparelho
extracorporal;

Dialisador: provoca a retirada do excesso de substâncias, sais minerais, eletrólitos, resíduos


metabólicos ou mesmo a água através da difusão simples;

Cateter de diálise: pode ser colocado na subclávia ou na jugular interna, sendo um procedimento
médico, a função do enfermeiro é o cuidado com o cateter evitando uma infecção;

Carro de parada cardiorrespiratória: deve ser conferido e verificado em todos os plantões, o


material deve estar todo presente. Sendo cada material destinado à um compartimento: PRIMEIRA
GAVETA=AMPOLAS/MEDICAMENTOS, SEGUNDA GAVETA=SERINGAS, AGULHAS,
CATETERES E NA TERCEIRA GAVETA=EQUIPAMENTOS DE INTUBAÇÃO, CIRCUITOS,
RESSUCITADOR MANUAL, LARINGOSCÓPIO E TÁBUA DE COMPRESSÃO CARDÍACA;

Desfibriladores: deve ser testado no início do plantão garantindo a certeza do seu funcionamento,
testando: pás, impressão do ECG, deve ter também em mãos o gel condutor das pás.
REFERÊNCIA:
https://www.youtube.com/watch?v=a2XaQ6EItFQ&ab_channel=EnfermeiroMarceloSantos

Escrito por Elizandra Soares Costa

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