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MEDIDA DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL

PRESSÃO VENOSA CENTRAL: É a pressão exercida pelo sangue na parede da veia cava torácica. Reflete a pressão do sangue
que retorna ao AD. Determina o enchimento cardíaco na diástole e, portanto, seu rendimento. Também determina a pressão que se
opõe ao retorno venoso periférico.

✓ Em termos fisiológicos, a mensuração da PVC é um método acurado da estimação da pressão de enchimento do


ventrículo direito, de grande relevância na interpretação de sua função.
✓ O método de mensuração da PVC com coluna de água, devido à sua extrema simplicidade e baixo custo, é bastante
popular e largamente utilizado, dispensando transdutores eletrônicos sofisticados.
✓ Quando utilizada de maneira criteriosa e sempre que possível associada a outros parâmetros clínicos e hemodinâmico, a
PVC é um dado extremamente útil na avaliação das condições cardiocirculatórias de pacientes em estado crítico.
✓ Os valores esperados da PVC, mensurada através da linha axilar média como "zero" de referência, estão entre 6 - 12 cm
H2O. Níveis menores do que 6 indicam Hipovolemia, enquanto níveis maiores do que 12 indicam falência cardíaca ou
tamponamento.

• Indicações da Medida: Para paciente com falência circulatória aguda; Suspeita de tamponamento cardíaco; reposição
volêmica em paciente com o sistema cardiovascular comprometido.
• Equipamentos

1. Equipo de PVC 5. Luvas de procedimento


2. Manômetro graduado em cm de H2O ou coluna 6. Esparadrapo
manométrica. 7. Fita adesiva
3. Soro fisiológico a 0.9% (500 ml) 8. Régua de Nível
4. Cateter venoso central (já instalado normalmente). 9. Torneira de 3 vias

Introduz-se um manômetro com uma torneira tridirecional entre a fonte líquida e o cateter intravenoso do paciente. Desse modo,
podem-se criar 3 sistemas independentes de manipulação da torneira.
❖ Sistema 1 – liga a fonte de líquido com o paciente e pode ser utilizado para a administração rotineira de líquidos
intravenosos ou como caminho para manter a permeabilidade do sistema.
❖ Sistema 2 – corre da fonte líquida para o manômetro da PVC e é aberto para elevar a coluna líquida no manômetro antes
de medir a pressão venosa.
❖ Sistema 3 – une o cateter intravenoso do paciente com o manômetro e é esse caminho que deve ser aberto para registrar
a PVC. A pressão na veia cava se desloca ou se equilibra com a pressão exercida pela coluna de líquido no manômetro. O
ponto em que o nível de líquido se estabiliza é registrado como a PVC.
• Procedimento

1. Explicar o procedimento ao paciente e solicitar termo de consentimento assinado, se possível.


2. Acessar uma veia central com cateter conforme ensinado em ‘’acesso venoso central’’.
3. Abra o equipo e conecte à solução fisiológica, retirando todo o ar do equipo (das 3 vias). Coloque-o e um suporte para
soluções e aguarde.

Com a régua de nível, encontre a linha "zero"de referência e marque no suporte de soluções, a altura encontrada na linha "zero"
(o chamado EIXO FLEBOSTÁTICO). O ponto zero do manômetro ao nível do quarto espaço intercostal, que corresponde a linha
axilar média (LAM). A literatura nacional e internacional considera a LAM como
referência anatômica padrão ouro para definir o zero (o ponto que parece
corresponder com mais exatidão à desembocadura das veias cavas no átrio direito
é a linha axilar média, é é o ponto de referência mais utilizado nas mensurações de
PVC). Coloca-se o paciente em decúbito dorsal horizontal. Encontra-se a linha
"zero" através da linha axilar média, observando em que número se encontra
diante à escala do equipo de PVC. (Convém encontrar o "zero" todas as vezes em
que se forem realizar as medidas, pois existem algumas camas que tem regulagem
de altura, e pode ter sido alterada).
4. A régua que vem junto do equipo deve ser colocada presa no suporte no ponto onde foi estabelecido o ‘’ponto zero’’ do
paciente. Fixe a fita graduada (vem junto do equipo) deixando-a completamente estendida.
5. Pegue o equipo, e fixe junto a fita métrica a região do equipo em que ele se
divide em 3 vias.
6. A via mais longa irá ser conectada no paciente. A via curta, fixe junto à fita
graduada, de modo que fiquem juntos essa via, o prolongamento simples do
equipo e a fita graduada.
7. Abrir o equipo para infundir um pouco soro no paciente. Fechar desse lado.
8. Abrir do lado que o soro seja infundido na via junto à régua até que se atinja
25 cm de H2O.
9. Fechar a torneira para o soro e abrir para o paciente. Observa-se a coluna de
agua diminuir, observando até que entre em equilíbrio com a PVC. Observar
o valor encontrado.

• Cuidados após procedimento

1. Evitar fatores que possam alterar leitura da pressão como Tosse, ventilação positiva, encontrar eixo flebostático errado.

• Complicações: Hemorragia no local onde há o cateter; embolia gasosa devido ao cateter; perfuração do miocárdio
devido ao cateter; pneumotórax

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