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CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR

ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO, PROCEDIMENTOS E


ROTEIROS ASSISTENCIAIS DA ENFERMAGEM

Enf. Andresa Thomé Silveira


Enf. Simone Busca

Porto Alegre, maio de 2019


CONTEXTO HISTÓRICO

• Início da década de 40 e 50.


• Em 1949 – foi descrita a primeira abordagem percutânea - Jönsson.
• Em 1953 – foi descrito por Seldinger o primeiro cateter “mole” de polietileno flexível.
• Com o uso de uma agulha introdutiva seguida de um “líder” ou fio-guia tornou-se possível
inserir facilmente a um cateter flexível na artéria ou veia por meio de um fio.
• Esta técnica facilitava o posicionamento do paciente em decúbito dorsal, permitia injeções de
contraste e reduzia a um mínimo de sangramento pelo local do acesso. O desenvolvimento
subsequentes de cateteres diferentes formas possibilitou uma ampla gama de imagens
angiográficas adquiridas através do acesso pela artéria femoral comum.
CONTEXTO HISTÓRICO

Técnica facilitou:

• Posicionamento do paciente DD;


• Injeções de contraste;
• Mínimo sangramento pelo local do acesso;
• Avanços tecnológicos.
O QUE É TERAPIA ENDOVASCULAR?

• Um método de diagnóstico e terapêutica que utiliza técnicas invasivas para obtenção de dados funcionais e
anatômicos dos vasos.
• Através do cateterismo, que se faz o estudo da dinâmica circulatória.
• Consiste em uma punção com a penetração de uma agulha de menos de 3 mm em artérias ou veias em local
superficial seguida pela inserção de cateteres radiopacos sob controle fluoroscópico.
• Métodos menos agressivos ao corpo, minimizando a possibilidade de sequelas pós-cirúrgicas e agilizando o
atendimento de urgências.
PROCEDIMENTO ENDOVASCULAR X CONVENCIONAL

• Acesso da intervenção;
• ↓ sangramento;
• Rápida recuperação;
• ↓ tempo de internação;
CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR

Dividido em:
• Sala de Hemodinâmica – Equipamentos para angiografia dedicada ao diagnóstico e tratamento nas áreas
cardiologia, neurologia e radiologia.

• Sala Híbrida - Equipamentos para angiografia integrada ao bloco cirúrgico, com a possibilidade de
realizar procedimentos endovasculares e cirúrgicos seja em separado ou simultâneos.

Constituída por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e técnicos de radiologia.


CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR
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Procedimentos:

 Cardiologia;
 Eletrofisiologia;
 Radiologia intervencionista;
 Neurologia;
 Vascular;
 Cirurgia cardíaca.
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ANGIOPLASTIA CORONARIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA – ACTP


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ANGIOPLASTIA X STENT
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EMBOLIZAÇÃO CEREBRAL
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ANTIAGREGANTE X ANTICOAGULANTE

• Brilinta, Clopidogrel, AAS ou Efient; • Clexane, Xarelto, Arixtra, Fundaparinux devem


• Esses fármacos tem uma ação protetora; ser suspensos antes do procedimento;
• Em casos eletivos o exame pode ser suspenso • Estes fármacos elevam o fator de coagulação;
conforme conduta médica; • Em casos eletivos o procedimento pode ser
• Em casos de urgência a dose de ataque pode suspenso;
ser administrada; • Em casos de urgência pode-se optar por
• Estes fármacos sempre devem ser abordagem radial.
administrados mesmo em NPO.
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VIAS DE ACESSO

 Arteriais - femoral, radial, ulnar, braquial e axilar.

 Venosos - femoral, braquial, poplíteo e jugular.


CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR
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RADIAL FEMORAL
CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR

TÉCNICA DE SELDINGER
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CUIDADOS EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS

• NPO de 8 horas;
• Realizar tricotomia inguinal bilateral;
• Suspender anticoagulantes (três dias antes do procedimento);
• Suspender insulina durante NPO;
• Não suspender demais medicamentos;
• Acesso venoso periférico permeável (preferencialmente MSE);
• Colocação de camisola;
• Check List da Cirurgia Segura;
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CUIDADOS EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS

• Explicar para o paciente como é realizado o procedimento;


• Orientar o familiar que deve acompanhar o paciente;
• Paciente recupera após exame em sala de recuperação (4 a 6 horas);
• Pacientes submetidos a troca valvar, angioplastia de carótida, embolização aneurisma, MAV cerebral,
endoprótese de aorta recuperam em CTI.
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FUNÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

• Testar e conferir fluxos de gases;


• Preparação de soros;
• Montagem do sistema de transdutores;
• Calibração dos transdutores;
• Verificação do desfibrilador;
• Preparo do paciente;
• Preparo e montagem da mesa;
• Auxílio ao médico intervencionista;
• Atentar aos sinais vitais e nível de consciência do paciente**;
• Fazer as anotações no prontuário e folhas de sala.
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ATENÇÃO

É de extrema importância utilizar avental plumbífero durante o procedimento,


assim como EPIs.
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FUNÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

• Acompanhar o médico no transporte do paciente;


• Colocar as roupas usadas no hamper;
• Retirar materiais perfuro-cortantes;
• Retirar o instrumental e os cateteres da sala iniciando o preparo de higienização;
• Encaminhar o material para o CME;
• Reorganizar a sala;
• Fazer a desinfecção dos equipamentos e mobiliários com álcool 70%;
• Acionar o serviço de limpeza para desinfecção da sala.
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HEMOSTASIA RADIAL

CURATIVO COMPRESSIVO COM TENSOPLAST PULSEIRA DE COMPRESSÃO RADIAL


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CUIDADOS COM A COMPRESSÃO RADIAL – PULSEIRA

• Não flexionar o membro;


• Observar presença de hematoma e sangramento;
• Após uma hora da instalação da pulseira radial, iniciar a descompressão, sendo retirados 3 ml de ar a cada
30 minutos até a desinsuflação completa;
• Se houver sangramento, recolocar a quantidade de ar aspirado;
• Na quarta hora, realizar apenas curativo não compressivo, seguido das orientações sobre repouso de 24h
do membro puncionado.
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CUIDADOS COM A COMPRESSÃO RADIAL – TENSOPLAST

• O curativo compressivo deverá permanecer por 4 horas;


• Não flexionar o membro;
• Observar presença de hematoma e sangramento;
• Após, retirar e fazer curativo simples;
• No dia seguinte, deixar sem curativo;
• Orientar repouso de 24 h do membro puncionado.
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HEMOSTASIA FEMORAL

COMPRESSOR CURATIVO COMPRESSIVO


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CUIDADOS COM CURATIVO FEMORAL E COMPRESSÃO MECÂNICA

• O curativo deve permanecer por 24 horas;


• Não flexionar o membro;
• Elevar cabeceira no máximo a 30º;
• Observar sinais de sangramento e hematomas;
• A compressão mecânica com compressor pode ser realizada por mais 30 minutos, além da compressão
manual, sempre avaliando a perfusão do membro.
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CUIDADOS APÓS O CURATIVO FEMORAL

• Avaliar pulso (poplíteo e pedioso) ;


• Observar sinais de hematomas e sangramento;
• Observar perfusão periférica, presença de hipotermia e cianose;
• Orientar o paciente sobre o período de repouso de 6 horas no leito.
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RETIRADA DO INTRODUTOR
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RETIRADA DO INTRODUTOR

O introdutor arterial só deve ser retirado pelo ENFERMEIRO, MÉDICO ou algum membro da equipe devidamente
treinado, por fazer parte de um procedimento de alta complexidade e risco para o paciente.

 Parecer Normativo n° 001/2015.


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COMPLICAÇÕES
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REGISTROS

 Respaldo legal;
 Acompanhamento da doença;
 Rastreabilidade;
 OPME;
 Faturamento.
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REFERÊNCIAS

• CHAICOF, Elliot L.; CAMBRIA, Richard P. Atlas de cirurgia vascular e terapia endovascular.
Elsevier Health Care, 2015.
• Hospital Mãe de Deus. HMD. Disponível em: https://www.maededeus.com.br/servicos-
ambulatoriais/centro-de-terapia-endovascular/ .Acesso em: 07 maio de 2019.
• Hospital Getúlio Vargas. HGV. Manual de normas e rotinas de procedimentos endovasculares e
extracardíacos do serviço de Hemodinâmica. Teresina – PI, 2012. Disponível em: <
http://www.hgv.pi.gov.br/download/201208/HGV24_0d3f1c6437.pdf>.Acesso em: 05 maio de 2019.

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