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Ferida limpa
Ferida limpas – contaminada Classificação de
Ferida contaminada Altemeier
Ferida suja ou infectada
Cirurgia de Ambulatório:
No utente geriátrico:
Avaliar a capacidade cognitiva e possíveis doenças associadas
Na colheita de dados devemos ter atenção à presença de depressão e de co-
morbilidades
Por vezes os utentes não estão motivados para realizar os ensinos e existe dependência
nas ADV – dificulta o processo pós-operatório
Preparação Pré-Operatória:
Colheita de Dados:
Apresentação pessoal e do serviço
Avaliação Inicial/Entrevista de Enfermagem- Colheita de dados
História atual da doença
Antecedentes pessoais e Familiares; Antecedentes
Cirúrgicos
Saber natureza cultural por causa de administração de hemoderivados
Identificar N.H.B Afetadas - Formular os Diagnósticos de Enfermagem
Ter especial atenção a doenças prévias do foro hepático e renal – uma vez que a
metabolização dos medicamentos é feita no fígado e excretada pelos rins
O controlo da glicémia capilar é importante e deve estar entre 90-120 mg/dl
Fazer acompanhar-se dos exames complementares de diagnostico
Higiene (banho incluindo cabelo) com solução antissética – cloroexidina a 2 % antes da
cirurgia
Colocar bata/ touca e manter as unhas limpas
Jejum 8h (em média)
Remoção de Próteses, ortóteses, verniz e adereços
Tricotomia, (se estritamente necessário) imediatamente antes da cirurgia e sempre com
clipper cirúrgico;
Preparação Intestinal se necessário. (Obrigatória cirurgia do cólon)
Prevenir o Tromboembolismo – colocar as meias de descanso quando utente acamado
mais de 3 dias; heparina de baixo peso molecular
Delinear o local da cirurgia
Explicar ao doente o tipo de cirurgia e complicações:
1. Tipo, local da incisão, efeitos anestésicos
2. Compromisso da função pulmonar
3. Dor/desconforto pós-operatório
4. Dispositivos e equipamentos no pós-operatório (CVC, DV, Drenos, Pensos,
monitor)
Cirurgia Laparoscópica:
Vantagens:
Menor agressão para o doente
Menos traumática - Reduz tempo de hospitalização
Menor dor no pós-operatório
Hemorragia mínima
Menor risco de infeção
Ausência de evisceração
Bons resultados estéticos
Recuperação funcional imediata:
1. Início precoce da dieta
2. Alta até às 24 horas
3. Início das atividades profissionais até ao 10º dia
Complicações:
Embolia gasosa
Pneumotórax
Enfisema subcutâneo
Intra-Operatório:
Equipa Cirúrgica:
Enfermeiro circulante:
1. Receber o utente
2. realizar a check-list do pré-operatório
3. assegurar o funcionamento da cirurgia
4. responsável pela contagem dos fluidos administrados
5. responsável pelos pedidos de analises e sangue
Enfermeiro instrumentista:
1. Auxilia na mesa operatória
2. Assegura o posicionamento correto do utente
Enfermeiro anestesista:
1. Auxilia o médico anestesista na preparação da indução anestésica
2. Regista a monitorização do utente
3. Responsável pela contagem de todo o material cirúrgico
Cirurgião e ajudantes
Anestesista
Auxiliares de ação médica
Outros
Tipos de Anestesia:
Anestesia Geral:
1. Inalatória
2. Intravenosa
3. Balanceada – engloba a inalatória e a IV
Anestesia Loco Regional Neuroeixo: colocada a agulha entre L1 e L4
1. Bloqueio Epidural – anestésico local através de um cateter no espaço
epidural (próximo à espinal medula – perdendo a sensibilidade dos membros
inferiores)
2. Bloqueio Subaracnoideu (raquidiana) – colocado anestésico através
de uma agulha de calibre fino, no líquido que banha a espinal medula –
líquido cefalorraquidiano
3. Bloqueio Sequencial – combinação das duas anteriores
4. Bloqueio dos Plexos Nervosos – anestesia do plexo braquial para
operar a mão por exemplo
Anestesia Combinada
Anestesia Local – bloqueio de impulsos nervosos
Indução
Momento em que se faz a indução anestésica
Manutenção
Decorre a cirurgia propriamente dita, nesta fase são garantidas todas as condições de segurança
para o utente.
Podem ser administrados relaxantes musculares (para relaxar a musculatura que vai ser sujeita a
intervenção cirúrgica) e hipnóticos (para que o utente não se lembre do processo de indução
anestésica)
Emergência ou Recuperação:
Pode ser ou não necessário administrar antidoto para que o utente comece a despertar
Nesta fase o utente é extubado (está sujeito a ventilação assistida durante todo o processo
operatório) e começa a ventilar por si próprio
Anestesia do Neuroeixo:
Indicações:
Cirurgias dos quadrantes inferiores do abdómen;
Cirurgia do ânus e reto;
Cirurgia ginecológica;
Cirurgias ortopédicas – membros inferiores.
Contra-indicações:
Recusa do doente;
Infecção;
Distúrbios psiquiátricos;
Alterações da coagulação/fármacos anticoagulantes;
Alterações anatómicas da coluna;
Hipovolémia;
PIC elevada.
Intervenções de Enfermagem no Pós-Operatório da Cirurgia do Neuroeixo:
Monitorizar SV
Controlar diurese (BH)
Promover repouso – BSA
Vigiar a reversão do bloqueio simpático
Vigiar a reversão da função neurológica
DIB epidural:
1. O dispositivo deve ser retirado entre as 24-48 h após cirurgia
2. Ao retirar verificar a integridade do dispositivo e da pele
3. Verificar o penso e vigiar o mesmo
Anestesia Local:
Vantagens:
Elevado nível de anestesia cirúrgica;
Simples e económica;
Elevada eficácia no controlo da dor pós-operatória;
Rápida recuperação;
Diminuição do tempo de jejum;
Baixa incidência de complicações - Náuseas e vómitos; complicações pulmonares
Desvantagens:
Medo do utente
Impraticável em alguns procedimentos
Duração limitada
Absorção rápida
Pós-Operatório:
Deve ser realizada uma avaliação ao utente no sentido cefalo-caudal
Monitorizar os S.V
Avaliar a T.A e a FC assim como as caraterísticas
Os sinais vitais devem ser avaliados de 15 em 15 ‘até o doente estabilizar
De 30 em 30 ‘até às 2-4 h após cirurgia
De 1 em 1 h até às 24 h
Realizar o esquema A, B, C, D, E
Verificar a permeabilidade da via aérea:
Pode existir a queda da língua
1. Respiração ruidosa
2. Diminuição da SaPO2
3. Alteração da coloração da pele e mucosas
4. Alteração da expensão torácica
5. FR diminuída
6. Colocação de O2 se necessário
Verificar todas as drenagens do utente:
1. Local das drenagens
2. Tipologia dos fluidos
3. Tipologia das drenagens
4. Verificar se os drenos estão funcionantes
Observar a coloração da pele em gral e a humidade da mesma
Falar com o utente
Verificar e promover o alívio da dor
Verificar integridade do penso:
1. No caso de o penso estar a repassar reforçar o mesmo ou delimitar o repasso,
NUNCA retirar o penso que está a conter a sutura
Verificar os acessos venosos:
1. Verificar se estão permeáveis
2. Quais os fluidos que estão a correr e o nível que já foi administrado, para
saber a quantidade feita e aquela que falta fazer
Vigiar sondas e cateteres caso existam assim como as quantidades e características
Posicionamento Pós-Cirúrgico:
A posição lateral é a mais confortável no pós-cirúrgico, no entanto caso o utente não possa ser
colocado nessa posição, este deve permanecer em decúbito dorsal e elevar a cabeceira da cama
se assim for possível
Complicações no Pós-Operatório:
Aparelho respiratório
Aparelho cardiovascular
Temperatura corporal
Estado de consciência
Alteração do conforto
Náuseas e vómitos
Queda da língua:
1. Realizar a hiperextensão da cabeça de modo a permeabilizar a via aérea:
Se o utente está suficientemente adormecido colocar o tubo de Geddel
Se o utente está mais desperto colocar o tubo nasofaríngeo
Laringoespasmo:
Espasmo dos músculos da laringe que são responsáveis pelo encerramento da
epiglote
Normalmente em utentes com foro alérgico
Os sinais do Laringoespasmo são:
Dispneia
Broncoespasmo:
Ruídos respiratórios – sibilos
Devemos
Normalmente emautentes
realizar com fundo
hiperextensão da alérgico
cabeça e administrar um relaxante muscular ou
quando mais grave entubar oro-traqueal
Pode ocorrer até às 24 h após a cirurgia
Monitorizar os S.V e O2
Colocar o utente em semi-Fowler
Administrar medicação:
Adm. Anticolinérgicos (brometo de ipratropio)
Adm. Broncodilatadores (salbutamol)
Adm. corticoides (hidrocortisona, metilprednisolona
Atelectasia:
Carateriza-se pelo colapso dos alvéolos pulmonares que se enchem de fluido
Pode acontecer sobretudo nos utentes operados aos quadrantes superiores do
abdómen
O ensino da tosse eficaz e da eliminação das secreções é importante
Diminuição da SaPO2
Taquicardia
Aumento da T.A
No R.X ao tórax confirma-se o não funcionamento de parte do pulmão
Hipotensão:
Normalmente devido a perda de grandes quantidades de fluidos durante o intra-operatório
Vigiar T.A
Vigiar SaPO2
Balanço hídrico – débito urinário
Observar drenos e pensos e despistar hemorragia
PVC – pressão venosa central
Verificar se o utente tem dor – pode ser um fator que contribua para a hipotensão
Hipertensão e Arritmias – Normalmente nos doentes cardíacos ou uma dor mal controlada
TVP – Trombose Venosa Profunda:
Normalmente cirurgia dos quadrantes inferiores do abdómen e cirurgia ortopédica
Características:
Dor intensa
Rubor
Edema
Coloração avermelhada do membro inferior assim como a dilatação veias
Aumento temperatura local
Sinal de Homans positivo – quando o utente faz a dorsi-flexão da perna
Tratamento:
Heparina EV
Vigiar perfusão do membro
Vigiar valores analíticos de tempos de coagulação – protrombina
Na alta hospitalar – usar meias de compressão ou colocar stent
Hipotermia:
Relacionado com a temperatura do bloco operatório e com a imobilização durante um
longo período de tempo do utente
Como o utente faz uma vasoconstrição em demasia, quando aquece pode ressangrar
Hipertermia:
Infeção da ferida cirúrgica
Outro tipo de infeção
Hipertermia Maligna:
Manifesta-se ainda dentro do B.O durante a indução anestésica ou até às 24 h após a
cirurgia
Patologia relacionada com uma mutação do cromossoma 19, que quando sujeitos a
indução anestésica com relaxantes musculares e analgésicos provoca um aumento
repentino da temperatura corporal, acidose metabólica, rigidez do masséter
Complicações Urinárias:
Vigiar a SaPO2;
Os utentes devemfunção
urinarcardíaca; debito
nas 4-6 horas urinário àe intervenção
seguintes coloração cirúrgica
Administrar fluidos
Náuseas e vómitos:
Não é bom no pós-cirurgia porque, uma vez que vai provocar tensão nas suturas e pode
originar a sua deiscência
A infeção do local cirúrgico pode ocorrer no local da incisão cirúrgica ou próximo dela
nos 30 dias a seguir ao pós-operatório ou até um ano no caso de colocação de próteses
Ferida limpa
Ferida limpas – contaminada Classificação de
Ferida contaminada Altemeier
Ferida suja ou infectada
Ligados à pessoa:
Idade
Estado nutricional – influencia na cicatrização
Diabetes
Fumador – diminuição da perfusão capilar (devem deixar de fumar 30 dias antes da
cirurgia)
Obesidade – maior dificuldade na cicatrização e aumento da possibilidade de deiscência
Colonização microbiana
Infeção remota – as infeções devem ser tratadas antes da realização da cirurgia
Alteração da resposta imunitária
Tempo de internamento
Ligados à cirurgia:
Preparação pré-operatória da pele – banho com cloroexidina a 2 % no dia anterior à
cirurgia e no próprio dia até 2 horas antes
Tricotomia
Lavagem e desinfeção das mãos da equipa cirúrgica
Controlo ambiental
Fardamento e indumentaria da equipa
Esterilização dos dispositivos médicos
Duração da intervenção cirúrgica
Técnica cirúrgica
Profilaxia antimicrobiana
Se existir Drenos:
1. Limpe o local de inserção do dreno com compressa e soro fisiológico, com movimentos
circulares/meia lua, do centro para fora
2. seque com compressa seca (repita o mesmo movimento
3. Coloque duas compressas secas a envolver o Dreno:
Dobre ao meio uma compressa e coloque por baixo do dreno.
Repita o procedimento colocando a compressa acima do dreno
4. Coloque compressas em cima do dreno
5. Fixe com adesivo
6. verificar sempre o conteúdo do dreno e as suas caraterísticas, assim como a presença do
vácuo:
Registar:
Fluido fecaloide
Localização do dreno;
Fluido ascítico
Tipo de dreno;
Fluido hemático
Líquido drenado - quantidade e características;
Fluido sero hemático
Permeabilidade
Fluido purulento
Retirar Pontos: sempre de forma alternada
1. Execute os passos referentes à limpeza e desinfecção da ferida cirúrgica
2. Coloque uma compressa junto à sutura;
3. Se utilizar lâmina de bisturi:
Fixe a lâmina de bisturi na pinça de Kocher
4. Levante o ponto a retirar com a pinça de dissecção
5. Com a tesoura ou com a lâmina de bisturi, corte o ponto na porção mais curta da linha,
(manter zona de corte da lâmina, virada para cima)
6. Puxe o ponto com a pinça de dissecção e coloque-o em cima da compressa
Em caso de Evisceração:
Canalizar uma veia
Manter a víscera húmida
Posição de semi-fowler
Não fazer qualquer tipo de esforço
O utente tem que ir novamente ao bloco para retificar a situação
Etiologia:
Isquémico – trombótico (placas de ateroma) ou embólico (coagulo)
Hemorrágico
Fatores de Risco:
Modificáveis: Não modificáveis:
Doença cardíaca Género
Diabetes mellitus Hereditariedade
HTA Idade
Hipercolesterolemia
Tabagismo
Contração oral
Stress
Obesidade
Avaliação de Enfermagem:
escala de NIHSS
Escala mais utilizada para avaliar os doentes vítimas de AVC em contexto hospitalar.
A escala tem um score entre 0 e 42
Os doentes são posteriormente encaminhados para as unidades de AC no hospital.
Trombólise:
Idade superior a 18 anos
Deve ser administrada em menos de 4,5 horas apos o início dos sintomas
Em especial a primeira hora é essencial para a diminuição das lesões do AVC
medicação trombolitica – para fazer a lise dos trombos que estão a obstruir o lúmen
das artérias
Para fazer a avaliação do utente AVC podem ser utilizadas diversas escalas:
Lower – avaliação da força
Ashworth – avaliação do tónus
NIHSS – avaliação estado de consciência e défices neurológicos
Guss – avaliação da disfagia
Barthel – avaliação da dependência das AVD
Glasgow – avaliação do estado de coma
Alterações da sensibilidade/mobilidade:
Contacto físico
Rolamento (virar na cama)
Posicionamento sobre o lado afetado
Exercícios de quadricípite e glúteos
Talas insufláveis
Ponte – fortalecimento da musculatura afetada
Automobilização – o utente acompanha o movimento com o olhar
Levante para cadeira de baloiço
Avaliação do Doente:
é necessário perceber se o doente mantém a capacidade de tomada de decisão
história de traumatismos anteriores
hábitos de vida – padrão
avaliar pares cranianos
exames laboratoriais – pode ser pedido a punção lombar