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ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM NO PRÉ,
INTRA E PÓS
OPERATÓRIO
CLAUDINEI APARECIDO
TRINDADE
PERÍODOS OPERATÓRIOS

• Pré Operatório

• Intraoperatório

• Pós Operatório
PRÉ OPERATÓRIO
• O termo pré-operatório refere-se aos preparativos realizados
antes de uma cirurgia, o que inclui a avaliação do paciente pelo
cirurgião e anestesista , bem como assistência de enfermagem. É
dividido em dois momentos:

• Pré-operatório mediato: período que vai do momento da


marcação da cirurgia até 24 horas antes do procedimento
(véspera da cirurgia).

• Pré-operatório imediato: paciente está a 24 horas da cirurgia


até o momento da cirurgia.
PRÉ OPERATÓRIO
• Os procedimentos desse período tem como objetivo otimizar as
condições do paciente para a cirurgias, pela identificação e
correção de distúrbios que aumentam os riscos da operação.

• Tais procedimentos são acompanhados de um cuidadoso preparo,


conforme o tipo e o porte do ato operatório, aumentando assim, a
probabilidade do paciente reagir adequadamente ao trauma
cirúrgico e suas consequências.

• O pré operatório começa bem antes do paciente internar, pois é


preciso passar por avaliação para assegurar um procedimento com
menos risco possível.
PRÉ OPERATÓRIO
• A avaliação do paciente para a realização de uma cirurgia deve
considerar:
 Idade
 Condições nutricionais
 Condições pulmonares
 Condições cardiovasculares
 Condições neurológicas
 Condições renais
 Condições hepáticas
PRÉ OPERATÓRIO
IDADE

Existe uma correlação entre idade e a capacidade do indivíduo de


manter a homeostasia fisiológica. Assim, observa-se que as
crianças reagem melhor a um trauma cirúrgico, recuperando-se
mais rapidamente, enquanto os idosos suportam com mais
dificuldades um tratamento de mesmo porte, necessitando de um
preparo mais criterioso.
PRÉ OPERATÓRIO
CONDIÇÕES NUTRICIONAIS

As condições nutricionais precisam ser avaliadas, melhoradas e /


ou compensadas, podendo inclusive da necessidade de nutrição
parenteral prolongada até regimes dietéticos apropriados.

Os fatores a serem considerados nas condições nutricionais são:


volume sanguíneo, a taxa de hemoglobina e de proteínas, a
quantidade de água e eletrólitos, as vitaminas B e C, a taxa de
glicose e o peso corporal.
PRÉ OPERATÓRIO
CONDIÇÕES PULMONARES

Uma elevada taxa de complicações pós operatórias está relacionada


com as condições pulmonares. É necessário como medidas
profiláticas:

 Estimular o paciente respirar corretamente, fazer exercícios


respiratórios e evitar o fumo;
 Realizar RX de tórax para identificar anomalias.
PRÉ OPERATÓRIO
CONDIÇÕES CARDIOVASCULARES

O coração, os vasos sanguíneos e o sangue devem ser avaliados, pois


influi diretamente na reação do paciente à cirurgia, no que diz
respeito à homeostasia, à cicatrização, ao transporte de nutrientes e
gases e a manutenção da pressão sanguínea.

As medidas necessárias são:

 Controle da PA e pulso;
 Avaliação hemograma, coagulograma e eletrocardiograma;
 Observação das condições circulatórias das extremidades.
PRÉ OPERATÓRIO
CONDIÇÕES NEUROLÓGICAS

Os anestésicos e analgésicos deprimem o sistema nervoso, e, uma


vez que esse sistema regula e coordena todos os demais sistemas
orgânicos, assim como os fenômenos físicos e psicológicos da dor, as
condições neurológicas precisam também de avaliação.
PRÉ OPERATÓRIO
CONDIÇÕES RENAIS

O sistema renal é importante para a obtenção da homeostase orgânica


e do equilíbrio hidroeletrolítico, de modo que suas condições devem
ser avaliadas, por meio de anamnese e exames de urina.
PRÉ OPERATÓRIO
CONDIÇÕES HEPÁTICAS

O fígado exerce inúmeras funções relacionadas com a coagulação, a


manutenção do nível de glicose e de proteínas e de proteínas no
sangue e , principalmente, com o metabolismo de drogas anestésicas,
sendo avaliados por exame clínico e caso precisar, exames
laboratoriais.
PRÉ OPERATÓRIO
• Alguns exames são essenciais para a avaliação das condições
do paciente cirúrgico.

PESQUISAR QUAIS SÃO ESTES EXAMES!!!


PRÉ OPERATÓRIO

CUIDADOS MEDIATOS
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS MEDIATOS
LEMBRE-SE que o pré-operatório mediato é o período que vai do
momento da marcação da cirurgia até 24 horas ANTES do
procedimento (véspera da cirurgia).

A principal finalidade dos cuidados mediatos, além de possibilitar o


conforto e a adaptação do paciente, é fazer a profilaxia das
complicações pós-operatórias.

Esta fase compreende várias medidas como:


PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS MEDIATOS
Autorização para a cirurgia: trata-se de uma exigência médico-
legal, que deve ser assinada pelo paciente ou por seu responsável.

Abolição do fumo: diminuir a secreção brônquica e diminuir


complicações pulmonares e anestésicas.

Fisioterapia respiratória: vai depender do tipo de cirurgia e as


condições do paciente, para melhorar a expansão e ventilação
pulmonar.
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS MEDIATOS
Estimulação de movimentos: essa medida tem como objetivo evitar
o repouso prolongado dos pacientes aptos á deambulação, bem como
proporcionar movimentação ativa ou passiva dos acamados, com a
finalidade de facilitar o retorno venoso dos MMII e reduzir as
complicações circulatórias.

Aferição de peso e altura: são parâmetros para avaliação do


paciente, administração de anestésicos e outras drogas.

Coleta de sangue: exames laboratoriais e relação com o banco de


sangue, se for necessário.
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS MEDIATOS
Jejum: antes da cirurgia é necessário jejum alimentar de pelo menos
8 horas e jejum hídrico de 4 horas ( vai depender das orientações
médicas), sendo que a última refeição deve ser leve (caldo ou sopa).
O objetivo é reduzir a probabilidade de vômitos e aspiração de
conteúdo gástrico.

Repouso: a finalidade dessa medida é proporcionar um ambiente


tranquilo, favorecendo o repouso noturno do paciente, Poderá
receber, sob prescrição do anestesista, medicação ansiolítica e
relaxante muscular para induzir melhor o seu descanso.
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS MEDIATOS
Orientação e conscientização do paciente: o paciente deve estar
consciente quanto ao uso de aparelhos e acessórios como sonda
gástrica e sonda vesical, entre outros, a que poderá estar sujeito no
pós operatório.

É importante o paciente receber informações do ambiente e da equipe


do centro cirúrgico e recuperação anestésica que o assistirá.

Com isso, o paciente passa a compreender melhor o que está prestes


a vivenciar. A consciência dos procedimentos a que será submetido
faz com que ele os aceite e colabore ativamente para a sua execução,
e também contribui para reduzir a ansiedade durante a recuperação
anestésica e cirúrgica.
PRÉ OPERATÓRIO

CUIDADOS IMEDIATOS
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS IMEDIATOS
 Tricotomia: recomenda-se esta prática apenas quando os pelos
interferirem no procedimento cirúrgico. É realizada de acordo com a
rotina de cada serviço ( na véspera ou horas antes da cirurgia). Quando
recomendada, deve realizar em área mais restrita possível, sobre a pele
previamente limpa e com técnica limpa.

Quando indicada, deverá ser realizada na unidade de internação, e em


algumas instituições, a mesma é realizada em uma sala de preparo no
CC minutos antes da indução anestésica, como medida preventiva de
infecção hospitalar.

Recomenda-se o uso de cortadores elétricos, o que diminui os riscos de


lesões cutâneas.
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS IMEDIATOS
 Banho pré operatório: água corrente, com sabão. Em algumas
rotinas e cirurgias usa-se antissépticos para o banho.

 Em pacientes acamados, a enfermagem deverá realizar a higiene do


paciente, incluindo os cabelos e higiene oral.

Vestir roupas limpas após banho.

Esta medida está relacionada com a prevenção da


infecção hospitalar.

De preferência 02 horas antes.


PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS IMEDIATOS
 Preparo intestinal:

Não são todas as cirurgias que necessitam do procedimento, porém


essa medida corresponde ao esvaziamento intestinal com a finalidade
de evitar a incontinência de fezes durante o ato cirúrgico devido à ação
da anestesia, assim como a evacuação de fezes endurecidas no pós
operatório imediato. Outro objetivo desse procedimento é diminuir a
possibilidade de contaminação da cavidade peritoneal, se o intestino
for seccionado durante a cirurgia.

Geralmente usa-se o preparo intestinal em cirurgias abdominais.

O procedimento é realizado através de um ENEMA.


PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS IMEDIATOS
 Remover próteses, maquiagem, esmalte, joias, adornos (piercings,
anel, etc) e lentes de contato. Entregar os pertences á família, ou
guardar devidamente identificados;

 Puncionar acesso venoso se necessário. Muitas vezes é realizado


dentro do centro cirúrgico;

 Paramentar adequadamente o paciente, com camisola e gorro;

 Verificar os SSVV, averiguando alterações e comunicar à equipe


médica, pois depende do caso, pode implicar no adiamento da
cirurgia;
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS IMEDIATOS
 Solicitar para o paciente esvaziar a bexiga. Pode ser indicado o
cateterismo de demora dependendo o tipo de cirurgia, mais
geralmente quando necessário, se faz no centro cirúrgico;

 Pode ser indicado a sondagem nasogástrica, porém o


procedimento geralmente é realizado na sala de cirurgia, com o
paciente anestesiado, para evitar desconforto ao paciente;

 Providenciar prontuários completos, anexando radiografias,


resultados de exames, etc.;
PRÉ OPERATÓRIO –
CUIDADOS IMEDIATOS
 Administrar pré-anestésico, conforme prescrição médica. Geralmente
realizado de 45 a 60 minutos antes da cirurgia. Contribui para reduzir a
ansiedade do paciente e facilitar a indução anestésica.

 Registrar no prontuário as anotações referentes às condições gerais do


paciente e aos preparos realizados;

 Permitir a presença de amigos e familiares nesse momento;

 Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico de maca, com grades elevadas,


com o paciente coberto. O prontuário do paciente deve ser encaminhado
junto;

 Solicitar limpeza do leito e após preparar (cama de operado).


PERÍODO
INTRAOPERATORIO
INTRAOPERATÓRIO
• O período Intraoperatório é o momento onde o paciente será
submetido a cirurgia propriamente dita, a qual acontecerá no Bloco
Cirúrgico até sua admissão na Sala de Recuperação Pós Anestésica
- SRPA (iniciando o POI).


CUIDADO AO RECEPCIONAR O PACIENTE! NÃO SE
DEVE FALAR:

“ Esse é o da hérnia?”

“ Cadê o paciente da vesícula?”

“O senhor vai operar o que?”

• Esse comportamento contribui negativamente para o estado


emocional do paciente, pois transmite insegurança.
INTRAOPERATÓRIO -
CUIDADOS
• Recepcionar o paciente, de forma cordial, apresentando-se;

• Checar dados de identificação do paciente e da cirurgia;

• Checar todo o preparo pré operatório ( jejum, tricotomia, pré


anestésico, retirada de prótese, adornos, esmalte, uso de camisola,
gorro);

• Checar todos os exames em anexo, reservas de sangue (caso for


necessário);
INTRAOPERATÓRIO –
CUIDADOS
• Encaminha-lo à sala de cirurgia sob os cuidados do circulante;

• Transferir o paciente para a nessa cirúrgica, mantê-lo aquecido e


protegido até a entrada da equipe de cirurgia;

• O circulante deve sempre manter contato cordial, amigável com o


cliente, de forma que o mesmo se sinta seguro.
OBSERVAÇÃO
• A atuação da equipe de enfermagem (CIRCULANTE DE SALA)
no intraoperatório inclui: montagem, circulação e desmontagem da
sala.

• Esses procedimentos são realizados com a finalidade de assegurar


condições funcionais e técnicas necessárias ao bom andamento do
ato cirúrgico e, consequentemente, à segurança do paciente.

• Essa atividades são descritas na aula “CIRCULANTE DE


SALA”.
PERÍODO PÓS
OPERATÓRIO
PÓS OPERATÓRIO
• Tem início no final da sutura cirúrgica e termina quando as
alterações orgânicas resultantes da cirurgia tenham cessado, o que
pode levar dias, semanas ou meses.

• É divido em três fases:

 Pós Operatório Imediato (POI)


 Pós Operatório Mediato (POM)
 Pós Operatório Tardio (POT)
PÓS OPERATÓRIO
• Pós-operatório Imediato: período crítico onde se deve ter muita
atenção, começa ao final da cirurgia e dura 24hs.

• Pós-operatório Mediato: período em que o paciente se encontra


internado, após 24h de cirurgia até 7 dias depois do procedimento
(geralmente quando se tem alta), exemplo: ( 1ºP.O, 2°P.O e
3ºP.O .....)

• Pós- operatório Tardio: após os 7 dias.


PÓS OPERATÓRIO
• O principal objetivo da assistência de enfermagem na fase pós-
operatória é prever e, se preciso, corrigir complicações pós
operatórias que se instalem, além de contribuir para uma rápida
recuperação do paciente.

• Para que esses objetivos seja alcançado, a equipe de enfermagem


necessita conhecer: os efeitos da anestesia sobre o organismo do
paciente; o órgão e os tecidos operados e o procedimento cirúrgico
realizado; o local da incisão, o tipo de sutura, a localização e a
função de drenos e sondas, assim poderá planejar uma assistência
adequada.
PÓS OPERATÓRIO
• Conhecer todos os aspectos descritos anteriormente também
contribui para planejar e preparar a unidade que receberá o
paciente, que no POI inicia-se na SALA DE RECUPERAÇÃO
PÓS ANESTÉSICA (SRPA), e depois é encaminhado à Clínica
Cirúrgica. Muitas vezes este POI corre na UTI (em casos graves).

• O POI é considerado crítico, o paciente necessita de vigilância


constante das equipes médicas e de enfermagem, pois é o momento
de maior incidência de complicações, principalmente respiratória e
circulatória. Além de prevenir complicações, o paciente deve ter
estabilização completa das funções vitais.
LEMBRE-SE
• A sala de recuperação pós anestésica (SRPA) é a área que se
destina à permanência do paciente logo após o termino do ato
anestésico cirúrgico. Neste local o paciente fica sob os cuidados
das equipes de enfermagem e médica, especialmente o
anestesista. Nesta sala o tempo de permanência do paciente varia,
em media de 1 a 6 horas.
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• A admissão do cliente na SRPA é realizada pela equipe de
enfermagem (enfermeiro, técnicos em enfermagem) e anestesista
responsável pelo setor. Na grande maioria, o anestesista que
acompanha a recuperação do cliente na SRPA é o mesmo que foi
responsável pela anestesia durante a cirurgia.

• Na admissão na SRPA, a equipe deve receber as seguintes


informações: intervenção cirúrgica executada, uso do bisturi
elétrico, perdas sanguíneas, intercorrências, antecedentes
patológicos, alergias a drogas, estado geral do paciente ao deixar a
sala de cirurgia, presença de drenos, sondas, cateteres e
recomendações especiais sobre o pós operatório.
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• O paciente deve ser encaminhado á SRPA através de maca, com
grades elevadas;

• Recepcionar e verificar a identificação do cliente com o prontuário;

• Orientar cliente sobre o término da cirurgia e sua permanência na


SRPA;

• Instalar monitor cardíaco (se necessário) e oximetria de pulso;

• Avaliação constante do nível de consciência;


PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• Monitorar SSVV: P, PA, T, FR e DOR. Pode ser necessário a
avaliação dos SSVV de 15 em 15 minutos na primeira hora, 30 em
30 minutos na segunda hora e , a partir daí, de hora em hora, desde
que estáveis;

• Se prescrito e necessário, instalar nebulização com O² úmido;

• Avaliar saturação de O2 através do oxímetro, bem como padrão


respiratório e presença de cianose;

• Se necessário, o ENFERMEIRO, deve aspirar vias aéreas para


manter padrão respiratório adequado e vias aéreas permeáveis;
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• Verificar localização de drenos, sondas e anotar débitos e
características da drenagem;

• Observar queixas de retenção urinária nos pacientes sem SVD.


Caso aconteça retenção, realizar manobras para estímulo da diurese
espontânea e/ou pode ser necessário a utilização de sonda vesical
de demora (SVD) ou sonda vesical de alívio SVA). Estes
procedimentos são realizados pelo ENFERMEIRO sob prescrição
médica;

• Verificar localização e condições do curativo cirúrgico. Controlar o


sangramento, que quando excessivo deve ser comunicado
imediatamente Enfermeiro e Médico;
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• Promover aquecimento do paciente, evitando a hipotermia;

• Manter a segurança do paciente, deixando grades elevadas da


maca ou cama.

• Pacientes submetidos principalmente a anestesia geral, ao


retornarem à consciência, podem apresentar agitação psicomotora,
e a equipe de enfermagem deve estar atenta a medidas de
segurança para evitar a queda do leito, desconexão de sondas,
cateteres e drenos. Além das grades elevadas, pode ser necessário
restringir o paciente visando a sua segurança;
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• Manter infusões venosas adequadas e atentar para possíveis
infiltrações e irritações cutâneas no local da inserção do cateter
venoso periférico;

• Observar náuseas e vômitos, lateralizando a cabeça quando


possível para evitar aspiração;

• Administrar medicamentos prescritos e os necessários quando


dor, vômito, etc;

• Minimizar fatores de estresse, evitando conversas e ruídos


desnecessárias que possam perturbar o paciente;
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• Evitar a lesão de nervos e a tensão muscular, apoiando e
acolchoando corretamente as zonas de pressão e proeminências
ósseas, além de manter o alinhamento corporal, sempre em
posição anatômica;

• Sempre manter privacidade do paciente e explicar os


procedimentos que serão realizados;

• Comunicar e registrar qualquer intercorrência;

• Realizar anotações de enfermagem no prontuário do paciente;


PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
• Um recurso utilizado para avaliação do paciente no pós operatório
na SRPA, é o Índice de Aldrete e Kroulik.

• Esse índice avalia o sistema cardiovascular, respiratório, nervoso


central e muscular.

• O índice obtido pelo paciente retrata a evolução do seu quadro


clínico, e está relacionado a sua alta da SRPA.
PÓS OPERATÓRIO
IMEDIATO - SRPA
Alta do cliente da SRPA / Critérios:

• Valor da escala de Aldrete e Kroulik entre 8 e 10;


• Recuperação completa da consciência;
• Estabilidade cardiovascular;
• Função respiratória normal;
• Função motora recuperada;
• Curativos limpos: ausência de sangramento ativos;
• Dor operatória controlada (ausente ou mínimo possível);
• Ausência de náuseas, vômitos e retenção urinária.
PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO e
MEDIATO NA Cl. CIRÚRGICA
Após a alta da SRPA, o paciente será encaminhado para a clínica
cirúrgica. Os cuidados realizados na Clínica Cirúrgica são semelhantes
aos realizados na SRPA, e de forma geral corresponde:

• Recepção do paciente, verificar identificação;

• Posicionar o paciente no leito e mantê-lo aquecido;

• Verificar funcionamento de drenos e sondas, anotando débitos e


características;

• Estar atento ao nível de consciência, movimentação dos membros;


PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO e
MEDIATO NA CL. CIRÚRGICA
• Verificar e manter infusões venosas pérvias atentando para sinais
flogísticos;

• Se paciente sem SVD, atentar para a possibilidade de retenção


urinária;

• Verificar localização, característica da ferida operatória e controle


do sangramento. Realizar curativo de forma asséptica;

• Controle de SSVV: P, T, FR, PA e dor. Esteja atento ao aumento de


temperatura corpórea, pois pode indicar infecção;
PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO e
MEDIATO NA CL. CIRÚRGICA
• Observar náuseas, vômitos, dor ou outra intercorrência,
comunicando e medicando conforme prescrição médica;

• Administrar os medicamentos prescritos de forma adequada e nos


horários estipulados, principalmente os antibióticos;

• Orientá-lo sobre os cuidados no PO, como, solicitar quando


precisar ir ao banheiro;

• Fornecer comadre e papagaio caso necessário, se o paciente não


consiga ir ao banheiro;
PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO e
MEDIATO NA CL. CIRÚRGICA
• Observar funcionamento intestinal, anotar presença e
características, bem como diurese;

• Estimular e observar a aceitação do reinício da alimentação


(verificar prescrição médica para ver que tipo de dieta e quando
iniciar);

• Mudar frequentemente a posição do paciente, deixando-o


confortável;

• Estimular a deambulação caso não for contra indicado, pois


favorece a expansão pulmonar, circulação e funcionamento
intestinal;
PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO e
MEDIATO NA CL. CIRÚRGICA
• Manter cuidados com SNG ou SNE se o mesmo estiver usando;

• Manter cuidados de higiene e conforto: banho, higiene oral, higiene


íntima, troca de roupa de cama, limpeza concorrente;

• Manter privacidade e sempre explicar os procedimentos que serão


realizados;

• Comunicar qualquer intercorrência;

• Manter ambiente calmo e tranquilo;

• Realizar anotações de enfermagem.


OBSERVAÇÃO
• De maneira geral, os cuidados pré, intra e pós operatório são
os apresentados anteriormente.

• Vale ressaltar que o tipo de cirurgia e sua complexidade


determina cuidados mais específicos nos momentos
operatórios, onde a equipe prestará assistência de acordo com
o quadro do paciente como: cuidados com dreno de tórax,
dreno de porto vac, acesso venoso central (intracath), etc.
Referências
Bibliográficas
• ARONE, Evanisa Maria; PHILIPPI, Maria Lúcia dos Santos.
Introdução à enfermagem médico-cirúrgica. São Paulo: Editora
Senac São Paulo. 3° edição revisada: 2010.

• BARTMANN, Mercilda. Enfermagem Cirúrgica. Rio de


Janeiro: Senac Nacional, 2012. 2° reimpressão.

• MOURA, Maria Lúcia Pimentel de Assis. Enfermagem em


centro cirúrgico e recuperação anestésica. São Paulo: Editora
Senac São Paulo. 8° edição revisada e ampliada: 2006.
E LEMBRE SEMPRE
“O PACIENETE NÃO
É SÓ UM PACIENETE,
ELE É O AMOR DE
ALGUÉM”

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