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SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Epidemiologia -> BR................................................. 3
3. Fisiopatologia -> necrose de coagulação /
zonas de lesão.................................................................. 6
4. Mecanismo de cura.................................................... 9
5. Classificação...............................................................11
6. Cálculo de superfície corpórea............................18
7. Tratamento..................................................................22
Referências Bibliográficas .........................................28
QUEIMADURAS 3

1. INTRODUÇÃO ou radioativo, que destrói parcialmen-


te ou totalmente a pele e seus ane-
Podemos definir as queimaduras
xos, podendo alcançar camadas mais
como uma lesão tecidual decorrente
profundas como o tecido celular sub-
de trauma térmico, elétrico, químico
cutâneo, músculos, tendões e ossos.

Figura 1. Foto de uma queimadura. Fonte: https://drogariasantoremedio.com.br/o-que-fazer-em-caso-de-queimadura/

As lesões por queimadura estão en- 2. EPIDEMIOLOGIA -> BR


tre as mais devastadoras de todas as
Segundo a Organização Mundial de
lesões e são responsáveis por uma
Saúde (OMS), 320 mil crianças mor-
grande crise global de saúde pública.
rem todos os anos em consequência
As queimaduras são o quarto tipo de
de queimaduras. Números impressio-
trauma mais comum no mundo, após
nantes, principalmente, por se trata-
acidentes de trânsito, quedas e vio-
rem de acidentes que acontecem nos
lência interpessoal. Aproximadamen-
próprios lares por distração e que,
te 90% das queimaduras ocorrem em
portanto, poderiam ser evitados.
países de baixa a média renda, regi-
ões que geralmente não possuem a Segundo a Sociedade Brasileira de
infraestrutura necessária para re- Queimaduras, no Brasil acontecem
duzir a incidência e a gravidade das um milhão de casos de queimaduras
queimaduras. a cada ano, 200 mil são atendidos
em serviços de emergência, e 40 mil
QUEIMADURAS 4

demandam hospitalização. As quei- 100.000) do que homens (0,06 por


maduras estão entre as principais 100.000).
causas externas de morte registra-
das no Brasil, perdendo apenas para SE LIGA! Os grupos mais vulneráveis
outras causas violentas, que incluem a lesões por queimaduras são crianças,
acidentes de transporte e homicídios. mulheres e adultos mais velhos. A falta
Estudo conduzido no Distrito Federal de supervisão de crianças, a fragilida-
de e as doenças comórbidas de idosos,
demonstrou taxa de mortalidade de roupas feitas de materiais inflamáveis,
6,2% entre os queimados internados analfabetismo dos pais, moradia con-
em hospital de emergência. gestionada, comprometimento pree-
xistente de uma criança e baixo status
As lesões por queimadura não inten- socioeconômico são fatores de risco im-
cionais e intencionais variam de acor- portantes para lesões por queimaduras.
do com a faixa etária, sexo, renda e
região global. Nos países de alta ren-
Sabemos que o prognóstico de uma
da, a tendência nos últimos anos tem
vítima de queimadura vai depender
sido uma redução na incidência de
da extensão da Superfície Corporal
queimaduras, gravidade da queima-
Queimada (SCQ), da profundidade e
dura, tempo de internação e taxa de
localização da lesão, da presença ou
mortalidade.
não de doenças crônicas associadas
As lesões por queimadura estão en- e da idade do paciente (mais grave
tre as 15 principais causas globais em crianças e idosos).
de carga de doenças. Queimaduras
Assim, as queimaduras de primeiro
são mais comuns em países de baixa
grau e algumas queimaduras de se-
e média renda. As três regiões com
gundo grau curam-se em dias ou se-
as maiores taxas de prevalência são
manas sem deixarem cicatrizes. As
a região do Pacífico Ocidental, a re-
queimaduras profundas de segundo
gião do Mediterrâneo Oriental e a re-
grau e as queimaduras pequenas de
gião do Sudeste Asiático. Os países
terceiro grau demoram semanas para
de baixa renda apresentam maior
se curarem e, normalmente, causam
carga de queimaduras relacionadas
cicatrizes. A maior parte requer en-
ao fogo do que os países de alta ren-
xertos de pele. As queimaduras que
da. Uma pesquisa de base comunitá-
afetam mais de 90% da superfície
ria realizada em Bagdá entre 2003 e
corporal ou mais de 60% numa pes-
2014 mostrou que a prevalência de
soa idosa, são normalmente mortais.
queimaduras foi de 1,1% dos 5148
indivíduos entrevistados em 900 fa- Houve um declínio na mortalidade
mílias. A prevalência de queimadu- devido a incêndios e chamas em todo
ras é maior para mulheres (0,09 por o mundo. Nos Estados Unidos (EUA),
QUEIMADURAS 5

a taxa de mortalidade por incêndio e 1982 a 2002 incluem Canadá, Fran-


queimaduras ajustada à idade dimi- ça, México, Panamá, Tailândia, Reino
nuiu de 2,99 por 100.000 em 1981 Unido e Venezuela.
para 1,2 por 100.000 em 2006. En- Aproximadamente 90% de todas as
tre 1990 e 2010, o Global Burden of mortes relacionadas a queimaduras
Disease Project observou um declí- ocorrem em países de baixa e média
nio de 6% no mundo em mortes por renda ou baixa renda, enquanto 3%
incêndio e queimaduras, de 5,3 para ocorrem em países de alta renda. Nos
4,9 por 100.000. Durante esse perí- EUA, em 2006, as taxas de mortali-
odo, entre 1982 e 2002, a mortalida- dade por mortes relacionadas a quei-
de por incêndios e queimaduras nos maduras em crianças até quatro anos
homens australianos caiu de 1,5 para de idade foram 1,24 vezes mais altas
0,7 por 100.000. Da mesma forma, a para meninas do que meninos. Para
taxa de mortalidade por incêndio em crianças de 4 a 20 anos, a taxa de
mulheres brasileiras diminuiu de 1,1 mortalidade foi quase idêntica para
para 0,5 por 100.000. Outros países meninos e meninas (0,7 por 100.000
que observaram redução na mortali- e 0,65 por 100.000 crianças).
dade por incêndios e queimaduras de
QUEIMADURAS 6

MAPA MENTAL DA EPIDEMIOLOGIA

6,2% no
320 mil crianças
Distrito Federal

Brasil Mundo

Mortes

90% em países
subdesenvolvidos

Prevalência QUEIMADURAS Casos

Brasil
Maior em mulheres

Grupos vulneráveis

1 milhão

Idosos

200 mil atendidos


Crianças

40 mil hospitalizados
Mulheres

3. FISIOPATOLOGIA vai depender da intensidade da expo-


-> NECROSE DE sição térmica, das características da
COAGULAÇÃO / ZONAS DE área queimada e das reações locais e
LESÃO sistêmicas.
A fisiopatologia da lesão por queima- Assim, a queimadura irá comprome-
dura se dá pela destruição da inte- ter a integridade funcional da pele,
gridade capilar e vascular, em razão responsável pela homeostase hidro-
de seus efeitos serem locais e sistê- eletrolítica, controle da temperatura
micos. O comprometimento do tecido interna, flexibilidade e lubrificação da
QUEIMADURAS 7

superfície corporal. Portando, a mag- Nas grandes queimaduras, além da


nitude do comprometimento dessas resposta local, o dano térmico desen-
funções depende da extensão e pro- cadeia ainda uma reação sistêmica do
fundidade da queimadura. organismo, em conseqüência da libe-
A injúria térmica provoca no organis- ração de mediadores pelo tecido le-
mo uma resposta local, traduzida por sado. Ocorre extenso dano à integri-
necrose de coagulação tecidual e pro- dade capilar, com perda acelerada de
gressiva trombose dos vasos adjacen- fluidos, seja pela evaporação através
tes num período de 12 a 48 horas. da ferida ou pela seqüestração nos in-
terstícios, que é agravada por subpro-
A ferida da queimadura a princípio é dutos da colonização bacteriana.
estéril, porém o tecido necrótico ra-
pidamente se torna colonizado por Além disso, nas queimaduras exten-
bactérias endógenas e exógenas, sas, superiores a 40% da área cor-
produtoras de proteases, que levam poral, o sistema imune é incapaz de
à liqüefação e separação da escara, delimitar a infecção, que, sistemati-
dando lugar ao tecido de granulação zando-se, torna rara a sobrevida nes-
responsável pela cicatrização da feri- ses casos. Essa resposta sistêmica
da, que se caracteriza por alta capa- manifesta-se por febre, circulação
cidade de retração e fibrose nas quei- sanguínea hiperdinâmica e ritmo me-
maduras de terceiro grau. tabólico acelerado, com aumento do
catabolismo muscular, decorrente de
alteração da função hipotalâmica (au-
mento da secreção de glucagon, cor-
tisol e catecolaminas), da deficiência
da barreira gastrointestinal (passa-
gem de bactérias e seus subprodutos
para a circulação sistêmica), da con-
taminação bacteriana da área quei-
mada (liberação sistêmica de bacté-
rias e subprodutos), da perda de calor
(evaporação através da ferida levan-
do à hipotermia) e da perda de fluidos
(desequilíbrio hidroeletrolítico).
Outro ponto importante que precisa-
mos ter em mente são as zonas de
lesão. Sendo a pele responsável por
Figura 2. Foto com a formação de flictena por li-
quefação. Fonte: https://images.app.goo.gl/ fornecer uma forte barreira à trans-
PAFEzGKY5deNseCk6 ferência de energia para os tecidos
QUEIMADURAS 8

mais profundos, mesmo com a remo- Essa área é chamada de zona de es-
ção do foco desencadeador da quei- tase e, dependendo das condições
madura, a resposta dos tecidos locais da ferida, pode sobreviver ou evoluir
pode levar à lesão nas camadas mais para necrose coagulativa. Tratamen-
profundas. A área de lesão cutânea to direcionado para o controle da in-
ou superficial é assim dividida em três flamação local, imediatamente após
zonas – zona de coagulação, zona de a queimadura pode preservar a zona
estase e zona de hiperemia. A área de estase. A última área é denomina-
necrótica da queimadura onde as cé- da zona de hiperemia, caracterizada
lulas foram destruídas é denominada pela vasodilatação em razão da infla-
zona de coagulação. Esse tecido é mação circunjacente à queimadura.
danificado irreversivelmente no mo- Essa região contém o tecido clara-
mento em que ocorre a lesão. A área mente viável do qual se inicia o pro-
imediatamente adjacente à zona ne- cesso de cicatrização e, geralmente,
crótica tem um grau de lesão mode- não tem risco de necrose adicional.
rado, com perfusão tissular reduzida.

Zona de coagulação

Zona de estase

Zona de hiperemia

Figura 3. Foto das zonas de lesão. Fonte: https://images.app.goo.gl/


RtxDxQUnVQnyfNSf8
QUEIMADURAS 9

MAPA MENTAL DA FISIOPATOLOGIA 4. MECANISMO DE


CURA
Por acometerem apenas a epi-
EXPOSIÇÃO derme resultando de uma sim-
TÉRMICA ples resposta inflamatória, as
queimaduras de primeiro grau
apresentam sua reversão em
até uma semana sem mudan-
Destruição da ças na coloração, espessura ou
parede celular
textura da pele a partir da mul-
tiplicação celular, com a desca-
Liberação de Perda da integridade mação da subcamada acometi-
proteases capilar e vascular da e normalmente não possuem
repercussões sistêmicas
Necrose de coagulação Assim como as queimaduras
superficiais, as queimaduras de
segundo grau podem ter cicatri-
Queimadura zação espontânea se não houver
complicações pele pelo proces-
so conhecido como reepitaliza-
Zonas de lesão ção e naquelas mais profundas
pelo mecanismo de contração
associado, a partir dos bordos
Danificado
Zona de coagulação
irreversivelmente da ferida, pela metaplasia de
fibroblastos em miofibroblas-
Zona de estase
Perfusão tos e a consequente retração
tissular reduzida
dos bordos.

Zona de hiperemia vasodilatação


QUEIMADURAS 10

Figura 4. Foto de reepitalização de queimadura. Fonte: https://images.app.goo.gl/NJ5TaPGSfWDtUJDZ9

Já as queimaduras de terceiro grau ou incapazes de se regenerarem, pois os


de espessura total, aquelas em que há anexos dérmicos e sua reserva epite-
lesão de todos os elementos da pele, lial estão destruídos e, portanto, ne-
incluindo epiderme, derme, tecido ce- cessitam de algum tipo de cobertura
lular subcutâneo, com destruição de cutânea, usualmente enxerto cutâneo
folículos pilosos, glândulas sudorípa- pele autólogo.
ras e sebáceas receptoras para dor e
da coagulação do plexo vascular, são
QUEIMADURAS 11

MAPA MENTAL DA CURA

Reepitalização

Segundo Grau
superficial
Descamação

Segundo grau
Primeiro Grau QUEIMADURA
profundo

Cobertura
Terceiro grau cirúrgica

5. CLASSIFICAÇÃO do contato, duração do contato da


fonte de calor externa e espessu-
As queimaduras podem apresentar
ra da pele. Como a condutividade
duas principais classificações, seja
térmica da pele é baixa, a maioria
em função de sua causa e de sua
das queimaduras térmicas envolve
profundidade. A seguir iremos apre-
a epiderme e parte da derme.
sentar as duas classificações.

Causas
• Calor - As queimaduras térmi-
cas mais comuns estão
associadas a chamas,
líquidos quentes,
objetos sólidos
quentes e va-
por. A profun-
didade da lesão
térmica está relacio-
nada à temperatura Figura 5. Foto de queimadura
por calor. Fonte: https://saude.cultu-
ramix.com/dicas/queimaduras
QUEIMADURAS 12

• Descarga elétrica - A energia elé- • Fricção - Lesões por fricção po-


trica é transformada em calor à dem ocorrer devido a uma com-
medida que a corrente passa pe- binação de ruptura mecânica dos
los tecidos do corpo com má con- tecidos, bem como o calor gerado
dução. A eletroporação (lesão das pela fricção.
membranas celulares) interrompe
o potencial e a função da membra-
na. A magnitude da lesão depende
da trajetória da corrente, da resis-
tência ao fluxo de corrente através
dos tecidos e da força e duração
do fluxo de corrente.

Figura 7. Foto de queimadura por fricção. Fonte:


https://saude.umcomo.com.br/artigo/como-curar-uma-
-queimadura-por-friccao-13855.html

• Produtos químicos - A lesão é


causada por uma ampla gama de
reações cáusticas, incluindo altera-
ção do pH, rompimento das mem-
branas celulares e efeitos tóxicos
diretos nos processos metabólicos.
Além da duração da exposição, a
natureza do agente determinará a
gravidade da lesão. O contato com
ácido causa necrose da coagula-
Figura 6. Foto de queimadura por descarga elétrica. ção do tecido, enquanto queima-
Fonte: https://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/
noticia/sorte-que-fiquei-consciente-diz-pintor-que-so-
duras alcalinas geram necrose de
breviveu-a-descarga-eletrica-de-11-mil-volts-em-ita- liquefação. A absorção sistêmica
tiba.ghtml
de alguns produtos químicos ame-
aça a vida e os danos locais podem
incluir toda a espessura da pele e
dos tecidos subjacentes.
QUEIMADURAS 13

Figura 8. Foto de queimadura por produtos químicos. Fonte: https://images.app.goo.gl/mGAnw4C8y98w4BpZ6

• Radiação - A energia de radio- associadas ao câncer devido à ca-


frequência ou a radiação ionizan- pacidade da radiação ionizante de
te podem causar danos à pele e interagir e danificar o DNA. Os re-
aos tecidos. O tipo mais comum de sultados clínicos da radiação ioni-
queimadura por radiação é a quei- zante dependem da dose, tempo
madura solar. Atualmente, as quei- de exposição e tipo de partícula
maduras por radiação são mais que determina a profundidade da
comuns hoje após a terapia tera- exposição. Dependendo da ener-
pêutica com radiação e também gia do fóton, a radiação pode cau-
em pacientes que recebem radia- sar queimaduras internas muito
ção excessiva por procedimen- profundas.
tos de diagnóstico. Queimaduras
por radiação podem ser vistas em
indivíduos que trabalham na in-
dústria nuclear. As queimaduras
por radiação são frequentemente
QUEIMADURAS 14

Figura 9. Foto de queimadura por radiação. Fonte: https://images.app.goo.gl/22BDMj1Yz4eodGuC7

Classificação por profundidade coxas mediais, períneo e orelhas,


sustenta lesões de queimadura mais
As queimaduras cutâneas também
profundas do que as sugeridas pela
podem ser classificadas de acordo
aparência inicial. É melhor assumir
com a profundidade da lesão tecidual.
que não há queimaduras superficiais
A profundidade da queima determina
nessas áreas. Crianças menores de
em grande parte o potencial de cica-
5 anos e adultos acima de 55 anos
trização e a necessidade de enxerto
também são mais suscetíveis a quei-
cirúrgico.
maduras mais profundas devido à
As feridas por queimadura geralmen- pele mais fina.
te não são uniformes em profundida-
de, e muitas apresentam uma mistura • Primeiro grau - queimaduras su-
de componentes profundos e super- perficiais ou epidérmicas envol-
ficiais. Uma avaliação precisa da pro- vem apenas a camada epidérmica
fundidade da ferida de queimadura da pele. Eles não causam bolhas,
pode ser difícil inicialmente, pois as mas são dolorosos, secos, verme-
feridas são dinâmicas e podem pro- lhos e empalidecem com a pres-
gredir e converter-se em feridas mais são. Nos próximos dois a três dias,
profundas e, portanto, podem levar a dor e o eritema diminuem e, apro-
vários dias para uma determinação ximadamente, no dia 4, o epitélio
final. A pele fina, particularmente nas lesionado se afasta da epiderme
superfícies volares dos antebraços, recém-cicatrizada. Tais lesões são
QUEIMADURAS 15

geralmente curadas em seis dias epidérmicas em profundida-


sem cicatrizes. Este processo é co- de podem ser determinadas
mumente visto com queimaduras como espessura parcial 12 a
solares. 24 horas depois. Essas quei-
maduras geralmente curam
em 7 a 21 dias; cicatrizes são
incomuns, embora possam
ocorrer alterações de pigmen-
to. Uma camada de exsudato
fibrinoso e detritos necróticos
pode se acumular na super-
fície, o que pode predispor a
ferida de queimadura à colo-
nização bacteriana pesada e
à cicatrização retardada. Es-
sas queimaduras geralmen-
te curam sem comprometi-
mento funcional ou cicatrizes
hipertróficas.

Figura 10. Foto de queimadura de primeiro grau. Fon-


te: UpToDate, 2020

• Segundo grau - queimaduras de


espessura parcial envolvem a epi-
derme e porções da derme. Eles
são caracterizados como superfi-
ciais ou profundos.
◊ Segundo grau superficial -
Essas queimaduras caracte- Figura 11. Foto de queimadura de segundo grau su-
risticamente formam bolhas perficial. Fonte: UpToDate, 2020

dentro de 24 horas entre a


epiderme e a derme. São do- ◊ Segundo grau profunda - Es-
lorosas, vermelhas, choram sas queimaduras se esten-
e empalidecem com a pres- dem até a derme mais profun-
são. Queimaduras que inicial- da e são caracteristicamente
mente parecem ser apenas
QUEIMADURAS 16

diferentes das queimaduras


de espessura parcial. Queima-
duras profundas danificam os
folículos capilares e o tecido
glandular. Elas são dolorosas
apenas por pressão, quase
sempre com bolhas (facilmen-
te abertas), são úmidas ou se-
cas por cera e apresentam co-
loração manchada variável, de
Figura 12. Foto de queimadura de segundo grau pro-
branco irregular a branco. Eles funda. Fonte: UpToDate, 2020
não empalidecem com a pres-
são. Se a infecção for evitada
e as feridas puderem cicatrizar • Terceiro grau - Essas queimadu-
espontaneamente sem enxer- ras se estendem através e destro-
tia, elas serão curadas em duas em todas as camadas da derme e
a nove semanas. Essas quei- geralmente danificam o tecido sub-
maduras invariavelmente cau- cutâneo subjacente. A presença
sam cicatrizes hipertróficas. de escaras, a derme morta e des-
Se envolverem uma articula- naturada, geralmente está intacta.
ção, espera-se uma disfunção A escara pode comprometer a via-
articular mesmo com fisiote- bilidade de um membro ou tronco,
rapia agressiva. Uma queima- se circunferencial. As queimaduras
dura profunda de espessura de espessura total são geralmen-
parcial que não cicatriza em te anestésicas ou hipoestéticas. A
duas semanas é funcional e aparência da pele pode variar de
cosmeticamente equivalente branco ceroso a cinza acinzenta-
a uma queimadura de espes- do a carbonizado e preto. A pele é
sura total. A diferenciação das seca e inelástica e não empalidece
queimaduras de espessura to- com a pressão. Os cabelos podem
tal é muitas vezes difícil. ser facilmente retirados dos folí-
culos capilares. Vesículas e bolhas
não se desenvolvem.
A escara eventualmente se separa
do tecido subjacente e revela um
leito não curado de tecido de gra-
nulação. Sem cirurgia, essas feridas
cicatrizam por contratura da ferida
QUEIMADURAS 17

com reepitalização em torno das • Quarto grau - queimaduras de


bordas da ferida. A cicatrização é quarto grau são lesões profundas
grave com contraturas; a cura es- e potencialmente fatais que se es-
pontânea completa não é possível. tendem através da pele até os te-
cidos moles subjacentes e podem
envolver músculos e / ou ossos.

Figura 13. Foto de queimadura de terceiro grau. Fonte:


UpToDate, 2020

Figura 14. Foto de queimadura de quarto grau. Fonte: https://doi.org/10.1590/S1983-51752011000100032.


QUEIMADURAS 18

CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS PELA PROFUNDIDADE


PROFUNDIDADE APARÊNCIA SENSAÇÃO TEMPO DE CURA
Superficial Seco, vermelho
Doloroso 3 a 6 dias
(epidérmica) Brancas com pressão
Bolhas Doloroso à tempe-
Espessura parcial
Úmido, vermelho, chorando ratura e ao ar e ao 7 a 21 dias
superficial
Brancas com pressão toque
Bolhas (facilmente abertas)
Molhado ou seco por cera
Espessura parcial Cor variável (irregular ao branco, Doloroso apenas à > 21 dias, geralmente re-
profunda branco ao vermelho) pressão quer tratamento cirúrgico
O branqueamento por pressão pode
ser lento
Branco ceroso a cinza acinzentado a
carbonizado e preto Apenas pressão Raros, a menos que trata-
Espessura completa
Seco e inelástico profunda dos cirurgicamente
Sem branqueamento com pressão
Lesões mais profun- Estende-se para a fáscia e / ou Nunca, a menos que seja
Pressão profunda
das (quarto grau) músculo tratado cirurgicamente
Tabela 1. Classificação das queimaduras pela profundidade

MAPA MENTAL DAS CLASSIFICAÇÕES

Primeiro Grau 6. CÁLCULO DE


Segundo Grau
Superficial
SUPERFÍCIE CORPÓREA
Terceiro Grau
Profunda
Uma estimativa completa e precisa do
tamanho da queimadura é essencial
Quarto Grau
para orientar a terapia e determinar
Profundidade quando transferir um paciente para
um centro de queimadura. Usando
um dos métodos descritos abaixo,
a extensão das queimaduras é esti-
QUEIMADURAS
mada e expressa como a porcenta-
gem área total da superfície corporal
(SCQ).
Causa

Calor SE LIGA! Queimaduras superficiais (pri-


meiro grau) não estão incluídas na ava-
Descarga elétrica
liação percentual de queima de SCQ.
Radiação

Fricção

Produtos químicos
QUEIMADURAS 19

Os locais das áreas queimadas de o método mais preciso para esti-


segundo e de terceiro grau são regis- mar a SCQ para adultos e crianças.
trados em um diagrama de queima. As crianças têm cabeças propor-
Presume-se que queimaduras com cionalmente maiores e extremida-
aparência compatível com segundo des inferiores menores, portanto a
grau profunda ou terceiro grau sejam porcentagem de SCQ é estimada
de terceiro grau até que seja possível com mais precisão usando o gráfi-
uma diferenciação precisa. co de Lund- Browder.

Métodos de
estimativa
Os dois métodos
mais usados para
avaliar a porcen-
tagem de SCQ em
adultos são o grá-
fico de Lund-Brow-
der e “Regra dos
noves”. O gráfico
de Lund-Browder é
o método recomen-
dado em crianças,
porque considera
a porcentagem re- Adultos
lativa da área de
superfície corporal
afetada pelo cresci-
mento. Se a queima
for irregular e/ou ir-
regular, o método
da palma da mão
pode ser mais útil.
• Lund-Browder Bebês
- O gráfico de
Lund-Browder é
Crianças (5 anos)
Figura 15. Distribuição corpórea pela regra de Lund-Browder. Fonte: UpToDate, 2020
QUEIMADURAS 20

GRÁFICO DE LUND-BROWDER MODIFICADO PARA AVALIAR A PORCENTAGEM DE QUEIMADURA TO-


TAL DA SUPERFÍCIE CORPORAL EM CRIANÇAS E ADULTOS
NASCIMENTO
ÁREA* 1 A 4 ANOS 5 A 9 ANOS 10 A 14 ANOS ADULTO
ATÉ 1 ANO
Cabeça 9,5 8,5 6.5 5.5 4.5
Pescoço 11 11 11 11 11
Tronco 13 13 13 13 13
Braço 2 2 2 2 2
Antebraço 1.5 1.5 1.5 1.5 1.5
Mão 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25
Coxa 2,75 3,25 4 4,25 4,5
Perna 2.5 2.5 2.5 3 3,25
Pé 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75
Nádega 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5
Genitália 11 11 11 11 11
Tabela 2. Distribuição corpórea pela regra de Lund-Browder

• Regra dos Nove - Para


avaliação de adultos, o
método mais expedito
para estimar a SCQ em
adultos é a “Regra dos
Nove”:
◊ A cabeça representa
9% de SCQ
◊ Cada braço repre-
senta 9% de SCQ
◊ Cada perna repre-
senta 18% de SCQ
◊ O tronco anterior e
posterior represen-
tam 18% de SCQ
◊ Genitália representa
1% de SCQ

Figura 16. Foto Regra dos Noves. Fonte: https://images.app.goo.gl/


e1WNXbfXPgTjjJkj8
QUEIMADURAS 21

• Método da palma da mão - quei-


maduras pequenas ou irregulares
podem ser aproximadas usando a
área da palma da mão do pacien-
te. A palma da mão do paciente,
excluindo os dedos, é aproxima-
damente 0,5% da área total da
superfície corporal, e toda a super-
fície palmar, incluindo os dedos, é
1% em crianças e adultos.

Figura 17. Foto palma da mão. Fonte: https://images.


app.goo.gl/NARQskjDUEKVdMHY9

SAIBA MAIS!
Precisão das estimativas percentuais da SCQ - Em vários relatórios observacionais com-
parando a estimativa do tamanho da queimadura no hospital de referência com a estimativa
no centro receptor de queimaduras, o tamanho das queimaduras maiores foi subestimado.
Isso resultou em sub-reanimação no hospital de referência. A transferência antecipada para
um centro de queimaduras deve ser organizada quando as lesões atenderem aos critérios
para queimaduras graves.
A porcentagem de EATB queimada pode estar subestimada em mulheres com mamas grandes
que apresentam queimaduras no tronco anterior. Uma tabela baseada no tamanho do copo de
um soutien destina-se a complementar o gráfico de Lund-Browder para estimativa de queima-
duras em adultos. Em uma revisão de 60 voluntários para determinar a diferença na porcenta-
gem de SCQ do tronco anterior entre homens e mulheres, constatou-se que as mulheres com
seios grandes (tamanho do copo D e maior) tinham uma quantidade significativamente maior
de porcentagem de SCQ no peito anterior em comparação com homens (16 versus 11%) [ 17]
Essa porcentagem adicional de SCQ está concentrada na região peitoral e representa 10% do
SCQ em comparação com 5% para homens e 7% para mulheres com seios menores.
Houve uma distribuição igual da SCQ do tronco anterior e posterior nos homens, mas uma
proporção de 1,6: 1 nas mulheres de seios grandes. Para cada aumento no tamanho do copo,
o SCQ do tronco anterior de uma mulher aumenta em um fator de 0,1, em relação ao tronco
posterior.
Além disso, um estudo em pacientes obesos sugeriu que os diagramas “Regra dos Noves”
e Lund-Browder subestimam a extensão das queimaduras envolvendo o tronco e superesti-
mam a porcentagem de queimaduras envolvendo as extremidades no paciente obeso. Neste
estudo, a forma primária do paciente (andróide versus ginecóide) foi importante para determi-
nar a porcentagem de EAPT em comparação com o índice de massa corporal (IMC) e o sexo.
QUEIMADURAS 22

7. TRATAMENTO Assim, será preciso uma equipe mul-


tidisciplinar, composta desde a equi-
É preciso ter em mente que o trata-
pe de pronto atendimento para a
mento de pacientes queimados é
situação aguda, até uma equipe es-
complexo e longo. Se inicia com um
pecializada composta por médicos
primeiro atendimento, o qual será ba-
dermatológicos, cirurgiões plásticos,
seado na estabilização do paciente e
enfermeiros, fisioterapeutas, nutricio-
na correção dos distúrbios hidroelé-
nais e psicólogos. Essa equipe multi-
tricos decorrentes das perdas volêmi-
disciplinar irá enfrentar, junto com o
cas após a quebra da barreira da pele
paciente, uma longa jornada baseada
e exposição de capilares; até a corre-
em conquistas diárias.
ção das complicações geradas como
infecções e contraturas.

CRITÉRIOS DE REFERÊNCIA DO CENTRO DE GRAVAÇÃO


Queimaduras de espessura parcial superiores a 10% de TBSA
Queimaduras que envolvem o rosto, mãos, pés, genitália, períneo ou articulações principais
Queimaduras de terceiro grau em qualquer faixa etária
Queimaduras elétricas, incluindo danos causados ​​por raios
Queimaduras químicas
Lesão por inalação
Queimadura em pacientes com distúrbios médicos preexistentes que podem complicar o tratamento, prolon-
gar a recuperação ou afetar a mortalidade
Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (como fraturas) em que a lesão por queimadura
represente o maior risco de morbimortalidade. Nesses casos, se o trauma apresentar maior risco imediato,
o paciente poderá ser estabilizado inicialmente em um centro de trauma antes de ser transferido para uma
unidade de queima. O julgamento do médico será necessário em tais situações e deve estar de acordo com o
plano regional de controle médico e os protocolos de triagem.
Crianças queimadas em hospitais sem pessoal ou equipamento qualificado para o atendimento de crianças
Lesão por queimadura em pacientes que necessitarão de intervenção social, emocional ou de reabilitação
especial
Tabela 3. Critérios de referência do centro de gravação
QUEIMADURAS 23

Estabilização recomenda- se a administração de


solução glicosada juntamente com o
Durante a estabilização do paciente,
Ringer.
é preciso realizar um exame físico mi-
nucioso para que possamos identifi- Um volume administrado insuficiente
car a gravidade das lesões e calcular a resulta em hipoperfusão e lesão or-
SCQ queimada, o que irá nos orientar gânica; por outro lado, uma infusão
na correção hídrica deste paciente, já excessiva de líquidos pode agravar
que a reposição volêmica adequada o edema, fenômeno que tem como
é crucial no tratamento do paciente consequências a progressão da quei-
com mais de 20% de SCQ. A infu- madura para planos mais profundos
são de líquidos deve ser iniciada, de ou a síndrome compartimental de ab-
preferência, já no ambiente pré-hos- dome ou extremidades.
pitalar. Em Centros de Tratamento de
Queimados (CTQs), após um cálculo
Cicatrização
mais preciso da área envolvida, a ad-
ministração de líquidos obedecerá a Pacientes que apresentem queima-
uma fórmula mais rigorosas. É impor- dura de primeiro grau irão apenas
tante que o volume prescrito até este precisar de hidratação da pele, já que
momento seja também contabilizado. a lesão se restringe a epiderme, se
A última edição do ATLS (10ª) reco- caracterizando uma inflamação local.
menda uma reposição inicial de volu- No caso de pacientes com queima-
me, nas primeiras 24 horas, de 2 ml duras de segundo grau superficial,
de Ringer lactato x peso do paciente onde existe um acometimento até a
(em kg) x SCQ. Metade do volume in- derme papilar, é preferível a realiza-
fundido nas primeiras 8 horas, a con- ção de enxertos de pele parciais
tar do momento do acidente, e a outra após o desbridamento de toda
metade nas 16 horas subsequentes. a região acometida, assim, o
É importante termos em mente que paciente irá apresentar uma
o resultado inicial desse cálculo re- menor contratura e altera-
presenta o volume que será inicia- ções estéticas da região
do; posteriormente, a infusão deverá acometida.
ser ajustada (para mais ou para me-
nos), com o objetivo de manter um
débito urinário, em adultos, de 0,5
ml/kg/h e, em crianças ≤ 30 kg, de 1
ml/kg/h; nesta população pediátrica,
QUEIMADURAS 24

Quando existe acometimento da der- epitelial estão destruídos. Nessas si-


me total, chegando ao subcutâneo, tuações, é preferível a utilização de
o organismo não será mais capaz de retalhos cutâneos para prevenir o
realizar uma cicatrização eficiente, já surgimento de contraturas e deformi-
que os anexos dérmicos e sua reserva dades na pele do paciente.

Figura 20. Foto de retalho em queimadura. Fonte: https://images.app.goo.gl/hYHW5kaJWUxLH6zD9


QUEIMADURAS 25

Complicações evolução do paciente. Para impedir


seu surgimento, o cirurgião plástico
A depender do tipo, do local e de
pode fazer uso dos enxertos e reta-
como foi realizado o tratamento da
lhos para impedir a reepitalização de-
queimadura do paciente, ele pode
sordenada nestas regiões. Caso o pa-
evoluir com algumas complicações
ciente já se encontre com contraturas
como contraturas e infecções.
em seu atendimento, pode-se fazer
Assim, em regiões de grande mobi- uso de retalhos, como na Zetaplastia,
lidade, como articulações e pescoço, para permitir uma maior mobilidade a
é preciso ficar atento para o surgi- região.
mento de contraturas, já que pode-
rá impactar de maneira negativa na

Figura 21. Foto do tratamento de uma contratura. Fonte: https://images.app.goo.gl/h6BYuaXdw4JQj2Wr8

Por fim, para impedirmos o surgimen- que são encontradas em números


to de infecções, é preciso ter em men- decrescentes. Patógenos gram-ne-
te a sua fisiopatologia. Após a quei- gativos dominam após o quinto dia
madura, a barreia de proteção que a de uma internação hospitalar tipica-
pele confere é perdida, permitindo o mente prolongada e emergiram como
extravasamento de nutrientes para o os agentes etiológicos mais comuns
meio externo, criando um local pro- de infecção invasiva em virtude de
pício para a colonização bacteriana e seu grande repertório de fatores de
posterior surgimento de infecções. Os virulência e características de resis-
organismos gram-positivos predomi- tência antimicrobiana. Pseudomonas
nantes encontrados nas infecções aeruginosa continua sendo o micror-
por queimaduras permanecem sen- ganismo gram-negativo mais fre-
do o Staphylococcus aureus , segui- quente isolado de feridas queimadas,
dos pelas espécies de Enterococcus, seguido por Escherichia coli. Dessa
QUEIMADURAS 26

forma, quando recebemos esse pa-


ciente, ainda durante a realização
de seu primeiro curativo, precisamos
impedir que ocorra a infecção, já que
após a adequada reposição volêmica
70% dos pacientes que morrem se-
rão em decorrência de infecções. O
tratamento preventivo será realizado
com sulfadiazina de prata tópica em
1% nas feridas. Caso venha a evoluir
com uma infecção, faremos uso de
uma antibioticoterapia inicialmente
empírica, baseada nos principais pa-
tógenos encontrados no seu hospital,
sendo guiada, posteriormente, pelo
antibiograma da cultura realizada a
partir das secreções coletadas.

Figura 22. Foto de infecção em uma queimadura. Fonte: https://pt.slideshare.net/profluiscarloscarvalho/


estafilococos-13472102
QUEIMADURAS 27

MAPA MENTAL GERAL

Regra dos Noves Enxerto

Primeiro Grau Cirúrgico Desbridamento


SCQ
Superficial

Segundo Grau Reposição volêmica Retalho

Profunda

Profundidade QUEIMADURA Tratamento

Terceiro Grau Classificação de Risco

Complicações
Prevenção de Infecção

Contratura

Sulfadiazina de Prata

Infecção
QUEIMADURAS 28

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