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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO


CURSO DE ENFERMAGEM

ALUNO 1
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ENFERMAGEM ONCOLÓGICA: Câncer de pele

Imperatriz
2022
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ENFERMAGEM ONCOLÓGICA: Câncer de pele

Trabalho apresentado a disciplina de Enfermagem


Oncológica para o Curso de Enfermagem do Instituto
de Ensino Superior do Sul do Maranhão/Unidade de
Ensino Superior do Sul do Maranhão, como requisito
para obtenção de nota.

Prof.: Rodolfo

Imperatriz
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 5
2.1 Tipos de cânceres de pele e seus fatores de risco ............................................... 5
2.1.1 Carcinoma basocelular (CBC) ........................................................................... 6
2.1.2 Carcinoma espinocelular (CEC) ........................................................................ 7
2.1.3 Melanoma ......................................................................................................... 7
2.2 Ações de prevenção primária direcionada ao câncer de pele .............................. 8
2.2.1 Método ABCDE do câncer de pele .................................................................. 10
2.3 Resultados esperados das ações de prevenção do câncer de pele ................... 11
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 12
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1 INTRODUÇÃO

A Enfermagem é uma área profissional cujo processo de trabalho se relaciona,


dentre várias atribuições, às atividades de educação em saúde nos diferentes
cenários de cuidado, os quais incluem ambientes que possam promover a prevenção
primária e secundária de neoplasias, sendo uma das mais prevalentes no Brasil o
câncer de pele, que atinge homens e mulheres (SANTOS, 2017).
O câncer de pele é o de maior incidência no mundo e no Brasil apresenta um
número considerado de casos. Esse fato pode ser explicado porque o Brasil é um país
de clima tropical com sol em boa parte do ano. Além disso, o país recebeu no passado
um grande número de imigrantes europeus, de pele, olhos e cabelos claros, que
vieram trabalhar em lavouras, sofrendo longa exposição ao sol desde a infância.
Associado a isso, há a redução da camada de ozônio, o que causa uma diminuição
da proteção contra os raios ultravioletas (VILELA et al., 2021).
No Brasil, o câncer tem elevada incidência na população adulta e idosa, sendo
a segunda maior causa de morte. Para o triênio 2020–2022, são estimados mais de
600 mil novos casos. Dentre as neoplasias malignas, o câncer de pele, representa um
importante problema de saúde pública, sendo o tipo não melanoma o câncer mais
diagnosticado no mundo, em ambos os sexos (SUNG et al., 2021).
Para o controle do câncer, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda
ações de prevenção e detecção precoce e acesso ao tratamento. A prevenção e a
detecção precoce são fundamentais para reduzir a morbidade e a mortalidade
ocasionada pelo câncer de pele. No entanto, estudos apontam que a falta de
treinamento e confiança dos profissionais de saúde para identificar as lesões é a
principal barreira para o reconhecimento inicial da doença (SANTOS, 2017).
Tal afirmação destaca a importância da disseminação de medidas de controle
do câncer de pele para os profissionais de saúde, principalmente para os enfermeiros,
que são, muitas vezes, os profissionais de primeiro contato, essenciais na prevenção,
na detecção precoce das lesões e no cuidado clínico durante todo o processo de
diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos (VILELA et al., 2021).
Nesse contexto, é fundamental que o profissional de Enfermagem possua os
conhecimentos básicos necessários para atuar nas ações de prevenção e controle da
doença. Assim, este trabalho tem o objetivo de discutir e apresentar informações
atualizadas sobre o tema no âmbito da enfermagem oncológica.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O câncer de pele é classificado de acordo com as células que o originaram, e


seus principais tipos são o não melanoma, que se divide em carcinoma de células
escamosas e carcinoma basocelular, e o melanoma, que se forma nos melanócitos e
é menos frequente, mas tem características mais agressivas e pior prognóstico.
Devido às especificidades de cada tipo, as estratégias de cuidado e as taxas de
incidência e mortalidade apresentam variações significativas (SANTOS, 2017).
O efeito da exposição ao sol é acumulativo, isto é, vai-se acumulando durante
a vida toda, resultando no envelhecimento e ressecamento precoce da pele, pelo
aparecimento de rugas e manchas. Raramente pessoas de pele escura desenvolvem
esse tipo de câncer e, quando ocorre, frequentemente o apresentam em parte não
pigmentada da pele. A melanina exerce a função de filtro natural da pele (INCA, 2008).
Mattos-Pimenta et al (2020) afirma que a enfermagem, como uma profissão
crucial para a construção de uma assistência qualificada em saúde, vem
acompanhando profundas e importantes mudanças nas relações sociais e políticas,
no campo tecnológico, nas relações interpessoais e principalmente na maneira de
organizar os serviços e responder às novas demandas gerenciais e científicas.
Segundo Oliveira e Barbosa (2016), o papel do enfermeiro, enquanto membro
de uma equipe multiprofissional de saúde é fundamental na prevenção dos problemas
que surgem durante o acolhimento, por ser este um profissional acessível à
comunidade ainda mais pelo seu papel de promotor em saúde. Portanto, é necessário
que este profissional compreenda sobre os conhecimentos básicos relacionados ao
câncer de pele e os fatores de risco associados.

2.1 Tipos de cânceres de pele e seus fatores de risco

O câncer é decorrente de alterações nas células que vão modificar-se de modo


não perceptível, resultando em complicações. Sabe-se que a pele é composta por três
camadas: epiderme, derme e hipoderme. Na epiderme, localizam-se os melanócitos,
células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele e tem como funções:
proteção, absorção de calor e antioxidação. Dessa forma, a integridade da pele é de
extrema importância para a manutenção da saúde do paciente (HAMBLIN; NELSON;
STRAHAN, 2018).
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Nas últimas décadas, entretanto, essa integridade vem sendo reduzida, como
comprovado pelo notório aumento da incidência de câncer de pele. Esse fato está
intimamente relacionado à exposição exacerbada à luz solar. De fato, especialistas
acreditam que quatro em cada cinco casos de câncer de pele poderiam ser evitados,
já que os danos causados estão relacionados aos raios ultravioletas (ROCHA et al.,
2022; HAMBLIN; NELSON; STRAHAN, 2018).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tipo de câncer mais
comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números
são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das
células que compõem a pele.
Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem
afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os
carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos
da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais
agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente (SBD, 2022).

2.1.1 Carcinoma basocelular (CBC)

É o mais prevalente dentre todos os tipos. O CBC surge nas células basais, que
se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele).
Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Os CBCs
surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas,
pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas
não expostas, ainda que mais raramente (SBD, 2022).
Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que
desencadeiam seu surgimento. Certas manifestações do CBC podem se assemelhar
a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. Somente um médico
especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada. O
tipo mais encontrado é o CBC nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula
vermelha, brilhosa, com crosta central, que pode sangrar com facilidade (SOUZA et
al., 2011; ALMEIDA et al., 2020; SBD, 2022).
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2.1.2 Carcinoma espinocelular (CEC)

Considerado o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer e se


manifesta nas células escamosas, aquelas que constituem a maior parte das camadas
superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja
mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço
etc. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como
enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. O CEC é duas
vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de
câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a
única (SBD, 2022).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2022), alguns casos
da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas
antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à
radiação. Normalmente, os CECs têm coloração avermelhada e se apresentam na
forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e
sangram ocasionalmente. Podem ter aparência similar às verrugas e somente um
médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.

2.1.3 Melanoma

É o tipo menos frequente dentre os cânceres da pele, tendo o pior prognóstico


e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente
traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%,
quando há detecção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de
uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a
“pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem
causar sangramento (SBD, 2022).
Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar
imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. Essas lesões
podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam
mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens; e pescoço e rosto
em ambos os sexos. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal”
para um leigo, pode ser suspeita para um médico (SBD, 2022).
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O melanoma é um tipo de tumor que resulta da transformação maligna dos


melanócitos localizados na epiderme, na derme ou no epitélio das mucosas. Dados
mostram que a incidência de melanoma tem aumentado em vários países nos últimos
anos e que, quando diagnosticada tardiamente, a doença apresenta uma alta
letalidade. Diante disso, esse tipo de tumor vem sendo motivo de preocupação para
as autoridades de saúde pública, e, por isso, muitas campanhas de prevenção e
diagnóstico precoce têm sido realizadas (ALVES; SILVA, 2018).
Em relação à epidemiologia, o melanoma, apesar de corresponder a apenas
3% dos casos de câncer de pele, é responsável por 75% das mortes relacionados a
esse tipo de câncer. Na última década, sua incidência aumentou em cerca de 38%, e
sua taxa de mortalidade, em 26%. O índice de melanoma cresce de forma alarmante
no Brasil, acarretando sérios problemas para a saúde pública. Segundo dados do
Instituto Nacional de Câncer (INCA), estimou-se 8.450 novos casos de melanoma,
dentre os quais 4.200 acometeriam homens e 4.250, mulheres (INCA, 2018).

2.2 Ações de prevenção primária direcionada ao câncer de pele

No âmbito da prevenção primária de saúde, de modo geral, o enfermeiro deve


atuar nas ações dirigidas ao controle de fatores de risco evitáveis, ou seja, os fatores
ambientais e comportamentais que podem ser alterados pelo indivíduo. Dentre eles,
a dieta, o tabagismo, o uso de medicamentos, a exposição a agentes carcinogênicos
industriais, a exposição a radiações, além de agentes infecciosos e parasitários
(ALMAHROOS; KURBAN, 2004). Em relação ao câncer de pele, alguns desses
fatores devem ser melhor observados. O primeiro deles é a exposição a radiações.
No Brasil, o câncer de pele é o mais frequente, correspondendo a cerca de 25%
de todos os tumores diagnosticados, em todas as regiões geográficas. A radiação
ultravioleta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente etiológico. Como mais de
50% da população brasileira têm pele clara e se expõem ao sol de forma exagerada
e descuidada, devido ao trabalho ou ao lazer, e o país situa-se geograficamente numa
zona de alta incidência de raios ultravioleta, nada mais previsível e explicável do que
a alta ocorrência do câncer de pele na população (ALMAHROOS; KURBAN, 2004).
De acordo com o INCA (2008), outro fator a ser observado diz respeito ao uso
de medicamentos. Apesar da valiosa contribuição para o controle de muitas doenças,
a incorporação de medicamentos à prática médica produz também efeitos
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indesejáveis, dentre eles a carcinogênese. É indubitável o efeito carcinogênico da


clornafazina e do melfalan. Existe evidência que o clorambucil, o tiotepa e a
ciclofosfamida são indutores de leucemias e câncer de bexiga. Supressores
imunológicos, como a azatioprina e prednisona, já foram relacionados com linfomas
malignos e com o câncer de pele; quando administrados a transplantados, aumentam,
agudamente, em meses, o risco de se desenvolver diversos outros tumores malignos.
A exposição ocupacional também deve ser considerada quando falamos sobre
a prevenção primária do câncer de pele. Os agentes podem ser químicos (benzeno,
óxido de etileno, cádmio, cromo hexavalente, asbestos, alguns pesticidas
organoclorados e herbicidas entre outros), físicos (radiações ionizantes e não
ionizantes, como a exposição solar) ou biológicos (vírus HTLV, hepatite B, hormônios
e outros). Em determinados processos de trabalho, como a extração e manufatura de
produtos que contenham amianto, e em alguns segmentos de indústrias químicas,
siderúrgicas e metalúrgicas, o câncer corresponde a 25% dos óbitos (INCA, 2008).
Não podemos nos esquecer do tabagismo, que é fator de risco para todos os
tipos de cânceres, incluindo o câncer de pele. O enfermeiro pode atuar tanto no
desenvolvimento de ações educativas, como apoiando medidas legislativas e atuando
na abordagem mínima e intensiva ao fumante (INCA, 2008).
É importante que o profissional enfermeiro, na sua rotina de atendimento à
comunidade, atue aconselhando para que os jovens não iniciem o consumo do tabaco.
É fundamental também que esses profissionais valorizem o tratamento do tabagismo
como o de qualquer outra patologia e estejam instrumentados com as informações
necessárias para apoiar de forma efetiva os pacientes fumantes no processo de
cessação de fumar (ALMAHROOS; KURBAN, 2004).
O profissional de enfermagem deve realizar as consultas de maneira
humanizada, visando a orientar o paciente, estimulando a hábitos de vida saudáveis,
atividade física, realização de consultas e exames. Assim, para gestores e equipes de
saúde, este é um momento oportuno para proporem estratégias de promoção da
saúde e prevenção de doenças, não com foco somente na cura, mas também na
prevenção (ARAÚJO et al., 2021).
A melhor conduta é a prevenção. O enfermeiro deve informar a seus pacientes
sobre os riscos da exposição excessiva ao sol, bem como as medidas de prevenção
desse tipo de câncer e de outras lesões (queimaduras, insolação e desidratação).
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Geralmente um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) de número 15


produz uma boa proteção para situações normais de exposição. Devemos lembrar,
porém, que o filtro solar deve ser aplicado quinze minutos antes da exposição ao sol
e deve ser reaplicado a cada duas horas em caso de sudorese ou de imersão na água,
devendo-se, sobretudo, evitar a exposição ao sol em horários em que os raios
ultravioletas são mais intensos, ou seja, das 10 às 16 horas (INCA, 2008).
As populações de risco alto, como pessoas de olhos e pele claras; crianças;
idosos e albinos; pessoas expostas por motivos profissionais, como os trabalhadores
ao ar livre (lavradores, marinheiros, pescadores, ambulantes); desportistas (banhistas,
surfistas, montanhistas) devem ser conscientizadas sobre a importância da proteção
individual: uso de roupas folgadas e de coloração clara; uso de acessórios adequados
(bonés e chapéus) para oferecer proteção contra a luz solar; uso correto do filtro solar,
quando disponível. Em verdade, os filtros solares deveriam passar a ser produzidos a
baixo custo, principalmente para serem usados pela classe trabalhadora da zona rural.
Por fim, a população deve ser orientada, ainda, para proteger-se das superfícies
refletoras como areia, neve, concreto e água, pois nestas condições, sentar-se à
sombra não garante total proteção; ter cuidado especial com as crianças, pois sua
pele é mais sensível, usando bloqueador solar, ensinando-as a se protegerem do sol;
usar hidratantes, benéficos após exposição ao sol; e evitar substâncias que aumentam
a sensibilidade ao sol, como as existentes no limão, laranja e outros (INCA, 2008).

2.2.1 Método ABCDE do câncer de pele

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o corpo sempre dá


indícios quando há algo errado acontecendo; e quando o assunto é câncer de pele,
os sinais são visíveis a ponto de se tornarem um alerta. O método ABCDE é uma
referência para identificar as mudanças que podem ocorrer em determinados sinais
ou pintas. Para tanto, devemos observar:
A: assimetria: uma característica que deve ser observada é se o sinal ou a pinta
são assimétricos. Se imaginar que, dividindo ao meio, as partes não ficam muito
parecidas, é importante considerar a visita ao médico.
B: bordas da lesão: outro sinal de alerta é quando a borda das marcas é
assimétrica, pois é outro indício para procurar um especialista.
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C: cor: levar em conta a cor dos sinais na pele é outra maneira para detectar
alterações prejudiciais. Se a cor não for uniforme e tiver mais de um tom, pode indicar
um problema mais sério.
D: dimensão: o tamanho de cada sinal ou pinta é muito relevante para
considerar a possibilidade de detecção da doença. Se a marca tem um diâmetro maior
do que 6 mm, é importante buscar uma avaliação mais precisa.
E: evolução: com o decorrer do tempo, é possível perceber se o sinal na pele
está crescendo ou mudando de cor. Caso a pessoa repare que há evolução, é bom
se atentar, pois pode ser mais um alerta da doença.
O câncer de pele tem tipos diferentes e não é caracterizado isoladamente pelas
evidências do método ABCDE. Também há circunstâncias nas quais a lesão é mais
aparente e agressiva, como é o caso do carcinoma basocelular, mais comum em
pessoas de pele clara e com maior exposição ao sol. A doença causa feridas que não
cicatrizam ou pintas que sangram de maneira espontânea. Já o carcinoma
espinocelular se manifesta a partir de lesões ásperas na epiderme, com feridas que
criam casca, mas não saram (SBD, 2022).

2.3 Resultados esperados das ações de prevenção do câncer de pele

A detecção precoce do câncer de pele é crucial para todos os casos, em


especial para o melanoma, cujas chances de cura são altas nos estágios iniciais, mas
torna-se praticamente fatal quando evolui para metástase. No caso do não-melanoma,
o tratamento mais comum é o cirúrgico, que apesar de ser bem sucedido na maioria
dos casos, costuma deixar cicatrizes e atingir as estruturas vizinhas (INCA, 2008).
Apesar de não haver evidências de redução da morbimortalidade pelo uso de
uma técnica específica de autoexame de pele, estudos indicam que grande parte dos
melanomas é descoberta acidentalmente pelos próprios pacientes ou seus familiares,
mostrando a importância de as pessoas conhecerem sua pele e estarem atentos a
algumas mudanças (INCA, 2008).
Segundo o Inca (2008), é justamente por causa disso que as campanhas de
esclarecimento e conscientização são de extrema importância para a prevenção
secundária, pois servem para informar os beneficiários sobre as características que
indicam a formação de um câncer de pele. Portanto, o enfermeiro deve buscar ações
que irá contribuir na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Considerando a
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importância das atividades promotoras da saúde desenvolvidas pelos enfermeiros, o


atendimento recebido pode promover a satisfação ou não do usuário de acordo com
suas necessidades.
Segundo Silva et al (2020), para a idealização das ações e intervenções, deve
ser observado e adaptado de acordo com a comunidade, promovendo uma linguagem
que o paciente tenha compreensão, e se for necessário o enfermeiro deverá realizar
visitas em domicilio incentivar aqueles que não buscam a unidade de saúde e
esclarecer sobre a importância do exame e o diagnóstico identificado precocemente.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação


UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores
cutâneos. Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em
todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem
quando expostas aos raios solares.
Os grupos de maior risco são as pessoas de pele clara, com sardas, cabelos
claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares
com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear
e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
A conscientização da população sobre o câncer e o estímulo às mudanças de
comportamento são ações fundamentais para a prevenção primária do câncer. Esse
processo tem como base o desenvolvimento de ações educativas no sentido de
desmistificar o câncer e de informar sobre as possibilidades de evitá-lo. Para isso é
necessário que ocorra a mobilização de toda a área de saúde e o envolvimento dos
profissionais já sensibilizados e informados sobre essa doença.
A inclusão das ações preventivas na rotina do atendimento à população é
importante para obter bons resultados no futuro e para que a comunidade assistida
incorpore hábitos saudáveis de vida. O enfermeiro poderá atuar nos diversos níveis
de atenção à saúde, hierarquizados segundo seu grau de complexidade,
desenvolvendo ações de coordenação e de execução, que incluem a assistência de
enfermagem e a Educação Comunitária e Profissional.
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REFERÊNCIAS

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prevenção do câncer de pele. Brazilian Journal of Natural Sciences, v. 3, n. 2, p.
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