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do câncer
DE EDUCAÇÃO
na Atenção
PERMANENTE Primária à Saúde
EM SAÚDE
DA FAMÍLIA
UNIDADE 1
Câncer de Pele
Aula 1
ANDO TÃO À FLOR DA PELE: diagnóstico
precoce, diagnóstico e seguimentos pela
APS
Os estados do Sul do país têm as maiores taxas brutas de incidência para cada 100 mil habi-
tantes em todo o Brasil (INCA, 2016). Veja no infográfico na plataforma.
Infográfico 1
Cursista, você não achou curioso que os estados do Sul tenham maiores taxas que os esta-
dos do Nordeste brasileiro?
Essa diferença se dá pelos fatores de riscos associados ao câncer de pele. São eles:
Assim, os estados do Sul do Brasil têm taxas mais altas pelo fato da maior parte da popula-
ção dessa região ter pele muito clara, que é um fator de risco associado ao câncer de pele.
Portanto, caros cursistas, faz-se necessário que reconheçamos esses fatores de riscos para
promover ações preventivas, especialmente no que concerne ao trabalho da educação em
saúde.
Recordar é viver
Vamos relembrar nossos conhecimentos a respeito da anatomia da pele?
Você se lembra das características da lesão de pele da paciente que a Dra. Denise atendeu
na situação-problema?
Até aqui temos mencionado alguns tipos de câncer de pele, vamos conhecer mais a respeito
deles!
COMO RECONHECER UM
CARCINOMA ESPINOCELULAR
Lesão avermelhada com Nódulo avermelhado com
1 áreas que não cicatrizam 2 cascas duras e amareladas
E na parte superior
3 Pode surgir nos lábios 4 das orelhas
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COMO RECONHECER UM
CARCINOMA BASOCELULAR
Nódulo (bolinha) avermelhado
com finos vasinhos de sangue
Figura 2 - Melanoma.
6
Melanomas aparecem geralmente em pessoas de pele clara, no tronco, em homens, ou nos
membros inferiores, em mulheres, embora também possam acometer negros e afrodescen-
dentes (https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer).
Essas classificações são baseadas em resultados histopatológicos, por isso é preciso muita
experiência para poder afirmar o tipo de câncer de pele apenas pelo exame físico das lesões.
Existem fatores que devem ser considerados no seguimento de um paciente, tais como:
presença de nevos atípicos; espessura tumoral; história familiar de melanoma; estado emo-
cional do paciente (ansiedade) (AMB, 2001).
Considerando os nevos serem sinais na pele (sardas, pintas, por exemplo), os pacientes
devem fazer o autoexame da pele para perceber alguma mudança preocupante de padrão,
como as características da regra ABCD a seguir.
A Simétrico Assimétrico
O que fazer na APS quando estamos diante de uma lesão suspeita? O que você faz?
Se a APS tiver uma atuação atenta e suspeitar precocemente da lesão, o próximo passo será
o biopsiar a lesão! Vamos nos lembrar da Dra. Denise da situação-problema solicitando a
biópsia da lesão de pele de Dona Valentina na unidade básica.
Neste tipo de biópsia, também chamada de saucerização, o médico anestesia a área, raspa
as camadas superiores da pele com uma lâmina cirúrgica, retirando a epiderme e a parte
exterior da derme. A saucerização não é indicada para as doenças inflamatórias de pele e
é mais bem empregada para o diagnóstico de tumores cutâneos fortemente sugestivos de
serem benignos. Não é indicada para suspeita de melanoma, pois a margem profunda sem-
pre poderá estar comprometida (WERNER, 2009).
EPIDERME
DERME
TECIDO SUBCUTÂNEO
(ADIPOSO)
Figura 4 – Saucerização
Agora que a biópsia foi feita, assim como o encaminhamento para o dermatologista, vamos
ajudar a dra. Denise no tratamento da lesão da nossa situação problema?
TRATAMENTO
O tratamento, como já dito anteriormente, dependerá do estadiamento das lesões, com
possibilidade de utilização das várias opções existentes, a saber:
Os tratamentos são conduzidos pelos outros níveis de atenção, cabendo à APS dar segui-
- Excisão Simples.
- Quimioterapia.
- Radioterapia.
- Imunoterapia.
- Bioquimioterapia.
https://www.youtube.com/watch?v=phBFTmTNeG4
Agora que aprendemos sobre o câncer de pele, vamos em frente no nosso curso. Na
próxima unidade, vamos estudar o câncer de próstata.