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A malária, também conhecida como paludismo é uma doença infecçiosa causada por um
protozoário do tipo plasmodium. È transmitida aos seres humanos por um mosquito fêmia,
o Anópheles, mosquito normalmente encontrado em regiões tropicais. Na realidade, o
paludismo desapareceu de regiões temperadas através da drenagem de pântanos.
A malária, ainda hoje, é uma das doenças prevalentes no globo terrestre, ocorrendo em
cerca de 90 países, principalmente na faixa intertropical. Quarenta por cento da população
mundial está sob algum risco de contrair malária. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
considera a malária o maior problema de saúde pública em muitos países, principalmente
naqueles em desenvolvimento.
A OMS estima que cerca de três milhões de pessoas morrem anualmente devido ao
agravamento da doença, sendo que 80% das mortes são registadas em países em de
desenvolvimento incluindo Angola(OMS, 2019).
Este estudo poderá contribuir de forma concisa na utilização das medidas de prevenção da
malária, com vista a despertar as autoridades de direito para intervenção e melhoria deste
indicador.
OBJECTIVOS DO TRABALHO
Geral:
Específicos
HIPÓTESES
Trata-se de uma afirmação hipotética cuja afirmação da veracidade obtem-se ao longo da
ivestigação do fenómeno. No presente trabalho traçei as seguintes:
Plasmódio: são protozoários, eucariontes, unicelulares que fazem parte do reino protista.
(Luse, S.A., & Miller, L.H. 1972).
1.2. Epidemologia
Angola continua na linha vermelha dos países com maior número de mortes por malária. A
malária é uma doença parasitária que causa febre alta, calafrios e sintomas semilares a
gripe. O quadro epidemiológico de Angola é caracterizado por doenças transmissíveis e
parasitárias, com destaque as grandes endemias como a malária, VIH/SIDA e a tuberculose
juntando-se as doemças tropicais negligenciasdas, como tripanossomose humana africana.
(Gonçalves, 2019).
Tremores e calafrios,
Suor intenso
Dores por todo corpo
Dor de cabeça
Fraqueza
Mal-estar geral
Naúseas e vómitos.
É comum que a febre e a intensificação dos sintomas ocorram de forma repentina a cada 2
a 3 dias, durante cerca de 6 a 12 horas, período em que os glóbulos vermelhos se rompem e
os parasitas circulam pela corrente sanguínea, situação bem característica nda malária.
Rigidez na nunca,
Desorientação,
Sonolencia,
Convulsões,
Vómito,
Estado de coma.
1.4. Causas
Segundo Gomes (2011) a malária é causada pelo mosquito do género Anopheles, mas o
mosquito não é um vilão, é que ele se encontra infectado por uma das espécies do
Plasmodium. Existem cinco espécies de Plasmodium que podem infectar os sres humanos:
Plasmodium falciparum
Plasmodium vivax
Plasmodium ovale
`lasmodium malariae
Plasmodium knowlesi(raramente)
A maior parte das mortes são causadas pelo P. falciparum. As espécies P.vivax, P. ovale e
malariae geral.
Mulheres grávidas;
Hiper-parasitémia
Esse período dura 6 dias para o P. falsiparum e 8 dias para o P. vivax.Durante esse período,
os esporozoítos deixaram a corrente sanguínea e se encontraram nas células hepática. Os
esporozoítos possuem organelas destinadas a penetração nas células de seus hospedeiros.
Nestas células multiplicam-se por processo esquizogônico, do qual resulta a formação de
merozoítas. Esta reprodução ocorre nos tecidos e dá-se antes da multiplicação
esquizogônica nos glóbulos vermelhos,( DO1DORPA. 2005).
O zigoto é, logo em seguida, cercado por um cisto, que em parte de deriva da membrana
elástica e em parte é formado pelo próprio parasita. Temos, então, o oocisto, que aumenta
rapidamente quando a temperatura é favorável. Os oocistos, então, maduros, rompem-se,
pondo em liberdade, na cavidade geral do mosquito, os esporozoítas, que, móveis,
penetram por todo o corpo do mosquito e podem ser encontrados em todos os órgãos.
Muitos penetram nas células das glândulas salivares, podendo ser observados em um
número enorme, embebidos no seu citoplasma. Sendo a saliva segregada no ducto salivar,
os esporozoítos também passam e, são finalmente injetados pelo mosquito durante a
picada.
Qualquer doente que, em consequência da malária , esteja inapto a receber medicação oral,
apresente algum grau de disfunção orgânica ou apresente parasitémia elevada encontra-se
sob risco de morrer por uma das complicações da doença. O aparecimento de hipertermia,
forte cefaléia, sonolência, convulsões, anemia intensa, dispnéia, vômitos repetidos,
insuficiência renal aguda, edema pulmonar agudo, hipoglicemia, disfunção hepática,
hemoglobinúria (hemólise intravascular aguda maciça), hipotensão arterial, oligúria,
icterícia, distúrbio da consciência e choque constituem sinais clínicos de alerta da Malária
complicada.
Os métodos de diagnóstico recomendado pela OMS /PNCM para todos os casos suspeitos
de malária, em todos os locais de transmissão, são: o Microscópio Ótico (MO), através da
Gota Espessa e Esfregaço, e os Testes de Diagnóstico Rápido (TDR).
- O tratamento apenas com base na suspeita clínica só deverá ser considerado no caso de
impossibilidade de se realizar o diagnóstico parasitológico por MO ou TDR.
b)-Identificação dos doentes com teste negativo, para os quais se deve procurar outro
diagnóstico;
Gota Espessa: é o método oficialmente usado para o diagnóstico da Malária, mesmo após
o avanço de técnicas diagnósticas, esse exame continua sendo um método simples, eficaz,
de baixo custo, de fácil realização. Permite a quantificação dos parasitas da malária e a
identificação das espécies infecciosas. Quando adequadamente realizada é considerada
pela Organização Mundial d Saúde (OMS).
Sua técnica baseia-se na visualização do parasita por meio do microscópio óptico, após
coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação
específica dos parasitas a partir da analise da sua morfologia e da presença dos diferentes
estágios de desenvolvimento do parasita encontrados no sangue periférico. A determinação
da da densidade parasitária, útil para a avalição prognóstica, deve ser realizada em
pacientes com Malária, especificamente nos portadores de P. falciparum.
Vantagens:
Desvantagens:
Esfregaço Delgado: possui baixa sensibilidade (estima-se que a gota espessa seja cerca de
30 vezes mais eficiente na detecão da infecção da malária). Esse método permite, com
mais facilidade e segurança, qualificação os parasitas (identifica o tipo e a fase do
parasita), diferenciação específica dos parasitas, a partir da análise de sua morfologia e das
alterações provocadas no eritrócito infectado.
Vantagens
Desvantagens
Por ter menos quantidade de sangue, espalhada em uma única camada, o esfregaço
delgado ocupa maior área da lâmina, difi cultando o encontro das hemácias
parasitadas. Assim, não é indicado para diagnóstico inicial, especialmente em
pacientes com parasite-mias baixas.
Os TDR são um bom apoio para o diagnóstico clínico da malária e uma alternativa válida a
microscópio no diagnóstico clínico da malária não complicada, particularmente quando
não estão imediatamente disponíveis serviços de micriscópio de boa qualidade.
O diagnóstico diferencial da malária é feito com a febre tifoide, covid-19, dengue, febre
amarela, leptospirose, hepatite infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas aguda,
febres hemorrágicas e outros processos febris. Na fase inicial, principalmente na criança, a
malária confunde-se com outras doenças infecciosas dos tratos respiratório, urinário e
digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana. No período de febre intermitente, as
principais doenças que se confundem com a malária são as infecções urinárias, tuberculose
miliar, salmoneloses septicêmicas, leishmaniose visceral, endocardite bacteriana e as
leucoses. Todas apresentam febre e, em geral, esplenomegalia. Algumas delas apresentam
anemia e hepatomegalia.
2 - Objectivo Geral:
Permitir que a população tenha acesso aantimaláricos com segurança, de boa qualidade,
eficazes, acessíveis e com aceitação.
3 – Objectivos Específicos:
à malária;
1 - Malária Simples:
Deve ser manuseada em todos os níveis do sistema nacional de saúde. A primeira dose
deve ser tomada na presença do técnico, o qual deve controlar durante os primeiros 30
minutos a eventualidade de vómitos.
➢ Arteméter + Lumefantrina
➢ Artesunato + Amodiaquina
➢ Dihidroartemisinina + Difosfato de Piperaquina
➢ quinino oral+tetraciclina
➢ quinino oral+doxiciclina
➢ quinino oral+clindamicina
▪ Caso não haja disponibilidade de Quinino oral e não se possa efectuar um tratamento de 7
dias com Quinino, deve-se usar ACT no primeiro trimestre. Paciente co-infectados com
VIH/SIDA.
Os doentes com suspeita de malária grave, sempre que possível, devem ser referenciados
para o nível com melhores condições técnicas, preferencialmente hospital e serem tratados
em unidades de terapêutica intensiva. Antes da evacuação dos doentes graves, devem ser
tomadas medidas de urgência como: controlo da febre, convulsões, canalização de veia e
administrar a primeira dose de Artesunato EV/IMou Arteméter IM ou se disponível
supositório rectal.
➢ Arteméter IM
➢ Quinino EV
O tratamento da malária simples deve ser feito na base de ACTs. Embora a OMS tenha
aprovado até ao momento cinco combinações terapêuticas nomeadamente:
o Artesunato+Sulfadoxina-Pirimetamina (AS+SP) e
o Artesunato+ Mefloquina, em Angola apenas está orientado o uso das três primeiras.
Posologia:
▪ O tratamento com AL tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de acordo com o
peso ou idade.
Contraindicações
▪ Malária grave
Efeitos adversos
No geral o AL é bem tolerado. Os efeitos adversos são raros, sendo os mais comuns do
tracto gastrointestinal e do sistema nervoso central.
▪ Dor abdominal, anorexia, náuseas, vómitos e diarreia
Posologia
▪ O tratamento com AS+AQ tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de acordo
com o peso ou idade; (ver tabela 3).
Contraindicações
• Alterações hepáticas
• Profilaxia (pelo risco de agranulocitose e hepatoxicidade severa)
Efeitos adversos
Na sua maioria os doentes toleram bem o tratamento; contudo 30% deles podem apresentar
efeitos indesejáveis; alguns dos sintomas assemelham-se aos da própria doença. Os mais
frequentes são:
• Prurido
• Raramente bradicardia
• Ocasionalmente agranulocitose
• Efeito extrapiramidal
• Cólica abdominal
• Insónia/ sonolência
Os efeitos mais graves são astenia, anemia e vertigem; retinopatia irreversível, transtornos
da acomodação, hepatite (por vezes fatal).
Posologia
▪ O tratamento com DHA+PPQ tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de acordo
com o peso ou idade; (ver tabela 4).
▪ Os comprimidos devem ser tomados depois de uma refeição com água; para as crianças,
os comprimidos podem ser esmagados e administrar com um pouco de água.
Contraindicações
▪ Aleitamento;
▪ Malária grave/complicada.
Efeitos Adversos
O objectivo terapêutico do tratamento da malária causada pelo P.vivaxe ovale é curar quer
a fase que o parasita fica na corrente sanguínea quer a infecção na fase do fígado,
impedindo o reaparecimento .
Adulto (excepto grávida): Administrar um dos ACT aprovados na política nacional
(Arteméter+Lumefantrina rtesunato+Amodiaquina ou Dihidroartemisinina+Piperaquina).
Crianças com mais de 12 meses: Administrar um dos ACT aprovados na política nacional
(Arteméter+Lumefantrina ou Artesunato+Amodiaquina e Dihidroartemisinina+Primaquina
0,25 mg/Kg de peso durante 14 dias.
Definição de Cura
Nas infecções por P. vivax e P. ovale o conceito é alargado à prevenção das recidivas com
o uso de hipnozoiticida.
Recorrência
a) Recrudescência
Causas de falência
Vómitos
Resistência
Tratamento incompleto
Incumprimento do tratamento
Dose insuficiente dos medicamentos
Medicamentos de qualidade deficiente
Persistência dos sinais e/ou sintomas com esfregaço de sangue negativo. Neste
caso, deve-se procurar outras causas de doença ou referir o doente para o nível
superior.
Persistência dos sinais e/ou sintomas com esfregaço de sangue positivo.
Neste caso, deve-se tratar com ACT diferente do que se tomou inicialmente, se este
não estiver disponível,referir o doente para o nível superior.
Teste rápido positivo sem sintomatologia. Neste caso, confirmar com esfregaço; se
positivo para formas assexuadas, tratar com ACT diferente do que se tomou
inicialmente, no caso de recidiva administrar primaquina.
Nas regiões endémicas pensava-se que alguns doentes semi-imunes deveriam ser curados
usando tratamento parcial com fármacos eficazes (i.e. uso de regimes que seriam não
satisfatórios em doentes sem imunidade). Isto levou no passado a diferentes
recomendações para ambos tipos de doentes.
Uma outra prática potencialmente perigosa é dar apenas a primeira dose do tratamento para
doentes suspeitos mas sem confirmação de malária, na intenção de dar o tratamento
completo se o diagnóstico for eventualmente confirmado.
Com a excepção do Arteméter+Lumefantrina, os co-fármacos de todos os outros ACTs
foram previamente usados como monoterapias, e continuam ainda a estar disponíveisem
muitos países. O seu uso contínuo como monoterapias pode comprometer potencialmente o
valor dos ACTs ao seleccionar resistência à droga.
- Uso de repelentes;
- Luta antilarvar com biololarvicida- mata as as larvas nos locais de produção dos
mosquitos, impedindo o desenvolvimento de novos mosquitos;
Sinais e Sintomas
Queixas Principais
Tratamento Inicial
Antescedentes
Exames Físico
Exames Complementares
Diagnóstico
Complicações
Tratamento
Evolução Clinica
Considerações Finais
Sugestões e Recomendações
Referência Bibliografica
Anexos