Você está na página 1de 40

INTRODUÇÃO

Neste trabalho propormo-nos abordar sobre, a Malária sendo que é uma Doença
causada por protozoários do género Plasmodium que infecta os glóbulos vermelhos
do sangue.

A malária, é uma doença da antiguidade, foi reconhecida por Hipócrates e descrita


possivelmente em 1700 a.C., em textos chineses antigos. Acompanhou a saga
migratória do ser humano pelas regiões do Mediterrâneo, Mesopotâmia, Índia, e
Sudeste Asiático.

O termo malária tem origem no italiano medieval mala-ria, ou “maus ares”. A doença
era anteriormente denominada “ageu” ou “febre dos pântanos” devido à sua
associação com os terrenos alagados. A malária era comum em grande parte da
Europa e da América do Norte, onde já não é endémica, embora continuem a ser
registados casos importados (Reiter, 2000).

A OMS determina que o diagnostico precoce e o tratamento rápido da malária devem


ser os primeiros elementos básicos estabelecidos em qualquer programa de controle
desta doença.

Em Angola o paludismo ou malária, ainda é a primeira causa de morte, de doença e de


absentismo laboral e escolar. A malária tem, não só um impacto negativo sobre a
saúde das populações, como também sobre o desenvolvimento social destas tornando-
as mas pobres.

Aproximadamente 3,7 milhões de casos de mortalidade por malária foram estimados


em 2010. O Inquérito de Indicadores de Malária em Angola de 2011. A malária tem,
não só um impacto negativo sobre a saúde das populações, como também sobre o
desenvolvimento social destas tornando-as mais pobres (MIGUEL, 2010).

É transmitido de pessoa a pessoa pela picada da fêmea do mosquito do género


Anopheles (Vector). O Plasmodium passa por um ciclo complexo, tanto no
mosquito como no homem, antes da transmissão poder ocorrer. No vector mosquito, o
ciclo dura entre 1 a 3 semanas, dependendo de vários factores, tais como : a espécie
dos parasitas da malária, a temperatura ambiente e a humidade relativa, e no homem

1
cerca de 1 a 4 semanas consoante a espécie. O medicamento padrão para o tratamento
de pacientes com malária por P. falciparum é o Qoartem, artemeter, etc.

O método mais confiável para diagnosticar da malária é o exame microscópico de um


esfregasso de sangue corado ou gota espessa, obtido do caso suspeito e analisado por
um analista capacitado. O diagnóstico microscópico da malária é uma prática
especializada que requer muito cuidado, grande atenção a cada etapa dos
procedimentos operacionais padrão e habilidade visual e capacidade de diferenciação
extremamente precisas.

2
OBJCTIVOS

Objetivo geral

 Avaliar a Malária em alunos do Instituto Técnico Privado de Saúde Massala


Malongui no I trimestre de 2024.

Objectivo especifico

 Determinar a frequência da malária nos alunos,

 Caracterizar os alunos de acordo as variaves sociodemográficas (Género, Idade,


Classe ).

 Descrever os factores de risco associados a malária.

3
PROBLEMATICA

A malária um problema dominante da saúde pública em Angola, afectando todo o país


e todas as faixas etárias, causando elevada mortalidade, por esta consequência, pois é
necessário um estudo para descoberta e controlo da mesma, para o nosso trabalho
referente a Frequência da malária em alunos do Instituto Médio Técnico Privado de
Saúde Massala Malongui no Iº Trimestre de 2024, e para melhor compreensão da
problemática do combate desta doença, propormo-nos a questionar o seguinte:

 Qual é a Frequência da malária em alunos do Instituto Médio Técnico


Privado de Saúde Massala Malongui no Iº Trimestre de 2024?

4
JUSTIFICATIVA

5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CONCEITO

A malária é uma doença infecciosa, transmitida por mosquitos e causadas protozoário


parasitários do género plasmodium ( Plasmodium falciparum, P. vivax, P. ovale, P.
malariae, e P. knowlesi). O parasita da malária pertence ao reino protista, filo
apicomplexa, classe hematozoa, ordem haemosporidae, família plasmomodidae e
género plasmodium ( Miguel, 2010).

TRANSMISSÃO
É transmitida geralmente pela picada de uma fêmea infectada do mosquito anopheles.
A picada introduz no sistema circulatório do hospedeiro os parasitas presentes na sua
saliva. Os parasitas depositam-se no fígado, onde se desenvolvem e reproduzem.
Existem cinco espécies de plasmodium que podem efectar os seres humanos. A maior
parte das mortes são causadas pelo plasmodium falciparum, as espécies de
plasmodium Vivax, plasmodium ovale e o plasmodium malariae, geralmente causam
formas menos grave de malária que raramente são fatais. A espécie Plasmodium
Knowlesi raramente causa causa doença em seres humanos( Monteiro, Costa
Fernandes & Costa Ribeiro, 2013).

EPDEMIOLOGIA

A malária é endémicas em todas as províncias de Angola, nota-se um aumento de


transmissão durante a estação das chuvas, com um pico entre os meses de Janeiro e
Maio. As áreas hiperendémicas são áreas onde a transmissão é intensa e áreas
mesoendémicas são áreas de transmissão moderadas. Asprovincias mais afectadas
são: Luanda, Lunda Norte, Huila, Malange, Bie, Benguela, Huambo, Uige,

CICLO EVOLUTIVO DO PARASITA

No ciclo de vida do Plasmodium, a fêmea do mosquito Anopheles (hospedeiro


definitivo) transmite a um vertebrado (hospedeiro intermediário, como o ser humano)
uma forma infecciosa móvel (esporozoíto), actuando desta forma como vector. O
esporozoíto percorre os vasos sanguíneos até as células hepáticas, nas quais se
reproduz assexuadamente, produzindo milhares de merozoítos. Estes últimos irão
infectar mais glóbulos vermelhos e dar ínicio a uma série de ciclos de multiplição

6
assexuada que produzem ente 8 a 24 novos merozoítos infecciosos cada um, até a
célula romper e dar ínicio a um novo ciclo infecção (Gilles, 2002).

Os restantes merozoítos tornam-se gametócitos imaturos, os quais são os percursores


dos gâmetas masculinos e femininos. Quando um mosquito pica uma pessoa
infectada, os gametócitos são transportados no sangue e amadurecem no sistema
digestivo do mosquito. ,Só a fêmea do mosquito é que se alimenta de sangue, os
machos alimentam-se do néctar de plantas, pelo que não transmitem a doença. As
fêmeas do género Anopheles preferem alimentar-se ao longo da noite, iniciando a
procura de refeição com pôr do sol. Os parasitas da malária podem também ser
transmitidos através de transfusões de, embora a sua ocorrência seja rara (Gilles,
2002).

FISIOPATOGIA

MANIFESTAÇÃO CLINICA

A infecção por malária pode manifestar-se através de um variado número de


sintomas, variando entre fraca ou nenhuma manifestação clinica, a doença severa é a
morte. Pode ser categorizada em malária simples ou severa. É em geral uma doença
curável quando diagnosticada correcta e precocemente.

Classicamente consiste em três fases: fase fria (sensação de frio, arrepios), fase quente
(febre, dores de cabeça, dores musculares, vómitos, convulsões nas crianças), e fase
de sudorese ( suores, retorno da temperatura normal corporal, cansaço). Contudo, este
quadro clássico pode ser alterado com a utilização de fármacos ou aquisições de
imunidade, e varias dos sintomas descritos podem estar ausentes.

O diagnostico requer a demostração de parasitas no sangue. Adicionalmente podem


ser verificados: anemias, trombocitopenia, elevação das bilirrubinas e
aminotransaminases.

A doença pode evoluir para malária grave ou complicada provocando uma disfunção
multiorgânica afectando o sistema nervoso central, hematopoético, aparelho
respiratório, fígado, sistema circulatório, rins e a coagulação sanguínea.

7
SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas da malária manifestam-se geralmente entre 8 a 25 dis após
infeçcão. No entanto, os sintomas podem-se manifestar mais tarde em indivíduos que
tenham tomado medicação antimalárica da prevenção. As manifestações iniciais da
doença, são iguais em todas as espécies de malária, são emelhantes aos sintomas da
gripe. Podendo ainda ser semelhantes aos de outras doenças virais e condições
clínicas como a Sepse ou Gastroenterite. Entre os sinais incluem-se dores de cabeça,
febre, calafrios, dores nas articulações, vómitos, anemia hemolítica, icterícia,
hemoglobina na urina lesões na retina e convulsões (Alvárez, 2005).

SINTOMAS CLÁSSICOS DA MALÁRIA


São ataques paroxístico, a ocorrência cíclica de uma sensação súbita de frio intenso
seguida por calafrios e posteriormente por febre e sudação. Estes sintomas ocorrem a
cada dois dias em infecções por P. vivax e P. ovale e a cada três dia em infecções por
P.malariae. A infecção por P. faciparum pode provocar febre recorrente a cada 36-48
horas ou febre menos aguda, mas contínua.

Os casos mais graves de malária são geralmente provocados por P. falciparum,


variante que é muitas vezes denominada “malária falciparum”. Os sintomas desta
variante manifestam-se entre 9 a 30 dias após a infecção. Os indivíduos com malária
cerebral apresentam muitas vezes sintomas neurológicos, entre os quai postura
anormal, nistagmo, paralisia do olhar conjugado ( incapacidade de mover em conjunto
os olhos na mesma direcção ), opistótono, convulsões ou coma (Miguel, 2010).

DIAGNÓSTICO

A associação de critérios clínicos e epidemiológicos é muito importante para a


suspensão da doença, isto é, a presença de sintomalogia geral em paciente procedente
de área de risco da málaria, obrigatóriamente indica a solitação do exame laboratorial
confirmatório da infeçcão. Tradicionalmente, diagnóstico confirmatório da malária é
feito pelo exame microscópio de sangue, necessitando de material e reagentes
adequados, bem como de técnicos bem treinados para sua realização, objectivando a
detecção e diferenciação (Monteiro,Costa Fernandes & Costa Ribeiro, 2013).

8
O exame microscópio do sangue pode ser feito em esfregaço (distentido) ou espesso
(gota espessa). A gota espessa é corada pela técnica de Walker (azul de metileno e
Giemsa) e o esfregaço delgado e corado pelo Giemsa, após fixação com álcool
metílico. Além do baixo custo,ambas permitem identificar, com facilidade e precisão,
a espécie do plasmodium. Esses metódos também possibilitam quantificar a
intensidade do parasitismo, mediante a determinação da parasitemia por volume de
sangue. Na prática, metód d gota espessa é o mais utilizado, uma vez que a
concentração do sangue por campo microcóspio favorece o encontro do parasita ( José
de C. Moreira, 2012).

Para além da pesquisa microscópia podem ser usados testes rápidos de diagnósticos
que permitem a deteçcão no sangue de antígenios específicos produzidos pelos
parasitas. Existem testes que são exclusivos para P.falciparum como é o caso de Pf-
HR2 (Histidine-rich protein 2), através de anticorpos monoclonais, para além destes,
existem testes que discriminam P. falciparum de outras espécies, como é o caso
OPtiMal, estes detectam, através de imunocromatografia, uma enzima intracelualar
produzida pelo género plasmodium, PLDH (plasmodium-associated lactate
dehydrogenase) e outra específica de P. falciparum, Pf -LDH (P.falciparum specific
parasite lactate desydrogenase) presentes no sangue. Este permite distinguir infeçcão
por P.falciparum por espécies não P.falciparum (Esteves, 2012).

Além dos testes rápidos de detecção de antigénios é possível fazer a detecção de ácido
desoxirribonucleíco (ADN) do parasita em amostras de sangue através do método
PCR (Polymerase chain reaction). Este método é muito útil para situação de baixa
parasitemia no sangue que não detectável através do microscópio ou dos testes
rápidos mas no entanto, por ser um equipamento muito caro e ser o seu uso é restrito (
Esteves, 2012).

CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO

Segundo (Henry, 2007) o controle de qualidade laboratorial, consiste de acções


pensadas para trazer mais segurança, eficiência e qualidade ao processo de realização
de exames. As normativas definem uma série de parâmetros que são utilizados para
medir o nível da qualidade de um serviço laboratorial, bem como para garantir a
integridade dos pacientes e evitar os erros nos resultados clínicos.

9
É necessário fazer o controle de qualidade laboratorial, pois é um factor humano de se
comprometer com a qualidade da sistência prestada aos pacientes, o controle dos
processos laboratoriais é importante porque atesta que a instituição esta apta a
funcionar.
Os requesitos que devem ser priorizados no controle de qualidade laboratorial
incluem as condições gerais de organização do espaço, a infrastrutura do local, os
recursos disponíveis como, equipamentos e instrumentos (Henry, 2007).

Esse conjunto de critérios é que define a qualidade do serviço oferecidos pelas


instituições, de modo que os pacientes tenham uma experiência satisfatória e
eficiente, sem abrir mão da agilidade nos processos. Outro ponto decisivo quanto a
importância do rigor no controle laboratorial, é a minização de erros que poderiam
comprometer o resultado dos exames, inclusive colocando em risco a saúde dos
pacientes (Botero, 2003).

TIPOS DE CONTROLE DE QUALIDADE

Quanto aos tipos de controle laboratorial, existem:

Controle de qualidade interno, é um conjunto de acções correctivas que são


aplicadas durante a execução de cada processo para garantir que os resultados possam
ser entregues (Lavín, 2003).

O controle de qualidade interno são processos sistemáticos e contínuos, que têm as


seguintes características:
 Qualiadade dos equipamentos, instrumentos e reagentes.
 Desempenho do pessoal .
 Medidas correctivas.

1. Qualidade dos equipamentos, instrumentos e reagentes, é essencial na análise


do controle de qualidade para garantir que haja um processado e análise da
amostra de sangue e, portanto, seja capaz de obter resultados confiáveis, o
microscópio é principal equipamento de laboratório usado para análise deve
estar em condições ideias para uma visualização correcta do parasita, os

10
reagentes utlizados não devem expirar, o pessoal deve levar em consideração
todos os passos da coloração (Lavín, 2003).

2. O Desempenho do pessoal, envolve conhecimentos, habilidades que os


técnicos do laboratório clínico possuem e a maneira como ele coloca seu
conhecimento em prática e como ele actua em seu ambiente ( Henry, 2007).

3. Medidas correctivas, servem para corrigir um problema real detectado e


evitar sua repetição, ou seja, são condicionadas pela inconformidades
anteriores que ocorreu dentro de um laboratório e, para corrigir o treinamento
desses erros é necessário fornecer informações e equipamentos (Henry,
2007).

O Controle de qualidade externo, é um implemento essencial do controle de


qualidade, realizado através de um programa externo de avaliação de qualidade. As
característcas do controle de qualidade externo são ( Monteiro,Costa Fernandes &
Costa Ribeiro, 2013):
 Avaliação
 Auditória
 Supervisão indirectas.

1. Avaliação, consiste em saber a competência profissional de cada indivíduo, e


de todos os indivíduos pertencentes a uma posição de diagnóstico.

2. Auditória é um exame sistemático e independente para verificar se as normas


e os procedimentos vigentes estão sendo aplicados de acordo com requisitos
estabelecidos, em todas as etapas, das quais depende a confiabilidade dos
resultados.

Supervisão é um processo em que as entrevistas são conduzidas. O pessoal


encarregado de processar amostras de pacientes para conhecer as condições de
trabalho, procedimentos técnicos administrativos, controle de qualidade, bem como os
problemas que surgem nos postos de diagnóstico e nos laboratórios, para recomendar
soluções adequadas de acordo com os recursos.

11
1. Fase Pré-Análitica
Um erro da fase pré-analítica influência decisivamente o erro total, e
consequentemente o resultado analítico que o laboratório dá ao clínico. Assim, um
adequado tratamento na fase pré-analítica pode evitar a repetição de provas, coletas e
um diagnóstico incorrecto que conduza a um tratamento inadequado (Kindt, Osborne,
Goldsby, 2006).

Os erros da fase pré-analítica são os mais comuns, atingindo cerca 46 a 68% dos erros
totais de um laboratório, tais como (Kaufer & Pérez, 2008):
a) O preenchimento inadequado do pedido,
b) A preparação inadequado do paciente,
c) O uso excessivo do garrote,
d) A extracção lenta ou difícil,
e) A má identificação da amostra,
f) O tempo prolongado do transporte da amostra e entre outros.

A fim de reduzir os erros totais, a fase pré-analítica deve ter prioridade, devem ser
desenvolvidos procedimentos próprios, o pessoal deve ser treinado especificamente e
deve haver uma cooperacção inter-sectoriais (Ramos, 2012).

Factores de riscos pré-analíticos


A fase pré-analítica é a sequência de eventos que ocorrem antes da amostra preparada
ser submetida ao processo de análise real. Actualmente é considerada a fase mais
crítica do processo, pois é onde ocorre um maior número de erros e mais tenpo pode
ser perdido. Existem vários factores que podem influenciar a qualidade da amostra e
que devem ser conhecidos para interpretar correctamente o resultado final. Estes
factores devem ser conhecidos por todos os profissionais envolvidos no processo,
tanto por médicos ( para que eles possam interpretar correctamente o relatório
analítico ), Serão conscientes da importância que podem ter uma colecção incorrecta
da amostra. Também é importante que o laboratório aporte dados completos
disponíveis do paciente, idade, sexo, etc. Condições de extracção, e que, com base
nesses dados validará no rejeitou os resultados ( Henry, 2007).

12
Os cuidados a ter na fase Pré-Analítica:

a) Solitação de análise pelo clínico ou médico, é o ínicio do processo laboratorial


e, é a acção pela qual o laboratório recebe as informações necessárias para
realizar seu trabalho. O restante do processo dependerá de sua qualidade. Para
isso é necessário que na aplicação vários tipos de dados sejam correctamente
preenchidos;
b) Identificação do pedido: é atribuído um código de identificação;
c) Tipo de solicitação: ordinária ou urgente. Normalmente, o tipo de solitação
condiciona uma logística diferente;
d) Dados da afiliação do paciente: eles identificam o paciente de forma
inequívoca e o relcionam com outros. Ex: nome, número, número histórico;
e) Dados clínicos e demográficos: são necessária: são necessária para a correcta
interpretação dos resultados, para realizar estudos completares, revisar os
resultados recomendações do laboratório. Ex: data de nascimento, sexo,
diagnóstico e outras infornações com base nos testes solicitados;
f) Testes ou estudos solicitados: indica quais testes ou grupos de testes você
deseja realizar e a qual espécime (Botero, 2003);
g) Indicações para o paciente
h) Um relacionamento íntimo entre pacientes e o profissional de laboratório será
mantido aqui, a fim de garantir confiança durante a coleta de sangue ou
amostra
i) Biológicas;

j) Preparação do material: deve ter todo material preparado para evitar


complicações;
k) Preparações do paciente: informar o paciente sobre as indicações necessárias,
l) proporcionar conforto para( Botero, 2003)

2. Fase Analítica.
Corresponde a fase da realização da análise propriamente dita, sendo que, a
manutenção dos equipamentos, calibração, controle de qualidade e a preparação das
amostras são compreendidas nesta fase (Ramos, 2012).

13
Factor de risco na Fase Analítica

Existe vários factores que influenciam a qualidade dos resultados, os principais riscos
desta fase são ( Henry, 2007):
a) Falha no equipamento
b) Perda da amostra
c ) Troca da Amostra
c) Contaminação entre as amostras
d) Sistema analítivo não validado previamente à análise
e) Falhas não detectadas no controle interno de qualidade, podem,
erro sistemático e erro randômico.
3. Fase Pós-Analítica

Esta fase consiste na avaliação final de todos os resultados, que culmina com
avalidação biopatológica,emissão e entrega do boletim analítico. Os erros que
resultam desta fase podem ter origem quando há na comunicação, uma validação
errada dos dados analíticos ou uma entrada de dados errados proveniente do sistema
(Ramos, 2012).

Factor de risco na Fase Pós-Analítica


Os factores de riscos na fase Pré-Analítica são:
a) Perda do resultado
b) Interpretação equivocada do resultado e acção subsequente
c) Tempo de liberação dos resultados acima do específico
d) Problema com o sistema de informação laboratorial
e) Valores de referência e limites de decisão inapropriados.

METODOS UTILIZADOS PARA O DIAGNOSTICO DA MALÁRIA

Os metodos mas utilizados pra o diagnostico da malaria são: Gota espeça, Esfregaço
sanguineo e Texte rápido (TDR).

GOTA ESPESSA

14
Gota espessa, sua técnica baseia-se na visualização das formas do parasito através de
microscopio óptica, após coloração pelo método de Walker ou Giemsa. Permite a
diferenciação específica dos parasitos a partir da análise de sua coloração, morfologia
e estágios de desenvolvimento no sangue periférico, devido à sua alta concentração.

PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DA GOTA ESPESSA


A obtenção da amostra de sangue pode ser realizada directamente por punção digital
ou venosa, temos os seguintes (Botero, 2013);
a ) Separar duas lâmina limpas, deixando-as em superfície plena e horizontal;
b ) Colocar uma das lâminas sobre uma superfície plana e manuseá-la, pela
extremidade, evitando tocar as superfície, de preferência, a lãmina deve estar
com a etiqueta autoadesiva para o registro da identificação;
c ) Calçar luvas de látex descartáveis;
d ) Limpar rigorosamente a pele de local da punção ( parte do segundo ou terceiro
dedo das mãos, lóbulo da orelha ou em lactentes, no dedo grande do pé ou
calcanhar) com gaze ou algodão bebido em álcool a 70%, posteriormente, enxugar
com gaze ou algodão secos.
e ) Retirar o estilete ( lanceta) do envoltório estéril segurando-o firmemente (puxar a
tampa de uma só vez). Segurar o dedo a ser puncionado entre o polegar e o indicador
da mão do operdor e puncionar de maneira firme e rápida. Remover a primeira gota
de sangue com gaze ou algodão secos.
f ) Comprimir o dedo suavemente, para obter uma outra gota de sangue esférica sobre
pele seca. Cuidar para não tocar o ponto de saída do sangue. Segurar a lâmina
firmemente pelas bordas da extremidade onde se encontra a etiqueta de identificação.
Aproximar a lâmina ao dedo do paciente pela face onde consta a identificação, até
tocar o alto da gota de sangue (evitando o contacto com a pele).
g ) Se a quantidade de sangue for insuficiente, pode-se colocar outra gota ao lado da
primeiro ou até duas.

Materias utilizados na coloração de lâminas (Calzeta, 2000):


 Pissetas ( frascos plásticos de lavagem );
 Uma placa de acrílico ( placa côncava para coloração );
 Frascos contas-gotas;
 Suportes próprios para colocar as lâminas na vertical e na horizontal;

15
 Relógio marcador de tempo com alarme;
 Proveta graduada de 100 ml;
 Papel absorvente;
 Solução de metileno fosfato ( Giemsa );
 Água destilada.
Coloração da Gota Espessa
a) Colorar a Lâmina com o lado da gota voltada para a superfície da placa acrílico.
b ) Preparar uma solução de Giemsa na proporção de uma gota de corante para 1 ml
de água tamponada.
c) Despejar a solução recém-preparada na placa de acrílico, onde já está a lâmina
invertida.
d ) Deixar corar por 10 a 15 minutos.
e ) Enxaguar com água tamponada.
f ) Deixar secar ao calor suave ( Botero & Restrepo, 2012).
Como Pesquisar O Plasmodium E Interpretar A Lâmina ( Gota Espessa)
1. Antes de usar a objectiva de emersão, certifique-se de que o condensador está
colado á platina e que a luz se dirige á objectiva é forte.
2. Procurar o plasmodium nas duas gotas formadas. Pois é possível que uma das
gotas tenha plasmodium enquanto que o outro não tem.
3. Se o primeiro campo micróscopico não tiver sequer um plasmodium, não tiver
sequer um plasmodium, não interprete a lâmina como negativa. Observe mais
campos.
4. Se ahares um campo positivo, não te limites apenas nesse campo. Observe mais
campos com expectativa de achar mais plasmódios.

Recomenda-se observar pelo menos 100 campos microscópios, antes de interpretar


uma lâmina como negativa ( Esteves, 2012).

ESFREGAÇO SANGUÍNEO

Esfregaço sanguíneo, é um método muito utilizado para a identificação das espécies


de plasmódios, porém a sensibilidade do diagnósticos é menor que o da gota espessa,
em virtude da menor que concentracção do sangue. A preparação é corada pelos
métodos de de Giemsa ou Wright. ( José de C. Moreira, 2012).

16
Um esfregaço bem preparado, consiste numa única camada de eritrócitos e leucócitos
espalhados sobre menos de metade da lâmina.

PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO


Apoiar a lâmina de microscopia, já com identificação do paciente, sobre uma
superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não esta suja ou
possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste.
a) Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da
lâmina.
b) Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contacto com
sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a
gota com o dorso em um ângulo de 45°.
c) O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade.
d) A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direcção
oposta a extremidade em que está a gota de sangue ( o sangue será puxado pela
lâmina).
e) Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina
de vidro.
f) Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interfêrencia ( Calzeta, 2000).

Coloraçâo do Esfregaço Sanguíneo


A coloração do esfregaço está na dependência da espessura da camada de hemácias,
bem como método de coloração.
a ) O esfregaço deve apresentar uma película fina e uniforme que não chega ás
bordas, com a diminuição progressiva do sangue em direcção ao final da lânima, sem
alcançar a extremidade, mas formando franjas.
b ) A cor do esfregaço pode variar do cinza-claro ao rosáceo pálido, sendo padrão o
seguuinte:
Leucócitos: núcleo azul-escuro ou púrpura, o citoplasma dos neutrófilos, com
granulações finas e rosa , dos eosinófilos róseo.
Plaquetas : azul ou púrpura.

17
Plasmódium: cromatina nuclear vermelha ou púrpura, citoplasma pode variar de
azul-claro.
Granulações de schuffner: rosa ou vermelha. A sua presença claramente definida,
nas hemácias parasitadas pelo P. vivax ou P. ovale, é um bom indicador de coloração
satisfória ( Botero, 2003).

Observação da Lâmina do Esfregaço


a) A cabeça da lâmina : região imediatamente após o local em que estava a gota
sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de leucócitos
( principalmente de linfócitos ).
b) Corpo da lâmina ; região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região
que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais
homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da
distensão sanguínea.

Cauda lâmina : região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro de


alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem apresentar
maior distorção morfologia ( Calzeta, 2000).

DISTINÇÃO DA GOTA ESPESSA E ESFREGAÇO SANGUÍNEO

Na gota espessa efectua-se a detecção, identificação, estudo quantitativo, e contagem


dos plasmódium.

Na gota espessa, durante a coloração, a hemoglobina nos eritrócitos dissolve-se,


permitindo a análise de uma certa quantidade de sangue, de forma fácil e agil, os
parasitas de malária quanto presentes, estão mais concentrados na gota do que no
esfregaço e são mais fáceis de ver e contabilizar.

Já o esfregaço sanguíneo é usado para confirmar a espécie do parasita da malária


quando, situações excepcionais, isto não pode ser feito na gota espessa. Um esfregaço
bem preparado, consiste numa única camada de eritrócitos e leucócitos espalhados
sobre menos de metade da lâmina.

18
Por fixar os eritrócitos e leucócitos, permite um melhor estudo da morfologia do
parasita e das alterações, as características do eritrócito parasitado, viabilizando o
diagnóstico da gota espessa em situações de dúvidas. ( Travéz, 2015).

TESTE RÁPIDO DA MALÁRIA (TDR)

O TDR, é um teste que serve para indicar a presença de um antigénio do parasita (Pv
e Pf), Ou são testes de diagnóstico rápido, são técnicas rápidas, práticas e sensíveis
que estão a ser desenvolvidas para o diagnóstico da malária com base na detecção de
antígenos do parasita.

Matérias

 Luvas
 Lancetas
 Álcool (gaze e algodão)
 Dispositivo de teste
 Tampão de ensaio
 Pipeta de amostragem

Procedimentos

 Calçar as luvas
 Rotule o teste com o nome do paciente e a data
 Limpe a ponta do dedo (faça assepsia)
 Faça a coleta capitar
 Com a pipeta, mergulhe a extremidade aberta da pipeta no sangue e deixe
atingir a linha preta da pipeta.
 Toca a ponta da pipeta no espaço da amostragem (S) e aperte de modo a retirar
(5ųl)
 Segure o frasco tampão e adicione 4 gotas de tampão de ensaio
 Leia os resultados em 15mn no máximo em 30mn

Interpretação dos resultados

 Positivo: Linha de controlo presente e linha de teste presente em qualquer


grau de intensidade (Pv ou Pf)
 Negativo: Linha de controlo presente e linha de teste ausente.

19
EXAMES COMPLEMENTARES DA MALÁRIA
O exame sorológico não destinguem infecções actuais de pregressas, podendo ser
usados para pacientes que nunca viajaram anteriormente para áreas endémicas. O uso
da reacção em cadeia de polimerase (PCR) apresenta alta sensibilidade e, conforme a
técnica, pode distinguir a espécie. Apresenta alto cust para ser utilizado em larga
escala em país tropicais onde a doença é endémica( Esteves, 2012).

Fitas diagnósticas (testes rápidos), são fáceis de utilizar e dispensam electrecidade,


mas ainda não apresentam alta sensibilidade com o exame directo, além do custo a ser
utilizado em larga escala ( Esteves, 2012).

TRATAMENTO

A malária é tratada com medição anti-malárica. A escolha do farmáco depende do


tipo e gravidade da doença. Apesar de geralmente serem também usados
medicamentos para baixar a febre, a sua influência no tratamento não é ainda
conclusiva ( Garner P, 2007).

A malária não complicada pode ser tratada com medição oral. O tratamento mais
eficaz para a infecção por P.falciparum é o uso de artemisinina combinada com outros
anti-maláricos, denominada Terapia combinada de Artemisinina ou ACT. A
combinação de fármacos diminui as hipóteses de se verificar resistência do parasita a
qualquer um dos componentes individuais ( Miguel, 2010).

Entre os outros anti-maláricos com artemisinina é combinada estão: Amodiaquina,


Lumenfrina, Mefloquina ou Sulfadoxina/Pirimetamina (Breman JG, 2012)

A ACT é eficaz em 90% dos casos de tratamento de malária sem a presença


complicações. Para o tratamento de malária na gravidez a OMS reomenda o uso de
quinino e clindamicina no primeiro trimestre e ACT nos restantes trimestres (Edstein,
2012).

20
O tratamento recomendado para a malária grave é a administração intravenosa de
fármacos anti-maláricos. Em casos graves, o artesunato é superior quinino, tanto em
crianças como em adultos. O tramento de malária grave envolve medidas de apoio
que são melhor realizadas numa unidade de cuidados intensivo ( Donegan S,2008)

PREVENÇÃO

Entre os metódos de prevenção da malária estão a erradicação dos mosquitos, a


prevenção de picadas e medicação. A presença de malária numa região pressupõe a
conjugação de vários factores: elevada taxa de transmissão entre humanos e
mosquitos. Quando algum destes factores é reduzido de forma significativa, o parasita
irá eventualmente desaparecer dessa região. No entanto, a não ser que o parasita seja
erradicado á escala global, pode-se voltar a implantar em qualquer uma dessas regiões
caso ocorra uma conjugação de factores que proporcione a sua reprodução. Além
disso, o custo econónimo da erradicação do mosquito por pessoa é maior em áreas
com menor densidade populacional, o que faz com que seja economicamente inviável
em algumas regiões. Os metódos usados para reduzir a malária através da diminuição
do números de transmissões são denominadas controlo de vetores (World Health
Organization, 1997).

A pulverização residual de interiores com insecticida e o uso de mosquiteiros, ás quais


é aplicado também insecticida, o uso de repelentes são outras técnicas de erradicação
que têm demonstrado ser altamente eficazes na prevenção de malária em regiões
endémicas (Miguel, 2010).

21
METODOLÓGIA

Tipo de Estudo:

Local De Estudo:

População Em Estudo:

Amostra:

Criterio de Inclusão:

Criterio de Exclusão:

Aspectos Éticos:

Instrumentos de Recolha de Dados:

Variáveis de Estudo:

Análise e Processamento de Dados:

22
ANÁLISES E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Tabela N: Distribuição da amostra segundo a frequência

23
Tabela Nº1: Distribuição da amostra segundo a variaveis sociodemografica (Idade)

Idade Fr %

15-20

21- 26

27-32

32≥

Total

Fonte:

Interpretação:

24
Tabela Nº2: Distribuição da amostra segundo a variaveis sociodemografica (Género)

Género Fr %
Masculino
Feminino
Total
Fonte:

Interpretação:

25
Tabela Nº3: Distribuição da amostra segundo a variaveis sociodemografica

(Classe)

Classe Fr %

10ª

11ª

12ª

13ª

Total

Fonte:

Interpretação:

26
Morar próximo do foco Fr %
de lixo
Moram
Não moram
Total
Tabela Nº3: Distribuição da amostra segundo o fator de risco( morada próximo de
um foco de lixo)

Fonte:

Interpretação:

27
Morar próximo de uma Fr %
vala
Moram
Não moram
Total
Tabela Nº3: Distribuição da amostra segundo o fator de risco ( moradia próxima de
uma vala)
Fonte:

Interpretação:

28
Tabela Nº3: Distribuição da amostra segundo o fator de risco (uso de mosquiteiro)
Fonte:

Interpretação:

Uso de mosquiteiro Fr %
Usam
Não usam
Total

29
Uso de insecticida Fr %
Usam
Não usam
Total
Tabela Nº3: Distribuição da amostra segundo o fator de risco (uso de insecticida )
Fonte:

Interpretação:

30
Tabela Nº3: Distribuição da amostra segundo o fator de risco (uso de redes nas
janelas)

Uso de redes nas janelas Fr %


Usam
Não usam
Total
Fonte:

Interpretação:

31
CONCLUSÃO

32
CONSIDERAÇÕES FINAIS

33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

34
APÊNDICE

35
APÊNDICE-A

INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE MASSALA


MALONGUI
TERMO DE CONCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nós, estudantes finalistas do curso de Análises Clínicas no Instituto Médio Técnico


Privado de Saúde Massala Malongui, referente ao ano lectivo 2023/2024 sob a
orientacao do dr pedro da cruz realizaremos uma pesquisa baseando-se na
Frequência da Malária em alunos do Instituto Médio Técnico Privado de Saúde
Massala Malongui no Iº Trimestre de 2024.

Agradeceríamos se o Senhor (a) nos fornecesse algumas informações. As informações


que nos serão fornecidas, serão apenas para fins académicos e não será divulgado a
sua identidade, a participação no estudo é de carácter voluntário sem remunerações e
é da sua total responsabilidade aceitar ou não em participar.

Se aceitas, assine no espaço abaixo orientado.

Eu:__________________________________________________

PESQUISADOR

 Américo Manuel Daniel:_____________________


 Bernícia Isaura Muyaya:_____________________
 Dionísio Alberto Kilombo:___________________
 Dulce Panda Muginga:_______________________
 José Simão Pedro:___________________________
 Patrícia Maculusse:__________________________
 Quiala Bentos Fernando:______________________
 Sole Silvano Ndinga:_________________________

Orientador: Pedro da Cruz, Lic.

Luanda aos____de __________________de 2024

36
APÊNDICE-B

INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE MASSALA


MALONGUI
FICHA DE INQUERITO

Titulo: Frequência da malária em alunos do Instituto Médio Técnico Privado de


Saúde Massala Malongui no Iº Trimestre de 2024.

DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS

VARIAVEIS DE ESTUDO

37
GLOSSÁRIO

38
ANEXOS

39
40

Você também pode gostar