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A malária é uma das doenças parasitárias mais antigas do mundo. Por muitos
acreditava-se que ela era ocasionada pelo ar dos pântanos e brejos, então, o nome
‘‘mauar’’. Também conhecida como impaludismo, febre palustre, maleita ou sezão.
Além disso, é mundialmente um dos mais sérios problemas de saúde pública,
manifestando-se como uma doença infecciosa, causada por protozoários do género
Plasmodium e transmitida ao homem pela fêmea de mosquitos do género Anopheles,
produzindo febre, cefaleia e vómitos (MINSA, 2012).
A malária é uma doença infecciosa e seu agente etiológico são protozoários do gênero
Plasmodium. A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito do gênero
Anopheles infectada com o parasito. Para o homem, as espécies infectantes são P.
falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi, sendo as duas primeiras
espécies mais prevalentes no mundo e P. falciparum responsável pelo maior número de
casos de malária grave (WHO, 2015).
Apesar dos avanços no conhecimento sobre a doença, a malária continua a ser causa
significativa de morbidade e mortalidade nas áreas onde é prevalente, tendo impacto
devastador na saúde e subsistência das pessoas em todo o mundo, especialmente nas
populações mais pobres e vulneráveis. Nessas populações, a morbidade e mortalidade
são ainda muito maiores, devido a dificuldades e/ou escassez de ações de controle,
diagnóstico e tratamento adequados (BRASIL, 2021).
PROBLEMA DE PESQUISA
A malária, actualmente, é uma das doenças que, a par da tuberculose e de algumas
infecções sexualmente transmitidas (ISTs), maior impacto tem na Economia e Saúde
Pública dos países em vias de desenvolvimento. Segundo o último relatório da OMS,
ocorreram, em 2020, cerca de 241 milhões de casos documentados e perto de 863
mortes causadas por esta infecção (91% em África e 85% em crianças com menos de 5
anos), sendo que cerca de metade da população mundial está em risco de contrair
malária.
Em 2021, de acordo com dados preliminares, foram registados 58 óbitos por malária no
País(Angola), representando 13,5% de aumento em comparação a 2020. A letalidade
por malária na região amazónica é baixa (0,04%) enquanto no restante do país a
letalidade chegou a ser 23,25 vezes maior em 2021 (dados preliminares).
Específicos:
HIPOTESES
Segundo ZASSALA, ‘’ a hipótese é uma resposta antecipada a comprovação de uma
realidade ou um problema, sem sabermos se as observações, factos ou dados aprovaram
o resultado. Portanto, atendendo a questão central apresentada na problemática, tem se
as seguintes hipóteses:
1.2. Epidemiologia
Angola continua na linha vermelha dos países com maior número de mortes por
malária. A malária é uma doença parasitária que causa febre alta, calafrios e sintomas
similares a gripe. O quadro epidemiológico de Angola é caracterizado por doenças
transmissíveis e parasitárias, com destaque as grandes endemias como a malária,
VIH/SIDA e a tuberculose juntando-se as doemças tropicais negligenciasdas, como
tripanossomose humana africana. (Gonçalves, 2019).
Tremores e calafrios,
Suor intenso
Dores por todo corpo
Dor de cabeça
Fraqueza
Mal-estar geral
Náuseas e vómitos.
É comum que a febre e a intensificação dos sintomas ocorram de forma repentina a cada
2 a 3 dias, durante cerca de 6 a 12 horas, período em que os glóbulos vermelhos se
rompem e os parasitas circulam pela corrente sanguínea, situação bem característica
nada malária.
Rigidez na nunca,
Desorientação,
Sonolência,
Convulsões,
Vómito,
Estado de coma.
Causas
Segundo Gomes (2011) a malária é causada pelo mosquito do género Anopheles, mas o
mosquito não é um vilão, é que ele se encontra infectado por uma das espécies do
Plasmodium. Existem cinco espécies de Plasmodium que podem infectar os sres
humanos:
Plasmodium falciparum
Plasmodium vivax
Plasmodium ovale
`lasmodium malariae
Plasmodium knowlesi(raramente)
A maior parte das mortes são causadas pelo P. falciparum. As espécies P. vivax, P. ovale
e malariae geral.
Factores de risco
As pessoas propensas a desenvolverem a malária e as suas complicações, são as pessoas
não imunes ou com baixa imunidade, quer adultos como crianças, consistem em:
Mulheres grávidas;
Hiper-parasitémia
Período de incubação
O período de incubação (fazem um ciclo exo-erritrociticos), variam de acordo com a
espécie do plasmódio:
Período de transmissibilidade
O mosquito é infectado ao sugar o sangue de uma pessoa com gametócitos circulantes.
Esse período dura 6 dias para o P. falsiparum e 8 dias para o P. vivax.Durante esse
período, os esporozoítos deixaram a corrente sanguínea e se encontraram nas células
hepática. Os esporozoítos possuem organelas destinadas a penetração nas células de
seus hospedeiros. Nestas células multiplicam-se por processo esquizogônico, do qual
resulta a formação de merozoítas. Esta reprodução ocorre nos tecidos e dá-se antes da
multiplicação esquizogônica nos glóbulos vermelhos,( DO1DORPA. 2005).
Complicações da Malária
As pessoas não imunes, tanto adultos como crianças e gestantes, podem apresentar
manifestações mais graves da infecção, podendo ser fatal no caso de PF. Infecções por
PV e PM são geralmente benignas e os raros casos relativos de morte por essas espécies
ocorreram em função de complicações peculiares, como a ruptura espontânea do baço
ou concomitância com outra entidade patológica de evolução fatal.
- O tratamento apenas com base na suspeita clínica só deverá ser considerado no caso de
impossibilidade de se realizar o diagnóstico parasitológico por MO ou TDR.
a)-Melhores cuidados aos doentes com teste positivo, devido a uma maior certeza de
que a doença em causa é, de facto, malária;
b)-Identificação dos doentes com teste negativo, para os quais se deve procurar outro
diagnóstico;
Sua técnica baseia-se na visualização do parasita por meio do microscópio óptico, após
coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação
específica dos parasitas a partir da analise da sua morfologia e da presença dos
diferentes estágios de desenvolvimento do parasita encontrados no sangue periférico. A
determinação da da densidade parasitária, útil para a avalição prognóstica, deve ser
realizada em pacientes com Malária, especificamente nos portadores de P. falciparum.
Vantagens:
Desvantagens:
Esfregaço Delgado: possui baixa sensibilidade (estima-se que a gota espessa seja cerca
de 30 vezes mais eficiente na detecão da infecção da malária). Esse método permite,
com mais facilidade e segurança, qualificação os parasitas (identifica o tipo e a fase do
parasita), diferenciação específica dos parasitas, a partir da análise de sua morfologia e
das alterações provocadas no eritrócito infectado.
Vantagens
Desvantagens
Os TDR são um bom apoio para o diagnóstico clínico da malária e uma alternativa
válida a microscópio no diagnóstico clínico da malária não complicada, particularmente
quando não estão imediatamente disponíveis serviços de micriscópio de boa qualidade.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial da malária é feito com a febre tifoide, covid-19, dengue, febre
amarela, leptospirose, hepatite infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas
aguda, febres hemorrágicas e outros processos febris. Na fase inicial, principalmente na
criança, a malária confunde-se com outras doenças infecciosas dos tratos respiratório,
urinário e digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana. No período de febre
intermitente, as principais doenças que se confundem com a malária são as infecções
urinárias, tuberculose miliar, salmoneloses septicêmicas, leishmaniose visceral,
endocardite bacteriana e as leucoses. Todas apresentam febre e, em geral,
esplenomegalia. Algumas delas apresentam anemia e hepatomegalia.
2 - Objectivo Geral:
Permitir que a população tenha acesso aantimaláricos com segurança, de boa qualidade,
eficazes, acessíveis e com aceitação.
3 – Objectivos Específicos:
à malária;
1 - Malária Simples:
Deve ser manuseada em todos os níveis do sistema nacional de saúde. A primeira dose
deve ser tomada na presença do técnico, o qual deve controlar durante os primeiros 30
minutos a eventualidade de vómitos.
Arteméter + Lumefantrina
Artesunato + Amodiaquina
quinino oral+tetraciclina
quinino oral+doxiciclina
quinino oral+clindamicina
▪ Caso não haja disponibilidade de Quinino oral e não se possa efectuar um tratamento
de 7 dias com Quinino, deve-se usar ACT no primeiro trimestre. Paciente co-infectados
com VIH/SIDA.
Os doentes com suspeita de malária grave, sempre que possível, devem ser
referenciados para o nível com melhores condições técnicas, preferencialmente hospital
e serem tratados em unidades de terapêutica intensiva. Antes da evacuação dos doentes
graves, devem ser tomadas medidas de urgência como: controlo da febre, convulsões,
canalização de veia e administrar a primeira dose de Artesunato EV/IMou Arteméter IM
ou se disponível supositório rectal.
Arteméter IM
Quinino EV
O tratamento da malária simples deve ser feito na base de ACTs. Embora a OMS tenha
o Artesunato+Sulfadoxina-Pirimetamina (AS+SP) e
o Artesunato+ Mefloquina, em Angola apenas está orientado o uso das três primeiras.
Posologia:
▪ O tratamento com AL tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de acordo com
o peso ou idade.
Contraindicações
▪ Malária grave
Efeitos adversos
No geral o AL é bem tolerado. Os efeitos adversos são raros, sendo os mais comuns do
tracto gastrointestinal e do sistema nervoso central.
Posologia
▪ O tratamento com AS+AQ tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de acordo
com o peso ou idade; (ver tabela 3).
Contraindicações
• Alterações hepáticas
Efeitos adversos
Na sua maioria os doentes toleram bem o tratamento; contudo 30% deles podem
apresentar efeitos indesejáveis; alguns dos sintomas assemelham-se aos da própria
doença. Os mais frequentes são:
• Prurido
• Raramente bradicardia
• ocasionalmente agranulocitose
• Efeito extrapiramidal
• Cólica abdominal
• Insónia/ sonolência
Posologia
▪ Os comprimidos devem ser tomados depois de uma refeição com água; para as
crianças, os comprimidos podem ser esmagados e administrar com um pouco de água.
▪ Aleitamento;
▪ Malária grave/complicada.
Efeitos Adversos
Definição de Cura
Nas infecções por P. vivax e P. ovale o conceito é alargado à prevenção das recidivas
com o uso de hipnozoiticida.
Recorrência
a) Recrudescência
b) Recidiva
Causas de falência
Vómitos
Resistência
Tratamento incompleto
Incumprimento do tratamento
Dose insuficiente dos medicamentos
Medicamentos de qualidade deficiente
Nas regiões endémicas pensava-se que alguns doentes semi-imunes deveriam ser
curados usando tratamento parcial com fármacos eficazes (i.e., uso de regimes que
seriam não satisfatórios em doentes sem imunidade). Isto levou no passado a diferentes
recomendações para ambos tipos de doentes.
Uma outra prática potencialmente perigosa é dar apenas a primeira dose do tratamento
para doentes suspeitos, mas sem confirmação de malária, na intenção de dar o
tratamento completo se o diagnóstico for eventualmente confirmado.
- Uso de repelentes;
b) - Medidas de protecção
- Luta anti larvar com biololarvicida- mata as larvas nos locais de produção dos
mosquitos, impedindo o desenvolvimento de novos mosquitos;
Cuidados de enfermagem
Sinais e Sintomas
Queixas Principais
Tratamento Inicial
Antecedentes
Exames Físico
Exames Complementares
Diagnóstico
Complicações
Tratamento
Evolução clinica
Considerações Finais
Sugestões e Recomendações
Referência Bibliográfica
Anexos