Você está na página 1de 13

SUMÁRIO

Introdução...................................................................................................................................1
Justificativa.................................................................................................................................3
Problema de investigação........................................................................................................3
Formulação Hipotética..............................................................................................................3
Obejctivos de estudo:...............................................................................................................3
Geral:..........................................................................................................................................3
Especificos:................................................................................................................................3
CAPITULO I: MARCO TEORICO............................................................................................4
Perfil clinico da malaria.............................................................................................................4
HISTORIAL................................................................................................................................5
EPIDEMIOLOGIA......................................................................................................................6
MODO DE TRANSMISSAO E AGENTE ETIOLOGICO......................................................7
Transmissão...............................................................................................................................7
Agente etiológico malárico.......................................................................................................7
Causas da malaria em menores de idade............................................................................8
Principais síndromes da malária ..........................................................................................10
Complicações...........................................................................................................................11
Quadro terapêutico da malária..............................................................................................11
Resistênçia malárica...............................................................................................................11
Patologias associadas a malaria...........................................................................................11
Quadro preventivo da malaria...............................................................................................11
Considerações finais...............................................................................................................11
Conclusão.................................................................................................................................12
Perspectivas ou recomendações..........................................................................................12
Introdução
As chamadas doenças parasitárias afectam hoje em dia uma grande parcela da
população mundial, provocando muitas mortes e exercendo uma grande
influência limitante na qualidade de vida e no desenvolvimento de muitos
países. Estas doenças podem ser provocadas por seres unicelulares mais
simples, como protozoários, ou por seres multicelulares mais desenvolvidos,
como os vermes (TARGETT, G. A.T. 2013, pag, 35, 6ª edição).

Esta doença tem causado muitas perdas humanas, principalmente entre


crianças de até 5 anos de idade na África, aonde as estatísticas chegam a ser
alarmantes. Porém, com a globalização crescente das actividades humanas em
nosso século e as consequências do aquecimento global, o problema da
malária passa a chamara atenção de praticamente todos os países,
principalmente após relatos de que muitas cepas do protozoário causador da
doença têm se tornado resistentes aos medicamentos utilizados actualmente,
bem como devido ao aumento do número de casos da doença entre os
chamados países de primeiro mundo.

Apesar do progresso obtido pela Organização Mundial de Saúde no combate à


malária até finais da década de 70, ela actualmente é um dos mais sérios
problemas mundiais de saúde pública. Esta doença afecta de 300 a 500
milhões de pessoas em todo o mundo causando cerca de 2,5 milhões de
mortes anualmente, a maioria entre crianças. Hoje a ameaça é maior em
nações na América Latina, África, e grandes áreas da Ásia Meridional e
Oceânia, o que significa que aproximadamente 40% da população mundial
corre o risco de desenvolver malária. A malária causa por ano muito mais
mortes em valores absolutos que a AIDS. O maior número de casos ocorre na
África, onde crianças de até 5 anos de idade, cujo sistema imunológico está
ainda em formação, são o grupo de maior probabilidade de morte devido à
infecção. Fora da África, os países com maior número de casos da doença são
Afeganistão, Bangladesh, Brasil, Burma, Camboja, Colômbia, China, Irã, Índia,
Indonésia, México e Filipinas. A malária é causada por protozoários do género
Plasmódio transmitidos ao homem por fêmeas de mosquitos do género
Anopheles infectadas. Somente 4 de aproximadamente 100 espécies desses
protozoários são responsáveis por infectar seres humanos: P. falciparum; P.
vivax; P. ovale P. malariae, sendo o P. falciparum o mais perigoso por causar a
forma mais grave de malária, a cerebral, que na maioria dos casos leva à
morte. Esta doença se caracteriza por causar febres intermitentes que,
dependendo da espécie de plasmódio, ocorrem a cada 2 ou 3 dias, dores de
cabeça, dores no corpo, anemia, icterícia e inchaço do fígado e baço. No caso
da malária cerebral, o parasita pode também comprometer progressivamente o
sistema nervoso central. O tratamento da malária é complexo, longo e muitas
vezes ineficaz devido à reinfecção do paciente fenómeno muito comum em
regiões endémicas. Isto acontece porque muitas das estratégias sabidamente
eficazes para o combate a esta doença são pouco acessíveis nos países
endémicos, como a educação da população de risco (principalmente pessoas
pobres), a quimioterapia eficiente, o controle do vector por meio de insecticidas
e o uso de mosquiteiros impregnados com insecticidas para evitar a infecção,
(OMS, pag.36, edi. agosto 2014).

Somando-se a isso o rápido surgimento de cepas do P. falciparum resistentes


aos anti-maláricos actualmente disponíveis, a ineficácia das vacinas e o
desinteresse das grandes indústrias farmacêuticas em desenvolver fármacos
baratos e acessíveis contra a doença, não é difícil entender porque a malária
ainda é uma emergência global de saúde pública.

Justificativa
Peculiarmente nota-se o aumento de casos de malária infantil, alguns
prematuros e outros antes dos 6 anos entre os dados epidemiológicos
fornecidos, maior parte dos pacientes têm sido curados mais outros
complicados, se tem registado mortalidade daí que situação do género motivo-
nos em disseminar perpendicularmente neste estudo, a fim de constituir as
possíveis situações terapêuticas científicas bem como em métodos de
educação par a saúde segundo o manual de saúde colectiva e em particular no
Hospital Materno Infantil de Caluquembe Local de estudo de Fevereiro á Abril
de 2018

Problema de investigação
Como é feito o diagnóstico e a avaliação terapêutica da malária dos 0 aos 5
anos no Hospital Materno Infantil de Caluquembe de Fevereiro a Abril de 2018?

Formulação Hipotética
No que tange a malária infantil no Hospital Materno de Caluquembe no período
em estudo, será que, o que esta na base da incidência da malária é a falta de
conhecimento preventivo da transmissão ou ignorâncias dos encarregados
educacionais no combate da mesma?

Objectivo de estudo:

Geral:
Descrever o perfil clinico da malária em crianças dos 0 a 5 anos de idade no
Hospital Materno Infantil de Fevereiro a Abril de 2018.
Específicos:
Identificar as causas e o modo de transmissão da malária em crianças dos 0 a
5 anos de idade.

Demostrar os principais síndromes da malária.

Descrever o quadro terapêutico da malária.

Debruçar as patologias associadas a malária.

Delinear o quadro preventivo da malária

CAPITULO I: MARCO TEORICO

Perfil clinico da malária


Malária (do italiano ar ruim) ou Paludismo é uma doença infecciosa, aguda ou
crónica causada por protozoários parasitas do género Plasmódio que habitam
o trato digestivo desses insectos (VERONESI, R. 2011, pag.7, 15a edição)

É transmitida de pessoa infectada a pessoa não infectada pela mordida de


mosquitos do género Anopheles e caracteriza-se por acessos periódicos de
calafrios e febre que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a
descarga de substâncias tóxicas na corrente sanguínea ao fim de cada ciclo
reprodutivo do parasito de alta gravidade potencial. A malária não possui cura
conhecida, embora a quinina (ou o seu isómero quinidina) seja usado na ajuda
do tratamento. Foi suplantado por drogas sintéticas mais eficientes, como
quinacrina, cloroquina, e primaquina. Ultimamente a artemisina tem dado
resultados encorajadores. (VERONESI, R. pag. 364, edi. agosto de 2011)

Segundo a O.M.S diz que malária clinicamente é uma doença infecciosa,


potencialmente grave causada por protozoários do género Plasmódio, que é
transmitida de uma pessoa a outra pela picada da fêmea do mosquito do
Anopheles. Este mosquito tem como origem em grandes porções de água
(doce, para o Anopheles darlingi, e salobra, para o Anopheles aquasalis), por
isso, eles (mosquito) também têm maior actividade durante a noite, geralmente
picando no interior das habitações. Cerca de 40% da população mundial vive
em áreas de risco de transmissão da malária, resultando em não menos de 300
milhões de pessoas infectadas no mundo a cada ano, sendo que destes, 90%
são de países africanos, com um número total de mortes entre 1 e 1,5 milhões,
constituindo- se a doença infecciosa que mais mata no mundo principalmente
em menores de idade, (OMS, pag. 700, 720 e 722, 37a edição 2010)
A cada ano, de 300 a 500 milhões de pessoas contraem malária em todo o
mundo, e aproximadamente 3 milhões ao diâmetro de óbitos, a maioria, são de
crianças abaixo de cinco anos e idosos. Em números absolutos, a malária mata
três crianças por dia com idade abaixo de cinco anos. O número total de
mortes excede ao número de mortes por AIDS é a doença parasitária de maior
incidência no mundo, matando mais pessoas que qualquer outra doença
transmissível, excepto tuberculose é o principal problema de saúde pública em
mais de 100 países, habitados por uma média de 2.4 bilhões de pessoas, ou
1/3 da população mundial. Em muitos países em desenvolvimento da África a
malária representa um fardo, devido ao custo médico e dias de trabalho
perdidos com pessoas doentes. Embora a malária seja tipicamente associada
aos países em desenvolvimento e aos trópicos, sua distribuição geográfica se
estende além dessas áreas e inclui pequenos focos ocasionais na Europa e
América do Norte. Por causa de suas implicações globais e volumosas, é alvo
frequente de numerosos esforços terapêuticos e preventivos a nível
internacional

HISTORIAL
Esse impacto sobre a humanidade vem desde épocas remotas, Da antiga
Grécia, poemas escritos há 3 mil anos já faziam menção às febres terçã e
quartã. E foi um de seus filhos, Hipócrates (400 a.C), quem legou à
humanidade a mais satisfatória das descrições mais remotas da malária, em
seu livro das Epidemias. Sua classificação dos tipos de parasitose se
assemelha muito à que é feita nos dias de hoje e suas advertências acerca das
águas estagnadas transmitem a relação que ele já previa existir com a
incidência da doença e por ocasião da Primeira Guerra Mundial, a malária
dizimou os exércitos, na campanha da Macedónia, e, na Segunda, em algumas
frentes, as baixas causadas por tal parasitose foram, ironicamente, superiores
às motivadas pelo combate (REY, L.pag.132, 2a edição em 1973). Na Itália, em
monte Cassino, com a situação do pós guerra - destruições, desorganização no
plano económico e nos sistemas de irrigação -, as áreas cultivadas
transformaram-se em pântanos, criadouros de anofelinos. A população de
43.340 habitantes, ao retornar às suas casas, viu-se frente à epidemia de
malária, responsável por 100% de morbidade e por cerca de 10% de
morbidade, em alguns povoados.

Entre os grande personagens da história que parecem ter sido vitimados pela
parasitose, encontram-se Alexandre Magno, Alarico, rei dos godos, o papa
Sisto V, o papa Urbano VII e Oliver Cromwell, sem contar os que sofreram dos
tremores malarígenos, como Dante, "Sir" Walter Raleigh, George Gordon, Lord
Byron, Lord Nelson e Abraham Lincoln (STECK, pag, 87 e 89, 2 edição em
1975). Não se pode precisar qual o ponto exacto da origem, ou, mais
especificamente, em qual grupo étnico tiveram lugar os primeiros
acometimentos maláricos. Talvez, a África seja esse ponto, em razão da
comprovada resistência superior da raça negra em adquirir a parasitose porque
a descoberta do agente etiológico se deu em 1880 por Charles Alphonse Louis
Laveran, mas o vector era ainda desconhecido e achava-se que a malária era
contraída através do ar contaminado (malária).

O termo malária é de origem italiana e, literalmente, significa "mal ar", porque


se acreditava que a doença fosse causada pela emanações dos pântanos. Do
francês, se origina o nome paludismo ou impaludismo, com igual significado.
Outras denominações, algumas mais populares, são: maleita, sezão, febre
palustre, carneirada, batedeira, tremedeira. Em 1899, descobriu-se que a
transmissão da malária humana ocorria pela picada de mosquitos de género
Anopheles. A partir desses conhecimentos iniciaram-se vários programas de
controle da malária, até que na década de 40 foram descobertos anti-maláricos
e insecticidas muito eficientes e conseguiu-se erradicar a doença em diversas
regiões do globo e controlá-la em outras. Na década de 60, entretanto,
surgiram cepas do plasmódio e espécies de Anopheles resistentes. Com isso a
malária voltou a ampliar-se em diferentes países e hoje a Organização Mundial
da Saúde - OMS considera essa doença novamente como um dos maiores
problemas de saúde nos países tropicais (KOROLKOVAS,pag. 303, 304, 305,
308, 16a edição em 2015).

EPIDEMIOLOGIA
Segundo editado da ONU feita recentemente, estima-se que 250 milhões de
pessoas foram infectadas pelos agentes etiológicos da malária de 1997 a 2009,
a Organização Mundial da Saúde relatou em 2010 que tenham ocorrido 219
milhões de casos de malária que provocaram a morte de 600 mil de pessoas.
Outras fontes estimaram o número de casos entre 350 e 550 milhões para o a
malária falciparum e 1,24 milhões em 2010, uma subida em relação a milhão
de mortes estimado em 1990. A maioria dos casos ocorrem em crianças com
idade inferior a 15 anos isto dos 0 a 5 anos de idade. Na África subsariana
estima-se que a malária materna esteja associada a morte de 200 mil crianças
anualmente. Tanto a incidência global como a mortalidade e dai resulta tem
vindo a diminuir nos últimos anos de acordo com a OMS, as morte atribuídas a
malária em 2010 corresponde a uma diminuição de cerca de terço, quando
comparadas a estimativa de 985 mil para o ano 2000, devido em grande parte
a disseminação de uso de redes mosquiteiras tratadas com insecticida e com a
terapia combinada de Artemisimina. (OMS pag, 107, 111, 121, 43a edição en
2014)

Em 2013, uma estimativa indicou que o País com maior taxa de mortalidade
por cada 100.000 habitantes foram a Costa do Marfim com (86,15), Angola com
(56,93) e o Burkina Faso com (50,66) mil casos. Outrossim em Angola o
número de casos também tem vindo a diminuir, entre 2006 a 2013, registaram-
se em média 4 milhões de casos por ano enquanto que em 2011 se registou
pela primeira vez um número inferior a 3 milhões.

Dessas, 120 milhões fazem a clínica crónica da doença e 1,8 milhão morre a
cada ano. Das pessoas que morreram: 90% na África, 6 – 8% na Ásia e 1 – 2%
nas Américas. Em Angola a estratégia nacional para o controlo da malária
depende de uma rede de laboratórios que fornecem microscopia de malária por
microscopia óptica coadjuvada com a utilização dos testes de diagnóstico
rápido nos postos de Saúde periféricos e nos bancos de urgências. Existem
várias vantagens no diagnóstico por microscopia tais como o seu baixo custo, a
possibilidade de diferenciação entre espécies, a quantificação de densidade
parasitaria e a possibilidade de diagnosticar co-infecções. Os serviços de
microscopia de malária necessitam proporcionar um diagnóstico precoce,
preciso, que possibilite um tratamento imediato e correcto, a microscopia de
malária é um exercício qualificado, que exige cuidado em cada passo dos
procedimentos operacionais padrão, e competências visuais e diferencias
precisas, o que exige a constante actualização de conhecimento dos técnicos
(MSA-PNCMA, pag. 7, 3a edição, 2002).

MODO DE TRANSMISSAO e agente etiológico

Transmissão
A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do género
Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais,
mas pode ocorrer em áreas urbanas principalmente em suas periferias. Em
cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1.500 metros, no
entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. Os mosquitos tem maior
actividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer e,
geralmente picam no interior das habitações, se contaminando ao picar uma
pessoa portadora da doença, passando então a ser um vector de transmissão
desta para outras pessoas sadias.

Os parasitos da malária humana pertencem ao filo Protózoa, Subfilo Sporozoa,


subordem Hemosporina, família Plasmodidae, género Plasmódio. Há ainda um
terceiro termo, quotidiana, relativo a período de 24 horas entre um acesso e
outro e que corresponde a infecções mistas ou, ainda, aos estágios iniciais da
infecção por uma única espécie. Eventualmente, nesses casos podem ocorrer
dois acessos num único dia. As infecções mistas mais comuns são provocadas
por P. falciparum e P. vivax, embora existam casos de infecções conjuntas de
P. falciparum com P. malariae, de P. vivax com P. malariae ou, ainda, das três
espécies.
Agente etiológico malárico
Segundo o Dicionário Aurélio explica que agente etiológico é a denominação
dada ao agente causador de uma doença, (Dic. Aurélio, pag. 13 e 14 edição de
2011).

No mundo Cientificamente foram aprovados quatro espécies que podem


produzir a infecção em todo mundo, dentre as quais:

Plasmódio falciparum,
Plasmódio vivax,
Plasmódio malariae e
Plasmódio ovale.
O Plasmódio Ovale ocorre apenas na África e, raramente, no Pacífico
Ocidental. O P. falciparum é o que causa a malária mais grave, podendo ser
fatal em alguns casos sérios.

O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a


transmissão também possa ocorrer ao ar livre e a melhor medida profilática que
se conhece é a eliminação dos focos do mosquito.

A malária causada por P. falciparum recebe a denominação terçã maligna,


febre remitente, febre malárica contínua, febre perniciosa e calafrios
congestivos; por P. vivax, terçã benigna, febre intermitente simples, calafrios e
febre; por P. malariae, quartã, febre intermitente simples, calafrios e febre e por
P. ovale ou terçã benigna. O termo terçã e quartã refere-se aos períodos de
tempo entre um acesso e outro, sendo de 48 horas, no primeiro caso, e de 72
horas, no último.

Causas da malária.
A causa é o termo correlacionado a efeito e que se concebe a partir de dois
enfoques fundamentais. O primeiro seria o vínculo que correlaciona os próprios
fenómenos e que faz com que um ou vários deles apareçam como condição da
existência de outros, isto é, onde existe uma causa, sempre haverá o efeito
desta, instantâneo ou retardado no domínio do tempo.

O segundo é a relação entre um ser inteligente e o ato que ele praticou


voluntariamente e pelo qual é responsável, ou, se alguém cometer algum ato,
bom ou mau sempre terá o retorno deste, na mesma proporção, por exemplo,
causa: comer alimento, efeito, saciar a fome; causa comer veneno, efeito,
provavelmente morrer, cabe salientar que nem todos os efeitos sucedem à
causa com a mesma intensidade; o indivíduo pode comer ao veneno, porém
pode permanecer vivo, porém os efeitos serão sentidos pela mesma causa.
Os protozoários são os responsáveis pela maioria das infecções parasitárias
que afectam os humanos. Os denominados protozooses são causadas por
cerca de 10.000 espécies conhecidas de protozoários, das quais cerca de 30
infectam o homem, e são características das regiões menos desenvolvidas do
planeta, onde os níveis de escolaridade e de saneamento básico são baixos.
Nessas áreas as protozooses geralmente são endémicas, sendo por essa
razão vulgarmente conhecidas como doenças de gente pobre. Dentre as
protozooses mais conhecidas se destaca a Malária que está presente,
actualmente, em praticamente todas as regiões tropicais e subtropicais do
mundo.

Os parasitas da malária pertencem ao género plasmódio (filo Apicomplexa), no


ser humano a malária é provocada por plasmódio falciparum, plasmódio
malariae, plasmódio ovale, plasmódio vivax e plasmódio knowlesi. Entre a
população infectada a espécie com maior prevalência é o plasmódio
falciparum, seguida pelo plasmódio vivax embora que o plasmódio falciparum
seja responsável pela maioria das mortes, existem dados recentes que
sugerem que a malária por plasmódio vivax esta associada a condições que
colocam a vida em risco igual número como infecção por plasmódio falciparum.
O plasmódio vivax é, em proporção, mais comum fora de África. Estão também
documentadas várias infecções humanas com diversas espécies de plasmódio
de origem símia; no entanto com a inserção do plasmódio knowlesi- uma
espéciel zoonótica que provoca malária nos macacos- a relevância para a
Saúde pública destas infecções é apenas residual.

No ciclo de vida do plasmódio, a fêmea do mosquito Anopheles (hospedeiro


definitivo) transmite a um vertebrado ( o hospedeiro secundário, como o ser
humano) uma forma infecciosa móvel (denominada esporozoito), actuando
desta forma como vector. O esporozoito percorre os vasos sanguíneos até as
células hepáticas, nas quais se produz assexualmente (através de
esquizogonia tecidual), produzindo milhares de merozoitos. Estes últimos irão
infectar mais glóbulos vermelhos e dar início a uma série de ciclos de
multiplicação assexuada que produzem entre oito a vinte e quatro novos
merozoitos infecciosos cada um, até a célula romper e dar inicio a um novo
ciclo de infecção.

Os restantes merozoitos tornam-se gametócitos imaturos os quais são os


precursores dos gâmetas masculinos e femininos. Quando o mosquito pica
uma pessoa infectada, os gametócitos são transportados no sangue e
amadurecem no sistema digestivo do mosquito. Os gametócitos macho e
fêmea fundem-se e formam um oocineto-um zigoto fertilizado móvel Por sua
vez, os oocinetos transformam-se em novos esporozoitos que migram para as
glândulas salivares do insecto, prontos a infectar nos vertebrados. Quando o
mosquito se alimenta através da picada os esporozoitos são injectados para a
pele através da sua saliva.
Só a fêmea do mosquito é que se alimenta de sangue e quando o caso em
menores de idade parece ser mais ainda grave pois que têm menos controle
sobre as picadas durante a fase nocturna; os machos alimentam-se de néctar
de plantas, pelo que não transmitem a doença. As fêmeas do género anophele
preferem alimentar-se ao longo da noite, iniciando a procura de uma refeição
com o pôr do sol, os parasitas da malária podem também ser transmitidos
através de transfusões de sangue, embora sua ocorrência seja rara. Uma das
principais causas na aquisição da malária em crianças

Síndromes da malária.
Para a malária os principais sinais e sintomas manifestam-se geralmente entre
8 a 25 dias após a infecção, no entanto, os sintomas podem se manifestar mais
tarde em indivíduos que tenham tomado medicação anti-malárico de
prevenção. As manifestações iniciais da doença, iguais em todas as espécies
de malária, são semelhantes aos sintomas da gripe podendo ainda ser
semelhantes aos de outras doenças virais e condições clinicas como a sepse,
ou gastroenterite. Entre os sinais incluem-se:

Dores de cabeça;

Febre;

Calafrios;

Dores nas articulações;

Vómitos;

Anemia hemolítica;

Icterícia;

Hemoglobina na urina;

Lesão na retina e

Convulsões.

Os sintomas clássicos da malária são ataques paroxísticos, a ocorrência cíclica


de uma sensação súbita de frio intenso seguido por calafrios e posteriormente
por febre sudação. Estes sintomas ocorrem a cada dois dias em infecções por
plasmódio vivax e plasmódio ovale e a cada três dias em infecções por
plasmódio malariae. A infecção por plasmódio falciparum pode provocar febre
recorrente a cada 36-46 horas ou febre menos aguda, mas continua.

Os casos mais graves de malária são geralmente provocados por plasmódio


falciparum, variante que é muitas vezes denominada “denominada falciparum”.
Os sintomas desta variante manifestam-se entre 9 a 30 dias após a infecção.
Os indivíduos com malária cerebral apresentam sintomas neurológicos entre os
quais são descritos:

Postura anormal;

Nistágmo;

Paralisia do olhar conjugado;

Opistotono; e

Convulsões ou coma.

Complicações
Existem diversas complicações graves de malária entre elas esta:

 Desenvolvimento de estrese respiratório, no qual se verifica a


necessidade de um esforço cada vez maior para respirar associado.
 Associação de desconforto psicológico, o qual ocorre em 25% dos
adultos e 40% em crianças com malária falciparum aguda.
 Entre as possíveis causas estão:
 As compensação respiratória da acidose metabólica;
 Edema pulmonar não cardiogénico;
 Pneumonia concomitante; e
 Anemia grave. Embora a sua ocorrência seja rara em crianças entre 5 a
25% pode ainda ocorrer febre de água negra, uma complicação em que
na qual a hemoglobina de glóbulos vermelhos danificados se deposita
na urina.
 A infecção com plasmódio falciparum pode provocar malária cerebral,
uma forma grave de malária que envolve encefalopatia. Manifesta-se
através de branqueamento da retina, e que pode constituir um sinal
clínico auxiliar para distinguir a malária de outras causas de febre. Pode
também ocorrer explenomegalia, hipoglicemia ou hemoglobinúria

Quadro terapêutico da malária.


Segundo Patrocínio (2010,p.18) os fármacos usados para o tratamento da
malária simples são:

 Artmeter ---------- Lumefantrina


 Artsanato ----------- Amodiaquina
 Artesenato --------- Mefloquina

De acordo com Patrocínio (2010,p.28) refere que os fármacos utilizados para


tratamento da malária grave são:
 Artesanato 2,4 mg/kg, posteriormente 1,6 mg/kg/dia (durante 6
dias
 Quinino I.V ( 20 mg/kg em horas e posteriormente 10 mg/kg de
8/8 horas
 Artmeter ( 3,2 mg/kg por dia, posteriormente 10 mg/kg durante
dias

Resistência malárica
Segundo Dr. Mayala em Maio de 2015 predisse sobre os erros que pode desencandear a uma
resistência da malaria. Chama- se resistência o nome atribuído a um mal tratamento e que por
sinal faz-se a repetição da dose para compencação da dose perdida anteriormente. Dentre as
principais causa que levam a uma resitencia encotram-se as seguintes:

Os cuidados de enfermagem e de seguimento mal feitos;

Defice hidroeléctrolitico não corrigida e não monitorar a velocidade do gotejamento;

Atraso no inicio do tratamento especifico anti-malárico não apropriado

Posologia mal calculada;

Parar o tratamento sem justificação ou continuar mal inutilmente o tratamento alem da


duração recomendada.

Não perguntar sobre o tratamento antimalarico anterior;

Estas causas condicionam a uma resistência, e o seu tratamento passa a ser complicado
porque os parasitas resistentes são mais perigosos nesta fase de resistência, o que pode
condicionar, a diagnóstico complexos ou ate mesmo a morte.

É necessário evitar este principio de criar uma resintêcia malárica, principalmente quando o
assundo em menores de 10 anos por causa da sua imunidade fraca, e porque as sequelas são
gravíssimas nesta faixa etária.

Patologias associadas a malária.


Susan citado por Patrocínio(2012,p.15)refere que as patologias associadas a
malária são “Hepatiti viras, febre tiphoide, leptospirose, dengue e menegite”. Na
mesma prespectiva, Breman. J, et al (2012,p.16) referem que as patologias
associadas a malária são “encefalite, febre amarela, doenças de
chegas,endocardite bacteriana e gripe.
Quadro preventivo da malária
De acordo com Esteves(2012,p.31) refere que:

A campanha da OMS para compater a doença anível mundial apostam muito


na prevenção. Para além de fazer divulgação das medidas que ajudam a
prevenir a doença reunem esforços para fazer o controle do vector distribuindo
redes impregnadas com inceticidas, pulverizando as paredes das casas com
insecticidas( como é o caso do DDT, Piretroides, Organosfosfacto ) em alguns
casos fazendo o control larvar. O contror larvar só pode ser feito quando os
locais de produção dos mosquitos são reduzidos e facilmente identificados.

Considerações finais

Conclusão

Perspectivas ou recomendações
Como recomendações tem se por divulgar que em outras situações, o objectivo
do programa pode ser mais ambicioso, buscando, além dos anteriores, a
redução da incidência da doença e a manutenção da transmissão em níveis
muito baixos. Além do tratamento dos doentes são necessárias acções de
natureza anti-vectorial. Estas compreende numa gama de medidas realizadas
junto às pessoas, aos domicílios, aos locais de trabalho e no meio ambiente em
geral. Variam desde a aplicação de insecticida de efeito residual nas paredes
internas das casas até obras de saneamento ambiental de grande porte. A
escolha das medidas disponíveis dependerá das condições epidemiológicas
locais, coma identificação dos factores de risco mais importantes presentes na
localidade. Não há mais a prescrição de medidas uniformes para qualquer área
de transmissão, a exemplo do antigo programa de erradicação. A nova
estratégia mundial de controle tem muitas vantagens, em termos de eficácia, se
comparada com a estratégia anterior de erradicação. Porém, exige a
descentralização das decisões e para isto é indispensável a existência de
pessoal capacitado a nível periférico, para realizar diagnósticos
epidemiológicos e optar pelas medidas de controle mais eficazes para
determinada situação principalmente em crianças dos 0 a 5 anos, consideradas
como o futuro do amanhã. O pessoal periférico deixa de ser exclusivamente
executor de decisões tomadas em outros níveis, para participar destas
decisões. O rol de medidas disponíveis é bastante grande, a maioria baseada
no princípio de redução do contacto do mosquito infectado como homem.

Você também pode gostar