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Instituto De Gestão De Ciências De Saúde (IGCS)

Poliomielite

Naira Laissa Beatriz Narciso Rodrigues

Angoche, Dezembro
2023
Instituto De Gestão De Ciências De Saúde (IGCS)

Técnico de Medicina Preventiva e saneamento do Meio (TMPSM)

Turma: P4

Naira Laissa Beatriz Narciso Rodrigues

Poliomielite

Trabalho de caracter avaliativo do curso de


Técnico de Medicina Preventiva e saneamento do
Meio, 2o ano, que tem como tema Poliomielite a
ser apresentado no estágio integral Rural, a
supervisora:
Tec. Samira Das Neves Gaita

Angoche, Dezembro
2023
Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 4
2. Poliomielite............................................................................................................ 5
3. Historial do Surgimento da Poliomielite no Mundo .............................................. 5
4. Epidemiologia da poliomielite no Mundo ............................................................. 6
5. Período de incubação ............................................................................................. 7
6. Sinais e Sintomas ................................................................................................... 7
7. Modo de transmissão ............................................................................................. 8
8. Grupos suscetíveis ................................................................................................. 8
9. Fatores de Risco .................................................................................................... 8
10. Classificação da Poliomielite ............................................................................. 9
10.1. Poliomielite Paralítica: ................................................................................... 9
10.2. Poliomielite Espinhal: .................................................................................... 9
10.3. Poliomielite Bulbar: ....................................................................................... 9
10.4. Poliomielite Bulboespinhal: ......................................................................... 10
11. Diagnóstico da Poliomielite ............................................................................. 10
12. Tratamento da Poliomielite .............................................................................. 10
13. Complicações ................................................................................................... 11
14. Principais sequelas ........................................................................................... 11
15. Síndrome Pós pólio .......................................................................................... 12
16. Medidas de Prevenção ..................................................................................... 12
17. Medidas de Controlo ........................................................................................ 13
18. Conclusão......................................................................................................... 14
19. Referências bibliográficas................................................................................ 15
1. Introdução
O presente trabalho de caracter avaliativo quem tem como tema a poliomielite,
sendo ela também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda
causada pelo poliovírus, que pode infecta crianças e adultos por meio do contato direto
com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não
paralisia, no qual o termo deriva do grego poliós (πολιός), que significa "cinza", myelós
(μυελός "medula"), referindo-se à substância cinzenta da medula espinhal, e o sufixo -
itis, que denota inflamação ou seja, inflamação da substância cinzenta da medula espinhal.
Contudo, algumas infeções mais graves podem se estender até o tronco encefálico e ainda
para estruturas superiores, resultando em polioencefalite, que provoca apneia, a qual
requer ventilação mecânica com o uso de um respirador artificial, ela foi reconhecida pela
primeira vez como uma condição distinta por Jakob Heine, em 1840. Seu agente causador,
o poliovírus, foi identificado em 1908 por Karl Landsteiner. Embora grandes epidemias
de pólio sejam desconhecidas até o final do século XIX, esta foi uma das doenças infantis
mais temidas do século XX, sendo atualmente uma doença é altamente contagiosa por via
oral-oral (fonte orofaríngea) e fecal-oral (fonte intestinal), através da ingestão de
alimentos ou água contaminados. Ocasionalmente, é transmitida por via oral-oral, um
modo especialmente visível em áreas com boas condições higiênicas e sanitárias epode
ser prevenida através da vacinação na qual todas as crianças menores de cinco anos de
idade e especialmente as crianças menores de 02 anos de idade devem ser vacinadas
conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
2. Poliomielite
Poliomielite é uma infeção aguda causada por um poliovírus (um enterovírus). A
Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa
aguda causada pelo poliovírus, que pode infecta crianças e adultos por meio do contato
direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar
ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os
membros inferiores são os mais atingidos.

3. Historial do Surgimento da Poliomielite no Mundo


O termo deriva do grego poliós (πολιός), que significa "cinza", myelós (μυελός
"medula"), referindo-se à substância cinzenta da medula espinhal, e o sufixo -itis, que
denota inflamação ou seja, inflamação da substância cinzenta da medula espinhal.
Contudo, algumas infeções mais graves podem se estender até o tronco encefálico e ainda
para estruturas superiores, resultando em polioencefalite, que provoca apneia, a qual
requer ventilação mecânica com o uso de um respirador artificial.

Poliomielite foi reconhecida pela primeira vez como uma condição distinta por
Jakob Heine, em 1840. Seu agente causador, o poliovírus, foi identificado em 1908 por
Karl Landsteiner. Embora grandes epidemias de pólio sejam desconhecidas até o final do
século XIX, esta foi uma das doenças infantis mais temidas do século XX.

Antes do século XX, as infeções da pólio raramente eram vistas em crianças antes
dos seis meses de idade. A maioria dos casos ocorria em crianças entre os seis meses e os
quatro anos de idade. As más condições sanitárias ao longo do tempo resultaram em uma
constante exposição ao vírus, o que acentuou a imunidade natural dentro da população.
Em países desenvolvidos durante o fim do século XIX e o começo do século XX, foram
realizadas melhorias no saneamento básico, incluindo a eliminação mais adequada dos
esgotos e o suprimento de água potável. Isso alterou dramaticamente a proporção de
adultos e crianças em risco de contrair a infecção, pela redução da exposição na infância
e pela imunidade à doença.

Pequenas epidemias localizadas de pólio começaram a surgir na Europa e nos


Estados Unidos na década de 1900. Os surtos evoluíram para proporções de pandemia na
Europa, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia durante a primeira metade do
século XX.

As epidemias de pólio causaram deficiências físicas em milhares de pessoas,


principalmente crianças. A pólio existiu por milhares de anos silenciosamente, como um
peptógeno endêmico até os anos 1880, quando grandes epidemias começaram a ocorrer
na Europa; pouco depois, as epidemias espalharam-se nos Estados Unidos.

4. Epidemiologia da poliomielite no Mundo


Hoje rara no Ocidente, a poliomielite ainda é endêmica no sul da Ásia e na África,
particularmente no Paquistão e na Nigéria, respetivamente. A partir do uso difundido da
vacina contra o poliovírus em meados da década de 1950, a incidência de poliomielite
caiu dramaticamente em muitos países industrializados.

Um esforço global pela erradicação da pólio começou em 1988, liderado pela


Organização Mundial da Saúde, pela UNICEF e pela Fundação Rotary. Esses esforços
reduziram o número de casos diagnosticados anualmente em 99% ou seja, de 350 000
casos estimados em 1988 desceu para apenas 483 casos em 2001, permanecendo no nível
de aproximadamente 1 000 casos por ano (1 606 em 2009).

A pólio é uma das duas doenças atualmente em erradicação global. Por enquanto,
as únicas doenças completamente erradicadas são a varíola, em 1979 e a peste bovina, em
2010. Inúmeros marcos da erradicação têm sido alcançados e várias regiões do mundo já
foram certificadas como livres da pólio. A América foi declarada livre da pólio em 1994.

Em 2000, a pólio foi oficialmente eliminada de 36 países orientais, incluindo a China e a


Austrália. A Europa foi declarada livre da pólio em 2002. No ano de 2012, a pólio
permanecia endêmica em apenas três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão, embora
continue a causar epidemias em outros países próximos devido à transmissão oculta ou
restabelecida.
Segundo dados da OMS, 60% dos casos de pólio em 2013 se trataram de
exportação do vírus para territórios livres da doença. A declaração de um estado de
Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional para a poliomielite chamou a
atenção para o controle da disseminação do vírus a partir de países ainda infectados,
colocando em risco os esforços pela erradicação global da doença.

5. Período de incubação
Geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias.

6. Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde ausência
de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. A poliomielite pode causar
paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infetadas não fica doente e não
manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.

 Os sintomas mais frequentes são:


 Febre;
 Mal-estar;
 Dor de cabeça;
 Dor de garganta e no corpo;
 Vômitos;
 Diarreia;
 Constipação (prisão de ventre);
 Espasmos;
 Rigidez na nuca;
 Meningite.

Na forma paralítica ocorre:

 Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.


 Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais
frequência os inferiores;
 Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área
paralisada;
 Sensibilidade conservada;
 Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
7. Modo de transmissão
Principalmente por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral (a principal) ou
oral-oral. Essa última através de gotículas de muco da orofaringe.

A poliomielite é altamente contagiosa por via oral-oral (fonte orofaríngea) e fecal-


oral (fonte intestinal), através da ingestão de alimentos ou água contaminados.
Ocasionalmente, é transmitida por via oral-oral, um modo especialmente visível em áreas
com boas condições higiênicas e sanitárias. Em áreas endêmicas, os poliovírus selvagens
podem infectar virtualmente toda a população humana. É sazonal em climas temperados,
com pico de transmissão ocorrendo no verão e no outono. Essas diferenças sazonais são
muito menos pronunciadas em zonas tropicais.

8. Grupos suscetíveis
 Embora ocorra com maior frequência em crianças com idade inferior a 15 anos, a
poliomielite também pode ocorrer em adultos que não foram imunizados.
 Os indivíduos expostos ao vírus, seja através de infeção ou de imunização pela
vacina contra a pólio, desenvolvem imunidade.
 Nas pessoas imunes, estão presentes anticorpos IgA contra o poliovírus nas
tonsilas e no trato gastrointestinal, conferindo-lhes a capacidade de bloquear a
replicação viral.

9. Fatores de Risco
Os fatores que aumentam o risco de infecção pela Poliomielite ou que afetam a gravidade
da doença incluem:

 Imunodeficiência;
 Desnutrição;
 Tonsilectomia;
 Exercício físico imediatamente após o início da paralisia;
 Lesão muscular devido à injeção de vacinas ou agentes terapêuticos e;
 Gravidez.

Embora o vírus possa atravessar a barreira placentária durante a gestação, o feto não
parece ser atingido pela infecção ou vacinação maternas. Portanto, os anticorpos maternos
também atravessam a barreira placentária, fornecendo imunidade passiva que protege a
criança da infecção por pólio durante os primeiros meses de vida.
10. Classificação da Poliomielite
10.1.Poliomielite Paralítica:
Em cerca de 1% das infeções, o poliovírus se espalha para certas vias nervosas,
preferencialmente replicando-se e destruindo os neurônios motores da medula espinhal,
do tronco encefálico ou do córtex motor. Isso leva ao desenvolvimento da poliomielite
paralítica e as várias formas apresentadas (espinhal, bulbar e bulboespinhal) variam
apenas pela quantidade de dano e de inflamação que ocorre e a região afetada do SNC.

Os sintomas iniciais da pólio paralítica incluem febre, cefaleia, rigidez nas costas
e no pescoço, fraqueza assimétrica de vários músculos, sensibilidade ao toque,
dificuldade de engolir, dor muscular, perda dos reflexos superficiais e profundos,
parestesia (do tipo picada ou agulhada), irritabilidade, constipação e dificuldades para
urinar.

10.2.Poliomielite Espinhal:
A pólio espinhal, a forma mais comum de poliomielite paralítica, resulta de uma invasão
viral dos neurônios motores das células do corno anterior ou da substância cinzenta
ventral (frontal) da medula espinhal, que é responsável pelo movimento dos músculos do
tronco, dos membros e dos músculos intercostais. A invasão viral causa inflamação das
células nervosas, originando lesão ou destruição dos gânglios dos neurônios motores.
Quando os neurônios espinais morrem, ocorre a degeneração Walleriana, que precede a
fraqueza daqueles músculos antes inervados pelos neurônios mortos.

O vírus pode afetar músculos em ambos os lados do corpo, mas a paralisia é


frequentemente assimétrica. Qualquer membro ou combinação de membros pode ser
afetada: uma perna, um braço ou as duas pernas e os dois braços. O vírus pode afetar
músculos em ambos os lados do corpo, mas a paralisia é frequentemente assimétrica.
Qualquer membro ou combinação de membros pode ser afetada: uma perna, um braço ou
as duas pernas e os dois braços.

10.3.Poliomielite Bulbar:
Compreendendo cerca de 2% dos casos de pólio paralítica, a pólio bulbar ocorre quando
o poliovírus invade e destrói as células nervosas no interior da região bulbar do tronco
encefálico.

A região bulbar corresponde a uma via de substância branca que conecta o córtex cerebral
ao tronco encefálico. A destruição desses nervos enfraquece os músculos controlados
pelos nervos cranianos, produzindo sintomas de encefalite e causando dificuldades para
respirar, falar e engolir.

Os nervos críticos afetados são o glossofaríngeo (controla parcialmente a deglutição e as


funções da garganta, o movimento da língua e o paladar), o vago (envia sinais para o
coração, intestinos e pulmões) e o acessório (controla os movimentos da parte superior
do pescoço). Devido ao efeito na deglutição, a secreção de muco pode aumentar nas vias
aéreas, causando sufocamento.

10.4.Poliomielite Bulboespinhal:
Aproximadamente 19% de todos os casos de pólio paralítica apresentam tanto
sintomas bulbares quanto espinais; esse subtipo é chamado de pólio respiratória ou
bulboespinhal. Aqui, o vírus afeta a parte superior da medula espinhal cervical (vértebras
cervicais C3 a C5) e ocorre paralisia do diafragma.

Os nervos afetados são o frênico (controla o diafragma, o músculo mais


importante no mecanismo de inspiração e expiração) e os nervos que controlam os
músculos necessários à deglutição. Pela destruição desses nervos, essa forma de pólio
afeta a respiração, tornando difícil ou impossível ao paciente respirar sem o suporte de
um respirador. Ela pode levar à paralisia dos braços e das pernas e também pode afetar a
deglutição e a função cardíaca.

11. Diagnóstico da Poliomielite


A poliomielite paralítica pode ser suspeitada clinicamente em indivíduos com
paralisia flácida de início agudo em um ou mais membros, com redução ou ausência dos
reflexos tendinosos nos membros afetados e que não podem ser atribuídas a uma outra
causa aparente. Não há comprometimento da sensibilidade ou das capacidades
intelectuais.

O diagnóstico laboratorial é geralmente baseado no isolamento do poliovírus nas


fezes ou no muco faríngeo. A pesquisa de anticorpos para o poliovírus pode ser utilizada
no diagnóstico. O diagnóstico da poliomielite deve ser suspeitado sempre que houver
paralisia flácida de surgimento agudo com diminuição ou abolição de reflexos tendinosos
em menores de 15 anos.

12. Tratamento da Poliomielite


Não existe cura para a poliomielite. O objetivo do tratamento moderno tem sido aliviar
os sintomas, rápida recuperação e prevenir complicações.
As medidas de suporte incluem antibióticos para prevenir infeções nos músculos
enfraquecidos, analgésicos para a dor, exercícios moderados e uma dieta nutritiva. O
tratamento da pólio frequentemente requer reabilitação a longo prazo, incluindo terapia
ocupacional, fisioterapia, aparelhos de suporte ortopédico, calçados ortopédicos e, em
alguns casos, cirurgia ortopédica. Os respiradores portáteis podem ser necessários no
suporte respiratório. Historicamente, o pulmão de aço, um respirador de pressão negativa
não invasivo, foi usado para manter a respiração artificialmente durante a infecção aguda
da pólio até a pessoa poder respirar com independência (geralmente em cerca de uma ou
duas semanas).

13. Complicações
A paralisia muscular podem originar, por vezes, deformações esqueléticas, rigidez
articular e deficiências motoras. Uma vez que os músculos do membro afetado se tornam
flácidos, eles podem interferir na função de outros músculos. Uma manifestação típica
desse problema é o pé equino (uma forma de pé torto ou boto). Essa deformação
desenvolve-se quando os músculos que puxam o hálux (dedo grande do pé) para baixo
(músculos flexores) estão ativos, mas os que realizam o movimento contrário (músculos
extensores) estão paralisados e o pé, naturalmente, tende a ficar caído e a arrastar no chão.
Se o problema não for tratado, o tendão de Aquiles na parte posterior do tornozelo retrai
e o pé não consegue voltar à posição normal.

Outras complicações relacionadas à imobilização prolongada envolvendo os pulmões,


rins e o coração incluem edema pulmonar, pneumonia por aspiração, infeções do trato
urinário, cálculo renal, íleo paralítico, miocardite e cor pulmonale.

14. Principais sequelas


As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infeção da medula e do cérebro pelo
poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura. Assim, as
principais sequelas da poliomielite são:

 Problemas e dores nas articulações;


 Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque
o calcanhar não encosta no chão;
 Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-
se para um lado, causando escoliose;
 Osteoporos;
 Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de
secreções na boca e na garganta;
 Dificuldade de falar;
 Atrofia muscular;
 Hipersensibilidade ao toque.

15. Síndrome Pós pólio


Entre 25% e 50% das pessoas que sobrevivem à pólio paralítica na infância
desenvolvem sintomas adicionais décadas após a recuperação da infecção aguda,
principalmente agravamento da fraqueza muscular e fadiga extrema. Essa situação é
conhecida como síndrome pós-pólio ou sequela pós- pólio.

Portanto, pensa-se que os sintomas da síndrome pós-pólio sejam devidos à ineficácia ou


exaustão dos neurônios motores extralongos desenvolvidos durante a recuperação da
doença paralítica.

Os fatores que aumentam as possibilidades de aparecimento da síndrome incluem o


envelhecimento com perda de unidades motoras, a presença de um deficit residual
permanente após a recuperação do quadro agudo e ainda a utilização excessiva ou
inadequada desses neurônios.

16. Medidas de Prevenção


A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças
menores de cinco anos de idade e especialmente as crianças menores de 02 anos de idade
devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional
anual.

No nosso País – Moçambique, desde 2016, o esquema vacinal contra a


poliomielite passou a ser de três doses da vacina oral bOPV aos 2, 3 e 4 meses da Criança
que geralmente é administrada em duas gotinhas e mais uma dose de reforço da vacina
injetável – IPV aos 04 meses de idade em simultâneo com a dose oral.

A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde


(OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.

Para além da vacinaçāo, a Poliomielite devem ser observadas outras medidas de


prevenção, como:

 A melhoria da higiene;
 A lavagem das mãos e;
 Uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infeciosas.

Entretanto, muitas dessas infeções podem se espalhar, independente de quão limpos


estamos. Se as pessoas não forem vacinadas, doenças que se tornaram raras, como a
poliomielite e o sarampo, reaparecerão rapidamente.

17. Medidas de Controlo


Os profissionais de saúde devem ficar atentos a possíveis novos casos da doença. O
monitoramento da ausência de circulação de poliovírus selvagem no país é feito a partir
da vigilância das Paralisias Flácidas Agudas (PFA). Todo caso de PFA em menores de
quinze anos, independente da hipótese diagnóstica, deve ser notificado, investigado
imediatamente através do Boletim Epidemiológico Semanal - BES

É necessária coleta de uma amostra de fezes até o 14º dia do início do déficit motor para
isolamento viral e esclarecimento diagnóstico. É preciso, ainda, realizar reavaliação
neuromuscular (revisita) para avaliação de sequela neurológica aos 60 dias do início da
deficiência motora, e ser encerrado no sistema em até 60 dias após a notificação.

A vigilância da poliomielite é avaliada com base nos indicadores de desempenho


operacional das paralisias flácidas agudas em menores de 15 anos de idade bem com o
controlo de todos possíveis casos A vigilância da poliomielite é avaliada com base nos
indicadores de desempenho operacional das paralisias flácidas agudas em menores de 15
anos de idade bem com o controlo de todos possíveis casos.
18. Conclusão
Chegando ao fim do meu rico trabalho pude concluir que poliomielite, sendo ela
também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada
pelo poliovírus, que pode infecta crianças e adultos por meio do contato direto com fezes
ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia,
no qual o termo deriva do grego poliós (πολιός), que significa "cinza", myelós (μυελός
"medula"), referindo-se à substância cinzenta da medula espinhal, e o sufixo -itis, que
denota inflamação ou seja, inflamação da substância cinzenta da medula espinhal.
Contudo, algumas infeções mais graves podem se estender até o tronco encefálico e ainda
para estruturas superiores, resultando em polioencefalite, que provoca apneia, a qual
requer ventilação mecânica com o uso de um respirador artificial, ela foi reconhecida pela
primeira vez como uma condição distinta por Jakob Heine, em 1840. Seu agente causador,
o poliovírus, foi identificado em 1908 por Karl Landsteiner. Embora grandes epidemias
de pólio sejam desconhecidas até o final do século XIX, esta foi uma das doenças infantis
mais temidas do século XX, sendo atualmente uma doença é altamente contagiosa por via
oral-oral (fonte orofaríngea) e fecal-oral (fonte intestinal), através da ingestão de
alimentos ou água contaminados.
19. Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de vigilância
epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. Brasília, 2014. 252 p.
______. Ministério da Saúde. Nota Informativa Conjunta nº 90/2017
CGPNI/DEVIT/SVS/ MS sobre a Vacinação contra poliomielite, mudanças no esquema
vacinal e orientações aos serviços de saúde e usuários (rotina, campanha e viajantes).
Brasília, 2016.
______ Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Nota Técnica Conjunta
nº 07/2014 CGDT/CGPNI/DEVIT/SVS/MS sobre a Declaração de Emergência de Saúde
Pública de Importância Internacional. Brasília, 2014.
______ Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação. Brasília, 2014. 176 p.
CAMPOS, A. L. V. de; NASCIMENTO, D. R. do; MARANHÃO, E. A história da
poliomielite no Brasil e seu controle por imunização. História, Ciências, Saúde-
Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 10, p. 573-600, 2003. Suplemento 2.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Case of paralytic illmess
associated with enterovirus 71 infection. JAMA, Chicago, v. 259, p. 1621-1622, 1988.
______. Isolation of wild poliovirus type 3 among members of a religious community
objecting to vaccination – Alberta, Canadá. Morbidity and Mortality Weekly Report,
Atlanta, v. 42, p. 337-339, 1993.
______. Progress toward interruption of with poliovirus transmission – Worldwide,
January 2004 – March2005. Morbidity and Mortality Weekly Report, Atlanta, v. 54, n.
16, p. 408-412, 2005.
HORSTMANN, D. M. Epidemiology of Poliomyelitis and allied diseases – 1963. Yale
Journal of Biology and Medicine, New Haven, v. 36, p. 5-26, 1963.

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