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Centro Universitário de Goiás – UniGoiás

Curso: Medicina Veterinária


Turma: Microbiologia M01
Acadêmicos:
Danielle Somma de Oliveira – 202012497
Raissa Caroline Dias Cardoso – 202012681
Stephanie Chainho Albernaz – 201811154

TRABALHO DE MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA

PESTE

Goiânia
2021
Centro Universitário de Goiás – UniGoiás

Curso: Medicina Veterinária


Turma: Morfofuncional M01
Acadêmicos:

Danielle Somma de Oliveira – 202012497


Raissa Caroline Dias Cardoso – 202012681
Stephanie Chainho Albernaz – 201811154

TRABALHO DE MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA


PESTE

Trabalho apresentado à disciplina de


Microbiologia Veterinária sob orientação
da Prof. Jandra Pacheco dos Santos e
Prof. Alberto Elias Marques.

Goiânia
2021
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a todos os integrantes do grupo que se esforçaram para a realização do
mesmo. E aos professores que nos orientaram da melhor forma, para que pudéssemos realizar
o trabalho com sucesso.

AGRADECIMENTOS
Agradeço aos professores, Jandra Pacheco dos Santos e Alberto Elias Marques, por todo o
apoio, carinho e dedicação de seus conhecimentos, que nos enriquecem cada dia mais, para
nos tornamos ótimos profissionais.

PESTE
Origem da peste negra
Vários historiadores sugerem que a origem da peste negra seja asiática,
especificamente chinesa.
Sua inserção na Europa teria ocorrido por meio de caravanas comerciais que se
dirigiam para cidades portuárias do Mar Mediterrâneo, como Gênova e Veneza, nas quais
havia intensa atividade comercial e grande concentração demográfica.
Aproximadamente um terço da população europeia sucumbiu com a doença, o que provocou
um dos maiores decréscimos demográficos da história.

A vida naquela época era extremamente difícil, os camponeses viviam em cabanas com um
único aposento, escuro e úmido, onde dormiam, guardavam alimentos e até animais.
Famílias inteiras dormiam amontoadas em cima de colchoes de palha para se aquecer no
inverno.
Nas cidades entre vielas estreitas e escuras, a vida era mais caótica. Não havia saneamento,
tudo era imundo, e as pessoas andavam e comiam no meio do lixo, ao lado de dejetos e até
mesmo de animais mortos.
A comida era, basicamente, pão e uma sopa feita com vegetais e ossos, porque carne e queijo
eram caros demais para a plebe, que chegavam ao ponto de comer alimentos podres.
Não existia nenhum tipo de preocupação com limpeza ou saúde. As pessoas comiam com as
mãos imundas, não tinham higiene bucal e praticamente não tomavam banho. Para muitos,
eram comuns usar a mesma roupa intima todos os dias durante anos.
Foi uma epidemia de peste bubônica que se alastrou absurdamente rápido por toda a Europa.
Os cientistas aprovam que entre o ano de 1347 e 1352, essa doença matou entre 15 a 23
milhões de europeus. Esse foi o período mais violento da doença, que pode ter matado de 75 a
200 milhões de pessoas.
Nessa época a população era de cerca de 370 milhões de habitantes, esse numero só crescia
desde o surgimento do homem, e uma das primeiras vezes que ele diminuiu foi por causa da
peste.

Causas
Inicialmente, os principais agentes transmissores da doença eram os ratos e as pulgas,
que se proliferavam com facilidade, tanto nas cidades, quanto nos vilarejos menores em razão
das condições precárias de higiene. Posteriormente, na fase mais crítica da pandemia, a
contaminação ocorria por via aérea.
Por meio de espirros ou tosse, o bacilo acabava sendo transmitido pelo ar. A peste era
chamada de negra porque ela causava manchas negras na pele das pessoas, fruto das infecções
provocadas pelo bacilo. Essa peste também ficou conhecida como bubônica por provocar
bubões ou bubos, isto é, inchaços infecciosos no sistema linfático, sobretudo nas regiões das
axilas, virilha e pescoço.

Consequências

A situação agravou-se de tal forma que a quantidade de mortos excedia a quantidade


de pessoas aptas a enterrá-los, chegando ao ponto de abrirem valas para enterrar os corpos.
A cultura medieval foi profundamente afetada pela atmosfera catastrófica provocada
pela peste. Várias pinturas da época expunham imagens da chamada “dança macabra” ou a
“dança da morte”, em que pessoas de várias ordens sociais eram representadas juntas,
dançando com esqueletos que simbolizavam o potencial destrutivo da morte. A peste é uma
doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga infectada.
A doença se manifesta sob três formas clínicas principais: bubônica; septicêmica;
pneumônica. A doença é conhecida popularmente como “peste negra”, “febre do rato” ou
“doença do rato”.

Como a Peste é transmitida?


A transmissão da Peste na forma bubônica ocorre por meio da picada de pulgas
infectadas. Na forma pneumônica, a transmissão se dá por gotículas aerógenas lançadas pela
tosse no ambiente.
A maior transmissibilidade se dá no período sintomático, em que o bacilo circula no
organismo em maiores quantidades. A transmissibilidade da peste pneumônica ocorre no
início da expectoração, permanecendo enquanto houver bactérias no trato respiratório. O
período de incubação geralmente é de 2 a 6 dias na peste bubônica e de 1 a 3 dias na peste
pneumônica.
Como é feito o diagnóstico da Peste?
O diagnóstico laboratorial da Peste é feito mediante o isolamento e a identificação da
bactéria Y. pestis em amostras de aspirado de bubão, escarro e sangue. Pode-se realizar
imunofluorescência direta e também sorologia, por meio das técnicas de
hemaglutinação/inibição da hemaglutinação (PHA/PHI), ELISA, Dot-ELISA, e bacteriológica
por meio de cultura e hemocultura. No diagnóstico diferencial, a peste bubônica deve ser
diferenciada de adenites regionais supurativas, linfogranuloma venéreo, cancro mole,
tularemia e sífilis. Em alguns focos brasileiros, a peste bubônica pode, inclusive, ser
confundida com a leishmaniose tegumentar americana, na sua forma bubônica.
A forma septicêmica deve ser diferenciada de septicemias bacterianas, das mais
diversas naturezas, e de doenças infecciosas de início agudo e de curso rápido e grave. Nas
áreas endêmicas de tifo exantemático, tifo murino e febre maculosa, pode haver dificuldade
diagnóstica com a septicemia pestosa.
A peste pulmonar, pela sua gravidade, deve ser diferenciada de outras pneumonias,
broncopneumonias e estados sépticos graves. Algumas medidas simples podem ser adotadas
para prevenir a Peste.
Evitar contato com roedores silvestres e suas pulgas. Evitar contato com animais
sinantrópicos, que se adaptaram a viver junto ao homem, pois eles podem estar infestados por
pulgas infectadas. Contudo, naquela época as condições da Europa eram precárias. A
população não possuía saneamento básico, como água encanada, coleta de lixo e muito menos
rede de esgoto.
Com a calamidade da saúde pública e higiene, a doença se proliferava de forma mais
rápida e para outras regiões. A sociedade tinha o costume de descartar os lixos domésticos
pelas janelas, assim como as próprias fezes. Com o intuito de retirar os resíduos e os dejetos
espalhadas pelas residências e ruas, as pessoas criavam porcos para que eles comessem os
detritos.
Esse cenário servia para a multiplicação dos roedores e pulgas. Com a proliferação da
doença, um a cada três europeus morreram.
De acordo com os historiadores, mais de 70 milhões de pessoas faleceram. Isso
significa um terço do total da população europeia na época.
No século XIV a Igreja Católica ainda predominava na Europa. Dessa forma, os fiéis
procuravam a resposta na figura divina. A instituição religiosa, por sua vez, culpava os
judeus, afirmando que a punição era para este grupo. Os padres abençoam as pessoas
infectadas, pois acreditavam que era um castigo de Deus. E, consequentemente, eram os mais
afetados por conta do contato direto com fiéis infectados. A peste é uma zoonose causada pela
bactéria Yersinia pestis, transmitida principalmente por picadas de pulgas infectadas.
Distribuída mundialmente, constitui perigo potencial para as populações humanas por
causa da persistência da infecção em roedores silvestres e de seu potencial epidêmico.
Considerando as mudanças no perfil epidemiológico das doenças infecciosas, bem como as
mudanças socioculturais, é imprescindível que os profissionais expostos ao risco de infecção
adotem medidas de biossegurança para assegurar sua proteção e evitar a disseminação da
doença.
O papel do médico veterinária na África, Ásia Central, sudeste da Europa e nas
Américas (31). Os profissionais de saúde, tais como médicos veterinário , enfermeiros,
profissionais de laboratório; agentes comunitários e de endemias; pesquisadores e estudantes
das áreas biológicas; veterinários e seus auxiliares; funcionários de zoológicos; caçadores e
outros estão expostos ao risco de se infectarem no exercício de suas atividades,
independentemente de as desenvolverem em áreas focais ou indenes. Nas suas rotinas,
portanto, deveriam ter conhecimento das peculiaridades da zoonose que fortalecem a suspeita
de peste: as alterações ambientais e climáticas que interferem na distribuição e densidade das
populações de roedores e insetos e, por essa razão, podem contribuir para a ocorrência de
peste e outras doenças mantidas e transmitidas por esses animais. Esses eventos podem
expandir a zoonose para novas regiões, afetando a economia global e determinando graves
impactos na saúde humana e animal, o que levou a Wildlife Conservation Society (29) a
considerar a Y. pestis como um dos “doze patógenos mortais”.
A peste acomete os residentes nas áreas focais e os que para lá se dirigem em busca de
trabalho ou de lazer, como a caça e pesca.
Atualmente, grande atenção deve ser conferida ao ecoturismo, pois ele expõe as
pessoas ao contato com animais silvestres potencialmente infectados pela bactéria e aos seus
ectoparasitos (27). É importante ressaltar ainda que alguns costumes também podem
favorecer a infecção humana, a exemplo da ingestão de carne de camelo em países da Ásia e
Oriente Médio (6) e de roedores na América do Sul: mocós, preás e punarés no Brasil (8),
considerados animais de caça, e porquinhos-da-índia nos países andinos (25). — Assim, tais
elementos continuarão a desempenhar um importante papel no combate e na prevenção da
disseminação de doenças.

Sinais Clínicos

A bacteria Yersinia pestis, uma evolução da bactéria Yersinia pseudotuberculosis, que


devido a mutações no decorrer de alguns milhares de anos, acabou se transformando.
Essa bactéria causa uma infecção cuja forma mais comum e a peste bubônica.
Os sintomas são um dos grandes motivos da doença ser tão assustadora, assim que a infecção
se instala no corpo, a pessoa começa a ter febre e sentir calafrios, fraqueza, dores de cabeça,
dores no corpo, náusea, vômitos e convulsão.
Além de peste bubônica, a doença também pode se manifestar de outras formas, como a peste
pulmonar, que afeta o sistema respiratório e a peste septicêmica, na qual a bactéria infecta a
corrente sanguínea.

Peste bubônica
Conforme a bactéria se aloja em outras regiões do organismo, o sofrimento aumenta, com o
aparecimento de ínguas pelo corpo, especialmente no pescoço, na axila e na virilha que
podem atingir o tamanho de uma maça antes de estourar em forma de feridas repletas de pus.
Os linfonodos como pequenos órgãos de defesa espalhados pelo corpo, quando detecta
organismos estranhos começam a produzir anticorpos. Se a pessoa contrai a doença, os
linfonodos incham e ficam visíveis, esses inchaços chamados de íngua ou bubões, dai veio o
nome peste bubônica.
Em estágios avançados da infecção, os gânglios linfáticos inflamados podem se transformar
em feridas abertas que transmitem a bactéria por contato.
Sem tratamento, a peste bubônica costuma progredir para o sistema nervoso central,
provocando alterações na fala e na marcha, alucinações, movimentos involuntários e,
posteriormente, coma. A meningite pela Yersinia pestis é uma complicação frequente dos
pacientes não tratados.

Peste septicêmica

Caracteriza-se pelas hemorragias em vários órgãos. Muitas pessoas começaram a ter feridas
e as extremidades do corpo como pés e mãos, necrosavam.
A pele fica escura e literalmente morriam. Uma vez no sangue, a bactéria pode atingir
qualquer órgão, sendo comum a infecção do pulmão.
A peste septicêmica ocorre, habitualmente, como complicação da peste bubônica não
tratada. A bactéria viaja pelo sangue em direção a vários órgãos e tecidos, provocando
hemorragia interna e na pele, gangrena das extremidades, choque circulatório e falência de
múltiplos órgãos.

Peste pneumônica
Pacientes com peste pneumônica apresentam tosse com sangue e pus – secreções altamente
infecciosas.
A peste pneumônica pode ser secundária, quando surge como complicação das formas
bubônicas ou septicêmicas, ou primária, quando é adquirida através de gotículas de aerossol
contaminado. A forma secundária é a mais comum.

Transmissão

A transmissão da bactéria da Yersinia pestis e causadora da peste bubônica gosta de viver em


roedores silvestres, mas e importante destacar que também animais domésticos, em especial
os gatos, podem transportar as pulgas infectadas de roedores silvestres para dentro de casa,
tornando-se um importante meio de transmissão da doença. Gatos doentes também podem
transmitir a bactéria através de mordidas ou arranhaduras.
A transmissão pela via respiratória provoca a peste pneumônica, que é a única forma de peste
que pode ser transmitida diretamente de humano para humano.
A peste pneumônica também pode ser transmitida de animais para os seres humanos. Os gatos
são particularmente suscetíveis e podem se contaminar ao comer roedores portadores da
bactéria. Os gatos doentes podem transmitir a peste através de gotículas de saliva para os seus
donos ou veterinários.
Como na Ásia sofreram muitas inundações no começo do século XIV, os roedores silvestres
tiveram que se mudar de casa e se aproximaram dos ratos negros que estavam acostumados a
viver perto das pessoas.
Os camponeses viviam em cabanas com um único aposento, escuro e úmido, onde dormiam,
guardavam alimentos e ate animais.
Famílias inteiras dormiam amontoadas em cima de colchoes de palha.
Não havia saneamento, tudo era imundo, e as pessoas andavam e comiam no meio do lixo, ao
lado de dejetos e ate mesmo de animais mortos.
Os ratos se reproduziam com muita facilidade e viviam ate mesmo em caravanas comerciais e
navios.
Como o comercio na Ásia era muito intensa, a bactéria se espalhou pelo continente, que
bastava um picada da pulga contaminada para ser infectado.
Viajantes europeus estavam sempre percorrendo as rotas comerciais da Ásia, especialmente a
rota da seda.
Além de riquezas, as caravanas também transportavam centenas de ratos e com pulgas
contaminadas e o mesmo acontecia com os navios de mercantes.
Foi assim que a peste começou a se espalhar pelo mundo.
Em 1346, a doença só no leste europeu, mas um ano depois já aparece em regiões do
mediterrâneo. Nos cinco anos seguintes, ela dominaria a Itália, Franca, Alemanha, Inglaterra e
por fim a Rússia.

A peste não fazia distinção em ricos, pobres, nobres e plebeus, a doença atingia a todos.
Hoje em dia, você pode ate imaginar que as pessoas mais pobres daquela época corriam mais
risco de contrair a doença. Isso porque a elite estava protegida em castelos, símbolo de poder,
muito acima das sujeiras das ruas.
Essa época os castelos não eram um exemplo de higiene. Eram úmidos e escuros, e contavam
com depósitos de alimentos que eram um paraíso para os ratos. Mas eles não eram os únicos
vilões que ajudaram a espalhar a doença, tão rápido a doença num tempo muito curto
cientistas fizeram uma simulação e descobriram que o mais provável era que a bactéria não
estivesse só nas pulgas dos ratos mas também nos piolhos das próprias pessoas. Com a falta
de higiene que existia na idade media, as cidades se tornavam um banquete pros piolhos, que
contaminavam uma pessoa apos a outra.

A doença durou por muitos séculos, e continuou tendo surtos ate o sec. 19.

Eram tantas mortes que as pessoas eram sepultadas em valas e depois nem isso acontecia, os
cadáveres eram abandonados nas ruas.
A roupa que o medico usava era feita de coura, com sua mascara em forma de bico, era
repleta de ervas e outras substancias que filtravam o ar, pois se acreditava que a doença se
espalhava por meio do mau cheiro das pessoas contaminadas e mortas.

As pessoas não queriam nem ver esses médicos passando pelas ruas, pq isso significava que a
morte estava por perto, que a cidade já estava completamente contaminada.
Existe uma hipótese que a maioria dos sobreviventes, era as pessoas mais resistentes a
doença. O fato e que nunca houve uma solução pra peste bubônica.

A medicina europeia nunca desenvolveu um remédio definitivo que acabasse de vez a doença.
Para diminuir a transmissão, as pessoas começaram a usar técnicas de higiene dos árabes,
como lavar as mãos.
Outra maneira de afastar a peste era vigiar os oceanos. Como os navios eram lotados de ratos,
as pessoas do litorâneo sabiam que qualquer embarcação poderia estar trazendo a doença.
O medo era tanto que os franceses que qualquer embarcação deveria permanecer isolada por
40 dias ate aportar, tudo para confirmar que não havia ninguém infectado a bordo. Foi assim
que surgiu o termo "quarentena".
Ao longo dos séculos muitas pessoas perderam suas vidas para a peste, inclusive o Brasil.

Em 1899, um navio que chegou ao porto de Santos estava lotado de ratos que trouxeram a
peste bubônica para o território brasileiro.
Na época a doença começou a se espalhar e chegou ate o RJ, que era capital do Brasil, a
epidemia fez centenas de vitimas, porem os mais afetados.
Foram os moradores da zona portuária e os trabalhadores de armazéns.

A situação começou a mudar em 1904, para combater as epidemias de peste bubônica, varíola
e febre amarela, o governo iniciou uma campanha autoritária que gerou um movimento
popular conhecido como revolta da vacina.
Mas pelo menos, as ações para melhorar o saneamento acabaram ajudando a controlar a peste
bubônica na antiga capital do Brasil. Foi controlada, mas não erradicada totalmente.
E impossível acabar com essa doença, pois ela vive em roedores selvagens, ainda temos casos
registrados de peste bubônica nos dias de hoje. Entre 2010/15 foram pouco mais de 3 mil
casos, que causaram cerca de 500 mortes.
O numero e baixo comparado com aquela época mas a doença ainda existe. O risco de uma
epidemia também. Por diversos motivos. Primeiro por causa do aquecimento global que pode
interferir diretamente com a dinâmica da transmissão da peste. Já que um desiquilíbrio
ambiental acabaria criando um cenário imprevisível, assim como aconteceu com as Inundação
na Ásia no começo do sec. 14.
A Yersinia pestis continua sofrendo mutações, e se tornou resistente a alguns antibióticos.
Então ela ainda e uma bactéria muito perigosa.
O ultimo caso de peste registrado no Brasil aconteceu em 2005.

A doença começou a ser identificada bem nos estágios iniciais e é bem mais fácil de tratar
com antibióticos.
A peste foi uma das principais tragédias da historia. Não podemos negar que ela impulsionou
o nosso conhecimento em diversas ares, apos a epidemia, a forma com que a sociedade da
época enxergava a Medicina, por exemplo, se transformou por completo.
A importância dos cirurgiões se tornou mais evidente e os próprios hospitais ganharam um
novo significado. Os hospitais que eram usados mais como hospedarias, passaram a oferecer
atendimento medico, se aproximando cada vez mais dos hospitais dos dias de hoje.
Um século depois da epidemia a idade media chegou ao fim, abrindo portas para uma nova
era da humanidade.
Sem a peste essa historia poderia ser muito diferente.

Diagnostico
O diagnóstico de peste negra é feito através de exames laboratoriais, para confirmar doença é
preciso identificar a bactéria Yersinia pestis em uma amostra de fluido retirado do bubo,
sangue ou escarro, hoje existem testes rápidos, patrocinados pela OMS, que identificam o
DNA da bactéria em apenas 15 minutos.
Tratamento
No século XVII, durante a epidemia da peste negra, as cidades contratavam médicos para
tratar os doentes, nem sempre eram habilitados ou possuíam estudos de medicina, mas eram
aceitos com a esperança de que trariam a cura eles vestiam uma máscara feita de couro e com
um bico que se assemelhava ao de uma ave. Dentro dele havia ervas aromáticas a fim de
prevenir o contágio, pois durante muito tempo se acreditou que a doença era transmitida pelo
ar. Essas ervas também ajudavam a suportar o fedor da putrefação dos cadáveres.
Para curar da peste negra, não havia muito que fazer, a não ser isolar o doente. Mesmo assim,
o contágio atingiu e matou os habitantes de aldeias inteiras, esvaziou mosteiros e assustou
populações. As autoridades decretavam o isolamento das regiões atingidas, outra medida era
acender fogueiras e queimar ervas a fim de que a fumaça levasse a doença embora. Também
eram empregadas beberagens feitas à base de valeriana e verbena com o objetivo de tratar os
doentes.
Atualmente o tratamento da peste, em todas as suas formas é feito com o uso de antibióticos
indicados pelo médico, a estreptomicina ou a gentamicina são as opções mais utilizadas,
tetraciclina ou a doxiciclina são opções alternativas, caso a estreptomicina e a gentamicina
não estejam disponíveis. Durante o tratamento é preciso ficar internado no hospital em um
quarto de isolamento, para evitar passar a doença para outras pessoas.
Prevenção
Durante a epidemia da peste Negra, as quarentenas foram positivas para combater a peste
negra algumas cidades que possuíam muralhas na época fechavam os seus portões e ninguém
podia entrar ou sair, impedindo a bactéria atingir as pessoas ou ratos da cidade.
Porém, eles não trancavam os portões acreditando que isso evitaria que pessoas contaminadas
entrassem na cidade, mas sim porque o problema estava em pessoas de fora de outros países.
E isso gerou uma discussão sobre o preconceito, racismo e xenofobia, mesmo depois da peste
regredir.
Outras medidas utilizadas no passado foram as construções de hospitais fora dos muros da
cidade e a incineração dos mortos, diminuindo os contágios.
Hoje a principal forma de prevenir a peste é identificar os locais onde a doença está ativa e
notificar os órgãos públicos responsáveis, é necessário eliminar os potenciais focos de ratos e
pulgas, tais como pilhas de entulho, lenhas e lixo, além de não deixar alimentos de animais de
estimação em áreas de fácil acesso para roedores, é importante manter os animais livres de
pulgas para a proteção pessoal é importante fazer o uso de repelente de insetos.
5) Novas doenças;
O planeta terra está passando por constantes mudanças climáticas e ambientais, alterações que
podem ter grande influência nas condições de saúde futuras, as mudanças ambientais vistas
atualmente, no entanto tem como principal característica a influência das ações humanas
como motivo. Essa interferência humana tende a agilizar e intensificar os processos de
degradação ambiental, capaz de promover alterações na sua estabilidade que levaria ao
surgimento mais acelerado de surtos epidemiológicos, que dependendo de suas proporções
pode dar origem a eventos pandêmicos.
Os processos de degradação ambiental, como a perda da biodiversidade, o consumo de carne
de animais silvestres, seja ele devido à existência de hábitos culturais ou à necessidade
imposta por condições econômicas como a baixa renda de populações, por exemplo, podem
colaborar com um maior contato entre os seres humanos e vetores de doenças infecciosas o
que aumentaria as chances de transmissão dos agentes patogênicos para a população.
As mudanças climáticas e ambientais além de contribuir com o surgimento de novas doenças,
podem fazer com que doenças já existentes se tornem mais frequentes em locais que não são,
doenças como dengue e Chikungunya e febre amarela que são transmitidos pelo vetor aedes
aegypti.
Imagens:

Esse quadro se refere a época da peste


bubônica.

Ciclo de transmissão.

Médico e sua roupa na época da peste.


Pulga

Roedores

A bactéria Yersinia Pestis

Necrose das extremidades.

Bubões
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fwww.tuasaude.com%2Fpeste-bubonica%2F
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negra.htm&usg=AOvVaw2nuFBgodJbvN9HLw-RIsKE
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/peste-negra.htm
https://pt.unesco.org/news/peste-negra-o-que-podemos-aprender-da-propagacao-doencas-a o-
longo-das-rotas-da-seda

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Peste bubônica: o que é, sintomas e transmissão - Toda Matéria (todamateria.com.br)
Peste negra: o que é, sintomas, tratamento e transmissão - Tua Saúde (tuasaude.com)

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