Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE NILTON LINS

MEDICINA VETERINÁRIA

ADRIELY OLIVEIRA
ALCENIRA COELHO
BEATRIZ ELIZABETH ROCHA
CARLA DANIELA GOMES
FABIULA MADEIRA
KAREN FERNANDES
LAIANE ARAGÃO
REURY TAVARES

REVISÃO DE LITERATURA - ZOONOSES

MANAUS
2024
ADRIELY OLIVEIRA
ALCENIRA COELHO
BEATRIZ ELIZABETH ROCHA
CARLA DANIELA GOMES
FABIULA MADEIRA
KAREN FERNANDES
LAIANE ARAGÃO
REURY TAVARES

REVISÃO DE LITERATURA - ZOONOSES

Trabalho acadêmico do 3º período


do curso de graduação de Medicina
Veterinária da Universidade Nilton
Lins para obtenção de nota na
matéria Projeto de Extensão II,
ministrada pelo Prof. Walter García.

MANAUS
2024
Revisão de Literatura

1. Conceitos de Zoonose

O conceito mais habitual de zoonoses é no qual são tipos de doenças que podem ser
transmitidas de animais para seres humanos, ou até mesmo de humanos para animais.
Podendo ter como transmissão um contato direto, através de salivas, secreções, mordedura e
arranhaduras. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem mais de 200 tipos
de zoonoses, onde nem todas são transmitidas somente por cães e gatos, podem também de
morcegos, temos o exemplo o COVID-19, aves e vacas, ou de forma indireta, através de
vetores como mosquitos e pulgas.

Para Carneiro e Pettan-Brewer (2021, p. 221), a definição de que a saúde animal, o


meio ambiente e planetário influenciam na saúde humana desde os tempos antigos. Onde no
final do século 19 os líderes da medicina Drs. Rudolf Virchow e William Osler abraçaram o
conceito de que a saúde animal e humana estão em conjunto. Levando em consideração a
estes pensamentos consideramos as zoonoses que podem ser transmitidas de animais
infectados para seres humanos.

As pessoas sempre dependeram dos animais para alimentação, transporte, trabalho e


companhia. Sendo assim, esses mesmos animais podem ser fonte de doenças virais,
bacterianas e parasitárias, algumas das quais são transmitidas para o ser humano ou vice-
versa (Seimenis, 2008).

Zoonose tem como definição segundo o comitê da Organização Mundial de Saúde,


doença ou infecção naturalmente transmissível entre animais e seres humanos.

Segundo Ávila-Pires, o termo zoonose existiu com diversos tipos de significados a


partir do século XIX, pois primeiro para determinar doenças de animais e, então, para aquelas
transmitidas entre o homem e os demais vertebrados.

A partir das definições acima podemos observar que zoonose que em determinado
tempo a zoonose como o próprio nome já diz do grego zoon: animais, e noso: doença,
doenças dos animais porém com o passar dos anos foram realizados vários estudos e
abrangeram essa definição tanto para doenças que podem passar de humano para animal e
animal para humano, de formas distintas com hospedeiros definitivos ou não definitivos, de
forma direta ou indireta.
2. Distribuição: Mundial, América, Brasil, Amazonas e Região Metropolitana de
Manaus
3. Principais zoonoses em cada região e seus agentes etiológicos, transmissão e
sintomas.
3.1 Brasil
Segundo o MANUAL DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE
ZOONOSES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - As principais zoonoses monitoradas por
programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde são: peste, leptospirose,
febre maculosa brasileira, hantavirose, doença de chagas, febre amarela, febre de
chykungunya e febre do Nilo.

3.1.1 Febre Maculosa

Referindo-se à fonte de informação segundo dados de www.gov.br - A febre maculosa


é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as
formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade.
Transmissão: Transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de
riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa.
- Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB)
considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região
Sudeste.
- Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.
Sintomas:
- Febre
- Dor de cabeça intensa.
- Náuseas e vômitos.
- Diarreia e dor abdominal.
- Dor muscular constante.
- Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.
- Gangrena nos dedos e orelhas.
- Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando
paragem respiratória.
Agente etiológico: Bactéria pertencente à ordem Rickettsiales, da família
Rickettsiaceae e do gênero Rickettsia.
3.1.2 Hantavirose
Referindo-se à fonte de informação segundo dados de www.gov.br - A Hantavirose é
uma zoonose viral aguda, cuja infecção em humanos, no Brasil, se apresentam na forma da
Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus.
Transmissão: A infecção humana por hantavirose ocorre mais frequentemente pela
inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados.
Sintomas da fase inicial:
- Febre;
- Dor nas articulações;
- Dor de cabeça;
- Dor lombar;
- Dor abdominal;
- Sintomas gastrointestinais.
Sintomas na fase cardiopulmonar:
- Febre;
- Dificuldade de respirar;
- Respiração acelerada;
- Aceleração dos batimentos cardíacos;
- Tosse seca;
- Pressão baixa.
Agente etiológico: um vírus RNA, pertencente à família Hantaviridae, gênero
Orthohantavirus.

3.1.3 Doença de Chagas


Referindo-se à fonte de informação segundo dados de www.gov.br - Apresenta uma
fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase
crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca, digestiva
ou cardiodigestiva.
Transmissão:
- Vetorial: contato com fezes de triatomíneos* infectados após o repasto/alimentação
sanguínea. A ingestão de sangue no momento do repasto sanguíneo estimula a defecação e,
dessa forma, o contato com as fezes.
- Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de
triatomíneos infectados ou suas excretas.
- Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para
seus bebês durante a gravidez ou o parto.
Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores
sadios.
- Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado
durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
Sintomas:
- febre prolongada (mais de 7 dias);
- dor de cabeça;
- fraqueza intensa;
- inchaço no rosto e pernas.
- No caso de picada do barbeiro, pode aparecer uma lesão semelhante a um furúnculo
no local.
Agente etiológico: Protozoário Trypanosoma cruzi.

3.1.4 Febre Amarela


Referindo-se à fonte de informação segundo dados de www.gov.br - A febre amarela
é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade
variável, com elevada letalidade nas suas formas graves.
Transmissão: A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui
dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre).
Sintomas:
- Febre alta;

- Icterícia;

- Hemorragia;

- Eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Agente etiológico:
- vetores urbanos (Ae. aegypti) infectados.
- gêneros Haemagogus e Sabethes
3.1.5 Leptospirose

Referindo-se à fonte de informação www.gov.br - No Brasil, a leptospirose é uma


doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais
e áreas metropolitanas, devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa
renda, às condições inadequadas de saneamento e à alta infestação de roedores infectados.

Transmissão: É transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais


(principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da
pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio
de mucosas
Sintomas: São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.

Fase precoce:

- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, - principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos

Fase tardia:

- Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias


- Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
- Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
- Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA
- Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso
central
Agente etiológico: bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros
animais

3.1.6 Peste:
Referindo-se à fonte de informação segundo dados de www.gov.br - a peste é uma
doença infecciosa aguda transmitida principalmente por picada de pulga infectada.
Transmissão: Na forma pneumônica, a transmissão se dá por gotículas aerógenas
lançadas pela tosse no ambiente.
No Brasil, existem duas áreas distintas consideradas focos naturais:
O foco do nordeste;
Foco de Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro.
Sintomas: os sintomas da peste variam de acordo com as formas clínicas.

- febre alta;
- calafrios;
- dor de cabeça intensa;
- dores generalizadas;
- falta de apetite;
- náuseas;
- vômitos;
- confusão mental;
- olhos avermelhados;
- pulso rápido e irregular;
- pressão arterial baixa;
- prostração e mal-estar geral;
Agente etiológico: Yersinia pestis.
4. Epidemiologia.
5. Controle e prevenção.

5.1 Controle
Segundo o manual do ministério da saúde, uma vez constatada a situação real de risco
de transmissão de zoonose (risco iminente) ou a introdução de zoonoses de relevância para a
saúde pública no território local, a área de vigilância de zoonoses deve iniciar a etapa de
desenvolvimento e execução do controle da doença, por meio de medidas cabíveis e viáveis a
serem aplicadas direta e indiretamente sobre a população animal alvo, a fim de interromper o
ciclo de transmissão das zoonoses alvo. As ações, as atividades e as estratégias de controle de
zoonoses subdividem-se em três tipos:

5.1.1 Controle do risco iminente de transmissão de zoonoses


Seguindo as orientações do manual do ministério da saúde. Constatada a situação real
de risco (risco iminente) de transmissão de zoonose, deve-se proceder às medidas de controle
cabíveis, fortalecendo ainda mais, as medidas de prevenção, ambas adequadas à nova
realidade epidemiológica. Esse Controle se caracteriza pelo desenvolvimento de ações,
atividades e estratégias visando o ao alcance a redução ou da eliminação, quando possível, do
risco iminente de transmissão da zoonose para a população humana.

5.1.2 Controle da zoonose incidente


Tendo como orientações do manual do ministério da saúde, uma vez iniciada o ciclo
de transmissão de determinada zoonose em certa área, em que uma população animal esteja
relacionada, deve-se proceder às medidas de controle para a redução ou a eliminação, quando
possível, do número de casos humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção
do ciclo de transmissão.

5.1.3 Controle da zoonose prevalente


Diante de uma zoonose prevalente na área-alvo o ministério da saúde tem como
recomendação, devem-se manter, sistematicamente, as medidas de vigilância, ativa e passiva,
e de prevenção, procedendo às medidas de controle para a redução ou eliminação, quando
possível, do número de casos humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção
do ciclo de transmissão. Se a zoonose reincidir com frequência na área-alvo, é necessário
rever as medidas adotadas, na tentativa de alcançar sua eliminação.

5.2 Prevenção

Segundo o manual de prevenção de controle de zoonoses, do ministério da saúde, as


ações de prevenção de zoonoses caracterizam-se por serem executadas de forma temporária
ou Permanente, dependendo do contexto epidemiológico, por meio de ações sociais,
atividades de educação em saúde, manejo ambiental e vacinação animal:

• Educação em saúde: devem-se desenvolver atividade socioeducativas, ensinado a


comunidade a como combater e prevenir a propagação da zoonoses, dando prioridade aos
locais mais vulneráveis, buscando sempre atingir o público alvo. De forma intensa e mais
abrangente possível, utilizando também, meios de comunicação, como rádio, TV,
correspondência e internet.

• Manejo ambiental: realizado somente quando possível, este tempo o foco maior
relacionado a limpeza, procurando sempre manter o controle da infestação e buscando
eliminar vetores e roedores. Deve-se incentivar, orientar e educar, a população na realização
do manejo ambiental, realizando-as, quando necessário.

• Vacinação animal: deve-se realizar a vacinação antirrábica de cães e gatos, de


acordo com o Preconizado para cada região, conforme o contexto epidemiológico da raiva na
área local e Com o preconizado no Programa Nacional de Vigilância e Controle da Raiva do
Ministério da Saúde.

Observação: deve-se considerar o contexto epidemiológico das zoonoses na área em


questão, para definir as ações de prevenção que serão estratégicas e prioritárias.

Você também pode gostar