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CENTRO UNIVERSITÁRIO OPET – UniOpet

Emily Pimenta
Luiza Prestes
Patrícia Biló
Priscila Bertotti

FEBRE AMARELA

CURITIBA
2024
EMILY PIMENTA
LUIZA PRESTES
PATRICIA BILÓ
PRISCILA BERTOTTI

FEBRE AMARELA

Trabalho apresentado à disciplina


de Microbiologia, no curso de
Biomedicina do Centro de
Universitário Opet- UNIOPET.

Professora: Amanda.

CURITIBA
2024
HISTÓRIA DA FEBRE AMARELA

O relato na historia da doença é de que foi um grande problema de saúde


publica, gerando uma grande epidemia que ocorreu por volta do século 19,
mais precisamente no ano de 1849 através de um navio negreiro que veio de
nova Orleans com escala em Havana e Salvador e atracou no Rio de Janeiro
que logo em curto prazo já havia disseminado o vírus entre os litorais atingindo
266mil habitantes causando 4.160 mortes. Somente após tamanha
repercussão foi constituída a Junta de Higiene Publica que em 1886 se
transformou em inspetoria Geral de Higiene Geral dos portos. Logo toda a
cidade passou a ser remodelada assegurando a retirada das pessoas mais
pobres da área central, trazendo expansão de bairro mais salubres impondo
normas mais higiênicas as casas e ruas.
Mais a frente entre os anos de 1873 e 1876, houve duas epidemias da febre
amarela onde houve mais de 3mil mortos em uma população de 270mil
habitantes, então se debateu a necessidade de sanear o Rio de Janeiro
criando o primeiro plano urbanístico trazendo melhorias no saneamento do
solo, drenagem de subsolo e também debate sobre a etiologia e profilaxia da
doença. A partir dessa abordagem um grupo de bacteriologistas coordenado
por Oswaldo Cruz em 1880 trouxe a narrativa sobre o combate da febre
amarela tendo a formulação sobre a transmissão da doença pelo o mosquito,
estudo este feito por Juan Finlay. Já os pesquisadores Ronald Ross, e
Giovanni Battista em 1897 mostraram que o mosquito era hospedeiro
intermediário do parasito da malária, vindo à tona a suposição de que ambas
as doenças eram similares, onde até o diagnostico clinico era confuso.
Oswaldo Cruz se tornou uma referencia da ciência brasileira após um sucedido
experimento no Rio de Janeiro, validando a teoria de Finlay. As certezas
sustentadas por seu grupo em 1903, foi base da campanha da Rockefeller no
Nordeste, colapsaram em 1932 no vale do Canaã, no Espírito Santo.
Após alguns testes de imunidade ser realizados em diferentes regiões do país
e confirmar a disseminação da febre amarela, é que percebeu que a doença
era um problema muito maior do que se esperava. Pois a migração interna
estava levando o vírus para regiões litorâneas multiplicando a infecção entre as
pessoas não imunizadas ao vírus, resultando em uma nova epidemia.
Durante a revolução de 1930 com direção da Fundação Rockefeller alterou se
as bases das campanhas focando em duas formas da doença. Entre elas a
Urbana e a Silvestre, trazendo elementos como expansão em novas cidades,
vetores, cenários e vacinas como 17D criada em 1937, e que é usada até os
dias de hoje.
Um passo importante também da história da febre amarela é de que em 2 de
outubro de 1958, a Conferencia Sanitária Pan-Americana feita em Porto Rico,
declarou diversos países sul-americanos, incluindo o Brasil, livres do Aedes
aegypti. Porém anos após entre 1967 e 1976 o Aedes Aegypti ressurgiu no
estado do Pará, Maranhão e Bahia, e isso se ocorreu devido a redução de
campanhas contra a doença o que gerou desmantelamento do eficiente
sistema Fundação Rockefeller, levando o país ao despreparo para lhe dar com
a nova propagação do mosquito, atingindo novamente seis anos depois
cidades como Rio de Janeiro, Natal e Santos e estando presente em 226
municípios.

AGENTE CAUSADOR
O agente etiológico é um arbovírus do gênero Flavivirus, da Família
Flaviviridade. Sendo vírus causador da febre amarela, transmitido
principalmente pelas espécies Aedes aegypti em áreas urbanas e Haemogogus
nas áreas silvestre. Existem três tipos transmissão dentre elas:
 Silvestre: mosquitos infectam macacos nas florestas tropicais;
 Intermediário: mosquitos infectam tanto macacos quanto humanos;
 Urbano: onde os mosquitos do tipo aedes Aegypti infetam humanos.
Em áreas densamente povoadas, geralmente ocorre grande epidemias da
doença, devido a grande maioria das pessoas não ser imunes ao vírus por falta
de vacinação.

CICLO DO MOSQUITO
O ciclo silvestre ocorre no hospedeiro principal, sendo ele o macaco, que é um
hospedeiro natural da febre amarela, servindo como fonte de infecção aos
mosquitos, do gênero Hamagogus e Sabethes que são contaminados pelo
vírus ao picar o macaco, sendo assim os mosquitos infectados podem
transmitir aos humanos não imunizados através da picada.
Macaco Mosquito Silvestre Homem.
Já no ciclo urbano da doença, inicia-se no humano infectado em período de
viremia, que ao ser picado pelo mosquito vetor Aedes Aegypti, este se torna
infectado, sendo responsável pela transmissão no humano suscetível.
Homem aedes aegypti Humano

Fonte: Ministério da Saúde

TRANSMISSOR DA FEBRE AMARELA URBANA


O mosquito Aedes Aegypti tem um ciclo de vida entre 7 à 10 dias, e se
reproduz em meio à aguas limpas quentes e paradas, com maior incidência de
reprodução entre os meses novembro e abril, onde ocorre à época chuvosa e
intenso calor, fazendo com que haja ambientes apropriados para a proliferação
dos insetos. Seus ovos podem durar até um ano inerte, até que haja essa
condição climática favorável para seu desenvolvimento.
Os ovos são depositados pelas fêmeas do mosquito Aedes aegypti nas bordas
de recipientes que contenham agua parada e por volta de 72horas submergido
a agua, os ovos eclodem dando surgimento as larvas que dentro de 5 à 7 dias
viram pupas, se transformando em mosquitos adulto pronto para a
transmissão. (Ilustração abaixo).
TRANSMISSÃO
A doença ao contrario do que se pensa não é transmitida de macaco para
pessoas, e nem diretamente de pessoa para pessoa. No caso da febre amarela
é essencial para a transmissão a presença de um mosquito infectado e o ser
humano, que ao ser picado passa a desenvolver o quadro clínico da doença.
É considerada uma doença grave em regiões com grande proliferação do
mosquito causador e em áreas endêmicas, controlar a transmissão e proteger
as pessoas em risco é importante para erradicação.
DIAGNÓSTICO
Diagnosticar a febre amarela é desafiador, porém seu diagnostico se torna
previsível, através de características especificas, como paciente em região
endêmica da doença, ou até mesmo histórico de viagens para essas regiões
associado aos sintomas clínicos do paciente, porem para confirmação é
necessário exames laboratoriais e testes para identificar anticorpos específicos,
podendo apresentar nas amostras de sangue do paciente o estágio inicial da
doença.

EXAMES LABORATÓRIAIS

SINAIS E SINTOMAS
Na maioria das pessoas infectadas a doença é assintomática ou tem sintomas
leves, como febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular,
náuseas e vômitos que podem durar até três dias. Na forma grave da doença
os sintomas incluem cansaço, insuficiências hepática e renal, icterícia,
manifestações hemorrágicas, podendo levar à óbito em curto tempo.

PATOGENIA

TRETAMENTO
Quando alguém adquire a febre amarela, o tratamento é paliativo pra aliviar os
sintomas e incluem descanso, beber água e tomar remédio pra controlar a
febre e aliviar a dor. A grande maioria dos infectados se recupera
completamente e desenvolve imunização contra o vírus, sendo não suscetível
à doença após a recuperação. Se ficar grave, pode precisar de cuidados
médicos intensivos pra lidar com complicações.
PREVENÇÃO
Uma forma de prevenção é a vacinação, sendo imprescindível para não
contrair a doença, pois é amplamente eficaz e fornece em dose única
imunidade permanente, sendo crucial para prevenção da febre amarela.
Portanto, pessoas que frequentam ou moram áreas endêmicas devem manter
o calendário vacinal em dia. Outro meio seria além de usos de repelentes o
controle dos vetores da doença eliminando focos de criação e reprodução dos
mosquitos. Ficar de olho nos casos da doença e agir rápido é essencial, e para
isso é imprescindível os programas de vigilância, que atuam frente à prevenção
dos focos monitorando e evitando possíveis surtos da febre amarela, assim
como orientar e ajudar a população para que esteja devidamente vacinada,
diminuindo o impacto da doença na saúde pública.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

REFERENCIAS
 https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/febre-
amarela/?
utm_source=grants_exiber&utm_medium=cpc&utm_campaign=[sch]_[c
mno]_[Exiber]_-_Doen%C3%A7as_-_Geral_[MSF]_-
_Febre_Amarela_comunicao&utm_content=link_tr%C3%A1fego_Doen
%C3%A7as_-
_Geral_texto_avulso&gad_source=1&gclid=Cj0KCQiAoeGuBhCBARIsA
GfKY7woHdMkBnVgTbMyCoGMOuKW7BRD8BWSx8ZURfJJnKCGnZh
oIwFUpDgaApDrEALw_wcB

 https://agencia.fiocruz.br/uma-breve-hist%C3%B3ria-da-febre-amarela
 https://portal.fiocruz.br/pergunta/o-que-e-febre-amarela

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