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Varíola
CRONOLOGIA - ok
1555 - primeiro surto de varíola no Brasil;
1560 - epidemia relacionada ao tráfico de escravos;
1562/1563 - a doença foi trazida pelos portugueses;
1803/1805 - introdução da vacina;
1967 - fundação do Programa Global de Erradicação da Varíola;
1977 - controle da doença;
1980 - Varíola é declarada erradicada pela OMS.

REVOLTA DA VACINA 1904


Aconteceu no início de novembro de 1904. O estopim foi a
obrigatoriedade da vacina contra varíola, no qual havia um
processo de panorama social e político. Nesse ano uma
epidemia de varíola atingiu a capital. O Rio de Janeiro já
sofria com várias outras doenças (como peste bubônica,
tuberculose e febre amarela), e o acontecimento não foi
apenas uma questão de ignorância da população, motivada pelos
boatos.

CONTEXTO HISTÓRICO - ok
A varíola é uma doença infecto-contagiosa causada por um
vírus e que se destaca como uma das doenças que mais causou
mortes na história da humanidade. Ela teria surgido na Índia,
existindo descrições na Ásia e África antes mesmo da era
cristã. No Brasil, a doença foi descrita pela primeira vez em
1563, na Bahia. A varíola é classificada em dois tipos:

Varíola 1
varíola major e varíola minor. A varíola major é o tipo mais
letal da doença, apresentando uma letalidade de cerca de 30%.
A varíola minor, por sua vez, é um tipo mais brando, com uma
letalidade inferior a 1%. Em 1904

AGENTE ETIOLÓGICO - ok
A varíola é uma doença causada pelo vírus Orthopoxvirus
variolae, da família Poxviridae e do gênero Orthopoxvírus. O
vírus é de DNA e pode permanecer viável por vários meses no
meio ambiente.

TRANSMISSÃO - ok
A transmissão da varíola ocorre, na maioria das vezes, por
inalação de gotículas contendo o vírus, as quais são
eliminadas pelo doente ao falar, tossir ou espirrar. Apesar
de menos comum, a varíola pode ser contraída ao manusear-se
roupas, lençóis ou outros objetos contaminados pelo doente,
por exemplo.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através de gotículas
de saliva e aerossóis. O período de incubação vai de 10 a 14
dias (variando de 7 a 19 dias após a exposição). O período de
transmissibilidade ocorre três semanas em média; tempo que
vai do momento em que aparecem as primeiras lesões até o
desprendimento de todas as crostas. A fase de maior
contaminação é o período anterior às erupções, por meio de
gotículas de aerossóis que levam o vírus às lesões
orofaríngeas.

SINTOMAS - ok

Febre alta, dores de cabeça, dores no corpo, abatimento e


calafrios. Esses sintomas têm uma duração de cerca de quatro
dias, e, após esse período, a doença progride para a forma

Varíola 2
mais grave, com redução da febre e surgimento de erupções na
pele. As lesões iniciam-se como máculas (lesão sem relevo),
depois tornam-se pápulas (elevação sólida), e,
posteriormente, tornam-se vesículas contendo líquido e
cercadas por um halo eritematoso regular. As vesículas
evoluem para pústulas (pequenas bolhas cheias de pus).
Durante essa fase da doença, o risco de cegueira é grande,
pois as lesões provocam coceira, e, ao coçar e tocar os
olhos, o doente pode desencadear inflamação no órgão. As
lesões evoluem, posteriormente, para crostas e a febre
regride. As crostas caem cerca de 10 dias após sua formação.
Ao caírem, elas podem deixar cicatrizes permanentes na pele.
As mortes em decorrência da varíola ocorriam, geralmente,
devido a uma resposta inflamatória massiva que provocava
choque e desencadeava a falência múltipla dos órgãos.

TRATAMENTO - ok
Como ainda não existe tratamento efetivo contra a doença, é
feito um atendimento de suporte com reposição de água e sais
minerais e alívio dos sintomas, como a coceira. Não há
tratamento específico para a Varíola. A terapia é de suporte,
mantendo-se o balanço hidroeletrolítico e cuidados de
enfermagem. A antibioticoterapia é indicada para o tratamento
de infecções bacterianas secundárias, que são freqüentes.

MANIFESTAÇÕES - ok

Ao longo da História a doença ocorreu em surtos. Estima-se


que no século XVIII morressem de varíola na Europa cerca de
400 000 pessoas por ano e que um terço dos casos resultasse
em cegueira. Entre as mortes causadas por varíola estão as de
três monarcas reinantes e uma rainha consorte. Estima-se que
ao longo do século XX a varíola tenha causado entre 300 e 500

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milhões de mortes. Em 1967 ocorriam ainda 15 milhões de casos
por ano.

POSICIONAMENTO DO ESTADO - ok
Para o médico sanitarista Nésio Fernandes, presidente do
Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass):

"Por ora, cada Estado está agindo de forma independente e tem


critérios próprios de testagem e acompanhamento de casos”
"Precisamos de uma coordenação nacional para atualizar e
padronizar a estratégia em todo o território e não permitir
que o monkeypox se torne uma ameaça ainda maior.” "Sem
coordenação nacional, a aquisição de insumos, medicamentos e
tecnologias também fica muito mais difícil”

VETOR - ok

Nome popular: Bexiga ou alastrim.

Vírus DNA do gênero Orthopoxvirus, é um dos vírus mais


resistentes, em particular, aos agentes físicos.

HOSPEDEIRO - ok

Ele afeta somente os seres humanos, sendo, portanto, seu


hospedeiro definitivo (pricipal) e intermediário.

CICLO

FORMA DE PREVENÇÃO (PROFILAXIA) - ok

A melhor forma de prevenir a doença é por meio da vacinação,


mas, como essa é uma condição considerada erradicada, a
vacina contra a varíola não faz parte do calendário regular
de vacinação.

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VACINAÇÃO - ok

O Brasil recebeu o Certificado Internacional de Erradicação


da Varíola em 1973. Com a erradicação da doença, a vacinação
foi excluída da rotina dos serviços de saúde pública.

As pessoas vacinadas no passado não estão necessariamente


protegidas, pois o nível de imunidade é incerto, portanto,
são consideradas susceptíveis. A maioria dos estudos sugere
que a imunidade permanece por três a cinco anos, mas pode ser
estimulada em uma simples revacinação. A infecção prévia pelo
vírus selvagem confere imunidade permanente.
A vacina é constituída por vírus vivo atenuado (vaccinia),
que se multiplica nas camadas superficiais da pele.

A administração da vacina é realizada com a técnica de


múltipla punção, com agulha bifurcada de uso único,
acondicionada com a vacina reconstituída.O sucesso da
vacinação é considerado quando acontece a “pega”.

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