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COLÉGIO FREINET

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM


EPIDEMIOLOGIA

ANA CAROLINA MACHADO


ESTER MORENO
JESSICA ABREU
KAREN SOUZA
VITORIA PINHEIRO

MONKEYPOX

MAGÉ
2022
ANA CAROLINA MACHADO
ESTER MORENO
JESSICA ABREU
KAREN SOUZA
VITÓRIA PINHEIRO

MONKEYPOX

Trabalho apresentado como requisito de


obtenção de nota na disciplina de
Epidemiologia ao curso Técnico em
enfermagem do Colégio Freinet

Profª: Luiza Daflon

MAGÉ
2022
INTRODUÇÃO

A Monkeypox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero


Orthopoxvirus e família Poxviridae. É uma doença viral endêmica em alguns países
do continente Africano, com transmissibilidade moderada entre humanos. Existem
dois tipos de vírus: um da África Ocidental e um da Bacia do Congo (África Central).
No decorrer de 2022, estão ocorrendo surtos desta doença em vários países
e em todos os continentes. Quando a doença atingiu mais de 16 mil casos
notificados em 75 países desde o início de maio deste ano, a Organização Mundial
da Saúde declarou, em 23 de julho de 2022, que o atual surto de Monkeypox
constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
O vírus monkeypox foi primeiramente detectado em primatas em 1958, daí a
origem do nome do vírus. No entanto, a OMS considera inadequada esta nomeação
e esclarece que a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são
roedores, como ratos e cães-da-pradaria.
O primeiro caso em humanos foi registrado em 1970, contudo, em maio deste
ano, começaram a ser observados surtos da doença, inicialmente, entre pessoas
com histórico de viagem pela Europa e América do Norte. E desde então têm se
disseminado por países do mundo. Segundo a OMS a Monkeypox não tem
associação a nenhum grupo específico e pode atingir qualquer pessoa, sendo os
sintomas similares aos da varíola.
DESENVOLVIMENTO: TRANSMISSÃO

A transmissão do monkeypox ocorre, principalmente, pelo contato direto com


as lesões típicas das pessoas doentes, objetos e superfícies contaminados.
Ocorrem também pela relação sexual mesmo com o uso de preservativo. Isto
acontece porque existe o contato com a pele que apresenta as erupções ou mesmo
com a pele aparentemente saudável. As secreções das vias respiratórias na forma
de gotículas também transmitem a doença.
A pele descama e nesse processo acontece a soltura das crostas contendo o
vírus, os quais podem se depositar nas vestimentas, roupas de banho e de cama, e
que se forem sacudidas formam aerossóis que podem ser inalados e assim infectar
outras pessoas.

SINTOMAS

O período de incubação do vírus é geralmente de 6 a 16 dias, mas pode


chegar a 21 dias. A doença apresenta um quadro de sintomas inespecíficos, e que
pode ser confundido com outros quadros virais. Os sintomas são similares aos da
varíola. E incluem lesões na pele e febre, que em casos mais severos podem durar
entre duas a quatro semanas.
Os sintomas incluem: febre, dor de cabeça intensa, dor muscular, sensação
de cansaço ou fraqueza intensa e o surgimento de lesões que apresentam sempre a
mesma sequência evolutiva: máculas (manchas), pápulas, vesículas e crostas que
podem ser dolorosas. As lesões progridem para as extremidades do corpo, podem
surgir também na boca, garganta, genitálias e na região do ânus. Outra alteração
observada é o inchaço de gânglios (ínguas) que aparecem de 1 a 3 dias antes das
feridas na pele, próximo das áreas comprometidas. Na fase final, quando as lesões
da pele chegam à fase de crostas é comum o surgimento de prurido (coceira).

DIAGNÓSTICO

Se a pessoa apresenta sinais e sintomas ou teve contato próximo com


alguém infectado, deve-se buscar atendimento especializado para a realização do
diagnóstico laboratorial. O diagnóstico do Monkeypox é realizado de forma
laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O diagnóstico
molecular (chamado tecnicamente de RT-PCR) é considerado a técnica padrão para
a detecção de vírus.
O Ministério da Saúde recomenda que o teste seja feito em todos os
pacientes com suspeita da doença e que o isolamento comece antes mesmo do
resultado dos exames.
A amostra a ser analisada deve ser coletada preferencialmente das secreções
das lesões. No entanto, se elas já estiverem secas, amostras das crostas formadas
devem ser encaminhadas para estudo.
Nos casos em que os pacientes não apresentam lesões na pele, pode ser
coletada amostra da boca e da garganta por meio de swab, de maneira semelhante
à utilizada no diagnóstico de Covid-19, ou de amostras por via anal ou genital.

TRATAMENTO

Medicamentos para dor (analgésicos) e febre podem ser usados para aliviar
alguns sintomas. Deve-se evitar coçar a pele e cuidar da erupção, limpando as mãos
antes e depois de tocar nas lesões e mantendo a pele seca e descoberta. Apesar de
a varíola transmitida pelo vírus Monkeypox ser considerada uma doença
autolimitada, que geralmente se cura sozinha, em alguns casos pode haver a
necessidade de um tratamento medicamentoso específico, sobretudo entre pessoas
imunossuprimidas.
Antivirais desenvolvidos para pessoas com a varíola humana (Smallpox) e
outras doenças virais podem ser benéficos nestes casos. Um deles é o Tecovirimat
(também conhecido como TPOXX), medicamento antiviral aprovado pela FDA dos
Estados Unidos.
No Brasil a Anvisa aprovou a liberação deste medicamento para uso pelo
Ministério da Saúde. A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao
Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja
expressamente revogada pela Anvisa.
VACINA E PREVENÇÃO

A vacinação contra a varíola humana recebida até o final da década de 1970


é eficaz também para a monkeypox. No entanto, pessoas com 50 anos ou menos
podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola
foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada. Segundo a OMS,
novas vacinas foram desenvolvidas dentre as quais uma foi aprovada para
monkeypox
No Brasil a Anvisa aprovou, em 25 de agosto deste ano, a dispensa de
registro para que o Ministério da Saúde importe e utilize no Brasil a vacina
Jynneos/Imvanex, para imunização contra a monkeypox.
Sobre a prevenção, é importante a manutenção dos ambientes sempre
ventilados, mas, principalmente, evitar o compartilhamento de objetos ou contatos
físicos, especialmente os pele-a-pele ou mucosa-com-mucosa. Mesmo muitas vezes
sendo impossível evitar o contato com algumas superfícies, como por exemplo
dentro do transporte público, a orientação é a higienização das mãos com água e
sabão ou uso do álcool à 70% imediatamente após tocar em áreas potencialmente
contaminadas.
CONCLUSÃO

Contudo, medidas estão sendo tomadas em todo o mundo para conter a


disseminação do vírus monkeypox. Esse vírus pode causar preocupação,
principalmente, quando alcança grupos como crianças, idosos e imunossuprimidos.
Diante do cenário atual em que essa doença se expandiu, é imprescindível a
vacinação da população principalmente, grupos de risco, juntamente com a
vacinação, ampliar informações sobre a doença, e informar a população sobre as
medidas de prevenção que podem ajudar a conter a disseminação do vírus.
REFERÊNCIAS
Agencia Nacional de Vigilancia Sanitária. Anvisa aprova liberação de vacina para
monkeypox para uso pelo Ministério da Saúde. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/anvisa-aprova-
liberacao-de-vacina-para-monkeypox-para-uso-pelo-ministerio-da-
saude#:~:text=O%20imunizante%20%C3%A9%20destinado%20a,ou%20superior%
20a%2018%20anos.&text=A%20Anvisa%20aprovou%2C%20nesta%20quinta,para
%20imuniza%C3%A7%C3%A3o%20contra%20a%20monkeypox. Acesso em: 01
out 2022.
Fundação Oswaldo Cruz. Perguntas e respostas sobre monkeypox. 2022.
Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/monkeypox-perguntas-e-respostas-
tratamento. Acesso em: 01 out 2022.
Instituto Butantan. O que é recomendado e o que deve ser descartado no
tratamento da varíola causada pelo Monkeypox. 2022. Disponível em:
https://butantan.gov.br/noticias/o-que-e-recomendado-e-o-que-deve-ser-descartado-
no-tratamento-da-variola-causada-pelo-monkeypox. Acesso em: 30 set 2022.
Instituto de assistência médica ao servidor público estadual. Monkeypox. São
Paulo, 2022. Disponível em: http://www.iamspe.sp.gov.br/monkeypox/. Acesso em:
29 set 2022.
Jornal da Unesp: Diagnóstico é um dos desafios para controlar vírus da
monkeypox. São Paulo, 2022. Disponível em:
https://jornal.unesp.br/2022/07/22/diagnostico-e-um-dos-desafios-para-controlar-
virus-da-monkeypox/. Acesso em: 01 out 2022.
Ministério da saúde. Sala de situação Monkeypox. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/resposta-a-emergencias/sala-de-
situacao-de-saude/sala-de-situacao-de-monkeypox. Acesso em: 01 out 2022.
Universidade Federal de Goiás. UFG orienta universitários sobre monkeypox.
2022. Disponível em: https://www.ufg.br/n/158421-ufg-orienta-comunidade-
universitaria-sobre-a-monkeypox. Acesso em: 30 set 2022.

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