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Monkeypox
1. OBJETIVO
2. DESCRIÇÃO DO EVENTO
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Segundo o Ministério da Saúde (MS), a doença causada pelo vírus Monkeypoxvirus
(MPXV) é transmitida por animais (zoonose) e sua transmissão para humanos pode
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ocorrer através do contato com um animal ou pessoa infectada, ou ainda com material
corporal humano contendo o vírus. Essa zoonose é conhecida pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) desde 1970, quando observou-se a ocorrência de casos esporádicos
relacionados a viagens realizadas nas regiões endêmicas de floresta no Centro-Oeste da
Para evitar que haja um estigma e ações contra os Primatas Não Humanos (PNH),
do gênero Macaca, optou-se por não denominar a doença no Brasil como Varíola dos
macacos, pois embora tenha se originado em animais desse gênero, o surto atual não tem
relação com ele. Apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de
usar a denominação dada pela OMS “Monkeypox”. Isso tudo com intuito de se evitar desvio
dos focos de vigilância e ações contra os animais.
O primeiro caso de doença causada pelo vírus Monkeypox foi identificado pela
Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), em 07 de maio de 2022, que
acredita-se ter sido importado da Nigéria, África Ocidental, sendo disseminado por toda
Europa, que concentra a maior quantidade de notificações tendo casos hoje também na
Ásia e América do Norte.
3. CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO
4. NOTIFICAÇÃO DE CASO
Todo casos, que atender a definição do MS, deverá ser notificado em até 24 horas,
no RedCap (https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=YC4CFND7MJ) e ao Cievs ES
(notifica.es@saude.es.gov.br). Ao realizar a notificação no RedCap, atentar para
preenchimento de código de retorno para atualização de resultado de exames e
encerramento do caso, descrito no Anexo I deste documento.
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5. DEFINIÇÃO DE CASO
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5.1 CASO SUSPEITO: Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de
2022, apresente início súbito de febre, adenomegalia e erupção cutânea aguda do tipo
papulovesicular de progressão uniforme.
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A Monkeypox é geralmente uma doença autolimitada, cujos sinais e sintomas
duram de 2 a 4 semanas. A manifestação cutânea é do tipo papulovesicular uniforme e a
presença de linfadenopatia é uma característica clínica importante para distinguir a
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Monkeypox de outras doenças. O Monkeypox é transmitido de pessoa para pessoa através
do contato direto com feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, com materiais que
tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis ou com secreções
respiratórias durante o contato pessoal prolongado
O indivíduo que busca atendimento devido a lesões cutâneas agudas e febre deve
ser priorizado. No momento do acolhimento, sugere-se que o paciente receba uma
máscara cirúrgica, com orientação quanto à forma correta do seu uso, e seja conduzido
para uma área separada dos outros usuários.
Sendo diagnosticado como caso suspeito de Monkeypox, o paciente deve ser
mantido isolado (precauções para contato e gotículas). As lesões de pele em áreas
expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas. A
notificação à vigilância epidemiológica deve ser imediata.
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b) Para diagnóstico diferencial :
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Nasofaringe: um swab de cada lado
Orofaringe: um swab
1ª opção: Dipirona (solução gotas 500mg/ml ou 500mg/cp) caso de dor ou febre, de 6/6 h.
2ª opção: Paracetamol (200 mg/ml ou 500mg/cp), a cada 4/4 horas ou 6/6 horas a
depender da frequência de febre ou dor.
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Fonte: SESA/SSAS
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como provável para Monkeypox:
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um período de 21 dias desde o último contato com o paciente, com aferição de
temperatura duas vezes ao dia, realizada pelo paciente ou familiar e comunicado à
equipe da APS ou a VE.
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Crosta (Crosta de Lesão):
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das lesões, preferencialmente optar pelas crostas menos secas, ou seja,
coletar aquelas em fase mais inicial de cicatrização, pois a chance de
detecção de genoma viral ou da partícula viral é maior. As crostas devem
Observações:
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.
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8. DA SEGURANÇA DOS PACIENTES, VISITANTES E ACOMPANHANTES EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
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Os profissionais devem ser orientados a certificar-se de que produtos e equipamentos
usados no paciente foram limpos e reprocessados de forma correta e segura, antes de
serem utilizados em outros pacientes.
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Os profissionais devem ser orientados quando aos cuidados ao manusear roupas sujas (por
exemplo, roupas de cama, toalhas, roupas pessoais) para evitar o contato com o material da
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Recomenda-se a suspensão de visitas ao paciente infectado. As liberações de visitas
devem ser muito bem avaliadas pela equipe assistencial e SCIH/CCIH do serviço de
saúde.
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Incentivar o uso de mecanismos alternativos para interação entre pacientes e
visitantes, como aplicativos de videochamadas em telefones celulares ou tablets
(atentar para a higienização desses dispositivos entre os usos, caso sejam ofertados
pelo próprio serviço de saúde).
9. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO
Além das precauções padrão, que devem ser implementadas para qualquer paciente
em todos os serviços de saúde, e considerando a forma de transmissão da Monkeypox,
durante a assistência a pacientes com suspeita ou confirmação dessa doença, deve-se
implementar adicionalmente as seguintes precauções:
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cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais,
broncoscopias, etc) em pacientes com Monkeypox suspeita ou confirmada, deve-se
implementar as precauções padrão, juntamente com as precauções para contato e para
aerossóis, o que envolve entre outras orientações, a higiene das mãos (água e sabonete
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OU preparações alcoólicas) e o uso correto dos EPIs: óculos de proteção ou protetor facial,
avental, máscara N95/PFF2 ou equivalente, luvas de procedimentos e isolamento do
paciente (preferencialmente, em um quarto privativo).
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Manter revisão periódica de fluxos e protocolos internos e de manejo clínico,
considerando a constante atualização das normativas da ANVISA, Ministério da
Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde;
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Manter e atualizar rotinas e Procedimentos Operacionais Padrão referente à
higienização dos ambientes, principalmente intensificando a frequência de limpeza
nos espaços coletivos, como copas e áreas de repouso, e nas áreas assistenciais.
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Realizar a fiscalização do uso correto de EPIs de todos os trabalhadores;
Garantir a distribuição de máscaras aos trabalhadores, em quantidade suficiente para
as trocas diárias;
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Garantir a troca do respirador PFF2/N95, sempre que apresentar umidade, sujidade
ou qualquer indício de que esteja impróprio para uso;
Sempre que possível, implantar barreiras físicas para aumentar a distância segura
entre trabalhadores e pacientes.
IMPORTANTE:
Em nenhuma hipótese o EPI deve ser compartilhado entre os trabalhadores.
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Importante: Toda capacitação ou treinamento deve ser registrado, para fins de controle interno
ou comprovação junto a órgãos de fiscalização e deverá conter: data, horário, carga horária,
conteúdo ministrado, nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos
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trabalhadores envolvidos.
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Deve-se investigar a relação causal entre a doença Monkeypox e a exposição
ocupacional dos trabalhadores e, se confirmada, realizar a notificação do acidente de
trabalho, por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ou documentos similares,
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a fim de que sejam garantidos os direitos previdenciários e trabalhistas.
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BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Nota Técnica nº 001/2022
SESA/SSVS/GEVS, 25 maio 2022. Disponível em:
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Nota%20Tecnica/Nota_Tecnica_001_Monkeypox.pdf.
Acesso em: 02 jun 2022
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Sala de situação do Monkeypox. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/composicao/svs/resposta-a-emergencias/sala-de-situacao-de-saude/sala-de-situacao-
de-monkeypox. Acesso em 02 Jun 2022
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Continua
Anexo I
Tutorial de preenchimento do código de retorno no REDCAP para atualização
posterior e encerramento dos casos na notificação realizada.
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Anexo II
Isolamento domiciliar
Precauções gerais:
Lavar as mãos com água e sabão, dando preferência ao papel-toalha para secá-las.
Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida;
Limpar frequentemente (mais de uma vez por dia) as superfícies que são
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frequentemente tocadas com solução contendo água sanitária (1 parte de água
sanitária para 99 partes de água); faça o mesmo para banheiros e toaletes;
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separadamente com sabão comum e água entre 60 e 90°C; roupas úmidas não
devem ser sacudidas;
Evitar compartilhamento de talheres, os quais devem ser lavados com água entre 60-
Cuidados ao paciente:
Cobrir as lesões de pele o máximo possível (por exemplo, com camisas com mangas
compridas e calças compridas) para minimizar o risco de disseminação de
Monkeypox. Trocar as roupas quando úmidas;
Utilizar máscara. Trocar a máscara sempre que esta estiver úmida ou danificada;
Realizar higiene das mãos antes e depois do contato com o paciente, antes e depois
de ir ao banheiro, antes e depois de cozinhar ou comer, ou toda vez que julgar
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necessário. Utilizar álcool em gel 70% ou água e sabão;
Utilizar máscara. Caso a máscara fique úmida ou danificada, deve ser trocada
imediatamente. Nunca tocar ou mexer na máscara. Ao retirar a máscara, higienizar
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as mãos;
Buscar atendimento de saúde o mais breve possível para orientação, caso alguém do
domicílio apresente febre, adenopatia ou erupções cutâneas.
Um contato é definido como uma pessoa que foi exposta em diferentes contextos a
um caso suspeito ou confirmado de Monkeypox durante o período infeccioso, desde o início
dos sinais e sintomas do caso até que todas as crostas das lesões cutâneas tenham caído.
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Continua
Anexo IV
INFORMAÇÕES DO DOCUMENTO
Documento capturado em 06/06/2022 17:11:03 (HORÁRIO DE BRASÍLIA - UTC-3)
por KARLA SPANDL ARDISSON (ENFERMEIRO - QSS - GEVS - SESA - GOVES)
Valor Legal: ORIGINAL | Natureza: DOCUMENTO NATO-DIGITAL
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