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Governo da Bahia

Secretaria Estadual de Saúde


Núcleo Regional de Saúde Extremo Sul – Teixeira de Freitas
Vigilância Epidemiológica

Monkeypox 01

Enf. Karine Lins Hora Carvalho


Orthopoxvirus Cynthia S. Goldsmith/Russell Regnery/Centers for Disease Control and Prevention
Sala de Situação Monkeypox. Brasil, Ministério da Saúde. Informe SVS Número 14, de 05/06/2022
Monkeypox - Our World in Data
28/07/2022
2022 Monkeypox Outbreak Global Map | Monkeypox | Poxvirus | CDC
BRASIL

Número de casos da varíola dos macacos no Brasil sobe para 592 | Saúde | iG Monkeypox 2022 global epidemiology; Report 2022-07-25
BRASIL
Bahia

3º caso
confirmado

CIEVS Bahia
Bahia

CIEVS Bahia - Boletim Epidemiológico 01 de 26/07/2022.


O QUE É A monkeypox?

• SEMELHANTE A VARÍOLA HUMANA;


• ZOONOSE VIRAL,
• GÊNERO ORTHOPOXÍRUS;
• FAMÍLIA POXVIRIDAE;
• POSSUI RELEVÂNCIA PARA SAÚDE PÚBLICA.
Modos de transmissão

1. TRANSMISSÃO ZOONÓTICA:
contato direto com sangue, fluidos, lesões cutâneas (arranhão ou mordedura) respiração (?) e ingestão de
carne (?) e outros produtos de origem animal malcozidos.

2. TRANSMISSÃO ENTRE HUMANOS:


contato com lesões na pele, fluidos corporais, fômites e objetos contaminados, contato próximo com
secreções respiratórias (gotícula).

3. DE FORMA GERAL
a monkeypox pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou
animal), ou pelo contato com lesões na pele ou por materiais contaminados, vestuário ou roupas de cama.
PERÍODO: ENQUANTO HOUVER LESÕES NA PELE
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA

Prodômicos (2-3d)
Febre, mialgia, astenia, cefaléia
Adenomegalia (uni ou bilateral)
Viremia

Cutânea (14-24d)
Erupção cutânea centrífuga – mÁcula, pÁpula, vesícula,
pústula e crosta
Monomórfica
Extra cutanea: mucosas, pneumonite, encefalite

IMAGENS DO GOOGLE.
CASOS NO BRASIL
1. 2.

3.

FONTE:https://www.youtube.com/watch?
DEFINIÇO DE CASO SUSPEITO
atenção!
É FUNDAMENTAL UMA INVESTIGAÇÃO CLÍNICA
E/OU LABORATORIAL NO INTUITO DE DESCARTAR AS DOENÇAS QUE
SE ENQUADRAM COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

VARICELA, HERPES ZOSTER, SARAMPO, ZIKA, DENGUE,CHIKUNGUNYA, HERPES


SIMPLES, INFECÇÕES BACTERIANAS DA PELE, INFECÇÃO GONOCÓCICA
DISSEMINADA, SÍFILIS PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA, CANCROIDE, LINFOGRANULOMA
VENÉREO, GRANULOMA INGUINAL, MOLUSCO CONTAGIOSO (POXVIRUS), REAÇÃO
ALÉRGICA (COMO A PLANTAS).
diagnóstico
Caso suspeito pcr lesões + diag. diferencial

notificar

Manejar:
NOTIFICAÇÃO DE CASO

O Ministério da Saúde do Brasil, por meio da Sala de Situação Nacional de


Monkeypox, elaborou formulário de notificação/investigação para todo o território
nacional, com estabelecimento da obrigatoriedade de notificação imediata, em até 24
horas, pelos profissionais de saúde de serviços públicos ou privados, conforme Lei
no6 259 de 30 de outubro de 1975, por meio dos canais de comunicação do Ministério
da Saúde, disponíveis 24 horas por dia. Link: https://redcap.saude.gov.br/surveys/?
s=YC4CFND7MJ

De similar modo, este NRS deve ser informado via e-mail com a ficha de notificação:
viepdires9@hotmail.com
ORIENTAÇÕES PARA COLETA, TRANSPORTE E
ARMAZENAMENTO DE AMOSTRAS CLÍNICAS
1) Material vesicular (secreção de vesícula)
- Coleta na fase aguda é quando se obtém carga viral mais elevada na lesão.
- Swabs estéreis de nylon, poliester ou Dacron preferencialmente em tubo seco SEM líquido
preservante, uma vez que os poxvírus mantêm-se estáveis na ausência de qualquer meio
preservante. Se optar por usar algum líquido preservante, indica-se o VTM (meio de
transporte viral), no máximo cerca de 300 ul (0,3ml) porém o ideal é manter o swab sem
líquido.
- Havendo lesões na cavidade bucal, pode-se recolher material das lesões com swab.
- Pode coletar 2 lesões de similar fase em mesma área no mesmo tubo coletor (áreas/fases
diferentes NÃO). Identificar as áreas divergentes no tubo (EX: 1- pústulas ombro direito / 2-
vesícula braço esquerdo)

- TÉCNICA:
Desinfectar o local com álcool a 70% e deixar secar, remover a parte superior ou fazer a
punctura da vesícula, coletar o material da base da lesão, inserir no tubo seco e quebrar a
haste. Identificar (Nome pct, fase da lesão, área, data da coleta, coletador).
2) Crosta (Crosta de Lesão)
Quando o paciente é encaminhado para coleta em fase mais tardia na qual as
lesões já estão secas, o material a ser encaminhado são crostas das lesões,
preferencialmente optar pelas crostas menos secas, ou seja, coletar aquelas
em fase mais inicial de cicatrização, pois a chance de detecção de genoma viral
ou da partícula viral é maior. As crostas devem ser armazenadas em frascos
estéril SEM líquido preservante.

- TÉCNICA:
Desinfectar o local com álcool a 70% e deixar secar, usar agulha/bisturi para
tirar pelo menos 4 pedaços da crostas (2 de cada lesão). Colocar das diferentes
lesões em frascos separados. Identificar.

Raspado das crostas (se não houver mais


as pústulas), em coletor universal estéril
OBSERVAÇÕES
A) Sangue não é um material indicado para detecção de poxvírus,
pois o período de viremia alta é anterior ao aparecimento das
pústulas que, normalmente, é quando o paciente comparece a um Swab em tubo seco (das
posto de atendimento; secreções de lesões)

B) A coleta de soro é importante para verificar a soroconversão. Para


fins de diagnóstico, só se for associado a uma clínica muito clara e
sugestiva; Amostra de sangue inteiro
+ Amostra de soro (5ml)
C) O principal diagnóstico diferencial de infecção por Monkeypox
vírus é a Varicela.
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE

ENVIAR COM: NOTIFICAÇÃO REDCAP + LISTA DO GAL.


EM CAIXA TÉRMICA IDENTIFICADA COM
EMBALAGEM TRIPLA
FLUXO ASSISTENCIAL
FLUXO ASSISTENCIAL
MANEJO CLÍNICO
1. CUIDADO COM AS LESÕES:
Suspeitou = isolou (contato e gotícula)
Confirmou- manter iso até desaparecer COMPLETAMENTE lesões.
Monitorar contatos (21d)
Manter lesões secas, evitar coçar, controle álgico
Não usar ATB profilático
Cuidado higiene em região anogenital
Banho de assent
Emolientes retais
Preservativo não previnem

2. Grupos de risco:
Criança menor de 5 anos
Gestante e lactante (transmissão leite e transplacentária)
Imunocomprometidos
MANEJO CLÍNICO

3. Complicações/ hospitalizações:
Infecção cutânea – sepse
Pneumonite viral – acometimento extensor de mucosa respiratoria
Encefalite
Desnutrição/ desidratação (acometimento extenso em TGI)
Uveíte
Crises álgicas
Cicatrizes cutâneas
PREVENÇÃO / BOAS PRÁTICAS

LAVAR AS MÃOS COM FREQUÊNCIA

USAR MÁSCARAS, ÓCULOS E LUVAS

EVITAR O CONTATO FÍSICO – princ. Com grupo de risco

NÃO COMPARTILHAR UTENSÍLIOS

CUIDADOS COM ROUPAS DE CAMA – nã0 chacoalhar,

Limpeza de superfícies

Orientar cobrir lesões sempre que necessário

Precauções com animais


REFERÊNCIAS

Sala de Situação Monkeypox. Brasil, Ministério da Saúde. Informe SVS Número 14, de 05/06/2022.
Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/resposta-a-emergencias/sala-de-
situacao-de-saude/sala-de-situacao-de-monkeypox/atualizacao-dos-casos-no-brasil/informe-da-sala-
de-situacao-monkeypox-no-14-05-06.2022/view > Acesso em: 24/07/2022

PLANO DE AÇÃO DA SALA DE SITUAÇÃO MONKEYPOX - Departamento de Imunização e Doenças


Transmissíveis – DEIDT Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS Ministério da Saúde – MS. Disponível
em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/resposta-a-emergencias/sala-de-situacao-de-
saude/sala-de-situacao-de-monkeypox acesso em 26/07/2022

REDCAP SAÚDE: Ficha de notificação para Monkeypox: Disponível em:


<https://redcap.saude.gov.br/surveys/?s=YC4CFND7MJ> Acesso em: 23/07/2022.

Manejo Clínico Prevenção e Controle da Varíola dos Macacos: Orientação provisória de resposta
rápida. 2022. Disponível em: https://www.paho.org/pt/variola-dos-macacos.
MÃOS À OBRA!!!

OBRIGADA!

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