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6.2 - A infecção por MPV não é uma infecção sistêmica. A clínica é bem similar à varíola
humana, porém com baixas taxas de transmissão secundária e de letalidade (normalmente em
torno de 1%, mas podendo chegar até 8%, dependendo do subgrupo do MPV);
6.4 - A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com
secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente
contaminados. A transmissão via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais
próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde,
membros da família e outros contactantes, as pessoas com maior risco de contaminação. O
vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluidos corporais. Após 2 a 3 semanas, as
pústulas secam e as crostas caem, deixando a região de pele despigmentada. A partir desse
momento, não há mais risco de transmissão.
7. DEFINIÇÃO DE CASO.
Caso suspeito: Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente
início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva* de Monkeypox, única ou múltipla, em
qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou
relato de febre.
Histórico de contato íntimo com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos
21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas OU
Ter vínculo epidemiológico** com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março
de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas OU 2
Histórico de viagem a País endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias
anteriores ao início dos sintomas OU
Ter vínculo epidemiológico** com pessoas com histórico de viagem a País endêmico ou
País com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias
anteriores ao início dos sinais e sintomas.
ATENÇÃO: É fundamental uma investigação clínica e/ou laboratorial no intuito de
descartar as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial*.
Caso provável: Caso suspeito, submetido a investigação clínica e epidemiológica, E que
cursou com quadro clínico compatível com Monkeypox, porém sem possibilidade de
confirmação laboratorial por qPCR e/ou sequenciamento.
Contato confirmado: Indivíduo que atende à definição de caso suspeito com
resultado/laudo de exame laboratorial "Positivo/Detectável" para Monkeypox virus (MPXV)
por diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento).
Caso descartado: Indivíduo que atende à definição de caso suspeito com resultado/laudo
de exame laboratorial "Negativo/Não Detectável" para Monkeypox virus (MPXV) por
diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento), OU
8. RECOMENDAÇÕES GERAIS
http://www.fvs.am.gov.br:8083/redcap/surveys/?s=9LDFF8EK9Y9L98MP
9.6 – Soro (para diagnóstico diferencial): Coletar cerca de 5 ml (criança) e 10ml (adulto) de
sangue total, sem anticoagulante, para obtenção do soro ou com EDTA para obtenção do
plasma, sendo a coleta realizada até o 5º dia a partir do início dos sintomas;
3. Pesquisa Exame Metodologia Material
Monkeypox vírus *Sífilis Imunocromatografia Soro
Soro Herpes simplex Biologia Molecular PCR duplex em tempo real Soro
* Recomendamos que seja realizado teste rápido para sífilis na unidade de atendimento da capital e interior.
10.2 - No momento do acolhimento, o paciente deverá receber uma máscara cirúrgica, com
orientação quanto ao correto uso, e conduzido para uma área separada dos outros usuários.
Sendo classificado como caso suspeito de Monkeypox, o paciente deve ser mantido isolado
(precauções para contato e gotículas). As lesões de pele em áreas expostas devem ser
protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas;
10.3 - Notificar imediatamente à vigilância epidemiológica;
10.4 – Identificação de Casos e Rastreio de Contatos;
10.4.1 - Caso seja identificado um caso suspeito no serviço de saúde, deve-se iniciar
imediatamente o rastreamento e a identificação de contatos (ANEXO V) no ambiente
hospitalar, a fim de se estabelecer medidas necessárias para a prevenção da disseminação
desse vírus para outras pessoas;
10.4.2 – O monitoramento de contatos (seja pacientes ou profissionais de saúde) a cada 24
horas para observar o aparecimento de sinais e sintomas por um período de 21 dias desde o
último contato com um paciente durante o período infeccioso;
10.4.3 - Os sinais e sintomas incluem dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta, mal-
estar, fadiga, lesões maculopapulares na pele e linfadenopatia. Os contatos devem ter sua
temperatura verificada pelo menos duas vezes por dia;
10.4.4 - Os contatos assintomáticos (incluindo os profissionais de saúde) não devem doar
sangue, células, tecidos, órgãos, leite materno ou sêmen durante o monitoramento;
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10.4.5 - Contatos domiciliares de pessoas com Monkeypox suspeita ou confirmada não devem
ir ao serviço na função de visitantes ou acompanhantes; e,
10.4.6 - Se um contato desenvolver erupção cutânea, deve ser isolado e avaliado como caso
suspeito e uma amostra deve ser coletada para análise laboratorial com vistas a detecção da
Monkeypox;
10.5 – Medidas de Precaução no Ambiente Hospitalar:
10.5.1 - Deve-se implementar as precauções padrão, juntamente com as precauções para
contato e para gotículas na assistência ao paciente suspeito ou confirmado de Monkeypox:
uso correto dos EPIs: óculos de proteção ou protetor facial, avental, máscara cirúrgica, luvas
de procedimentos e isolamento do paciente (preferencialmente, em um quarto privativo);
11.6 - O paciente só poderá sair de casa em casos de emergência. Caso necessário, sair com
máscara cirúrgica, roupas compridas e evitar locais com aglomerações, preferindo transporte
individuais ou a pé, sempre que possível;
11.7 - Familiares ou indivíduos que habitarem na mesma residência devem evitar o contato
com as secreções do paciente. Quando for descartar o lixo do paciente, utilizar sempre que
possível luvas descartáveis;
11.8 - Higienizar as mãos com água e sabão, dando preferência ao papel toalha para secá-las.
Caso não seja possível, utilizar a toalha de tecido e trocar toda vez que tiver úmida;
11.9 - Limpar frequentemente as superfícies que são mais tocadas com solução contendo água
sanitária;
11.10 - Lavar roupas pessoais, roupa de cama e banho do paciente separadamente com água
e sabão;
11.11 - Evitar compartilhamento de talheres, os quais devem ser lavados com água entre 60 a
90ºC e sabão;
12. REFERÊNCIAS
12.1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Informes da Sala de
Situação da Varíola do Macacos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/composicao/svs/resposta-a-emergencias/sala-de-situacao-de-saude/sala-de-situacao-de-
monkeypox/publicacoes
12.2 - WHO. Multi-country monkeypox outbreak in non-endemic countries: Update. Publicado 7
em 29 de maio de 2022. Disponível em: https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-
news/item/2022-DON388
12.3 - Nota Técnica GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 03/2022: Orientações para prevenção
e controle da Monkeypox nos Serviços de Saúde – Atualizada em 02/06/2022.
13. Fica revogada a NOTA TÉCNICA Nº 017/SES-AM - FVS-RCP - SEMSA Manaus, de 10
de junho de 2022. Assinado de forma digital por
TATYANA COSTA AMORIM TATYANA COSTA AMORIM
RAMOS:60053771249 RAMOS:60053771249
Dados: 2022.07.14 14:06:26 -04'00'
TATYANA COSTA AMORIM RAMOS,
Diretora Presidente, Interina, da FVS-RCP.
* Erupçoes características associadas a MPX envolve o seguinte: lesões profundas, bem circunscritas, muitas
vezes com umbilicação central; e progressão da lesão através de estágios sequenciais – máculas, pápulas,
vesículas, pústulas e crostas; isso as vezes pode ser confundido com outras doenças que são mais comumente
encontradas na prática clínica (por exemplo sífilis secundaria, herpes e varicela zoster). Historicamente, relatos
esporádicos de pacientes coinfectados com o vírus Monkeypox e outros agentes infeciosos foram relatados,
portanto, pacientes com erupções cutâneas características devem ser considerados para testes, mesmo que
outros testes sejam positivos.
** Exposição próxima e prolongada sem proteção E/OU contato físico direto, incluindo contato sexual, mesmo
com uso de preservativo E/OU contato com materiais contaminados, como vestuário ou roupas de cama.
TIPO DE
AMOSTRA
DIAGNÓSTIC COLETA ARMAZENAMENTO
CLÍNICA
O
Coleta amostra de - Armazenar,
secreção das lesões preferencialmente em tubo de
Biologia
com swab de dácron, transporte seco, sem adição
Molecular
Secreção poliéster ou nylon de meios de transporte. -
(qPCR e
de Lesão secos, em fase aguda Resfriar (2-8°C) ou congelar (-
Sequenciamen
da doença. Sugere-se 20° ou menos) dentro de uma
to)
coletar secreção de hora após a coleta; -20°C ou
mais de uma lesão. menos após 7 dias.
Coletar fragmentos ou - Armazenar em tubo de
crosta ressecada da transporte seco, sem adição
Biologia lesão em fase mais de meios transporte.
Molecular tardia da doença. - Resfriar (2-8°C) ou congelar
Crosta de (qPCR e Sugere-se coletar (-20° ou menos) dentro de
Lesão Sequenciamen crosta de lesão de uma hora após a coleta; -20°C
to) mais de uma lesão ou menos após 7 dias.
Coletar cerca de 5 ml
(criança) e 10ml
(adulto) de sangue
total, sem 9
anticoagulante, para
obtenção do soro ou - Utilizar tubo plástico estéril,
com EDTA para com tampa de rosca e anel de
obtenção do plasma, vedação.
Sangue Biologia sendo a coleta - Resfriar (2-8°C) ou congelar
Total Molecular realizada até o 5º dia a (-20°C ou menos após 7 dias).
partir do início dos
sintomas. Aliquotar 2-3
ml do soro/plasma
para realizar testes
moleculares.
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