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SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

VIII REGIONAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO - PETROLINA


CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE REGIONAL PETROLINA

Vigilância da Monkeypox
- Nota Técnica 28/2022 - SEVS
- Nota Técnica 17/2022 - LACEN

16 de agosto de 2022
⌂ Nota Técnica 28/2022

Contexto Geral
A monkeypox (MPX) é uma doença viral, causada
pelo vírus monkeypox (MPXV). No continente
africano, nas regiões de floresta tropical da África
Central e Ocidental, ocorre de forma endêmica

Destaca-se, nesses locais, a importante


participação de espécies de pequenos roedores
(como esquilos, ratos, camundongos, arganazes,
entre outros) na cadeia de transmissão,
caracterizando assim o elo zoonótico dessa
varíola Monitoíamento

Surtos anteriores fora da África tinham


relação com importação de animais de
estimação ou de biotérios infectados
⌂ Nota Técnica 28/2022

Contexto Geral
Ainda que a nomenclatura “monkeypox” derive da
espécie em que a doença foi inicialmente descrita em
1958, em um surto de macacos infectados, é importante
reforçar que os primatas não-humanos não são
reservatórios do vírus

Contextos recentes de incidência da MPX não


apontaram vinculação dos casos com nenhuma espécie
de macaco (primatas não humanos)

Assim, deve-se evitar denominar a doença, no Brasil,


como “varíola dos macacos”, prevenindo desvio dos
focos de vigilância e ações contra esses animais
⌂ Nota Técnica 28/2022

Contexto Geral
Desde o início de maio de 2022, casos de varíola foram relatados em
países onde a doença não é endêmica

A origem comum deste novo evento teve provável relação com o


contato próximo de viajantes do Reino Unido e de outros países
europeus, com outros doentes vinculados à região endêmica

A partir de 18 de maio, foram notificados números crescentes de


casos em países e regiões europeias e também na América do Norte
e do Sul, na Ásia, na África e na Oceania

Em 23 de julho, a OMS declarou o surto uma emergência de saúde


pública de interesse internacional (ESPII), elevando o status do surto
para uma emergência de saúde global
⌂ Nota Técnica 28/2022

Contexto Geral

O vírus MPX faz parte da mesma família do vírus da varíola humana


(doença cuja infecção natural foi declarada erradicada pela OMS em nível mundial em 1980)

A manifestação clínica da monkeypox é geralmente


leve e raramente fatal. A maioria das pessoas se
recupera em até três semanas.

O risco de agravamento está mais relacionado


a indivíduos imunocomprometidos.
⌂ Nota Técnica 28/2022

Informação sobre a doença

O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, podendo


variar de 5 a 21 dias, seguido de período prodrômico, quando
se manifestam febre, sudorese, cefaleia, mialgia e fadiga

Cerca de 1 a 3 dias após a febre, aparece a erupção


cutânea. Esta lesão evolui de máculas para pápulas,
vesículas, pústulas e, posteriormente, crostas

A presença de aumento de A história clínica do paciente é


gânglios é uma importante importante para a identificação
característica da doença dos suspeitos.
⌂ Nota Técnica 28/2022

Informação sobre a doença

O número de lesões pode variar de poucas a milhares, sendo que


a grande maioria dos casos apresenta menos de 10 vesículas

Os locais mais frequentes de aparecimento destas


lesões são rosto, palmas das mãos, solas dos pés,
olhos, boca, garganta, virilha e regiões genitais e/ou
anais do corpo

As lesões começam planas, depois se enchem de líquido


Monitoíamento
antes de formar crostas, secar e cair, com uma nova camada
de pele se formando por baixo
⌂ Nota Técnica 28/2022

Informação sobre a doença

Para identificar a infecção por MPX, observa-se que as lesões são bem
circunscritas, profundas e com frequência desenvolvem umbilicação

As lesões são frequentemente descritas como dolorosas até a fase de


cicatrização, quando começam a apresentar prurido. Proctite e faringite
podem ocorrer

Podem ser confundidas com sífilis secundária, herpes simples, molusco


contagioso e varicela zoster. Devem ser diferenciadas das
dermatoses da gravidez, varicela zoster ou infecções sexualmente
transmissíveis (IST), com importância para observar se não existe
Monitoíamento

coinfecção com essas últimas. O diagnóstico diferencial com outras ISTs


deve ocorrer quando a erupção começar nas áreas genital e perianal
⌂ Nota Técnica 28/2022

Informação sobre a doença


 Pessoas com deficiências imunológicas
 Crianças com menos de oito anos
Grupo de Risco  Pessoas com histórico de doenças inflamatórias na pele
 Gestantes
 Lactantes

Os sintomas graves mais frequentes são as complicações cutâneas,


nas quais ocorrem infecções oportunistas (como bacterianas e
fúngicas). Também podem se apresentar complicações pulmonares
(ex. insuficiências respiratórias), oculares, hepatomegalia, encefalites,
confusão mental, desidratação, sepse e outras Monitoíamento

Óbitos são eventos raros nos surtos fora da África


⌂ Nota Técnica 28/2022

Transmissão
O período de transmissão começa com o
aparecimento dos sintomas e se encerra quando
as crostas das lesões desaparecem

Pessoas com monkeypox permanecem infecciosas


até que uma nova camada de pele tenha se
formado por baixo. Desta forma, o isolamento deve
ser feito até o desaparecimento das lesões, que
ocorre em média com 21 dias

Monitoíamento
A transmissão de pessoa a pessoa ocorre por contato
direto com lesões de pele ou secreções respiratórias
de pessoas que tenham erupção de monkeypox
⌂ Nota Técnica 28/2022

Transmissão
A varíola por monkeypox não é uma IST,
mas sim uma infecção de contato

O uso de preservativo sexual (camisinha)


não protege contra esta doença

Os principais mecanismos relacionados a doença envolvem histórico


de contato face a face, pele a pele, boca a boca ou boca a pele

Também pode se dar por meio de superfícies contaminadas,


Monitoíamento
tecidos e objetos que foram usados por uma pessoa doente e
que não foram desinfetados, como roupas, roupas de cama,
toalhas, brinquedos, eletrônicos e superfícies
⌂ Nota Técnica 28/2022

Transmissão
Trabalhadores da saúde, membros da família,
trabalhadores domésticos, profissionais de hotelaria e
outras ocupações que exponham o indivíduo ao contato
próximo são as com maior risco de contaminação

Nos casos de gestação, estando a pessoa gestante infectada, o


vírus pode ser transmitido para o feto através da placenta

Monitoíamento
Monitoramento após uma exposição requer que todos os indivíduos,
independentemente do nível de risco de exposição, sejam monitorados para
identificar o aparecimento de sintomas, por 21 dias após última exposição
⌂ Nota Técnica 28/2022

Tratamento

Em geral os casos não necessitam de tratamentos mais


complexos, devendo apenas ser mantido em isolamento
respiratório domiciliar até cicatrização das lesões, sempre sob o
monitoramento dos serviços de vigilância epidemiológica (VE)

A prioridade é prevenir e/ou tratar infecções bacterianas secundárias

A hidratação e o consumo de alimentos saudáveisMonitoíamento


são
importantes para manter o estado nutricional adequado
⌂ Nota Técnica 28/2022

Tratamento

Até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado


especificamente para monkeypox. Entretanto, alguns antivirais
demonstraram alguma atividade contra o monkeypox vírus,
entre eles o brincidofovir, cidofovir e tecovirimat. Nenhum
dos medicamentos possui registro para uso no Brasil

O Ministério da Saúde, considerando os dados científicos atualmente


disponíveis e a aprovação por agências internacionais de saúde, busca
junto à OPAS e OMS a aquisição do tecovirimat para uso em casos
específicos
Monitoíamento

O uso desses medicamentos só deve ser feito a partir


de prescrição médica, nos casos de maior gravidade
⌂ Nota Técnica 28/2022

Imunização O uso de vacinas contra varíola ou


monkeypox devem ser baseadas
em uma avaliação completa dos
riscos e benefícios caso a caso

A profilaxia PréExposição é recomendada para profissionais de saúde em risco,


pessoal de laboratório que trabalha com Orthopoxvirus, pessoal de laboratório
clínico realizando testes de diagnóstico e outros que possam estar em risco de
acordo com a política nacional
Para a Pós-Exposição, a prioridade são as pessoas sob maior risco de gravidade e
que tiveram contato próximo a um caso suspeito sem uso de EPI. Nessa modalidade,
recomenda-se vacinar dentro de quatro dias da primeira exposição (e até 14 dias na
ausência de sintomas), para prevenir o aparecimento da doença
Monitoíamento

No Brasil, o imunizante MVA-BN da Bavarian Nordic será utilizado para


imunização contra a monkeypox. Foi solicitado à OPAS a aquisição de 50 mil
⌂ Nota Técnica 28/2022

Definição de Caso

Caso suspeito: Indivíduo de qualquer idade que apresente início


súbito de lesão em mucosas E/OU erupção cutânea aguda
sugestiva de monkeypox (lesões profundas e bem circunscritas,
muitas vezes com umbilicação central; e progressão da lesão
através de estágios sequenciais específicos – máculas, pápulas,
vesículas, pústulas e crostas), única ou múltipla, em qualquer parte
do corpo (incluindo região genital/perianal, oral);

E/OU proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento);


Monitoíamento
E/OU edema peniano, podendo estar associada a outros sinais e sintomas
⌂ Nota Técnica 28/2022

Definição de Caso
Caso provável: Caso que atende à definição de caso suspeito, que
apresenta um OU mais dos seguintes critérios listados abaixo, com
investigação laboratorial de monkeypox não realizada ou inconclusiva
e cujo diagnóstico de monkeypox não pode ser descartado apenas
pela confirmação clínico-laboratorial de outro diagnóstico

- Exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória, OU contato físico direto, incluindo contato sexual,
com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas; E/OU

- Exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória, OU história de contato íntimo, incluindo sexual, com
caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas

- E/OU - Contato com materiais contaminados, como roupas de cama e banho ou utensílios de uso comum,
pertencentes a um caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e
sintomas

- E/OU - Trabalhadores de saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI) com história
de contato com caso provável ou confirmado de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas
⌂ Nota Técnica 28/2022

Definição de Caso

Caso confirmado: Caso suspeito com resultado laboratorial


"Positivo/Detectável" para monkeypox vírus (MPXV) por diagnóstico
molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento)

Caso descartado: Caso suspeito com resultado laboratorial


"Negativo/Não Detectável" para monkeypox vírus (MPXV) por
diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento)
⌂ Nota Técnica 28/2022 (Algoritmo de classificação de casos de monkeypox)

Existe coleta
Apresente sinais e/ou de amostra
sintomas compatíveis laboratorial
com monkeypox? para
monkeypox?
Resultado
Resultado Resultado
qPCR
qPCR qPCR Não
Inconclusivo/
Detectável Detectável
Indeterminado
Houve pelo
menos uma
exposição
provável?

 Erupção cutânea ou lesão


de pele
 Febre
 Dor no corpo
 Adenoomegalia
 Cefealia
 Edema peniano
 Proctite
⌂ Nota Técnica 28/2022

Notificação
A notificação de casos suspeitos e prováveis de varíola
monkeypox deve ser realizada imediatamente (em até
24h) por todos os profissionais de saúde, por meio do
preenchimento do formulário eletrônico, disponível no
link: https://www.cievspe.com/notifique-aqui

E-mail: cievs.pe.saude#@gmail.com

Monitoíamento

Telefone: (81) 3184-0191 / (81) 3184-0192 (horário


institucional) ou (81) 99488-4267 (apenas para profissionais de saúde)
Nota Técnica 17/2022 -
LACEN

Monitoíamento
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico

O diagnóstico laboratorial da Monkeypox é realizado por meio da


detecção molecular do Monkeypox vírus (MPXV) por reação em cadeia
da polimerase em tempo real (RT-qPCR)

Ainda não estão disponíveis os testes sorológicos nem a detecção de


antígenos

Deverão ser coletadas amostras de


todos os indivíduos que atendam às
Monitoíamento
definições de caso suspeito
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico – Tipo de amostra


Coleta de Secreção vesicular: Nas vesículas, a amostra pode ser
obtida pelo swab na superfície esfregando vigorosamente; deve-se
realizar esfregaço forte e intenso sobre uma ou mais lesões, dando
preferência as lesões vesiculares ou das pústulas. Devem ser
coletados dois swabs de lesões distintas de material de fluido
vesicular, que deverão ser acondicionados em um mesmo tubo

Monitoíamento

OMS, 2022
⌂ Coleta de Secreção vesicular

Coleta de secreção
- Profissional devidamente paramentado: avental descartável
impermeável, luvas de látex, óculos de proteção ou cobertura
facial completa, touca e propé

- Fazer antissepsia da vesícula ou pústula que irá fazer a coleta


(álcool 70%)

- Romper a vesícula ou pústula (Se necessário usar um perfuro,


porém a OMS não recomenda romper as lesões com
instrumentos cortantes ou perfurantes diante do risco de
acidente com secreção)

- Realizar esfregaço forte e intenso (vigorosamente) sobre uma


ou mais lesões Monitoíamento

- Quando o paciente apresentar mais de uma lesão de vesícula


ou pústula (coletar um Swab de cada lesão)
OMS, 2022
⌂Identificação dos Tubos

Secreção Crosta
Identificar a amostra com
etiqueta contendo:

Nome do paciente:
Data de nascimento:
Nome da mãe:
Número da requisição GAL:

SECREÇÃO E CROSTA “NÃO PODERÃO


FICAR NO MESMO TUBO”

NÃO DOBRAR A PONTA DO SWAB

NÃO ABREVIAR NOMES


⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico – Tipo de amostra


Coleta de Crostas de vesícula: Nas lesões ulceradas, pode ser
coletado o raspado ou fragmento das crostas formadas; deve-se
esfregar vigorosamente o swab, coletando fragmentos ou toda a
crosta
Para a coleta de crostas pode-se priorizar as crostas menos secas, ou seja,
coletar aquelas em fase mais inicial de cicatrização. Devem ser coletado
material de duas lesões distintas, preferencialmente em áreas distintas,
que devem ser acondicionados no mesmo tubo. As amostras de crostas e
fluidos vesiculares não devem ser misturadas no mesmo tubo. As amostras
coletadas devem ser acondicionadas em tubo seco com tampa

ATENÇÃO: Se o paciente apresentar APENAS lesões de mucosas (mucosa


Monitoíamento
oral, região perianal e/ou mucosa genital) sugestivas de monkeypox mas que
não formam crostas, coletar apenas o material destas lesões em swab,
seguindo as orientações descritas para a coleta de material vesicular
⌂ Coleta de Crosta

Coleta de Crosta
- Profissional devidamente paramentado: avental descartável
impermeável, luvas de látex, óculos de proteção ou cobertura
facial completa, touca e propé

- Para as coletas das crostas de lesão não é necessário a


realização de antissepsia. Entretanto, caso haja indícios de
infecção bacteriana secundária no local da lesão, usar álcool 70%
(COE, 2022)

- Coletar o raspado ou fragmento das crostas formadas (esfregar


vigorosamente o swab, coletando fragmentos ou toda a crosta)

- Coletar material de duas lesões, preferencialmente em áreas


distintas, que devem ser acondicionados no mesmo tubo

- Usar o kit fornecido pela Geres (recipiente limpo e sem meio de


transporte). O uso de preservante reduz as chances de detecção
OMS, 2022
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico – Tipo de amostra


Swab de naso-orofaringe: Para contatos de alto risco de um caso
confirmado, sem manifestação cutânea ou lesões para amostragem,
mas que desenvolveram sintomas sistêmicos (indivíduos que inicie
com quadro de febre e linfonodomegalia), deve ser coletado swab da
orofaringe ou swab anal

Mesmo que o swab da orofaringe seja negativo, o


contactante deve continuar com o
monitoramento e o isolamento conforme as
instruções e deve ser submetido a novas
coletas se outros sintomas se desenvolverem
Monitoíamento

Para coleta de swab de orofaringe deve ser utlizado o kit


de swab + tubo com VTM para coleta de swab naso-
orofaríngeos/anal
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico – Cadastro
Faz-se necessário o preenchimento dos campos obrigatórios:
- Finalidade: Investigação
- Agravo/doença: Varíola
- Data dos primeiros sintomas

Cadastrar amostra de Swab de lesão OU Swab de lesão de pele (indicar a localização –


local do corpo onde foi realizada a coleta) e inserir a Pesquisa Monkeypox vírus –
secreção de vesícula

Cadastrar amostra de Raspado OU Fragmento (indicar a localização – local do corpo


onde foi realizada a coleta) e inserir a Pesquisa – Monkeypox vírus – crosta de lesão

Para contactantes de risco de casos confirmados: Cadastrar amostra Swab de secreção


naso/orofaringe e inserir a Pesquisa – Monkeypox vírus – secreção naso/orofaringe
Monitoíamento

Acondicionamento e transporte: As amostras devem ser mantidas refrigeradas logo após a


coleta em caixa térmica com gelo reciclável (baterias) e/ou geladeira (2 a 8°C) e entregues
ao LACEN PE preferencialmente no mesmo dia, ou em até 24 horas após a coleta.
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico Diferencial
O tipo de diagnóstico diferencial deve ser executado a partir das
características clínicas de cada paciente, não sendo necessário
investigar etiologias que não estejam sob suspeita segundo a
avaliação médica caso a caso

Os principais exames diferenciais de Monkeypox dentro dos fluxos e das


rotinas do LACEN-PE são:

 Swab de secreção de vesícula e crostas e de vesícula para pesquisa de


Varicela: os mesmos swabs supracitados utilizados para diagnóstico de
Monkeypox serão automaticamente encaminhados para os exames
diferenciais de investigação da Varicela. Não será necessária nova coleta
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico Diferencial: Soro para pesquisa de varicela e herpesvírus


Coleta: Coletar e centrifugar um tubo de 5mL de amostra de sangue
em tubo apropriado (sem anticoagulante, de material inquebrável),
sendo a coleta realizada até o 5º dia a partir do início dos sintomas

• Identificação: Identificar a amostra com etiqueta contendo nome, data de


nascimento, nome da mãe número da requisição GAL

• Cadastro no GAL: Cadastrar amostra de Soro e inserir a Pesquisa –


Monkeypox – Soro - (Diagnóstico diferencial)

Acondicionamento e transporte: As amostras de soro devem ser


mantidas refrigeradas logo após a coleta em caixa térmica com gelo
reciclável (baterias) e/ou geladeira (2 a 8°C) e entregues ao LACEN PE
preferencialmente no mesmo dia, ou em até 24 horas após a coleta
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Diagnóstico Diferencial: Soro para pesquisa de Sífilis:


Coleta: Coletar um tubo de 5mL de amostra de soro (sangue sem
anticoagulante)

• Identificação: Identificar a amostra com etiqueta contendo nome, data de


nascimento, nome da mãe e número da requisição GAL

• Cadastro no GAL: Cadastrar amostra de Soro e inserir a Pesquisa – Sífilis

A amostra para pesquisa de sífilis deve ser encaminhada e processada no


laboratório municipal e/ou laboratório conveniado municipal

Acondicionamento e transporte: As amostras devem ser mantidas refrigeradas


logo após a coleta em caixa térmica com gelo reciclável (baterias) e/ou geladeira
(2 a 8°C) e entregues ao laboratório municipal e/ou laboratório conveniado
municipal preferencialmente no mesmo dia, ou em até 24 horas após a coleta
⌂ Nota Técnica 17/2022 - LACEN

Recomendações Gerais de Biossegurança


Os profissionais de saúde devem usar EPI completo adequado
para coleta das amostras para diagnóstico laboratorial e o
pessoal do laboratório deve ser treinado sobre uso adequado
dos EPI, incluindo avental descartável impermeável, luvas
de látex, óculos de proteção ou cobertura facial completa,
touca e propé, bem como seu posterior descarte

Os desinfetantes eficazes contra o MPXV incluem compostos de quaternário


de amônio (0,5% ou 200ppm) ou desinfetantes à base de cloro (0,5%) para
realizar a desinfecção de superfícies e ambiente

Deve-se garantir o cumprimento rigoroso das diretrizes de prevenção e


controle de infecções durante a coleta e manuseio de amostras
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
VIII REGIONAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO - PETROLINA
CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DA VIII REGIÃO - PETROLINA

Tutorial GAL
(Cadastro de amostra – Monkeypox vírus)

Petrolina, 2022
Cadastro no GAL:
 1º Fazer login

MÓDULO: BIOLOGIA MÉDICA


Cadastro no GAL:
2º Cadastrar informações do paciente e tipo de amostra (Clicar em Biologia Médica, Entrada, Requisição
e Incluir)


5º Investigação

Obs: Preencher as informações


do paciente
Cadastro no GAL:
 3º No campo Agravo/doença: Digitar “VARÍOLA”

Digitar Varíola Digitar Data


Cadastro no GAL:
 4º Cadastrar “Monkeypox Vírus – Secreção de Vesícula”

3º Digitar 1
Swab de lesão OU Swab de lesão de
2º Digitar local 4º
pele


9º Secreção de lesão
10º

8º Selecionar Monkeypox Vírus


- SECREÇÃO DE VESÍCULA
Cadastro no GAL:
 5º Amostra de “Monkeypox Vírus – Secreção de Vesícula” cadastrada
Cadastro no GAL:
 6º Cadastrar “Monkeypox Vírus – Crosta de Lesão”

2º Digitar local 3º Digite 1


1º Raspado OU Fragmento

4º Data da Coleta
5º Incluir

7º Fragmento
8º Incluir
6º Monkeypox Vírus
- CROSTA DE LESÃO
Cadastro no GAL:
 7º Amostra de Vesícula e Crosta cadastradas”
⌂ Monkeypox
⌂ Diagnóstico Diferencial

(CURTIBA, 2022)
⌂ Diagnóstico Diferencial

(CURTIBA, 2022)
⌂ Diagnóstico Diferencial

(CURTIBA, 2022)
⌂ Diagnóstico Diferencial

(CURTIBA, 2022)
⌂ Diagnóstico Diferencial

(CURTIBA, 2022)

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