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NOTA INFORMATIVA Nº 6/2022-CGGAP/DESF/SAPS/MS

ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA

MONKEYPOX NOS SERVIÇOS DE SAÚDE.

SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR


NOTA INFORMATIVA Nº 6/2022-CGGAP/DESF/SAPS/MS

ASSISTÊNCIA INICIAL À SAÚDE


 O atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, na Atenção Primária, indicando-se internação
hospitalar para casos que apresentem sinais de gravidade. Os pacientes que fazem parte do grupo de risco devem
ser analisados caso a caso em relação à indicação de internação

 Para prevenção de casos preconiza-se aos trabalhadores da saúde o uso de equipamentos de proteção individual
(EPI), desde o momento do acolhimento, como máscaras cirúrgicas, óculos, luvas e avental, além da higienização
das mãos antes e após cada atendimento

 No momento do acolhimento, recomenda-se que o paciente receba uma máscara cirúrgica, com orientação quanto
à forma correta do seu uso, e seja conduzido para uma área separada dos outros usuários, mantendo-se distância
de 1 (um) metro ou mais entre eles, enquanto aguarda a consulta médica.

 A anamnese e o exame físico são fundamentais para diferenciar MPX de outras doenças, conforme a definição de
caso suspeito.

 Apresentando os critérios para um caso suspeito de MPX, o paciente deve ser mantido isolado (precauções para
contato com lesões e gotículas.As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas
ou avental com mangas longas. A notificação à vigilância epidemiológica deve ser imediata.

 Exames laboratoriais devem ser solicitados pela equipe assistencial


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Apresentação das lesões

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Diagnóstico diferencial:
Sintomas Monkeypox (MPX) Catapora Sarampo

Febre Febre >= 38oC; exantema após 1 a 3 Febre a 39oC; exantema após 0 a 2 Febre alta (40,5oC); exantema após
dias dias 2 a 4 dias

Erupção cutânea Máculas, pápulas, vesículas, Máculas, pápulas, vesículas Exantema não vesicular presente
pústulas no mesmo estágio, na presentes em vários estágios em estágios diferentes
mesma área

Evolução da erupção Lento: 3 a 4 semanas Rápido: aparece em conglomerados Rápido: 5 a 7 dias


durante vários dias

Distribuição da erupção Início no segmento cefálico; mais Início no segmento cefálico; mais Início no segmento cefálico com
denso em face e membros; denso no corpo; ausente em palmas espalhamento; pode atingir mãos e
presente em palmas e sola dos pés e sola dos pés pés

Característica clássica Linfodenopatia Exantema pruriginoso Manchas de Koplik

Óbito Até 11% Raro Variável

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Orientações para o diagnóstico laboratorial


COLETA DE FLUIDO DAS LESÕES (SWAB) COLETA DE LESÃO SECA
Materiais necessários: Materiais necessários:
● bisturi descartável com lâmina nº 10 ou ● agulha 13 x 0,45mm
● agulha 13 x 0,45mm ● tubo estéril de rosca com O-ring (tipo
● tubo estéril de rosca com O-ring (tipo criotubo), de 1,5 a 2 ml
criotubo), de 1,5 a 2 ml Procedimento:
● swab sintético para coleta 1. Desinfectar o local da lesão com álcool
Procedimento: 70% e deixar secar;
1. Desinfectar o local da lesão com álcool 2. Usar a agulha para retirar, pelo menos, 4
70% e deixar secar; crostas - duas crostas de cada lesão;
2. Utilizar o bisturi ou a agulha para remover 3. Inserir as crostas de cada uma das lesões
a parte superior da lesão (não enviar o bisturi ou a em tubos de rosca separados.
agulha) e manter a parte inferior; ARMAZENAMENTO: 2°C a 8°C
3. Coletar o material da base da lesão com o TRANSPORTE: 2°C a 8°C
swab; Não adicionar qualquer líquido à amostra coletada
4. Inserir o swab no tubo de rosca e quebrar a (nem meio viral de transporte)
haste

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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Os antivirais utilizados para tratamento de MPX no mundo, até o presente momento, não estão disponíveis no Brasil. Neste
sentindo, o tratamento da MPX é sintomático, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações, além de
medidas preventivas e de vigilância

 Medicamentos podem ser utilizados em caso de dor ou febre:


1ª opção:
Dipirona (solução gotas 500mg/ml ou 500mg/cp) em caso de dor ou febre, de 6/6 horas.
• Crianças: > 3 meses: (lactentes 10 mg/kg/dose; pré-escolares: 15 mg/kg/dose)
• Adultos: 500-1000 mg VO (dose máxima no adulto 4 gramas)

2ª opção: Paracetamol (200 mg/ml ou 500mg/cp), a cada 4/4 horas ou 6/6 horas a depender da frequência de febre ou dor.
• Crianças: 10-15 mg/kg/dose (máximo de 5 doses ao dia)
• Adultos: 500-1000 mg/dose (máximo de 3mg/dia) 8.3. Para casos mais severos, uso de opióides pode ser necessário.

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE


 Estabelecer - Precauções para contato + Precauções para gotículas

OBS: As precauções para contato visam a prevenção da transmissão da monkeypox por


contato direto e indireto, dessa forma, envolve, entre outras medidas, o isolamento do
paciente, o uso de avental e luvas toda vez que o profissional tocar ou manipular pacientes,
além de produtos e superfícies utilizadas pelo mesmo.

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Precauções do paciente:

 Isolar o paciente de outros membros da família, quando possível, em quarto/ambiente ventilados e em cama
separada. Quando não possível isolar individualmente, manter o distanciamento de pelo menos um metro.

 Evitar visitas e contato com animais.

 Evitar uso de lentes de contato, objetivando reduzir a probabilidade de infecção ocular.

 Não utilizar barbeador em áreas com lesão cutânea.

 Evitar sair de casa de forma desnecessária, e ao sair utilizar máscara (trocando quando úmidas ou danificadas),
protegendo as lesões (usando camisas com mangas compridas e calças)[i], evitando aglomerações e transporte
coletivo.

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Precauções do cuidador:

 Realizar higiene das mãos antes e depois do contato com o paciente, de ir ao banheiro, de cozinhar ou se alimentar,
ou toda vez que julgar necessário.

 Utilizar álcool em gel 70% ou água e sabão.

 Fazer uso de máscara, preferencialmente do tipo cirúrgica. Deve ser trocada quando úmida ou danificada,
higienizando as mãos adequadamente antes e após a troca.

 Caso o cuidador apresente sinais e sintomas da MPX, buscar, imediatamente, atendimento na Unidade de Saúde
mais próxima da sua residência.

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Precauções com animais:

 Pessoas com MPX devem evitar o contato com animais (especificamente mamíferos), incluindo animais de estimação. Se
possível, amigos ou familiares devem cuidar de animais saudáveis até que o proprietário esteja totalmente recuperado.

 Mantenha quaisquer tecidos (por exemplo, roupas, roupas de cama) e outros itens potencialmente infecciosos longe de
animais de estimação e animais selvagens.

 Caso um animal que teve contato com uma pessoa infectada apresente sinais ou sintomas (por exemplo, letargia, falta de
apetite, tosse, inchaço, secreções ou crostas nasais ou oculares, febre, erupções cutâneas), entre em contato com
autoridades sanitárias

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